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domingo, 31 de agosto de 2014

QUEM TEM VOCE NO OLHO?

QUE TEM VOCÊ NO OLHO? INTRODUÇÃO O julgamento está por terminar. Após dias de trabalhos, finalmente a defesa vai ser ouvida. Dia após dia as testemunhas juntaram evidências. Culpado. Culpado. Afinal, veio a defesa. Mas espere. Onde está o júri? E o juiz? A defesa se pronuncia, mas não há ninguém par ouvir. Ninguém, exceto você. E você o acusado. É o seu julgamento. Está no tribunal da vida, sem defesa. Ninguém para ouvir o seu lado do caso, ninguém se importa com isso. Que tal de isso sucedesse com você? AFIRMAÇÃO Ninguém gosta de ser julgado e condenado. Mas é verdade também que cada vez que fornecemos uma informação maldosa, que fazemos um juízo preconceito, estamos julgando e condenando, e não dando chance alguma de defesa. PROVA Preconceito é prejulgamento, é pesar outro indivíduo ou os pontos de vista dele, com a pressão do seu polegar sobre a balança. Quando um homem fala de seus preconceitos, diz: "EU SINTO". Quando fala de suas opiniões, diz: "EU ACHO". Quando fala de suas convicções, diz: "EU SEI". Você pode desafiar as convicções dele pela lógica, ou mudar suas opiniões mediante argumentação. Mas com relação aos preconceitos, eles não podem ser expressos facilmente com palavras. São reações não verbais, automáticas, que uma pessoa raramente admite. De onde vieram esses nossos preconceitos??? Nós apanhamos o preconceito como uma doença. É uma moléstia do caráter transmitida tão fácil e acidentalmente como qualquer uma de ordem física. Vocês e eu estamos contaminados. Todos temos preconceitos. E, o que é pior, somos transmissores. Nossos filhos apanham de nós quando "pegam no ar" os significando ocultos de nossas palavras descuidadas. Qualquer escorregadela da língua, por inocente que pareça ser, pode criar atitudes nocivas ou deixar um resíduo de preconceito. A acumulação começou quando tínhamos dois anos, aumentou nos primeiros anos escolares, e agora quem sabe o que jaz oculto nas profundezas de sua mente? Podemos não ser responsáveis pelos preconceitos que contraímos através da vida, mas porque ainda os continuamos a utilizar? Só existiu um homem isento de preconceitos, Jesus Cristo. No entanto alguns de seus seguidores agem de maneira muito estranha. Alguns tornam-se fanáticos, intolerantes, e outros mais compreensivos, atenciosos e abertos à aceitação. Será que os que se convertem se apegam naquilo que possa erroneamente sustentar seus preconceitos? Jesus nasceu na mais rígida cultura étnica de todos os tempos nasceu numa nação ferozmente nacionalista, foi criado na Galiléia, a região mais intolerante daquela nação; nasceu numa família de orgulhosa linhagem espiritual; nasceu num tempo em que o fanatismo revolucionário inflamava os corações de ódio aos opressores romanos; nasceu num país que praticava a segregação racial rigorosa entre judeus e samaritanos. Cristo não era preconceituoso. Mateus 5:43-48 João 4:9 Jesus Cristo morreu vítima dos mais ferozes preconceitos. Foi sentenciado num julgamento sem defesa, condenado por causa dos preconceitos de seus acusadores. Os que se alinham com Jesus devem quebrar os preconceitos. Que significa isso? Fazer amigos, não limite suas amizades, temos que ir de encontro as pessoas e amá-las como Jesus o fez. Se você diz amar o seu próximo, viva o que diz. Como o fez Jesus. Sem julgar antecipadamente seu próximo, segundo seus preconceitos. Mateus 7:01 a 05 Quantas pessoas tendem a falar dos outros. Certo marido disse a mulher: Maria você ouviu a última sobre a fulana? Se ouvi? --- ela replicou ---, fui eu quem começei. Criticamos porque a crítica faz algo por nós. Algo que não queremos dizer e enfrentar, mas que nos faz sentir bem no momento. Estas críticas deviam revelar algo sobre nós mesmos. O ouvinte é tão culpado quanto o que fala. Nenhum homem de bem dá seu apoio quando uma pessoa ausente e provavelmente inocente está sendo aviltada. É da responsabilidade humana protestar se um ser humano é depreciado. Porque não dizer cortesmente: "Prefiro não ouvir críticas sobre alguém que não está presente para se defender." Ou perguntar: "Porque acha que me interessa essa estória sobre ele?" Se você sabe algo que vai ferir ou manchar a vida de outra pessoa, enterre o caso. Esqueça-o. Encerre-o imediatamente. I Pedro 4:8 William Barclay sugere três razões para que homem algum julgue a outros: 1. Nunca conhecemos todos os fatos ou a pessoa no seu todo. Não podemos compreender suas circunstâncias ou tentações. 2. É quase impossível ser estritamente imparcial num julgamento. 3. Nenhum homem é suficientemente bom para julgar o outro. Nosso próprios defeitos e incapacidade de resolvê-los automaticamente nos desqualificam como críticos honestos. Tudo isto é verdade, mas existem ocasiões que precisamos tomar posição frente alguns fatos. Devemos então: Criticar positivamente, com espírito de amor. Criticar com intuito de ajudar, erguer e salvar. Precisamos admitir que também cometemos idênticos erros, assim devendo tratar severamente aos outros como trataríamos a nós mesmos. Precisamos todos aprender a tratar os outros para que possamos ser felizes.

sábado, 30 de agosto de 2014

O LICOR DO EVANGELHO

“Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito. Que beba, e esqueça da sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais.” Provérbios 31:6-7 Essas frases um pouco estranhas foram ditas pela mãe de Lemuel para seu filho, que provavelmente era Salomão. Já antes, lhe havia dito, “Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beberem vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte; Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos (versos 4-5)” Mas um rei tal como era Salomão, deve ter tido uma adega repleta de vinhos de todas as classes – por isso sua mãe o instava a dar aos enfermos e aos tristes e pobres que o necessitam mais que ele. Os judeus tinham por costume dar uma taça de uma bebida forte, misturada com uma potente droga, para drogar os que estavam a ponto de serem executados. Talvez seja esse o sentido das palavras “Dai bebida forte ao que está prestes a perecer.” Também sabemos de pessoas que estiveram muito frágeis e enfermas, a beira da tumba, e como foram aliviadas quando lhes foi dado o vinho que elas não podiam comprar. Creio que esse é um sentido literal do texto, e que, se qualquer homem fosse tão imoral para interpretar que, com a bebida, poderá esquecer sua miséria e pobreza, logo se dará conta de que está deploravelmente equivocado – pois, se antes tinha uma desgraça, depois terá dez desgraças a mais – e se previamente era pobre, depois estará em uma maior pobreza Aqueles que correm até a adega para encontrar consolo melhor poderiam correr para o inferno com a esperança de encontra um céu; e, em vez de ajudá-los a esquecer sua pobreza, a bebedeira os afunda ainda mais na lama. Vou usar meu texto num sentido espiritual, pois creio que têm um sentido muito mais profundo do que o que brilha na superfície. Existem muitas pessoas que duvidam e se desesperam, e espiritualmente “irão perecer”; e existe na Palavra de Deus uma rica adega de verdades reconfortantes que são muito mais consoladoras para o espírito do que pode ser o vinho para o corpo; e devemos dar esse licor evangélico aos de ânimo amargurado, para que possam beber e esquecer suas misérias, e já não se lembrem mais de suas dúvidas e seus desesperos. Pretendo obedecer ao mandato do texto, e por ele vou falar de três tópicos – primeiro, que existe um licor muito reconfortante no evangelho; em segundo, que é nosso dever e privilégio dar esse licor a todos que necessitam dele; e, em terceiro, que quando esse licor do evangelho lhes é dado, é seu dever e privilégio bebê-lo, e com ele esquecer sua pobreza espiritual e sua miséria. I. Assim, pois, EXISTE UM LICOR MUITO RECONFORTANTE NO EVANGELHO. O Dr. Watts diz corretamente: “Salvação! Oh, som jubiloso! É prazer para nossos ouvidos; Bálsamo soberano para toda ferida. Licor para nossos temores.” Tomarei primeiro o caso de um verdadeiro crente em Jesus dolorosamente posto a prova com preocupações, perdas e problemas. Irei supor que vocês vieram aqui essa noite com o temor de o que possa suceder amanhã. Talvez sua inquietude, meu irmão, é de que seu negócio não anda bem, e a pobreza lhe encara fixamente. Possivelmente você, minha irmã, têm pesar por esse querido menino que descansa em seu pequeno caixão no silencioso quarto do andar superior de sua casa. Ou, possivelmente, você, amigo, possui uma esposa doente e dia a dia, vê novos sinais e indícios de que a grande perda te espera certamente. Não posso mencionar todas as causas que podem entristecer o coração dos que são membros crentes dessa grande igreja, porém, meu Senhor me enviou aqui com Seu próprio bendito licor, que é mais que suficiente para consolar a cada santo aflito que lê essa mensagem. Lembre-se, amado irmão, que tudo o que lhe sucede vêm seguindo o curso da Divina Providência. Seu amante Pai celestial previu, conheceu de antemão e, atrevo-me a dizer, predestinou tudo. O remédio que você tem que beber é muito amargo, mas o Médico infalível mediu todos os ingredientes gota a gota, e os misturou de maneira tal que pudessem ser mais efetivos para seu maior bem. Nada acontece nesse mundo por casualidade. Esse grande Deus que está sentado sobre o circulo dos céus, para quem todas as coisas que fez não são mais que o pequeno pó da balança, que faz das nuvens Sua carruagem, e que viaja sobre as asas do vento, esse mesmo Deus se preocupa por você com tamanho cuidado que tem contado até os fios dos cabelos de sua cabaça, e colocou suas lágrimas em um vaso. Consequentemente, você pode descansar seguro que todas essas experiências que lhe causam tanta aflição acontecem conforme Seu eterno conselho e decreto. Acaso esse licor divino não lhe faz esquecer sua pobreza e apaga sua desgraça? Recorde, também, que tudo o que sucede aos crentes ajuda para seu bem presente e duradouro. “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28). Se você tivesse oportunidade de escolher sua própria circunstancia e condição na vida, não poderia ter feito uma escolha mais sabia do que a que Deus fez por você. O jardineiro sabe onde suas plantas florescerão melhor. Algumas delas talvez prefiram crescer banhadas com a luz do sol ainda que, como as da família das samambaias, estão melhores na sombra. Algumas delas prefeririam estar em um musgoso banco, mas o jardineiro a coloca em um arenoso solo, porque sabe que esse local está mais bem adaptado as necessidades de sua natureza. Você deve confiar nele, pois jamais um pai terreno esteve tão atento ás necessidade de seu filho do que como o Pai celeste está com suas necessidades. Quando alguém escolhe a ocupação que considera a mais adequada para seu filho, ele pode estar escolhendo sem querer a carreira que provará ser sua ruína – mas quando Deus planeja seu futuro, tem mais cuidado de endireitá-lo para você do que você em arrumar ele para seu filho, e como Ele vê o fim desde o começo, o que você não pode ver nem para você mesmo muito menos para seu filho, Ele faz a eleição em seu lugar com infalível sabedoria. Querido irmão e irmã em Cristo, não pretenda que seja diferente – não só esteja contente com o que possui como também diga como Davi, “O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança.” (Salmos 16:5-6) Assim, bebe esse licor divino e esquece sua necessidade, e já não se lembre de sua miséria. Ademais, querido amigo, não sabes que o Senhor Jesus Cristo está contigo em toda sua pobreza e sua miséria? Sadraque, Mesaque e Abed-Nego jamais se deram conta da presença do Filho de Deus de maneira tão maravilhosa quanto quando foram lançados vivos no forno de fogo ardente de Nabucodonossor – mas Sua presença em meio deles foi tão manifesta que até o rei pagão exclamou: “Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.” (Daniel 3:25) Existem muitos bebês que não recebem mimos nem caricias quando tudo anda bem, porém, se ficam doentes, pareceria até que todo o amor da mãe se concentraria nesse membro da família – é para você que precisa especialmente de uma mensagem animadora que o Senhor diz: “Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.” (Isaías 66:13) Foi para seu antigo povo que dei essa graciosa promessa, e era referente a eles que dizia “Em toda a angústia deles ele foi angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade.” (Isaías 63:9) É assim que ainda, terna e amorosamente, ocupa-se de seu povo atormentado e afligido, e esse pensamento deve ser como um licor que os faz esquecer sua necessidade e sua miséria. Eu poderia continuar a noite inteira tratando de reconfortar aos santos que são provados, mas devo contentar-me em dar-lhes somente mais um gole desse licor divino, e será esse: lembrem-se como rapidamente essas duras experiências terminarão. Tem presença de ânimo, cansado peregrino – a mansão celestial onde você deve descansar para sempre está quase à vista – bem podes cantar – “A casa de meu Pai no alto, Lar de minha alma! Qual próxima, Às vezes, em meu olhar de fé que vislumbra, aparecem Tuas portas de ouro!” Assim como os anos passam rápido, nossas duras experiências e problemas também voam rápido assim. Paulo corretamente escreveu concernente a “nossa leve e momentânea tribulação” (2 Coríntios 4:17); porque, depois de todas nossas aflições, elas são só como sonhos que nos atormentam, um pequeno sobressalto no dormir da vida, e logo despertaremos para já não dormirmos nunca mais. Esse mundo é, para o crente, como uma pousada do lado do caminho, onde existem muitas pessoas que constantemente vem e vão, e existem tantos ruídos perturbadores que ninguém pode descansar. Bem, não importa, você está detendo-se ali só por uma curta noite, e logo se levantará e irá a seu eterno lar, para não sair de lá jamais. Esse licor não lhes fará esquecerem sua pobreza e não apagará suas misérias? Agora considerarei o caso de um verdadeiro crente em Jesus que tem uma alma muito abatida. Você, meu amigo, inclina-se a dizer, com Hemã, o ezraíta: “SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.” (Salmo 88:1) “Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas” (Salmo 88:6) “SENHOR, porque rejeitas a minha alma? Por que escondes de mim a tua face?” (Salmo 88:14) Está agora inclinado a pensar que agora pode entender esse grito de Cristo na cruz, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46) O Senhor parece por um ouvido surdo a suas suplicas, orar é uma pesada carga para você, não tem visões reconfortantes do rosto do Salvador, as épocas passadas de santo gozo só são recordadas por você com pesar de que já não terá de novo essas felizes experiências – até mesmo quando olha para palavra de Deus, seu olho parece fixar-se somente nas ameaças, e nunca adverte das muitas “grandíssimas e preciosas promessas” (2 Pedro 1:4) – e sua alma “irá perecer” na desesperação. Bem, meu pobre irmão, se alguma vez houve um tempo em que precisasse do vinho condimentado do pacto da fidelidade de Deus e o delicioso e nutritivo néctar do eterno amor de Jesus Cristo, é agora. Pergunto-me o que fazem os arminianos quando são possuídos desse tipo de calafrio espiritual, e tremem aterrorizados desde a cabeça a planta dos pés – eu sei isso, e quando tenho esses ataques (e os tenho muito seriamente as vezes) volto-me para aqueles textos que falam mais da graça imerecida e soberana, e tento obter a medula e a grossura deles para alimentar minha alma faminta. Aqueles que espiritualmente “negociam nas grandes águas,” (Salmos 107:23), encontram que nada lhes servirá de ajuda a não ser somente os decretos eternos de Deus, os propósitos inalteráveis de Deus, a fidelidade infalível de Deus, a graça de Deus que distingue e que discrimina – pelo menos essa é minha própria experiência, e lhe exorto, irmão e irmã que não possui esperança, a que dê um grande trago desse licor divino para que se esqueça de sua pobreza espiritual, e não se toque mais de sua miséria. Não é provável que converta as elevadas doutrinas do evangelho em algo mau, logo, venha e alimente-se delas até que sua alma se satisfaça com esses requintados bocados da casa dos banquetes do Senhor. Aceita seu convite imerecido, “comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.” (Cânticos 5:1) Entre as outras coisas reconfortantes que diria a um irmão que sofre de abatimento em sua alma, estaria essa: lembre-se, irmão, que se alguma vez foi um filho de Deus, é um filho de Deus agora mesmo. Você passa por muitas mudanças, porem, possui um Salvador que sempre é o mesmo, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente!” (Hebreus 13:8) Tem seus altos e baixos, muda como cada fase da Lua, porem, com o grande “Pai das luzes … não há mudança nem sombra de variação.” (Tiago 1:17) Corretamente cantamos – “Imutável sua vontade Qualquer que seja meu estado; seu coração amoroso é sempre Eternamente o mesmo Minha alma por muitas mudanças passa, Seu amor não conhece variação.” Ele nunca começou um trabalho de graça em alguém, para logo deixá-lo sem terminar. Jamais adotou um filho em sua família, e logo o deixou para que perecesse. O Senhor Jesus Cristo jamais se casou primeiro com uma alma, e logo se divorciou dela, porque Ele odeia abandonar. Ele nunca se apartará de nenhum membro de seu corpo místico – se pudesse fazer uma coisa tão terrível, Ele mesmo estaria incompleto. Assim, meu irmão desesperado, digo-lhe que se alguma vez teve a luz e o amor de Deus em sua alma, não só é, todavia, um homem salvo, antes, que logo virá o tempo quando saibas que é assim. Como Jonas, sairá das profundezas e também com ele dará toda a glória de sua salvação ao Senhor. Também quero tentar reconfortar a alguns verdadeiros crentes em Jesus que temem não ser realmente do Senhor. Dá-me gosto que John Bunyan mencionou alguns de seus nomes em sua imortal alegoria “O Peregrino”, porque ainda temos ente nós exemplares de pessoas que respondem a descrição do Sr. Temeroso, Sr. Mente Fraca, Sr. Desalento e sua filha a senhorita Muito Assustada, o Sr. Pronto Pra Parar, um tal Sr. Pouca Fé, e, eventualmente aqui e ali, encontramos a um Sr. Grande Coração, ou a um Sr. Firme, ou a um Sr. Valente Pela Verdade. Bem, queridos amigos, se estão aqui essa noite, deixem-me recordar-lhes quem, ainda que sejam os menores da família de Deus, não são pequenos aos olhos do Senhor. Ele os ama tanto como ao maior santo que tenha vivido. Quando o Senhor deu o mandamento a Moisés referente ao resgate por cada alma contada entre os filhos de Israel, estabeleceu expressamente, “O rico não dará mais, e o pobre não dará menos da metade do siclo, quando derem a oferta alçada ao SENHOR, para fazer expiação por vossas almas.” (Êxodo 30:15) Igualmente, na expiação efetuada pelo Senhor Jesus Cristo, custou-lhe a Ele o mesmo, e não mais, resgatar tanto o menor de Seu povo quanto ao maior, e os ama por igual. Pode usar algum deles, como seus instrumentos, mais do que usa outros, mas lhes têm a mesma consideração a todos. Se alguma vez faz uma diferença em seu trato para com eles, são os mais frágeis os que têm a preferência – leva aos cordeiros em seu peito, porem, deixa que as ovelhas fortes o sigam em seu caminho. Tenham, pois, bom consolo, frágeis companheiros que pertencem a Cristo, e também lembrem que os santos menores estão tão seguros como os maiores. Se estivermos com Cristo no barco de sua Igreja, estamos tão seguros que jamais pereceremos, porque se pudéssemos perecer, também Cristo pereceria, e isso nunca pode ou poderá suceder. O maior santo que tenha servido a seu Senhor com zelo apostólico até mesmo com o próprio sacrifico de sua vida imitando a Cristo, tem que confiar para sua salvação no sangue e na justiça de Jesus Cristo, e o santo mais débil tem que fazer precisamente o mesmo – e um não é mais salvo, nem está mais seguro que outro. Assim, que o Sr. Temeroso e a senhorita Muito Atemorizada bebam do licor divino, e já não tenham dúvidas e nem estejam mais tristes. Creio que meu texto possui também uma mensagem especial para o pecador que tem seu coração afligido, e seu espírito desanimado. Para alguém assim, hoje eu ofereceria o licor do evangelho assim: meu amigo, lembre-se que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar aos pecadores.” Essa palavra: pecadores, inclui a você; e se você me perguntar, “O que devo fazer para ser salvo?” repondo como Paulo fez quando lhe fizeram essa pergunta, “Crê no senhor Jesus e serás salvo.” Assim, como vocês tem um mandato de crer em Cristo, de descansar Nele, de confiar que Ele os salva, a vocês mesmos, não pode ser presunção de parte de vocês crer que é assim. Jesus Cristo é “grande para salvar,” Ele é capaz de salvar plenamente a todo o que venha a Deus por Ele. Se aqui existe um pecador que é tão mal que eu não poderia descrever seu caso diante de vocês, não é tão mal para que Cristo lhes lave – então, porque se desespera, ó você que “irá perecer,” vendo que Deus entregou a Seu Filho amado por pecadores como você? Seus pecados são grandes, eu sei, e gritam em voz alta pedindo seu castigo; porem, no momento em que você arrependa-se deles, e confia no sangue de Jesus para lhe limpar deles, você será feito perfeitamente são. Seus pecados lhe serão borrados tão completamente que Deus diz que se fossem buscados, não seriam mais achados; sim, não seriam encontrados. Serão tão absolutamente apagados como se você nunca os tivesse cometido. Que licor mais reconfortante é esse que pode ser servido para você? Então, beba dele e esqueça-se de sua necessidade, e não se lembre mais de sua miséria. II. Posso falar só brevemente do segundo ponto, o que é, que É NOSSO DEVER E PRIVILÉGIO DAR ESSE LICO A TODOS OS QUE PRECISAM DELE. Irmãos e irmãs em Cristo, quero que todos obedeçam ao mandato do texto dando esse licor do Evangelho aos que estão com seu coração aflito e “irão perecer.” Alguns de vocês podem fazê-lo falando de sua própria experiência. Quando se encontrem com almas que duvidam e que estão desanimadas, digam-lhes como o Senhor os libertou do sóbrio calabouço do grande Gigante Desespero no Castelo da Dúvida; recorde-lhes dessa chave chamada Promessa, que pode abrir as portas da prisão onde estão presos com grilhões de ferro. É-nos dito que Orígenes, enquanto sua força o permitia, sempre se dirigia as prisões onde os cristãos estavam confinados durante a perseguição de Décio, e depois acompanhava-lhes até o campo de sua execução, confortando-lhes com as Escrituras que ele tinha encontrado que eram um grande apoio para sua própria alma – imitem ele até onde possam ainda que os cristãos não sejam perseguidos de morte Muitos de vocês podem regalar desse licor do Evangelho visitando ao enfermo e ao pobre. Em uma igreja tão grande como essa, é impossível que o pastor ou os anciãos visitem todos os membros e muito menos que possam visitar a todos aqueles que formam nossa grande congregação – por isso eu os exortaria que vocês façam o máximo de visitas que possam. Especialmente eu chamaria a aqueles que possuem a experiência mais profunda das coisas de Deus para que encontrem o doente e ao afligido em suas vizinhanças, e os confortem, com o consolo com que vocês mesmo são reconfortados por Deus. Então, muitos mais dos que atualmente o fazem poderão regalar esse licor evangélico, pregando em qualquer lugar e em qualquer momento que tenham oportunidade. Em uma cidade como Londres, onde cada esquina pode proporcionar um púlpito, e cada rua pode proporcionar uma congregação, não há desculpa para que o homem que tenha só um talento não o utilize para Cristo. A boa nova que ele tem para falar, meu irmão, é tão doce que deve ser repetida, repetida e repetida até que todo vento difunda a boa notícia para – “Todas as gentes que habitam sobre a terra.” Também rogo ao Senhor que avive muitos irmãos e irmãs dentre nós, para que se encaminhem às “regiões mais adiante”, como missionário da cruz, e que lhes movam a vocês, que não podem pregar, para que ofertem de acordo a suas possibilidades, quer seja para a preparação de nossos irmãos no Colégio do Pastor[1], ou para suporte daqueles que são chamados por Deus para pregar e ensinar a Palavra em terras longínquas onde Jesus não é conhecido. Dessa forma, também estarão ajudando a dar o licor do evangelho aos que tem seu coração angustiado e “irão perecer.” III. Agora, finalmente, mas de forma breve, QUANDO ESSE LICOR DO EVANGELHO É DADO A ESSAS PESSOAS, É SEU DEVER E PRIVILÉGIO BEBÊ-LO e esquecer-se de sua pobreza espiritual, e não lembrar mais de sua miséria. Podemos levar um cavalo até onde haja água, mas não podemos forçar ele a bebê-la; e podemos levar esse licor evangélico ao pecador, porem só o Espírito Santo pode forçar-lhe docemente a que tome um gole grande e profundo dele. Tratei de dar esse licor outra vez essa noite a todos aqueles que o necessitam, como seguramente o estive fazendo desde que o Senhor abriu minha boca pela primeira vez para falar Dele, mas o que passa com a parte que toca a vocês, meus queridos leitores? É meu dever e privilégio pregar o evangelho, porem, também é dever o privilégio de vocês crerem nele quando lhes é pregado; “A fé vem pelo ouvir;”, porem, ai, existem muitos que ouvem a Palavra e que são como aqueles dos quais o apóstolo descreveu que “a eles de nada se aproveitou ouvir a palavra, porque não se identificaram por fé com os que a obedeceram.” Ter o remédio em sua mão, e não o tomar, é cometer um suicídio espiritual; lhe suplico, pecador, que não agregue esse crime para coroar com ele todas a suas outras iniquidades; porém, rogo-lhe, nessa mesma hora, que aceite essa dádiva concedida. A água de vida está posta diante de você. Bebe e vive. O pão de vida está colocado a seu alcance, por que sua alma imortal teria que padecer de fome e perecer? Teme ser um pecador tão terrível que não possa ser salvo? Lembre das palavras de Agur referentes a uma das “quatro coisas são das menores da terra”, e “porém bem providas de sabedoria.” Ele disse, “A aranha se pendura com as mãos, e está nos palácios dos reis.” (Provérbios 30:24-28) Pode ser que Agur tenha visto uma grande e negra aranha no palácio de Salomão, e que, ao refletir nisso, disse a si mesmo, “essa feia criatura é muito sabia, porque via vir uma grande tormenta, e seu lar não era um lugar segura; assim, buscando refugio, deu-se conta de uma janela aberta no palácio do rei, e por ali entrou. Ela não tinha direito de estar lá, ninguém a tinha convidado, mas ali estava.” Agora, pobre pecador, essa aranha não estava tão cheia de veneno como você está de pecado – se aproxima a tormenta mais grande do que a que assustou a aranha, e a porta da misericórdia de Deus está tão certamente aberta como estava a janela no palácio de Salomão – e você sim está convidado a entrar, mas a aranha nunca foi chamada. Pecador seja ao menos tão sábio quanto a aranha, e entra no palácio real da salvação de Deus, porque, uma vez dentro, jamais será tirado! Ainda tem medo de vir a Jesus? Então, deixa-me lembrar-lhe da pobre mulher que veio e tocou a orla de Sua veste, e foi curada instantaneamente da enfermidade que a possuía desde muito tempo. Você lembra que ela estava cerimonialmente impura, e não podia nem sequer estar em meio da multidão; no entanto, estava tão ansiosa de ser curada que abriu caminho através da turba até que esteve suficientemente perto de Jesus para tocar a ponta de Seu manto sem costura, porque ela disse, “Se somente tocar seu manto, serei curada.” Assim fez, e Cristo imediatamente honrou sua fé, e lhe deu segurança imerecida dizendo-lhe “vai em paz”, conservando a cura que ela tinha obtido, por assim dizer, às escondidas. Oh pecador, não quer ser tão sábio como foi essa pobre mulher? Não precisa tentar roubar a benção, porque você está convidado a vir tomar ela abertamente. Jesus ainda diz “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28) Descanso é o que você precisa, descanso de mente, de coração, da consciência – esse descanso só pode chegar a você pela fé, “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso” (Hebreus 4:3), Ah, vocês pecadores oprimidos pela pobreza e pela miséria, creiam em Jesus: tomem seu julgo sobre vocês, e aprendam dele, porque assim acharão repouso para suas almas; e então também se darão conta que “há” um outro repouso, um mais completo e mais bendito , o eterno “guardar o dia de repouso” que é a bendita herança de todo “o povo de Deus.” Ali está o divino licor que nos é mandando colocar ao alcance de vocês – bebam dele e esqueçam de sua pobreza e não lembrem mais de sua miséria. Deus os abençoe, por Cristo. Amém.

NÃO TOQUEIS NO UNGIDO DO SENHOR: DESMASCARANDO ESSA FALSA DOUTRINA

Não toqueis no ungido do Senhor”: desmascarando essa falsa doutrina “E chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde estava uma caverna; e entrou nela Saul, a cobrir seus pés; e Davi e os seus homens estavam nos fundos da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia, do qual o SENHOR te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem aos teus olhos. E levantou-se Davi, e mansamente cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. E disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SENHOR. E com estas palavras Davi conteve os seus homens, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. Depois também Davi se levantou, e saiu da caverna, e gritou por detrás de Saul, dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou. E disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal? Eis que este dia os teus olhos viram, que o SENHOR hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR. Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Sabe, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma tirares. Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha mão não será contra ti.” – 1 Samuel 24.3-12 “Não toqueis no ungido do Senhor”. Essa é a resposta de nove entre dez crentes que crêem em tudo o que lhe pregam sem serem bereianos, quando confrontados com críticas ou acusações contra pastores, apóstolos (?) e demais líderes eclesiásticos. Não importa se as provas do crime são claras, para esses crentes não nos cabe julgar nem analisar o que a liderança da igreja faz de errado: cabe aos crentes, segundo essa falsa doutrina, agir como Davi em relação à Saul: simplesmente não fazer nada, e esperar que Deus resolva o negócio e faça a justiça. E enquanto nada se faz, esses líderes criminosos continuam roubando, matando e destruindo o rebanho de crentes em suas mãos, e trazendo escândalo para o Evangelho, afastando de vez os não-crentes do afã de conhecerem a Verdade de Cristo. Mas enfim, Davi realmente disse em várias passagens de 1 Samuel que não se deve tocar no ungido do Senhor. E aí? Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro sobre qual ungido Davi se referia. Ele se referia a Saul, atual rei de Israel, porém já destronado por Deus, que havia ungido Davi em seu lugar. Portanto, a primeira coisa que temos que ter em mente é que não se tratava de qualquer ungido, mas de Saul. Em segundo lugar, temos que entender essa unção que Saul recebeu. Em 1 Samuel 8, lemos que o povo queria um rei no lugar dos antigos juízes que governavam Israel. Deus não tinha esse desejo, pois o querer um rei era um desejo do povo de que Deus já não reinasse mais sobre eles. Porém Deus resolveu satisfazer Israel, e escolheu Saul como rei. Em 1 Samuel 10, lemos o profeta Samuel indo ungir Saul como rei: “Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança? Apartando-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas, e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? E quando dali passares mais adiante, e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel; um levando três cabritos, o outro três bolos de pão e o outro um odre de vinho. E te perguntarão como estás, e te darão dois pães, que tomarás das suas mãos. Então chegarás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e eles estarão profetizando. E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo. Tu, porém, descerás antes de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, e para oferecer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer. Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia.” – 1 Samuel 10.1-9 E Saul ficou cheio do Espírito Santo, e em 1 Samuel 11.15 finalmente Saul é proclamado rei. Porém a unção que Saul recebeu era apenas para reinar, não para ser sacerdote ou líder espiritual do povo. Essa função era para algumas pessoas específicas, como o profeta Samuel. Não cabia a Saul as funções sacerdotais, sendo esse um dos pecados que o fez perder o reinado em Israel: “E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel, trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à beira do mar; e subiram, e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Aven. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em apuros (porque o povo estava angustiado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas. E alguns dos hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo ia atrás dele tremendo. E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto. Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.” - 1 Samuel 13.5-14 O outro pecado de Saul ocorreu em 1 Samuel 15, quando desobedeceu à ordem do Senhor ao não destruir o melhor do rebanho dos amalequitas, com a desculpa de que usaria o rebanho como sacrifício, onde Samuel disse que é melhor obedecer do que sacrificar. Assim, em 1 Samel 16 lemos o Espírito do Senhor deixando Saul e passando a habitar Davi, o novo rei ungido: “Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui. Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá. E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do SENHOR.” - 1 Samuel 16.11-14. Ou seja, Saul deixou de ter o Espírito Santo, mas continuou sendo rei de Israel por vários anos. Nesses anos, o Espírito Santo estava com o novo ungido, Davi, que porém ainda não havia sido reconhecido rei pelo povo. Dessa forma, Davi servia ao rei Saul e foi perseguido por seus exércitos, e aí chegamos à passagem que abriu esse artigo, quando Davi teve real chance de aniquilar Saul, mas não o fez por considerá-lo ungido do Senhor. Realmente, o que impediu Davi de se levantar contra Saul não foi o poder do Espírito Santo no antigo rei, pois este já o tinha deixado e Saul não passava de um endemoniado. Porém, mesmo endemoniado, Saul continuava sendo rei, e em razão desse título que Davi o poupou. Uma vez ungido rei, sempre rei. Deus tirou Saul do reinado, porém isso só se concretizou com sua morte, não havendo rebelião para que isso acontecesse e Davi tomasse o poder em seu lugar. A unção de rei permaneceu com Saul por toda a sua vida, mas o Espírito de Deus não. Entendido tudo isso, vamos agora analisar a doutrina do “não toqueis no ungido” nos dias de hoje. Por que ela não é válida? Como visto, a unção a qual Davi se referia dizia respeito ao direito de reinar sobre Israel, não sobre possuir funções eclesiásticas. As funções de governo do Estado e eclesiásticas eram bem divididas naquele tempo, embora Israel fosse um Estado teocrático. Portanto, a não ser que algum líder de igreja seja também rei nomeado por Deus (olha eu dando idéia para novos títulos, que Deus me perdoe) em sua localidade, nenhum líder religioso atual se enquadra nesse quesito. Sobre como devemos agir em relação ao líderes religiosos e qualquer cristão, a Bíblia é bastante clara: “E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” - Atos 17.10-11 “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” - 1 Coríntios 5.9-13 Chega desse engano do “não toqueis no ungido do Senhor”, engano esse que tem transformado a igreja em covil de salteadores. O rebanho tem que aprender a buscar na Palavra se o que seus líderes pregam é verdade ou não, tem que aprender a raciocionar, a analisar, a meditar dia e noite na Palavra, mas é isso mesmo que os lobos em pele de cordeiro não querem que aconteça, e por isso acorrentam suas ovelhas em falsas doutrinas que visam cegar e conformar o rebanho à sua própria vontade, não à de Deus. Deus nos enviou Cristo para que fôssemos libertos, mas onde há liberdade se nem ao menos podemos criticar um líder eclesiástico por seus falsos ensinos ou sua má conduta, com a desculpa que de o fulano é “ungido”? O Apóstolo (de verdade) Paulo era bem ungido, disso não há dúvidas, mas nem por isso ficou chateado ao ser confrontado pelo povo de Beréia em seus ensinamentos. Por que os apóstolos (?) e líderes dos dias de hoje ficam melindrados, e até amedrontam suas ovelhas com a promessa de inferno para o “pecado de rebeldia” que seria se levantar contra um “ungido” do Senhor? E por que as ovelhas, que também têm unção (já que recebem o Espírito Santo desde sua conversão), ao contrário dos líderes religiosos, podem e são fortemente exortadas (se seu dízimo for baixo, claro) quando encontradas em erro? Isso é estelionato gospel, e dos bons. Graças à essa mentira (a própósito, quem é o pai da mentira mesmo?) vemos igrejas destruídas por pertencerem (a palavra é essa mesma) a líderes criminosos, que adulteram as Escrituras a seu bel-prazer e agem como se a justiça de Deus e dos homens não valesse para eles. Enquanto isso, às ovelhas cabe apenas se conformar, “Deus quer assim”, “quem faz a justiça é Ele”, “só nos cabe orar”. Povo de Deus, vamos abrir os olhos!!! Temos que orar, a justiça é de Deus, mas Ele usa homens e mulheres para que Sua justiça seja feita nessa terra!!! Se Lutero pensasse assim, ainda hoje estaríamos comprando indulgências (se bem que essa prática perniciosa continua ocorrendo nos dias de hoje, na forma de lenços suados, rosa ungida, sabonete ungido, etc)!!! Como povo de Deus, temos que ser carvalhos de justiça principalmente em nosso meio, tirando os lobos que querem devorar nossas ovelhas!!! Se não o fizermos, não sobrará ovelha nenhuma no final da história, pois todas serão enganadas… O “não toqueis no ungido do Senhor” é uma desculpa muito da mal feita para líderes que têm algo a esconder. Quando um líder pregar isso para você, fique ainda mais atento, pois quem está na luz não tem medo de ser julgado, afinal nada se encontrará que o desabone; ao contrário, quem está em trevas não quer que o candeeiro seja colocado em cima da mesa e ilumine o ambiente, pois isso trará à luz toda a podridão escondida em nome de Deus.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O VERDADEIRO AMOR

"Tudo o que você precisa é de amor", assim cantavam os Beatles. Se eles tivessem cantado sobre o amor de Deus, a frase revelaria uma certa verdade. Mas aquilo que a cultura popular diz ser amor, não se trata, na verdade, de um amor autêntico, é antes uma verdadeira fraude. Longe de ser "tudo o que precisa", é algo que deve evitar a todo o custo. O apóstolo Paulo fala-nos sobre esse tema em Efésios 5:1-3. Ele escreveu: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos". A simples ordem do verso 2 ("E andai em amor, como também Cristo vos amou") resume toda a obrigação moral do cristão. No fundo, o amor de Deus é o único princípio que define completamente o dever do cristão, e este tipo de amor é exatamente "tudo o que você precisa". Romanos 13:8 diz, "porque quem ama aos outros cumpriu a lei". Os mandamentos resumem-se a estas palavras: "Amarás o próximo como a ti mesmo, já que o amor é o cumprimento da lei." Gálatas 5:14 ecoa a mesma verdade: "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." Da mesma maneira Jesus ensinou que toda a lei e profetas dependem de dois princípios básicos sobre o amor – o primeiro e o segundo mandamentos (Mt. 22:38-40). Em outras palavras: "e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição." (Cl 3:14). Quando o apóstolo Paulo nos diz para caminhar no amor, o contexto revela-se em aspectos positivos, pois ele fala-nos sobre sermos bons uns para os outros, misericordiosos e que nos perdoemos uns aos outros (Ef. 4:32). O modelo de tal amor, mais centrado nos outros que em si próprio, é Cristo, que se entregou para nos salvar dos nossos pecados. "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13). E "amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros." (1 João 4:11). Em outras palavras, o amor verdadeiro é sempre um sacrifício, uma entrega de nós mesmos, é misericordioso, compassivo, compreensivo, amável, generoso e paciente. Estas e muitas outras qualidades positivas e benignas (ver 1 Co. 13:4-8) são as que as Sagradas Escrituras associam ao amor divino. Mas reparemos no lado negativo, também visto no contexto de Efésios 5. Aquele que ama os outros verdadeiramente, como Cristo nos ama, deve recusar todo o tipo de amor falso. O apóstolo Paulo nomeia algumas destas falsidades satânicas. Elas incluem a imoralidade, a impureza e a ganância. A passagem continua: "Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros." (Ef 5:4–7). A imoralidade é, talvez, o substituto favorito do amor na nossa atual geração. O apóstolo Paulo usa o termo grego porneia, o qual significa todo o tipo de pecado sexual. A cultura popular tenta desesperadamente desvanecer a linha que separa o amor verdadeiro da paixão imoral. Mas tal imoralidade é uma perversão total do amor verdadeiro, porque procura a autogratificação em vez do bem aos outros. A impureza é outra perversão diabólica do amor. O apóstolo Paulo emprega aqui o termo akatharsia, o qual se refere a todo o tipo de imoralidade sexual e impureza. Especificamente, ele refere-se à sujidade, à impureza e à ganância, que são as características particulares do companheirismo com mal. Este tipo de companheirismo não tem nada a ver com o amor verdadeiro, e o apóstolo afirma claramente que não tem lugar para ele no caminho do cristão. A ganância é outra corrupção do amor que tem origem no desejo narcisista de autogratificação. É exatamente o oposto do exemplo que Cristo deu quando "se entregou por nós" (v. 2). No verso 5, o apóstolo Paulo compara a ganância à idolatria. Também isto não tem lugar no caminho do cristão e, de acordo com o verso 5, a pessoa culpada de tal pecado "não tem herança no Reino de Cristo e de Deus." E tais pecados, diz o apóstolo Paulo, "nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos." (v. 3). "Portanto, não sejais seus companheiros", ou seja, daqueles que praticam tais coisas, diz-nos o verso 7. Em outras palavras, não demonstraremos amor verdadeiro a não ser que sejamos intolerantes com todas as perversões populares do amor. Hoje em dia, a maioria das conversas sobre o amor ignora este princípio. "O amor" foi redefinido como uma ampla tolerância que ignora o pecado e que abraça o bem e o mal de igual forma. Mas isso não é amor, é apatia. O amor de Deus não tem nada a ver com isso. Lembra-te que a mais suprema manifestação do amor de Deus é a Cruz, sinal que Cristo "vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." (V. 2). A Sagrada Escritura explica o amor de Deus em termos de sacrifício, de arrependimento pelos pecados cometidos e de reconciliação: "Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." (1 João 4:10). Em outras palavras, Cristo converteu-se em sacrifício para desviar a ira de um Deus ofendido. Longe de perdoar os nossos pecados com uma tolerância benigna, Deus deu o seu Filho como uma oferta pelo pecado para satisfazer a sua própria ira e justiça na salvação dos pecadores. Este é o coração do Evangelho. Deus manifesta o seu amor de uma forma que confirma a sua santidade, justiça e misericórdia sem compromisso. O amor verdadeiro "não folga com a injustiça, mas folga com a verdade." (1 Co. 13:6). Este é o tipo de amor, no qual fomos chamados para caminhar. É um amor que primeiro é puro e depois, harmonioso.

DEUS DO IMPOSSIVEL

“Então o profeta Isaías clamou ao SENHOR; e fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que tinha declinado no relógio de sol de Acaz.” (II Reis 20:11) Você e eu somos testado ao ler este texto. Esse evento é absolutamente impossível de ter acontecido literalmente e não temos como crer nisso a não ser por fé. Um relógio voltar para trás é tão impossível que não faz nem sentido. Mas eu creio. Esse teste nos é proposto diariamente, quando encontramos situações que fogem à nossa compreensão. Tudo que não entendemos ou que nos parece que não tem explicação chamamos de impossível, mas tenho aprendido que isso é uma grande mentira. Impossível não é o que não pode ser feito, mas é o que só Deus pode fazer. Para Deus o impossível e o possível são igualmente acessíveis. O que para nós está fora de alcance para Ele não está. Portanto meu querido leitor, nunca encare o impossível da forma como sempre fez. É um desafio novo. Nossa salvação, nossa vida eterna, nossos dons e nosso relacionamento com Deus tem de ser baseados neste conceito. Quando algumas pessoas me procuram e estou orando, alguns acham que não estou fazendo nada. Na verdade estou fazendo tudo. Como alguém trancado em uma sala ou sentado em uma barraca sozinho pode mudar a realidade dos fatos? Como pode esperar resolver algum problema com esse tipo de atitude? É absurdo ficar lá chorando e falando sozinho enquanto tudo está complicado em volta, com gente doente e problemas para serem resolvidos. Isso é verdade, mas apenas da ótica da lógica. Da ótica do Reino de Deus, futilidade e inutilidade é fazer outra coisa. Se eu não tiver fé não faz sentido tentar seguir ao Deus Eterno, pois Ele é invisível. Se para você o relógio não volta para trás nem que Deus mande, o Reino de Deus não faz sentido. Ainda é tempo de olhar para seu coração e pedir misericórdia ao Pai para mudar de atitude. Sem fé é impossível agradar a Deus. Sem fé esse mundo é um lugar horrível de se viver. “Deus querido, me fortalece para que eu tenha fé e creia no que minha mente não pode crer. Leva-me além do possível, pois Teu Reino não é limitado pela minha capacidade de compreensão.”

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

NÃO TEMAS, DEUS É CONTIGO!

Não temas, Deus é Contigo! Quando o sonho se desfaz, Deus reconstrói. Quando se acabam as forças, Deus renova. Quando é inevitável conter as lágrimas, Deus dá alegria. Quando não há mais amor, Deus faz nascer. Quando a maldição é certa, Deus transforma em benção. Quando parece ser o final, Deus dá novo começo. Quando a aflição quer persistir, Deus nos envolve em paz. Quando a doença assola, Deus é quem cura. Quando o impossível se levanta, Deus o torna possível. Quando faltam as palavras, Deus sabe o que queremos dizer. Quando tudo parece se fechar, Deus abre uma porta. Quando você diz: não vou conseguir, Deus diz: Não temas, pois estou contigo. Quando o coração é machucado por alguém, Deus é quem derrama o bálsamo curador. Quando não há possibilidade, Deus faz milagre. Quando só há morte, Deus nos faz persistir. Quando a noite parece não ter fim, Deus faz nascer o amanhecer. Quando caímos num profundo abismo, Deus estende sua mão e nos tira de lá. Quando tudo é dor, Deus a dá o refrigério. Quando o calor da provação é grande, Deus dá a sombra de sua presença. Quando o inverno parece infinito, Deus traz o verão. Quando não existe mais fé, Deus diz: Acredita! Quando estamos a um passo do inferno, Deus dá a direção do céu. Quando não temos nada, Deus nos dá tudo. Quando alguém diz não somos nada, Deus nos diz que somos mais do que vencedores. Quando se torna difícil caminhar, Deus nos carrega no colo.

MISERICORDIA

Ef.2:3-5 (JFA) ... e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). Uma boa maneira de entender o significado da misericórdia é perceber como ela se relaciona com a graça: Misericórdia - não receber aquilo que você merece / punição impedida, contida Graça - receber aquilo que você não merece / favor sem mérito algum de nossa parte. Misericórdia é, por exemplo, um juiz chegando a decisão de que você é culpado, resolver impedir, conter qualquer castigo. Graça é receber algo que você nunca poderia imaginar. Um presente inexplicável. É como se o mesmo juiz, após descobrir sua culpa, lhe desse um prêmio de USD 1,000.000,00! Neste sentido, a misericórdia pode ser vista como o oposto da graça, ou talvez, mais corretamente - o inverso da graça. As palavras são usadas geralmente nas Escrituras como definidas aqui, embora às vezes, as distinções estejam meio indistintas. No grego, como no inglês, misericórdia também pode significar pena ou compaixão. (A versão e João Ferreira de Almeida, freqüentemente traduz a palavra amor como caridade ou misericórdia). Daqui por diante, o propósito de nosso estudo, será focalizar na misericórdia como "não receber aquilo que merecemos". Ex. 33:19 (JFA) "Respondeu-lhes o Senhor: ... e terei misericórdia de quem tiver misericórdia, me compadecerei de quem me compadecer." Deus perdoa todo pecado confessado. Pela graça somos salvos e colocados na situação de livres com Ele. Mas, ele intervirá para impedir as conseqüências terrenas de nossos pecados? Mostrará Ele misericórdia? Quantas vezes? Até mesmo depois de sabermos a verdade? Vamos olhar através das Escrituras para ver porquê, quando e se Deus não nos deixa receber aquilo que merecemos. Lam. 3:39 (JFA) "Porque se queixaria o homem vivente, o varão por causa do castigo dos seus pecados? " Jer. 21:14 (JFA) "E Eu vos castigarei segundo os frutos de vossas ações, diz o Senhor..." Num. 32:23 (JFA) "... e estai certo de que o vosso pecado vos há de atingir." É Deus ineficaz em fazer "com que nossos pecados nos encontrem"? Estamos mesmo enganando a Ele? Podemos continuar contando com a misericórdia de Deus se permanecemos sem nos arrepender? PORQUE UM DEUS SANTO NOS DEIXA FICAR IMPUNES COM O PECADO? Rom 2:4 (JFA) " Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento? Rom 2:4 (Phi) Está você, talvez, interpretando de forma errônea a generosidade de Deus e paciência e misericórdia para com você como se fosse fraqueza de Sua parte? Você não percebe que a bondade de Deus é para levá-lo ao arrependimento? 2 Ped. 3:15 (Jer) Pense na paciência do Senhor, como sua oportunidade de ser salvo. QUANDO VEMOS QUÃO LONGE DEUS PODE IR... Pense em quanta misericórdia Deus nos deu. A maioria de nós nunca contraiu herpes, AIDS, ou ficou grávida fora do casamento! Nós fomos miraculosamente salvos de acidentes que merecíamos por causa de nossa impetuosidade, falta de atenção, e impulsividade. Quantos de nós já não dirigimos bêbados? Tantas coisas. Os anjos de Deus devem estar fazendo muitas horas extras administrando as misericórdias do Senhor! 1 Tim. 5:24 (BRT) Os pecados de alguns homens são manifestos antes de entrarem em juízo, ao passo que os de outros, manifestam-se depois. Jó 33:27-30 (BRT) ..."Pequei e perverti o direito, mas não fui punido como merecia. Deus livrou a minha alma de ir para a cova, e viverei para desfrutar a luz. Tudo isto é obra de Deus, duas a três vezes para com o homem, para desviar a sua alma da perdição, para que a luz da vida brilhe sobre ele". Prov. 28:13 (BRT) "O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia". A MISERICÓRDIA DE DEUS É VASTA E SURPREENDENTE Esdras 9:13-14 a (BRT) "Depois de tudo que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos castigaste menos do que os nossos pecados merecem... Voltaremos agora a violar os teus mandamentos...? 1 Tim. 1:13 (BRT) "A mim que outrora fui blasfemo e perseguidor e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. 1 Tim 1:15-16 (BRT) ..."que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele e receber a vida eterna". Heb. 4:16 (BRT) "Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno. Sal. 103:8,10-14 (BRT) Compassivo e piedoso é o Senhor, lento para a cólera, e abundante em amor... Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades. Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; pois ele conhece a nossa estrutura, e se lembra de que somos pó". Miquéias 7:18 (BRT) "Quem, ó Deus é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua misericórdia". QUEM PRECISA DE MISERICÓRDIA? Rom. 3:23-27 (BRT) "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Deus o propôs para a propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Cristo Jesus. Onde, pois está a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não, mas pela lei da fé". Jactância - orgulho, arrogância, altivez, ostentação Rom 11:30-32 (BRT) "Assim como vós (ímpios) também outrora fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, pela desobediência deles (judeus), assim também estes agora foram desobedientes, para igualmente alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada. Pois Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de para com todos usar de misericórdia". BRINCANDO COM O PERIGO; FALTANDO AO RESPEITO COM A MISERICÓRDIA DE DEUS Rom 2:5 (Phi) "Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus? Rom 2:5 (Jer) "Sua recusa teimosa em se arrepender está somente adicionando à raiva que Deus terá em relação a você no dia da ira quando serão conhecidos os seus justos julgamentos". Rom 1:32 (BRT) "Embora tenham conhecimento da justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam". Gal 6:7 (BRT) "Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também ceifará". Rom 11:22 (BRT) "considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres na sua bondade. De outro modo, tu também serás cortado". QUANDO A MISERICÓRDIA NÃO É GARANTIDA A graça é ilimitada e para sempre, e vamos focalizar nisto em um estudo separado. O sentido da misericórdia que estamos falando agora, é vasta, mas limitada e terminará em 1) Arrependimento que leva a salvação pela graça, ou 2) ira guardada e castigo eterno. Por enquanto, Deus está nos chamando por sua misericórdia para obediência. Mais cedo ou mais tarde, todos percebemos que não podemos fugir ou esconder nossos pecados impenitentes. É como se Deus gradualmente retirasse sua misericórdia depois de alcançarmos o conhecimento da verdade. A misericórdia de Deus então terá servido seu propósito, e será então hora da obediência. 1 Ped. 4:17-18 (BRT) "Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? E se é com dificuldade que o justo se salva, onde comparecerá o ímpio e o pecador? Enquanto o ímpio vai de mal a pior, nós nem mesmo conseguimos esconder nossos pecados de omissão! Tiago 4:17 diz "Aquele, pois, que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado". Como crianças, objetamos: "Todo mundo faz isto" ou "Antes eu fazia isso", quando o Senhor se interessa pelas nossas ações. Alguns de nós já experimentou a extensão dramática a qual o Senhor chegará para formar "Cristo em nós". Quando o temor de Deus nos atinge, nossas orações por libertação serão finalmente respondidas. Deus literalmente nos faz tremer de medo! Você já passou por esta experiência? Imagine como não seria se você pudesse realmente escapar de seu pecado! Heb. 12:6-8 (KJV) "Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que suportais a correção; Deus vos trata como a filhos. Pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos". Rom 12:1 (BRT) "portanto, rogo-vos irmãos, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Ex. 34:6-7 (BRTV) "... Senhor, Senhor Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade, que usa de beneficência com milhares, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado. Contudo, ao culpado não tem por inocente...". IDENTIFICAÇÃO COM OS SOFRIMENTOS DOS OUTROS Rom 9:15 (BRT) ..."Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia". Ocasionalmente Deus escolhe não nos dar misericórdia; para o propósito de julgamento, repreensão, disciplina ou uma experiência. Felizmente, para a maioria de nós, isto é uma exceção, não a regra. Por agora, Deus nos tem mostrado incrível paciência e misericórdia ao impedir a maior parte dos efeitos dos nossos pecados. Lucas 23:40-41 (BRT) ..."Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condição?... Nós, na verdade, com justiça, pois recebemos o que os nossos feitos mereciam. Mas este nenhum mal fez". Se Deus escolher dar a nós ou alguém a quem conhecemos "o que merecemos", como devemos responder? Se for conosco, temor e arrependimento não podem ser conseguidos rápido o suficiente. Se com qualquer outra pessoa, nós temos uma oportunidade para voluntariamente compartilhar dos sofrimentos dos quais nós fomos libertos. Porque faríamos isso voluntariamente, se Deus não nos fez sofrer por nossos pecados? Porque por compartilhar seus sofrimentos, nós podemos voluntariamente sentir o que de fato merecíamos nós, e ajudar a restaurá-los. E dado as nossas tendências, quem sabe não seremos nós os próximos? Judas 23 (BRT) "...Salvai-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, tende misericórdia em temor ...". Gal 6:1-2 (BRT) Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, corrigi o tal com espírito de mansidão. Mas olha por ti mesmo, para que não sejas tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. A PARÁBOLA DO SERVO INCOMPASSIVO Mat. 18:23-27 (BRT) "Por isso o reino dos céus pode ser comparado a certo rei que quis ajustar contas com os seus servos. E começando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele com o que pagar, o seu senhor mandou que ele, sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo o que tinha, para que a dívida fosse paga. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida". Mat. 18:28-31 (BRT) "Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários. Lançando mão dele sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe: Sê generoso para comigo e tudo lhe pagarei. Ele, porém, não quis. Antes, foi encerrá-lo na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus conservos o que acontecia, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que se sucedera". Mat. 18:32-35 (BRT) "Então o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu igualmente compadecer-te do teu companheiro, como também eu me compadeci de ti? Assim, encolerizado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também o meu Pai celeste, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas". Miquéias 6:8 (BRT) "Ele te declarou, ó homem, o que é bom. E o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus?" Lucas 1:50 (NIV) "Sua misericórdia se estende àqueles que o temem...".

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A CAVERNA DO TESOURO

Uma mulher pobre passeava com seu filhinho num bosque quando ouviu um voz que vinha de dentro de uma caverna: - Aqui dentro há muito ouro, prata e pedras preciosas. Pegue o que quiser. Meio desconfiada, olhou no interior da caverna e constatou que, de fato, ela estava recheada de tesouros insondáveis. - Posso mesmo pegar o que quiser? - Sim, mas, você poderá encher apenas uma sacola e terá apenas dois minutos para escolher o que quer levar. Depois deste tempo, saia correndo, pois a caverna se fechará para sempre com tudo que ainda estiver aqui dentro. Premida pelo tempo e com tantas opções à sua frente, a mulher escolhia, juntava, trocava, destrocava, ajeitava os objetos na sacola, trocava novamente. - Agora você tem apenas 10 segundos… 9, 8, 7… Ela pegou mais umas pedras preciosas. - 6, 5, 4… Pegou mais uma bandeja de ouro e saiu correndo. Já do lado de fora, ainda teve tempo de assistir a entrada da caverna se transformando num imenso paredão de rocha. Olhou a sacola, avaliou o que havia conseguido juntar e concluiu que agora era uma mulher rica e iria poder dar ao seu filho uma vida melhor… - Meu Deus… meu filho! Meu filho, meu Deus, meu filho… Na correria, esqueceu seu filho dentro da caverna. Para sempre! Não deixe a correria da vida fazê-lo se esquecer das pessoas que você ama. Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. Hebreus 13.5

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

BEM AVENTURADO OS CRITICADOS

Tenho uma mancha nas costas. Embora seja uma ligeira pigmentação na pele, não é uma mancha pequena, tem aproximadamente o tamanho de um gomo de tangerina. Por isso, ela não passa despercebido facilmente. Mas, acredite, eu só descobri que tinha essa marca de nascença quando já era adulto. Parece estranho? E é mesmo, mas tem uma explicação: ela fica localizada em um local das costas que não se vê facilmente no espelho, por isso eu nunca a tinha percebido antes (e ficar espiando minhas costas não é algo que eu costume fazer com frequência). Mas o que mais me chamou a atenção quando descobri que a mancha existia é que ninguém nunca havia me dito antes que eu a tinha. Quem comentou comigo pela primeira vez sobre ela foi um médico, já quando eu tinha uns 24 anos. Ele questionou há quanto tempo ela estava ali e eu, intrigado, respondi: “Mancha? Que mancha?”. Fui perguntar a meus pais, que, então, me disseram que eu nasci com ela. Fiquei chocado. Como era possível que em mais de vinte anos de vida eu nunca tivesse tomado conhecimento de que havia uma mancha nas minhas costas? Bem, a verdade é que ninguém jamais se preocupou em me falar nada sobre aquela penetra indesejável – talvez por desinteresse, talvez por constrangimento – por isso ela ficou ali, escondida de meus olhos, habitando minha vida sem meu conhecimento, por anos e anos. Pensando sobre isso, vejo como é importante haver por perto pessoas que tenham a liberdade de apontar as manchas que temos não só no corpo, mas, principalmente, na alma. Em outras palavras: críticos. Uma das maneiras mais eficientes de errarmos em nossas atitudes e decisões é estabelecermos uma barreira que impeça críticas. No dia em que você não estiver aberto a ouvir dos outros o que eles veem de errado em você pode ter certeza de que aí é que as coisas começarão a dar errado mesmo. Afinal, é muito fácil não nos enxergarmos com clareza. Já reparou que a sua mão esquerda torna-se a direita no reflexo do espelho? Isso também acontece quando olhamos para nós mesmos: não costumamos ter uma visão precisa de quem somos e de quão corretas são nossas escolhas e atitudes. Podem ser muitas as razões para isso: egocentrismo, amor-próprio exacerbado, egoísmo, arrogância, autossuficiência e muitos outros pecados. Sim, isso mesmo: pecados. Pois considerar-se acima de erros é uma forma de idolatria. E não são poucas as pessoas que idolatram as próprias opiniões e atitudes, tornando-se aversas a qualquer tipo de crítica. mancha2Eu tenho muitas manchas que não estão na minha pele, mas dentro de mim. São valores distorcidos, conceitos mal trabalhados, opiniões equivocadas, pecados, atitudes injustas, pensamentos incorretos, maus sentimentos e uma enormidade de outras marcas que interferem na pureza de minha alma. Muitas e muitas vezes esses problemas se escondem em lugares para mim difíceis de enxergar, cantos escuros do meu senso crítico, espaços sombrios do meu ego, regiões pouco iluminadas da minha autocrítica. São regiões que não consigo ver com clareza, o que possibilita que muitas dessas falhas de caráter ou imperfeições fiquem escondidas por períodos de tempo enormes sem que eu me dê conta de que estão ali. mancha3Nessas horas, é fundamental que haja pessoas de confiança a quem possamos dar a liberdade de nos dizer que há manchas em nós e na nossa vida. Felizes são aqueles que escutam esses alertas com humildade e conseguem perceber que precisam fazer algo a respeito. Quem ouve críticas, exortações e toques legítimos e reage com indignação em vez de gratidão está sendo insensato. É muito comum vermos reações não muito amáveis a quem nos critica, a ponto de chegarmos a pensar: “Eu é que sou o dono do meu nariz!”. É verdade, mas… faça uma experiência. Tente olhar para o seu nariz, sem ser no espelho. Você o enxerga com nitidez? Será que alguém que está à sua frente não o vê melhor do que você? Assim é com relação à nossa vida: muitas vezes acreditamos saber o que é o melhor e, por isso, ignoramos a visão de quem está próximo, quando, muitas vezes, outros estão vendo a situação com muito mais clareza do que nós mesmos. A paixão cega, logo, não seria melhor ouvir o conselho de alguém de fora sobre aquele namorado? Muitas pessoas reclamam de você, logo, será que não há algo em que esteja errando? Suas atitudes geram montes de críticas, logo, será que algumas delas não estão corretas? Ninguém do seu grupo apoia o que está fazendo, logo, será que não é hora de reconsiderar? O pastor já chamou a sua atenção sobre o que a Bíblia diz a respeito de algo que você vem fazendo, logo, será que não seria bom lhe dar ouvidos? Em resumo, devemos estar abertos para perguntas que sugerem a existência de manchas em nossa alma: “Será que realmente estou certo?”. “Será que errei?”. “Será que estou pecando?”. “Será?”. Saul é um exemplo de alguém que não deixou os outros lhe apontarem as próprias manchas. Roboão também ignorou o conselho de quem apontava problemas em suas decisões. Sansão preferiu seguir suas próprias vontades a ouvir a sabedoria dos que o amavam. Assim como eles, vemos na Bíblia muitos que fecharam os ouvidos à percepção alheia – em outras palavras, que repudiaram a crítica – e que tiveram de colher frutos amargos dessa atitude. Peço a Deus que não cometamos o mesmo erro. mancha4Há, porém, duas precauções que você deve tomar. Primeiro, analise como chega a crítica. Paulo deu a fórmula: “Pois vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata seus filhos, exortando, consolando e dando testemunho, para que vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória” (1Ts 2.11-12). Assim, vemos que a exortação deve vir sempre junto com consolo e testemunho, não apenas com um dedo na cara e palavras de ataque. A exortação que vem envolta em amor e suavidade é a chamada “critica construtiva” e deve receber toda a nossa atenção; já a que vem meramente com acusações é fruto do Acusador – e deve ser ignorada. Segundo, pondere o que exatamente está sendo dito: embora suas pupilas sejam uma mancha negra no meio de seus olhos, não representam um problema. Do mesmo modo, nem toda exortação ou crítica faz sentido. “E o que fazer, então?”, você poderia perguntar. A resposta: é preciso ter conhecimento de Deus e discernimento. Tudo o que chega até nós e que configura uma exortação, uma crítica, um olhar sobre manchas que carregamos em nossa alma deve ser confrontado com a Bíblia. É pela comparação entre o que nos é dito por quem aponta nossas manchas e o que Deus diz em sua Palavra que vamos ver se a crítica faz sentido. Assim, em tudo devemos buscar o conselho do justo e onisciente Juiz. Junto a isso, precisamos ter discernimento para saber se o que nos é dito tem por objetivo nosso bem ou não. E discernimento só se obtém mediante intimidade com o Espírito Santo, o único que conhece as intenções do coração. Portanto, se você quer blindar-se contra as críticas nocivas sem se fechar às construtivas, o caminho é conhecer os pensamentos do Senhor revelados nas Escrituras e viver em intimidade com ele por meio de oração e outras disciplinas espirituais. mancha5Algumas manchas em nossa pele são inofensivas; outras são tumores malignos, capazes de nos levar à morte. Eu não sei discernir umas de outras, por isso preciso de gente de fora que me diga aquilo que não tenho capacidade de ver sozinho. Também preciso de humildade para ouvir o que me disserem e entendimento para saber o que fazer a partir do momento em que ficar a par da realidade. Quando tomei conhecimento de que havia uma mancha em minhas costas, recorri ao dermatologista, que me disse que aquilo não era nada de mais e não oferecia qualquer risco. Mas pode ter certeza de que, se ele tivesse dito que se tratava de algo nocivo, eu teria procurado extirpar aquela mancha o mais rápido possível. E ai de mim se não tivesse dado ouvidos àquele médico – talvez eu não estivesse aqui hoje para contar a história. E você? Como tem reagido quando alguém aponta as manchas da sua alma? Paz a todos vocês que estão em Cristo,

domingo, 24 de agosto de 2014

AS MARAVILHAS DE DEUS

Você já parou para pensar sobre que invenção espetacular é a escada? Uma tecnologia simples, barata, econômica e extremamente eficaz. Consegue transportar pessoas a alturas enormes usando apenas a técnica do um-passo-de-cada-vez. Ou, então, o guarda-chuva: a pessoa que o inventou deveria receber um prêmio Nobel, tão útil é esse objeto de apenas cinco reais. Pense ainda em outra fantástica invenção humana, os óculos. Eficientes, ágeis, leves, pequenos e que mudam a vida de quem precisa deles. Sou fascinado, ainda, pelo asfalto – só quem já teve de encarar uma estrada de terra esburacada ou de cascalho é capaz de valorizar a genialidade do asfalto. Isso para não falar dos livros, a meu ver a maior criação do ser humano: conhecimento, entretenimento, crescimento e fascinação que cabem embaixo do braço. Essas e outras invenções estão tão integradas ao nosso dia a dia que nem damos muita atenção a elas, mas tornaram-se essenciais à vida (dá para imaginar um mundo sem coisas como desodorantes, sapatos, fraldas, folhas de papel ou travesseiros?). Isso ocorre, também, com as grandes pequenas maravilhas da nossa vida espiritual. O cotidiano de cada pessoa não é formado, em sua essência, por eventos magistrais, grandiosos; pelo contrário, é a soma de uma enorme quantidade de fatos e elementos muito simples. Entre um dia extraordinário e outro há muitos dias comuns e cheios de alegria, felicidade, paz, transformação e a manifestação da graça de Deus. Da hora que você acorda até o momento em que dorme, se for parar para ver a quantidade incontável de objetos e outros recursos que utiliza naquilo que chama de dia a dia, verá que a vida é formada muito mais por coisas aparentemente insignificantes (mas indispensáveis) do que por grandiosas. A Copa do Mundo de futebol, por exemplo, só ocorre a cada quatro anos, mas entre uma e outra dá para jogar dezenas de peladas bastante divertidas com os amigos. Nem todo filme ganha um Oscar, mas muitos deles são produções simples que nos envolvem e encantam. Nem todo livro é uma Bíblia, mas há muita literatura transformadora contida em livros aparentemente muito simples. Você pode não morar num castelo no Vale do Loire, mas a sua casinha é o seu castelo. Camarão com catupiry é sensacional, mas como desprezar a delícia de um bom feijão com arroz? Elementos simples que existem em meio a outros grandiosos e que juntos formam um mundo de maravilhas – mas que, por vezes, são desprezados. Se ficamos só esperando a alegria das coisas espetaculares perderemos a maior parte da felicidade da vida. grandes pequenas maravilhas2Do mesmo modo, em nossa caminhada de fé muitas vezes deixamos de usufruir dos grandes pequenos milagres de Deus por valorizar apenas eventos e fatos espirituais estrondosos. Enquanto ficamos esperando o paralítico se levantar da cadeira de rodas, deixamos de nos maravilhar com o milagre que é Deus ter dado aos homens o conhecimento suficiente para criar um remédio como um anti-inflamatório ou um analgésico. Enquanto muitos se angustiam porque o Senhor não faz as multidões se converterem quando eles pregam, deixam de se assombrar porque uma única alma preciosíssima entregou-se a Cristo. Se deixamos de nos encantar com as grandes pequenas maravilhas da fé, acabamos entristecidos por não conseguir desfrutar das enormes realizações que poderíamos ter ao nos encantarmos com dádivas pouco chamativas. Assim, do mesmo modo que não consideramos nada de mais uma estrada asfaltada ou uma escada (sem perceber quão difícil seria a vida diária sem elas), temos o mau hábito de desprezar as coisas menos espetaculares da vida espiritual. Com isso, deixamos de desfrutar do melhor de Deus porque passamos os anos esperando pelo extraordinário de Deus. Pequenas orações são respondidas, mas não glorificamos o Senhor por isso. Uma pessoa é perdoada por uma ofensa cometida, porém consideramos esse um fato qualquer. Um faminto recebe alimentos de uma pessoa caridosa, mas é “só” uma atitude corriqueira. Um filho respeita os pais e acata, em honra, o que eles disseram e esse gesto não parece ser nada de mais. Um pai ensina o filho a dobrar os joelhos antes de dormir e essa ação não emociona ninguém. Recebemos o direito de chamar o Criador de tudo de “Pai” e um bocejo sai de nossa boca ao fazê-lo. O deprimido encontra um ombro amigo onde chorar e não damos atenção a isso. Eventos e fatos como esses são milagres diários, todavia não damos o devido valor a eles. Não perca a oportunidade de valorizar e se assombrar com tudo o que o Onipotente faz e com tudo o que nossa fé nos permite viver. Gênesis diz que Deus criou os magníficos e gigantescos astros celestes, mas, também, as magníficas e insignificantes sementes das plantas (Gn 1.11). Sim, o Criador do universo é o Criador dos átomos microscópicos. Ele faz milagres de cair o queixo, mas, também, milagres cotidianos bastante singelos. Procure abrir seus olhos para as grandes pequenas maravilhas e você será capaz de viver muito mais próximo do Senhor, com uma fé fortalecida não só porque um morto ressuscitou ou o mar se abriu, mas porque o sol nasceu de manhã, um pássaro cantou na sua janela e uma brisa suave refrescou a sua pele. Paz a todos vocês que estão em Cristo,

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

COMO VOCÊ SE CHAMA?

Conta-se que certa vez um dos soldados da milícia de Alexandre “o Grande”, acovardou-se perante um prisioneiro inimigo negando-se a matá-lo. Bastante contrariado ao saber do episódio, Alexandre resolveu indagar seu acuado soldado e vendo-o Imperador perguntou como se chamava o covarde combatente: “Meu nome é Alexandre, senhor!”, respondeu. Curiosamente, o guerrilheiro possuía exatamente o mesmo nome de seu líder. Furioso, Alexandre “O grande” lhe chamou a atenção, dizendo: “Soldado, ou você muda de nome, ou muda de atitude!” Fictícia ou não, essa história nos serve para ilustrar sobre o nome de Cristo que muitos tem usado de maneira desonrosa. Milhões de pessoas são conhecidas como cristãs em todo o mundo, mas uma minoria tem levado à sério o verdadeiro significado desse nome e suas implicações práticas para a vida daqueles que assim são conhecidos, tornando o nome inócuo, e longe de seu verdadeiro significado. É evidente, que muitos têm se apossado dessa terminologia sem fazer a mínima ideia de que, ou principalmente, de Quem se trata, uma vez que o cristianismo se refere exclusivamente a uma Pessoa – Jesus Cristo. O termo cristão foi o apelido dado aos seguidores de Jesus na cidade de Antioquia (At 11.26). Os “pequenos Cristos” ganharam esta nomenclatura devido ao testemunho fiel, demonstrado através de suas vidas que imitavam muito claramente os passos de seu Mestre. Estes buscavam zelosamente não envergonhar o nome que possuíam, pois tinham a consciência de quão precioso era ser conhecidos pelo nome de Cristo. Além disto, defender o cristianismo era está preparado para enfrentar diversas perseguições. Foi pelo nome de Jesus Cristo que os apóstolos se alegraram mesmo em meio de muitos sofrimentos: “E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome” (At 5.41). Vários discípulos morreram por defenderem esse Nome, pois para eles o Salvador era mais importante que suas próprias vidas (At 20.24); Em face da morte Inácio de Antioquia, um dos pais da Igreja, escreveu aos irmãos de Esmirna: “É somente no nome de Jesus Cristo e por causa de compartilhar seus sofrimentos que eu posso enfrentar tudo isso”. Assim, o bispo de Antioquia foi martirizado. Estes cristãos, verdadeiramente, fizeram jus ao nome de quem eram chamados, mostrando que ser cristão é bem mais que uma nomenclatura, um status, ou uma profissão de fé, mas um assemelhar-se com Cristo, seguindo o exemplo que Cristo deixou: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pe 2.21). Ainda que o termo Cristão tenha caído em uso comum, nós, os que assim somos conhecidos, precisamos refletir seriamente sobre a forma como temos utilizado este nome. É hora de mudar de nome ou mudar de atitude, como o soldado do exército de Alexandre fora desafiado. Enquanto nossa vida não for um reflexo do caráter dAquele a quem dizemos estar seguindo, não podemos nos apropriar indevidamente de seu santo Nome, desonrando ao Senhor Jesus, e, igualmente, a todos aqueles que antes de nós defenderam com temor e paixão este Nome, até os nossos dias. Precisamos ser conformados à imagem de Cristo (Rm 8.29), e andar assim como ele andou (1 Jo 2.6), para assim podermos ser chamados como Ele é. Atente para isso! Hoje, podemos facilmente nos camuflar em meio a massa cristã que se prolifera dia após dia, mas chegará o dia em que não poderemos mais esconder nossa verdadeira identidade, pois o Deus que revela o que está em oculto (Mc 4.22) haverá de revelar os seus filhos (Is 43.1), e irá desmascarar os falsos cristãos. E assim todos verão a diferença entre os chamados cristãos, e os cristãos chamados. “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (1 Jo 2.6).

EXERGANDO A DEUS

REFLEXÃO: ENXERGANDO A DEUS ENXERGANDO A DEUS EM MEIO ÀS FALHAS É impossível separar o fracasso do sucesso; são as duas faces de uma mesma moeda. Ninguém aprende a tomar decisões acertadas sem antes fazer algumas erradas. Quem não assimila as lições dos erros cometidos nunca poderá obter sucesso. E para cometer erros, temos de nos expor a fazer tentativas. Quem aprende a tirar lições de suas falhas tem grande probabilidade de chegar aonde deseja. Nossos erros podem até deixar algumas cicatrizes – sentimentos feridos, relacionamentos estremecidos, um potencial esperdiçado, um casamento desfeito e um ministério destroçado. Contudo Deus pode usá-los também para aguçar nossa mente, aprofundar nosso espírito e fortalecer-nos a alma. Aqueles que aprendem a enxergar seus erros com os olhos de Deus saem da crise com um coração quebrantado, um caráter fortalecido e uma nova consciência da graça divina. Não é preciso que nossas falhas sejam uma perda inútil. Nem é necessário que sejam definitivas. Alguém já afirmou que o objetivo das dificuldades da vida é tornar-nos melhores, não amargurados. Nossos erros sempre nos deixam mais alertas e constituem uma oportunidade para nos examinarmos a nós mesmos. O erro nos obriga a refletir, a conversar com alguém. Se negarmos a existência dos erros, não poderemos obter sucesso na vida cristã. O êxito está à vista de qualquer um. Se você não o vê é porque está atrás de uma cortina espessa. Saia detrás da cortina. Afaste-a para um lado. De um passo à frente. Se o lugar onde está, a coisa não faz sentido, mude de lugar. Afaste imediatamente de si a idéia de que é incapaz de alcançar o sucesso na vida. Lembre-se de que a vida tem seus limites e talvez não haja um “amanha”. Assim, o tempo de começar é agora. Comece como Deus começou: quando Deus quer que cresça uma árvore, Ele planta uma semente. Tudo começa com coisas pequenas; todas as grandes realizações começam pequenas. A vida é dada para realizações, nada acontece por acaso, viver é uma incessante descoberta a qual devemos enfrentar com dignidade, abraçando com amor cada obstáculo, pois eles estão presentes para testar nossa verdadeira fé em Cristo. “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem Ele chamou de acordo com o seu plano”. (Romanos 8.28) “Sonhe e ouse sonhar, você nunca irá além dos seus sonhos...”. Deus conta com de você!!!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A ÀGUIA E A GALINHA

Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. - De fato, disse o camponês, é uma águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das grandes asas. A Àguia e as Galinhas- Não, retrucou o naturalista, ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia e este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não, insistiu o camponês, ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - Já que você de fato é uma águia, abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma galinha! - Não, tornou a insistir o naturalista, ela é uma águia e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe: - Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: - Eu lhe disse...! - Não, respondeu firmemente o naturalista, ela é águia e possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã eu a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: - Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre si mesma, e começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento. - Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A ESCOLA DO DESERTO

Deus treina seus líderes mais importantes na escola do deserto. Moisés, Elias e Paulo foram treinados por Deus no deserto. O próprio Jesus antes de iniciar o seu ministério passou quarenta dias no deserto. O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é a escola superior do Espírito Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas para nos humilhar. Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes da fama se apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus e da provisão de Deus e não dos nossos próprios recursos. Destacaremos, aqui, três verdades importantes: 1. Na escola do deserto aprendemos que Deus está mais interessado em quem somos do que naquilo que fazemos Deus nos leva para o deserto para falar-nos ao coração. No deserto ele nos humilha não para nos destruir, mas para nos restaurar. No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós, provando que ele está mais interessado em nossa vida do que em nosso trabalho. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus. Quando Jesus chamou os doze apóstolos, designou-os para estarem com ele; só então, os enviou a pregar. 2. Na escola do deserto aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão Quando o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e enviado para o deserto, ele deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado pelos corvos. Naquele esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do provedor mais do que da provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria. Deus nos leva para o deserto para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos nossos próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a administramos. Mas na escola do deserto aprendemos que nosso sustento vem do provedor e não da provisão. Quando nossa provisão acaba, Deus sabe onde estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer. A nossa fonte pode secar, mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar. Os nossos recursos podem escassear, mas os celeiros de Deus continuam abarrotados. Nessas horas precisamos aprender a depender do provedor mais do que da provisão. 3. Na escola do deserto aprendemos que o treinamento de Deus tem o propósito de nos capacitar para uma grande obra Todas as pessoas que foram treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Deus. Quanto mais intenso é o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo. Porque Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto, pôde libertar Israel da escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida. Porque Elias foi graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a fúria do ímpio rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus. Porque Paulo passou três anos no deserto da Arábia, ele foi preparado por Deus para ser o maior líder do Cristianismo. Quando Deus nos leva para o deserto é para nos equipar e depois nos usar com graça e poder em sua obra. Deus não desperdiça sofrimento na vida dos seus filhos. Ele os treina na escola do deserto e depois os usa com grande poder na sua obra. Não precisamos ter medo do deserto, se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse treinamento. O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas, aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados por Deus!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

COMO CALAR A BOCA DOS INIMIGOS

Parece um tanto "não cristão" um texto que fala em calar a boca de alguém, mas é bíblico. No entanto, não é um "cala-boca" qualquer e de qualquer maneira, como um ato agressivo que triunfa a ignorância e ira. Não é isso! As analogias ligadas aos cristãos, por si só, já apontam como funciona esse "calar". Os cristãos são chamados, entre outros adjetivos, de "pedras vivas", "sal", "luz" e pelos frutos se pode conhecer a natureza. O simples fato (que não é simples!) de andar nos caminhos do Senhor e glorificar a Deus através do Espírito Santo INCOMODA os inimigos de Cristo. O simples fato de se esforçar em santidade e boas obras já é motivo de incômodo para quem não é de Cristo. Não poucas as vezes, as pessoas que não têm comunhão com Cristo, acusam os cristãos de fazerem o mal. Mas a Palavra ensina que, apesar de sermos acusados, chegará uma hora em que eles verão nossas boas obras e glorificarão a Deus. A consciência correta sobre o assunto é importante. Por mais que a gente se esforce para viver praticando o bem e em paz com nossos vizinhos incrédulos, sempre poderá existir algum tipo de calúnia e difamação. E que não devemos esperar justiça de pessoas injustas, lembrando que todos nós somos injustos e que dependemos totalmente da justiça de Jesus Cristo para nos aperfeiçoar. E que, apesar das injustiças, devemos continuar nos esforçando em honrar ao Senhor com nosso comportamento e atitudes. Manter uma conduta justa e piedosa diante de malfeitores não é uma tarefa fácil. Mas a Palavra ensina que as nossas boas obras glorificam a Deus e em seu tempo, calam a boca dos inimigos. Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem. 1 Pedro 2:12 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos. 1 Pedro 2:15 Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. 1 Pedro 3:16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Mateus 5:16-17 Lembre-se de Daniel quando seus inimigos tentavam encontrar motivos para acusações e não podiam encontrar NENHUMA corrupção nele, porque ele não era corrupto nem negligente. Cf Dn 6.4. Paulo ensinava que devíamos ter o cuidado de fazer o que é certo, não só aos olhos de Deus, mas também aos olhos das pessoas. -- Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. 2 Coríntios 8:21 São muitos os exemplos para que andemos honestamente e em justiça. A Palavra de Deus nos exorta todo tempo a evitar certos pecados, pois nossos desejos carnais são destrutivos. Naturalmente, quando somos ofendidos queremos "matar" a quem nos ofende. Porém, o Espírito Santo ensina a "morte do pecado"; a mortificação. -- Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer... porque assim lhe amontoarás brasas vivas sobre a cabeça... Pv 25.21,22. -- É constrangedor receber o bem quando se paga com o mal. A melhor maneira de calar nossos inimigos é fazendo o bem, é viver honestamente entre os ímpios. Os cristãos antigos eram acusados de virar o mundo de cabeça para baixo, de serem subversivos, de serem contra os governantes, de serem ateus (pois não eram politeístas), de serem blasfemadores da idolatria do povo, mas eram biblicamente exortados a observar as boas obras para que calassem a boca dos inimigos e continuavam a fazer o bem. Segundo as Palavras do Senhor: Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Mateus 5:14 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Mateus 5:16 As boas obras falam à vista de todas as pessoas, é como uma luz na escuridão. Os cristãos devem fazer a coisa certa primeiramente diante de Deus; aos olhos de Deus, e consequentemente, essas obras falarão por si a todos, em muitas situações. As boas obras são parte da religião professa, não toda religião, mas parte importante, tão importante que toda religiosidade falsa e hipócrita tenta se esconder atrás dessa aparência externa luminosa do Evangelho de Cristo. A fé prática cristã tem o poder de transformar o mundo, o mesmo mundo que odeia, zomba e persegue os ensinos de Cristo. A escravidão humana era uma prática comum e legal até recentemente na história, mas de modo gradual desapareceu onde a lei cristã do amor prevaleceu -- E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. Lucas 6:31. -- Na antiguidade, quando os pagãos abandonavam seus parentes mais próximos contaminados com alguma praga, os cristãos que cuidavam dos doentes e mortos. Quando em guerras, muitos pagãos deixavam seus mortos sem sepultura após as batalhas e os feridos a perambular pelas estradas, os discípulos de Cristo que ofereciam sepultamento digno e alívio aos sofrimentos. Todos esse exemplos faziam com que muitas pessoas não cristãs glorificassem a Deus. E este é o objetivo de fazer o bem, glorificar a Deus, não a nós. Os antigos cristãos sempre ensinaram que, embora... os discípulos devam ser vistos praticando boas obras, eles não devem praticar boas obras para serem vistos. O ser visto é uma consequência natural da luz que não pode ser escondida. No capítulo XVI da Confissão de Westminster, parte da segunda seção, sobre as Boas Obras, diz que: "Estas boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são o fruto e as evidências de uma fé viva e verdadeira (Tg 2:18,22); por elas os crentes manifestam a sua gratidão (Sl 116:12,13; 1 Pe 2:9), fortalecem a sua confiança (1Jo 2:3,5; 2Pe 1:5-10), edificam os seus irmãos (2Co 9:2; Mt 5:16), adornam a profissão [de fé] do Evangelho (Tt 2:5,9-12; 1Tm 6:1), tapam a boca aos adversários (1Pe 2:15) e glorificam a Deus (1Pe 2:12; Fp 1:11; Jo 15:8). -- Então que fique bem claro que, o CALAR A BOCA dos inimigos é uma consequência natural da ação do Espírito Santo que faz com que o cristão aja em obediência a Lei de Deus, com gratidão, confiança, edificação e todas as outras coisas para a GLÓRIA DE DEUS.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SOZINHO

“Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” (Êxodo 33:15 ARA) Eu tenho investido uma parcela significativa do meu tempo, esforço, talento, paciência e especialmente de unção. Esse investimento é em pessoas que procuramos discipular para que discipulem outros, num ciclo interminável até que venha o Senhor. Mas tem gente que não consegue entender o valor de não andar só. Moisés valorizava tanto a presença manifesta de Deus na sua vida que preferia ficar onde estava se Deus não fosse com ele. Eu já me comovi tantas vezes com tantas coisas, especialmente com milagres operados por Deus. Curas maravilhosas, sobrenaturais; transformações de vidas que estavam dadas por perdidas há muito tempo. Relacionamento rotos que de repente aparecem reconstruídos como que do zero. Mas isso tudo é palha, o que importa é a presença do Pai. Eu e você, que conhecemos ao Senhor, deveríamos nos emocionar de andar com Ele. Não no sentido sensacionalista, falo da intimidade. Falo de entrar no quarto secreto e ali se emocionar, num pacto silencioso de não deixar ninguém saber o que se passou ali. Falo de optar por nem contar nada sobre algo que Deus falou, porque é pessoal. Falo de ter uma alegria sobrenatural por causa Dele, independentemente de estar acontecendo alguma coisa ou não, de estar tendo alguma manifestação ou não, simplesmente pelo fato Dele estar presente. Moisés talvez não se emocionasse, talvez fosse mais sóbrio e equilibrado em suas emoções. Mas eu não sou. E mesmo que não fosse emotivo (deduzimos porque a Bíblia não detalha muito isso de Moisés), esse homem optava por ficar se Deus não fosse. A presença para ele era tudo. Isso tem de nos ensinar alguma coisa, isso tem de nos moldar de alguma forma. Hoje acontece tanta coisa em tantos lugares que a gente não deveria ir, não deveria acompanhar ou fazer junto, e por vezes, nem deveria ver. Mas as vezes a gente vai, mesmo que não seja sempre. Daí a ficamos nos perguntando porque não tem mais tantos “Moisés” em nossos dias. Acho que está, ao menos parcialmente, respondido. “Pai, eu quero aprender a valorizar Tua presença como o ar que respiro, que mesmo sendo invisível é o que viabilizar minha vida. Ajuda-me.”

CONFRONTE

 CONFRONTE! "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto" (Prov 27:5) Há uma impressão equivocada sobre o cristão a respe...