Total de visualizações de página

sábado, 31 de outubro de 2015

REFORMA PROTESTANTE

Dia 31 de outubro de 1517 foi a data escolhida por Martinho Lutero para divulgar suas 95 teses contra o papa e a Igreja Católica. Era o início da Reforma Protestante, que gerou o movimento evangélico. Já leu as teses? Leia aqui. Pregadas na porta da Catedral da cidade Wittenberg, Alemanha, os argumentos do ex-monge Lutero não pediam que a Igreja se dividisse, mas que passasse por uma reforma teológica, abandonando práticas que contrariavam as Escrituras Sagradas. Rejeitadas pelo Vaticano, foram o início do que seria mais tarde a Igreja Luterana. Entre as propostas de Lutero estava a de traduzir a Bíblia para que todos pudessem conhecer a Palavra de Deus. Até então isso era privilégio do clero. Foi uma verdadeira revolução no cristianismo. Lutero baseava-se em “5 pilares” que são usados até hoje para definir a fé protestante: “Somente a Escritura, somente a Fé, somente a Graça, somente Cristo e Glória somente a Deus”. Os ideais se espalharam pela Europa e encontraram eco em vários movimentos similares. Essa é a raiz das igrejas evangélicas que se espalham por todo o mundo até hoje. Embora pouco divulgada pelas igrejas no Brasil, o fato é que a Reforma ajudou a mudar a história. Prestes a completar cinco séculos, a Reforma continua inspirando milhares de cristãos no mundo inteiro. Em 2012, foi lançada pelo evangélico Orley José da Silva a campanha “500 anos de Reforma, 100 milhões de evangélicos no Brasil”. Segundo Orley, o número de evangélicos no Brasil hoje gira em torno de 50 milhões. Sua proposta é que cada crente do país se esforce para “evangelizar uma pessoa não cristã, levá-la a decidir-se por Cristo e a discipular” até 31 de outubro de 2017. Assim, no aniversário de 500 anos da Reforma teremos 100 milhões de evangélicos no Brasil. “É claro que somente isto não basta, precisamos urgentemente de um reavivamento bíblico, que reflita profundamente na espiritualidade, na moral e na ética, primeiro da igreja e depois da sociedade”, esclarece.

ARREPENDIMENTO

“Reconhecer nossos pecados não é suficiente. Isso deve ser acompanhado de arrependimento. O significado bíblico de arrependimento inclui três aspectos: reconhecimento do próprio pecado, tristeza por haver pecado e o desejo de não mais pecar. Se algum aspecto está faltando, não há verdadeiro arrependimento. Por exemplo, Judas admitiu seu pecado, mas faltou-lhe tristeza por ter traído o Mestre (Mt 27:3, 4). Ele foi dominado pelo remorso, não pelo arrependimento. Sua confissão foi gerada por medo das consequências, não por amor a Cristo.”1 “Podemos ver a importância do arrependimento pelo fato de que João Batista e Jesus começaram seu ministério pregando: ‘Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus’ (Mt 3:2; 4:17). Posteriormente, quando Jesus enviou os doze em sua primeira viagem missionária, eles saíram pregando ‘ao povo que se arrependesse’ (Mc 6:12). Depois do Pentecostes, Pedro exortou a multidão a fazer o mesmo (At 2:38; 3:19).”1 “3. Jesus usou palavras fortes para enfatizar a necessidade universal de arrependimento, a fim de alcançar a salvação. Qual mensagem Ele nos dá?”1 “1 Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. 2 Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? 3 Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. 4 Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” (Lucas 13:1-5 RA)2. Sem arrependimento não há salvação, todo aquele que não se arrepender será condenado. “Jesus afirmou a condição pecaminosa de todas as pessoas. Por isso, Ele exortou Seus ouvintes: “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (v. 5). Sem arrependimento, a redenção é impossível, porque a ausência de arrependimento demonstra que as pessoas não querem se submeter ao Senhor.”1 “Paulo disse: “A bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento” (Rm 2:4). O que significa isso? Um bloco de gelo pode ser quebrado em pequenos pedaços, mas os pedaços resultantes ainda serão gelo. Esse mesmo bloco de gelo pode ser colocado perto de um aquecedor, e o gelo se tornará água. O gelo do nosso orgulho derreterá somente se ficarmos expostos ao calor da bondade e do amor de Deus. Assim, é crucial que meditemos, tanto quanto possível, em todas as evidências que recebemos do amor de Deus por nós.”1 “’Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos’ (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 189).”1 “Quais são as evidências do amor de Deus? O que você tem visto, experimentado e aprendido que lhe dá fortes razões para confiar na bondade divina? Por que é importante refletir sobre essas razões, especialmente em tempos difíceis?”1

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

FRACASSOS

Eu e minha esposa passamos alguns anos como missionários no Brasil. Durante nossos primeiros dois anos, nos sentimos infrutíferos e fúteis. Na maioria dos dias, eu ia para casa frustrado. Então, pedimos a Deus um outro plano. Nós oramos e lemos novamente as Epístolas, especialmente focados em Gálatas. Me ocorreu que eu estava pregando uma graça limitada. Quando eu comparei a nossa mensagem do evangelho com a de Paulo, eu vi uma diferença. A mensagem dele foi uma boa nova de alta potência. A minha foi um legalismo azedo. Então, nós focamos no evangelho, proclamando perdão de pecados e a ressurreição da morte. Nós batizamos quarenta pessoas em doze meses! Deus não havia terminado com a gente ainda. Nós só precisávamos colocar o passado no passado e o plano de Deus em prática. Não desperdice os seus fracassos deixando de aprender com eles. Levante-se! Deus não lhe esqueceu. Levante a cabeça. Você nunca sabe quanta coisa boa lhe espera.

VASOS

“O oleiro não tem poder sobre o barro, para com a mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?” (Romanos 9.21). Paulo foi chamado por Deus de “vaso escolhido” (At.9.15), fazendo uso figurado de uma palavra que depois vai aparecer também em algumas de suas cartas. Em Romanos 9.21-23, por exemplo, essa palavra aparece quatro vezes, com o mesmo uso. Primeiro, servindo-se do exemplo de que vasos para diferentes finalidades podem ser feitos pelo mesmo oleiro e com o mesmo barro, o apóstolo ensina sobre a soberania de Deus. É sua decisão soberana moldar-nos como desejar, não nos competindo nenhuma queixa contra a sua vontade. Mas, como assim? alguém perguntará; não podemos relatar a Deus nossa perplexidade diante do sofrimento e da dor, como o próprio Jesus fez na cruz? (Mt.27.46). Sim, podemos, e a resposta da Senhor será sempre: “Não tenha medo, somente creia” (Mc.5.36). Mas não é a isso que Paulo aplica a analogia do oleiro e dos vasos, pois, em segundo lugar, ele usa as figuras dos “vasos da ira” e “vasos de misericórdia”, para tratar a (até hoje) complicada questão da eleição de Israel. Paulo já dissera que Abraão teve vários filhos, mas apenas Isaque cumpriu a promessa de ser a semente de um povo eleito, assim como dos filhos de Isaque, Jacó (ou Israel,) e não Esaú, tornou-se herdeiro e continuador da eleição (vv.7-13). Por que? E Porque precisava escolher. Porque é soberano e somente a ele competia escolher. Daí a palavra “vasos”. Vasos eram utensílios usados no dia a dia do povo da época em que Paulo escreveu, e podiam ser feitos de materiais diversos, como diz o apóstolo em 2Timóteo 2.20: “Numa casa que é grande, não há somente vasos de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro; uns, na verdade para uso honroso, outros, porém, para uso desonroso.” Uma pessoa rica poderia, por exemplo, usar um vaso de ouro para higiene pessoal - um uso “desonroso”- e seus cozinheiros usarem um vaso de barro fazer a comida - um uso “honroso”. O problema dos israelitas foi que se esqueceram de que tinham sido eleitos em decorrência de uma promessa e não por seus próprios méritos. Em vez de se deixarem moldar por Deus como vasos de misericórdia, tornaram-se vasos da ira. Como diz Paulo logo adiante, “não reconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.” (Rm.10.3). Não há nenhum mérito em ser vaso, a não ser o deixar-se encher da graça de Deus. Mas se rejeitamos a graça, infelizmente nos deixamos encher da ira de Deus.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CONSOLO PARA O AFLITO

Muitas são as aflições do ser humano; todos, passaram, estão passando ou, passarão por elas. Várias são as necessidades: alimento, água, ar, amor, companhia, realização, esperança, consolo; Por vezes o desânimo e a tristeza, teimam em nos dominar, chegamos às raias do desespero, procuramos socorro por todo lado, família, amigos, conhecidos, líderes espirituais e nada de luz no fim do túnel. A Bíblia nos encoraja a permanecer firmes e a perseverar na fé: Através de muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus: At. 14.22. A tribulação faz parte da vida do servo do Senhor, mas, o consolo também, Deus não perdeu o controle da situação, Ele não nos esqueceu, veja o que ele diz em Isaias 49.13-15: Exultai, ó céus, e alegra-te, ó terra, e vós, montes, estalai com júbilo, porque o SENHOR consolou o seu povo, e dos seus aflitos se compadecerá. Porém Sião diz: Já me desamparou o SENHOR, e o meu Senhor se esqueceu de mim. Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. Pode confiar, Deus é fiel à sua Palavra O propósito do consolo celestial é inspirar-nos a dirigir e olhar para o que Deus ainda vai realizar O apóstolo João, com mais de 90 anos, no fim da vida, ainda olhou para o futuro, quando estava na ilha de Patmos, escrevendo o livro de Apocalipse. Foi arrebato no espírito e teve visões fantásticas do que iria acontecer no fim dos tempos. Com elas, recheou as páginas do mais extraordinário livro das Escrituras; ele se interessava pelo que Deus ia fazer e, ainda acreditava nos dias que viriam, ainda esperava algo da vida, apesar das muitas aflições, tribulações e sofrimentos O consolo celestial não é um conforto qualquer, não foi feito de promessas vazias. Ele é dado pelo próprio Rei da glória que nos dá toda a garantia, pois controla todo o universo e, vela por fazer cumprir a sua Palavra: E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.(Jr. 1.12) Por vezes, deixamos de ver a mão de Jesus nos acontecimentos, vítimas de uma verdadeira miopia espiritual, Ficamos assustados com os fatos e, desanimados entregamos os pontos, nem percebemos que mão do Senhor está operando por trás de tudo, promovendo restauração, cura, libertação e socorro em meio às aflições. Jesus disse á João em Apocalipse 1.18: Sou aquele que vive. Estive morto mas, agora estou vivo para todo o sempre! Ele diz também a mim e a você: Não temas!! Ele manda o consolo e livramento, pois sabe o que sentimos Onde houver uma pessoa precisando de Jesus, passando por aflição, Ele estará ali, independente do lugar; O Senhor dará conforto, enxugará dos olhos toda a lágrima. Só precisamos permitir que o cuidado, a promessa e a presença de Cristo consolem o nosso coração. Lembre-se Jesus não mostra a luz no fim do túnel. ELE É A LUZ NO TÚNEL OU EM QUALQUER LUGAR.

RAIZ DA AMARGURA

As nossas emoções, desejos, vontades e raciocínios residem na alma, também chamada de mente. O inimigo sabe que não pode atingir o espírito recriado, então “ele” ataca a alma, as emoções desde o ventre materno até o momento da morte física. Não podendo tocar em nossa salvação, o diabo vai querer impedir a produção dos frutos de uma vida santificada. Muitos vivem uma vida amarga, falando mal de outras pessoas, criticando a tudo e a todos; outros têm medos, traumas e complexos. Não conseguem crescer em suas vidas materiais e espirituais, impedindo o crescimento dos outros. Dos corações crescem verdadeiros espinheiros. Cortar apenas os espinhos, ou apenas mudar as circunstâncias, não vai resolver a causa do problema que está no coração. Hebreus 12:15 nos diz: “...tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” O problema real está num lugar fora da nossa vista: na raiz, no coração, na alma, e aí ele deve ser tratado. Uma ferida não tratada provocará sofrimento a todo o corpo e quanto mais cedo for tratada, mais facilmente será curada. Fomos no passado, somos hoje e seremos sempre alvos do “maligno”, não estamos imunes às suas investidas. Mas nos foi providenciado algo grandioso, há um tratamento para nós, vem de Jesus Cristo através do Espírito Santo. O diabo é um vencido e nós somos vitoriosos, em Jesus. O Senhor Jesus Cristo em sua morte nos proporciona: a salvação espiritual, a cura das emoções (alma) e do nosso corpo. Ninguém sofreu desprezo e injustiças como Jesus sofreu, e foi tudo por nossa causa. Necessitamos impedir que a raiz de amargura brote e nos perturbe, pois isso acontecendo, muitos serão contaminados. Todo problema não resolvido em seu início, aumenta de volume a cada dia, ficando cada vez mais difícil solucioná-lo. Efésios 4:26 diz exatamente isso: se nos irarmos ou ficarmos nervosos por alguma coisa, não devemos pecar, e nem deixar para o outro dia a solução da questão. Muitas vezes não conseguimos perdoar as outras pessoas e isso nos leva a grande raiz de amargura, provocando-nos muitos males e até certas enfermidades como reumatismo, doenças da coluna, artrites, artroses, dores, cânceres, etc. Devemos nos perdoar uns aos outros, pois Deus nos perdoou primeiro. O perdão é uma virtude a ser exercida. Quando oramos a oração do “Pai Nosso” dizemos: “...e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado os nossos devedores...” esse é o perdão a ser exercido. Não devemos viver pelo que sentimos e sim pela Palavra de Deus. Exercitemos o perdão, o amor e as demais virtudes do fruto do Espírito. Em um coração curado, sem raízes de amargura, Cristo reina exercendo o controle total, e em conseqüência o fruto do Espírito fluirá em abundância, muitos frutos serão colhidos, para o engrandecimento do Reino de Deus. Libertemo-nos das algemas de satanás, dos traumas do passado, do presente e do futuro, tomando posse da vitória completa em Jesus Cristo. “Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” Efésios 5: 1 e 2.

AMAR A DEUS

A visita de Jesus à casa de Marta e Maria ilustra o verdadeiro significado de amar a Deus: "… Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada" (Lucas 10:38-42). Marta era uma boa senhora. Ela recebeu bem Jesus em sua casa. Ela poderia ter-se incomodado com o serviço extra e a perturbação que sua visita traria e ter pedido a Ele que se fosse, mas não o fez. Ela estava ansiosa por sentar-se e ouvir o Senhor, como sua irmã Maria estava fazendo, mas as exigências de suas preparações deixaram-na sem tempo para fazer isso. Talvez ela estivesse preparando uma refeição, limpando a casa ou atendendo às outras tarefas domésticas da família. Seus elevados padrões nessa área e sua compulsão para ter as coisas bem em ordem para a visita de Jesus frustraram-na grandemente. Ela ficou irada porque sua irmã não a estava ajudando. Jesus apontou o problema dela: estava aflita e aturdida por muitas coisas. Não eram coisas más, porém não eram "aquela coisa" de importância suprema. Ela estava aplicando esforço de primeira qualidade a atividades de segunda qualidade. Maria, em contraste, sentou-se aos pés de Jesus, ouvindo-o. Havia uma refeição para ser preparada, talvez uma casa para ser limpa, mas Maria escolheu passar o seu tempo com seu Senhor. Tanto Maria como Marta tinham algum amor por Jesus. Mas Maria era aquela que amava a Jesus com "todo" o seu coração, com "toda" a sua alma, com "toda" a sua força, e com "todo" o seu entendimento. Amar assim a Cristo significa escolher buscar as prioridades espirituais, mesmo se isso significar fazer outras coisas não tão bem, ou mesmo não faze-las Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo. Algumas coisas que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. O que escolheremos? Algumas pessoas escolhem o urgente em vez do importante, fazendo as coisas que precisam ser feitas imediatamente em vez das coisas que são muito mais valiosas a longo prazo. Uma vez que muitas tarefas espirituais (coisas como orar e estudar) podem ser feitas a qualquer tempo, elas tendem a ser postas de lado enquanto nos concentramos em atividades com limite de tempo. Alguns escolhem as coisas que são visíveis em vez das coisas que as pessoas não podem ver. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros, elas podem ser facilmente negligenciadas. Marta recebeu bem a Cristo, porém não escolheu a boa parte. Tinha tantas outras coisas que a sobrecarregavam e preocupavam que não teve tempo para sentar-se e ouvir Jesus. O tempo que gastamos com Jesus é um sinal de quanto o amamos. O amor é a chave para herdar a vida eterna.

CUIDANDO DO CORAÇÃO

Aprendemos, com as palavras Jesus, que "a boca fala do que o coração está cheio" (Mateus 12.34) ou que "o que sai da boca vem do coração" (Mateus 15.18), seja bom, seja ruim, sejam projetos de vida, sejam rastros de destruição. Sim, o coração acaba mostrando quem nós somos (Provérbios 27.19). Até uma criança sabe que o coração é a casa dos desejos, é o porto das emoções, é a habitação dos sentimentos, é a morada das atitudes. A criança precisa aprender a cuidar do seu coração. O adulto precisa proteger o seu próprio coração. Por isto, cabe-nos cuidar do nosso coração Entre os cuidados que podemos tomar, uns são bem evidentes. Cuida do seu coração quem lê textos bons, textos que nos façam ter desejos bonitos. Um coração carece de ser irrigado permanentemente por leituras boas que descortinem vontades plenas de bondade. Quem cuida do seu coração vê programas bons, sejam filmes ou espetáculos, que são aqueles que nos servem de canais para produzir emoções que tornam bonito o nosso rosto. Quem cuida do seu coração ouve sons bons, como músicas que despertem sentimentos doces ou conversas que conduzam por sentimentos que edificam, não por forças que destroem. Quem cuida do seu coração participa de atividades que inspiram atitudes sábias. O que esperamos que o nosso coração mostre quando o enchemos de exemplos de brutalidade, de convites à desonestidade, de histórias de perversidade, de afirmações negativas ou de inspirações pornográficas? Não podemos ter a ilusão que o nosso coração se manterá puro consumindo impureza. Nosso coração não pode ser uma lixeira onde se despeja o que se quer descartar. Nosso coração deve ser como uma despensa onde seu guardam alimentos que preservam a vida ou um cofre onde se protegem tesouros.

DEIXE O PASSADO

Lembra da história do filho pródigo? Ele desperdiçou sua herança numa vida de farra e péssimas escolhas. Ele perdeu cada centavo. O percurso dele acabou no beco sem saída da pocilga. Um dia ele estava com tanta fome que se inclinou sobre a pocilga, inalou, e sentiu vontade de comer. Ele estava prestes a comer quando algo dentro dele acordou. Peraí. O que é que estou fazendo rolando no lamaçal? Aí, ele tomou uma decisão que mudou sua vida para sempre. “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai.” Você pode fazer isso. Você não consegue desfazer todo o estrago que fez. Mas pode se levantar e ir até seu Pai. Até o apóstolo Paulo teve que tomar esta decisão. Ele disse “esquecendo- me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo” (Filipenses 3:13-14)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Amor de Deus Nunca Falha

Um tropeço não define ou quebra uma pessoa. Embora você tenha falhado, o amor de Deus não falha. Encare seus fracassos com fé na bondade de Deus. Como Josué, quando ele ficou em pé do lado leste do Jordão, Deus podia ver o revés que estava para vir. Mesmo assim, ele nos diz o que disse para Josué: “Preparem- se para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que eu estou para dar aos israelitas.” (Josué 1:2) Não há condição naquela aliança. A oferta da Terra Prometida de Deus não depende da nossa perfeição. Depende da perfeição dEle. Nas mãos de Deus nenhuma derrota é devastadora. Salmo 37:23-24 nos lembra que os passos de homens bons são dirigidos por Deus. Ele se alegra em cada passo que eles tomam. Se eles tropeçam, não é fatal, pois o Senhor os segura com a sua mão. É essencial que você compreenda isso – a graça de Deus é maior que as suas falhas!

QUEM

“Em todas essas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Romanos 8.37). O pronome interrogativo “quem” aparece quatro vezes no grande hino de triunfo que Paulo incluiu em sua Carta aos Romanos, capítulo 8, versículos 31 a 39. São quatro perguntas retóricas, feitas não para serem respondidas, mas para evidenciar a obra da graça de Cristo na vida do crente. Esse hino resume, em forma de louvor, tudo o que foi dito por Paulo até este momento na Carta aos Romanos. Analisemos brevemente cada uma dessas perguntas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (v.31). Em 1Pedro 5.8 lemos que o Diabo anda em nosso derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar. Em Efésios 6.12 Paulo diz que temos de lutar contra principados e poderios, contra os príncipes deste mundo das trevas, contra os exércitos espirituais da maldade. O próprio Jesus diz que o mundo nos odeia (Jo.15.19). Entretanto, estamos do lado certo da batalha; se Deus luta por nós, quem poderá nos derrotar. Como diz o salmista: “O Senhor é a força da minha vida; de quem terei medo?” (Sl.27.1). “Quem trará alguma acusação contra os escolhidos de Deus?” (v.33). Escrevendo aos crentes da Ásia, num contexto de perseguição, Pedro diz que eles estavam sendo acusados de praticar o mal (1Pd.2.12), caluniados por causa de sua fé (1Pd.3.16) e insultados pelo nome de Cristo (1Pd.4.14). Paulo diz que a nossa própria consciência nos acusa (Rm.1.15), mas o maior de todos os acusadores é o Diabo; ele nos acusa dia e noite diante do nosso Deus (Ap.12.10). Porém toda acusação contra nós será anulada, pois, por sua escolha, somos justificados pelo próprio Deus. “Daquele que não tinha pecado Deus fez um sacrifício pelo pecado em nosso favor, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2Co.5.21). “Quem condenará os escolhidos de Deus?” (v.34). Por causa do pecado, o ser humano é condenado à morte (Rm.6.23), e o Diabo não perde oportunidade de nos lembrar disso, fazendo com que nós próprios nos condenemos. Mas João diz que se o nosso coração nos condena, maior é Deus que o nosso coração (1Jo.3.20), e foi quem seu Filho para pagar a nossa pena na cruz, “o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm.8.34). “Meus filhinhos, eu vos escrevo para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.” (1Jo.2.1). “Quem nos separará do amor de Cristo?” (v.35). No mesmo versículo, Paulo propõe algumas possíveis respostas: “Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” Por tudo isso Paulo já havia passado, e podia dizer: “Sofremos pressões de todos os lados, mas não estamos arrasados; ficamos perplexos, mas não desamparados; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2Co.4.8,9). Nenhum evento da existência ou da história humana, nenhuma dimensão, nada do que Deus criou no céu e na terra pode nos separar do amor de Cristo. Jesus disse, a respeito de nós: “Dou-lhes a vida eterna, jamais perecerão; e ninguém as arrancará da minha mão.” (Jo.10.28).

terça-feira, 27 de outubro de 2015

DEUS USA FRACASSOS

O que foi que eu estava pensando ao aceitar este trabalho? Eu podia ter conseguido algo melhor. É tudo culpa minha. As vozes – você já ouviu todas elas. Quando você perdeu seu emprego, foi reprovado no exame, ou quando seu casamento acabou. Quando você fracassou. As vozes começaram a gritar. Rindo de você. Você as ouviu. E você se juntou a elas. Você se desqualificou, se condenou. Se sentenciou a trabalho duro na prisão de baixo autoestima. Ó, as vozes do fracasso. Fracasso encontra todos nós. Mas, a Palavra de Deus foi escrita para fracassos. É cheia de gente que farrapou. Davi foi um fracasso, mas Deus o usou. Jonas estava na barriga de um peixe e Deus ouviu a sua oração. Pessoas perfeitas? Não. Perfeita bagunça? Claro que sim! Uma descoberta surpreendente e bem vinda é esta: Deus usa fracassos! Se você perder esta verdade, perderá seus Dias de Glória. A graça de Deus é maior que seus fracassos.

LEI E FÉ

“Será que Deus é somente dos judeus? Não é também dos gentios? É também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará por meio da fé os da circuncisão, e também por meio da fé os da incircuncisão.” (Atos 3.30). Os israelitas eram exclusivistas e etnocentristas, mas isso era se esperar em um mundo em que todos os povos eram também exclusivistas e etnocentristas. Aliás, até hoje o problema existe; não é por acaso, por exemplo, que se diz que “Deus é brasileiro”. Assim, pensavam os judeus que o Deus que se revelou a Moisés, o Eu Sou, era o Deus deles, e cada uma das outras nações tinha o seu próprio deus ou deuses. Eles, os judeus, tinham um só, e era “propriedade” deles. A questão da promessa feita por Deus a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que por meio dele todas as famílias da terra seriam abençoadas, era resolvida pelos israelitas pela via supremacista. Como ensinavam os rabinos, os herdeiros de Abraão seriam os “donos do mundo” e as demais nações seriam abençoadas por Deus pelo fato de serem vassalas da nação eleita. Paulo combate essa visão na Carta aos Romanos. Primeiro, ele diz que “ninguém será justificado pelas obras da lei, porque pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm.3.20) e, “onde não há lei também não há transgressão” (4.15). Portanto, conclui, em vez de ser anulada pela fé, a lei é confirmada por ela (3.31). Infelizmente a lei não pode livrar nem mesmo o judeu da transgressão, pode somente evidenciá-la, essa é a sua função. A fé, então, torna-se necessária e imprescindível para que tanto o judeu como o não judeu seja absolvido do pecado. Segundo, ele diz que a fé exclui todo motivo de orgulho (3.27). Todo exclusivismo, etnocentrismo, supremacismo, cai por terra. Deus nivela todos, circuncisos e incircuncisos, por estabelecer uma única possibilidade de justificação: arrependimento e fé em Jesus para o perdão dos pecados. Tanto judeus como gregos estão debaixo do pecado (3.9) e necessitam ser justificados pela graça de Deus, por meio da redenção em Cristo Jesus, cujo sacrifício satisfez a justiça de Deus, que exigia a punição do pecado evidenciado pela lei (3.24,25). Assim Deus continua justo e cumpre a lei, mas ao mesmo tempo torna-se justificador, exercendo a graça (3.26). Terceiro, Paulo diz que a fé é que dá sentido à encarnação, paixão e ressurreição de Jesus: “Jesus, nosso Senhor, (....) foi entregue à morte por causa das nossas transgressões e ressuscitado para a nossa justificação” (4.25). Essa é a razão da nossa paz, da nossa esperança, da nossa perseverança, da nossa libertação, da nossa nova maneira de viver. A lei não pode dar-nos nada disso. A lei exige o sacrifício pelo pecado; a morte e a ressurreição de Jesus são a solução definitiva da demanda da lei.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A MOEDA DO CÉU

Imagine que você estivesse vivendo no sul dos Estados Unidos e havia acumulado grandes quantidades de moeda da Confederação. Por meio de alguma circunstâncias você ficou sabendo que o sul ia perder a guerra civil e seu dinheiro em breve ficaria sem valor. O que você faria? Se você tivesse qualquer bom senso você converteria cada centavo na futura moeda corrente e se prepararia para o fim da guerra. Você está investindo na moeda do céu? A moeda deste mundo não terá valor algum quando você morrer ou quando Cristo voltar. Em quem você confia? Deus ou Rei Mais? Rei Mais é um governante podre. Ele nunca satisfaz. Ele enferruja. Ele perde valor. Por todas as promessas que ele faz, ele não pode cumprir um sequer. Rei Mais quebrará o seu coração. Mas o Rei dos Reis? Ele lhe segurará todas as vezes!

FAÇA A SUA CHAMA ARDER.

Olhar para o nosso passado pode nos encher de lembranças e nos deixar contentes. Contemplar o desafio do futuro pode nos dar medo e até nos fazer ficar onde estamos. Contar o dinheiro que o nosso trabalho granjeia pode nos aumentar o desejo de ter mais. Quando a vaidade, por causa do sucesso, sorri entre nossos lábios, estamos perto de tropeçar. Quando a coragem se torna uma companheira natural, acabamos percorrendo trilhas de aventura pela aventura, sem rumo, apenas pelo prazer de ir. Quando o dinheiro se torna uma ambição, estamos perto de nos tornar pessoas insensíveis, para as quais a vida não passa de números acumulados num extrato de banco. Viver de uma maneira que valha a pena é ter uma chama ardendo dentro de nós. Quando a chama arde, não nos acomodamos, embora tenhamos motivos para nos emocionar diante dos aplausos. Uma chama ardente não tem a ver com idade e nem com a largura dos sonhos que nos tomam pelas mãos. Uma chama ardente tem a ver com o desejo de tornar a vida melhor. A nossa vida e a dos outros. Ela nos faz trocar de continente para promover a paz. Ela nos faz mudar de cultura para levar o Evangelho que transforma o pesadelo em esperança. Ela nos faz virar noites para deixar algo nosso no mundo, seja um livro, um artefato, uma canção, uma escultura, um quadro, uma ponte, um tapete, um aplicativo capaz de gerar calor em vidas cinzentas. Ela nos faz arriscar a própria a vida, se necessário for, para que os mortos ressuscitem. Ela nos dá uma alegria de viver que salta dos nossos olhos, como fogo que produz calor, o calor da vida, em nós e nos outros. Faça a sua chama arder.

domingo, 25 de outubro de 2015

DEUS SE REVELA NA NATUREZA HUMANA

“Porque, quando os gentios, que não têm lei, praticam as coisas da lei por natureza, embora não tenham a lei, tornam-se lei para si mesmos, demonstrando que o que a lei exige está escrito no coração deles, tendo ainda o testemunho da sua consciência e dos seus pensamentos, que ora os acusam ora os defendem.” (Romanos 2.14,15). A Carta de Paulo aos Romanos nos mostra como Deus se revela ao homem na criação do Universo, na História, na Palavra de Deus e em Jesus Cristo. Mas diz também que Deus se revela na natureza humana. Falando sobre a Lei dada por meio de Moisés, Paulo reconhece que os não judeus realmente não têm essa Lei, mas “por natureza” praticam os princípios da lei, pois o que essa Lei exige está escrito em seus corações. Antropólogos que têm estudado os mais diversos povos chamados primitivos, nos cinco continentes, são unânimes em dizer que todos eles têm um código legal (não escrito, é claro) e formas instituídas tanto de julgar e punir as transgressões, como de legitimar as práticas corretas. Por exemplo, têm regras sobre o adultério, o roubo, a mentira, os mesmos preceitos que estão na lista dos dez mandamentos da Lei de Moisés. Aliás, entre eles as transgressões a esses preceitos são em muito menor grau do que entre os chamados civilizados. É da natureza do ser humano estabelecer normas de conduta e guiar-se por elas. E nós, cristãos, entendemos que isso não acontece por acaso; foi Deus quem colocou isso em seu coração. Como diz Stott, ao criar os seres humanos, “Deus os fez pessoas morais e auto-conscientes” (John Stott, Romanos, ABU Ed., SP, 2000, p.96). Mas além disso Deus colocou dentro do homem uma espécie de juiz íntimo, que é a sua consciência. Paulo usa a palavra “consciência” várias vezes em suas cartas e Pedro também a usa. O sentido é de “uma testemunha interior independemente, que examina e julga a conduta do homem. Num cristão este exame e o julgamento são especialmente exatos, porque a sua consciência é iluminada pelo Espírito Santo.” (F.F.Bruce, Romanos – Introdução e Comentário, Ed. Vida Nova/Ed. Mundo Cristão, SP, 1979, p.75). Essa revelação divina na natureza humana é uma das razões por que Paulo diz que o homem, seja ele qual for, é indesculpável diante de Deus.

DE ASSASSINO A DEUS

“Enquanto Paulo ajuntava um feixe de gravetos e os colocava sobre o fogo, uma serpente, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. Quando os que habitavam a ilha viram a serpente pendurada na mão dele, disseram uns aos outros: Certamente esse homem é um assassino, pois, embora salvo do mar, a Justiça não o deixa viver.” (Atos 28.3,4). A mente humana é muito volúvel, especialmente quando guiada pela superstição e pela ignorância. Na história do naufrágio do navio que levava Paulo como prisioneiro do imperador para a capital romana, temos uma amostra disso. Após enfrentar uma terrível tempestade durante quatorze dias, e estando o navio à deriva, foi arrastado pelo mar até a ilha de Malta, próximo à Sicília. Conforme já lhe tinha sido garantido por um anjo do Senhor, Paulo e todos os seus companheiros de viagem sobreviveram ao naufrágio (veja At.27.1-44). Certamente os habitantes de Malta ficaram sabendo que entre os náufragos havia também prisioneiros a caminho de Roma, mas Lucas diz que eles trataram todos com muita bondade, pois “acenderam uma fogueira e nos abrigaram a todos por causa da chuva que caía e do frio” (At.28.2). Paulo, que não era de ficar parado olhando os outros trabalharem, também se pôs a catar gravetos para aumentar a fogueira. Foi quando uma cobra venenosa que fugia do calor do fogo não só o picou, como suas presas ficaram cravadas na sua mão. Quando viram a serpente pendurada na mão de Paulo, os malteses logo pensaram: “Esse aí só pode ser assassino, pois mesmo tendo escapado de morrer no mar, Dikê (deusa da justiça e da vingança) mandou a cobra envená-lo. Agora ele morre mesmo.” Mas Paulo limitou-se a sacudir a mão para que a serpente caísse na fogueira e nada lhe aconteceu. Entretanto, os malteses ficaram observando durante muito tempo, esperando que Paulo ficasse inchado ou caísse morto de repente. Mas, como informa Lucas, “vendo que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus.” (At.28.6). Se não morreu com o veneno da cobra, só podia ser um deus. Paulo e Barnabé já tinham sido vítima de uma atitude volúvel como essa em Listra, mas no sentido inverso. Ao curarem um aleijado de nascença, foram considerados como deuses e foi com muita dificuldade que impediram o povo de oferecer-lhes sacrifícios. Porém, logo em seguida apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, dando-o como morto (At.14.8-19). Certamente isso aconteceu outras vezes, mas Paulo nunca se importou. A lição que fica desses episódios é que a opinião alheia não pode servir de parâmetro para os que querem fazer a obra do Senhor. Nosso parâmetro é a Palavra de Deus.

sábado, 24 de outubro de 2015

SONDA-ME

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno." Salmos 139:23-24 Pensamento: Amados é um privilégio ter um Deus que conhece nosso intimo, mais do que nós mesmos o conhecemos. Muitas vezes não entendemos o que estamos passando, não sabemos qual direção devemos seguir, não sabemos o que passa dentro de nosso coração, mas o Senhor conhece nossa necessidade, nossa dúvida, nossos medos, e somente Ele é capaz de nos guiar pelo melhor caminho. Oração: Pai querido, entrego meu coração, meus sentimentos e minhas emoções ao Senhor. Minha vida esta em Suas mãos, sei que há tempo para todas as coisas, por isso se houver tristeza, medo, solidão, dúvida, sei que estas coisas são para minha edificação. Guarda meus caminhos, e livra meus passos do caminho do mal. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

ÁGAPE

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. (João 13:34,35) A Palavra de Deus nos ensina claramente que não existe dom maior que o amor. Nele tudo é possível, perdoado e aceito. Também diz que somos feitos à Sua semelhança, por isso devemos amar, respeitar e cuidar do nosso corpo, alma e espírito. O Senhor tem por nós o amor Ágape (Incondicional) que se doa sem pedir nada em troca. Ao passo que nós habitualmente amamos quem nos convém ou quem nos ama de volta. No entanto, por mais difícil que seja, Cristo nos deixa um mandamento: “Ame ao próximo como a ti mesmo”. Fico aqui pensando, se já é difícil amar quem esta próximo de nós, imagina aquele que está distante. Porém vale lembrar que Deus não nos obrigada a nada. Temos o direito de escolha. Obedecer os Seus princípios ou não. Precisamos aprender e acima de tudo exercitar este AMOR sem restrições, perdoando o próximo todos os dias, aceitando o seu humor, gênio e até atitudes incompatíveis com as nossas. Que tal uma “tarefa” para esta semana: Amar com o amor Ágape. Pode ser aos poucos. A começar em sua casa, tendo paciência com aquele filho que deixa tudo desorganizado, ou com a irmã que é calada e tem um temperamento introspectivo e às vezes é tão mal interpretada. Tenhamos carinho com a nossa mãe que prepara um almoço tão gostoso e às vezes está carente de um beijo. Dê atenção ao seu pai que precisa apenas escutar “eu te amo pai”. Depois exercite no seu ambiente de trabalho, na sua roda de amigos e por onde mais você passar. Tenho certeza que você será uma pessoa mais feliz e entenderá porque Deus nos deixou este mandamento.

QUAL A VONTADE DE DEUS PARA MINHA VIDA

Uma coisa que me atormentava quando eu era mais jovem na fé era querer saber qual era a vontade de Deus para a minha vida. Sempre ouvi dizer que Deus tinha um plano para as nossas vidas e eu não queria sair do plano de Deus. Sempre me sentia inseguro e amedrontado quando tinha que tomar uma decisão que significasse maiores conseqüências, como sair de um emprego, iniciar ou terminar um relacionamento amoroso ou fazer alguma aquisição. No dia-a-dia, a coisa ia bem, mas quando se tratava de um tema mais denso, eu tinha medo de errar na decisão e assim eu me paralisava, não tomando qualquer decisão ou atitude. Sim, o medo paralisa! Medo não é fruto do Espírito de Deus que mora dentro da gente, mas é algo bem humano. Como diz a Bíblia: “Lance fora todo o medo…”. Nos dias atuais, por vezes ainda sou afligido pela dúvida em querer saber qual é a vontade de Deus para a minha vida, contudo, com o passar dos anos fui aprendendo maneiras de lidar com esta situação e não saber qual seja a vontade de Deus já não me causa medo ou angústia. Tenho conversado com muitas pessoas que se sentem inseguras com relação a saberem qual é a vontade de Deus. Tentarei transmitir aqui um pouco da minha experiência sobre como interpretar o que é a vontade de Deus para cada um de nós. Certamente que é um tema que merece um livro inteiro, não apenas uma reflexão, contudo, vamos nos deter em pontos centrais. A VONTADE DE DEUS É SOBERANA: Aprendemos que na Bíblia, a vontade de Deus é soberana sobre todas as coisas, portanto, aqueles grandes planos de Deus não se frustrarão, como por exemplo: Era vontade de Deus que Jesus viesse ao mundo e ele veio. Era vontade de Deus que Jesus fosse sacrificado em seu lugar, e assim aconteceu. Era plano de Deus que o Evangelho se espalhasse por toda a terra e isto tem acontecido… No que diz respeito aos planos de Deus para o mundo, nenhum dos planos Dele serão frustrados. Portanto, os planos que Deus tem para a SUA vida, também não serão frustrados. Se Deus tem algo muito especial para fazer com você ou por meio de você, Ele o fará, apesar de você. Suas limitações, fraquezas e pecados nada significam para Deus. Ele cumprirá os propósitos Dele na sua vida. Esta certeza nos dá tranqüilidade! Podemos, portanto, “descansar no Senhor”, ou seja, vivermos as nossas vidas sem medos ou “nóias”, mas trabalhando, estudando, se divertindo e descansando, mas descansando não em nossas pseudo-seguranças, mas na segurança de que tem alguém olhando por nós e guiando nossos passos. Sabendo que a vontade Dele é maior que a minha e que os propósitos Dele se cumprirão. Não há necessidade de viver angustiado, consultando Deus a todo o momento sobre isto ou aquilo. Basta viver. Viver em paz sabendo que em sua soberania Deus fechará as portas que não são para entrarmos e abrirá as portas que estão para nós reservadas. A VONTADE DE DEUS JÁ FOI REVELADA: Certa vez uma amiga cristã, muito piedosa e que vivia orando todo o tempo para saber se isto ou se aquilo era da vontade de Deus chegou a mim com uma dúvida. Tinha um homem com quem ela havia saído e por quem estava se apaixonando e ela queria saber se aquele relacionamento era da vontade de Deus, já que Lea tinha planos de casamento. Conversei mais com ela para poder entender mais detalhes e todo o contexto do relacionamento para tentar ajudá-la em sua dúvida. Não demorou cinco minutos para que eu afirmasse a ela: “Não é da vontade de Deus”. Quando ela me contou os detalhes fiquei sabendo que aquele homem com quem ela se relacionava era um homem casado. Disse a ela, “Amiga, não precisamos perguntar a Deus qual é a vontade Dele neste caso, pois já está escrita na Bíblia”. Ora, Deus não é um Deus de confusão. Cada mulher tenha seu marido e cada marido sua esposa. Pode até acontecer e sabemos que tem acontecido desde a fundação do mundo, contudo, adultério não é a vontade de Deus para ninguém. Orientei-a a somente levar o relacionamento adiante caso a outra pessoa estivesse desimpedida legalmente, ao contrário… “É vontade de Deus que eu fale do amor de Jesus para aquela pessoa ali?”. Já te respondo: Sim! Pois já está escrito “Ide e pregai o Evangelho para toda a criatura”. Muitas orientações já estão escritas e a vontade de Deus jamais será contrária ao que já está revelado nas Escrituras. Como ensinou Jesus: “Vocês erram por não conhecerem as escrituras…” Portanto, na dúvida, siga o óbvio. Veja o que a Bíblia diz sobre o tema e siga em frente, de acordo com o revelado nas Escrituras. DEUS É BOM – A VONTADE DELE PARA VOCÊ TAMBÉM: Muitas vezes temos medo de nos sujeitarmos à vontade de Deus por termos medo dela: “Será que é boa a vontade de Deus para a minha?”. Alguns não crêem num Deus de amor, mas num Deus carrasco. Muitos pregam um Deus carrasco. Ficam lendo apenas um antigo livro Hebreu, o qual chamamos de Antigo testamento, e deixam de ler um novo livro, que fala de Jesus e do Deus de amor, que nos ensina a não desejar o mal para quem te deseja o mal. Quem não gosta de cristão, vive citando o antigo Deus carrasco dos Hebreus para justificarem seu ódio contra a não democratização da bênção divina. Muitos cristãos também parecem preferir aquele, pertencente a outra religião. Contudo, o Deus que Jesus nos mostrou é outro, é um Deus bondoso e amoroso, que não quer pagar o seu mal com o mal, mas quer abençoar todos. Portanto, posso afirmar para você que a vontade de Deus para a sua via é boa, perfeita e, sobretudo, agradável! Diz o Apóstolo São Paulo: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos, 12:2). QUAL DECISÃO TOMAR?: Contudo, apesar de o espiritualmente até aqui exposto, há momentos em que temos que tomar decisões pragmáticas. Esta é uma questão de fé: Se eu creio num Deus de amor; Se eu creio que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável; Se eu creio que a vontade Dele é soberana e Se eu estou certo que tenho observado os mandamentos de Jesus, ou seja, que estou dentro dos preceitos ensinados no Novo Testamento, devo, portanto, aplicar pela fé o Salmo de Davi, que diz: “Ao homem que teme ao SENHOR, Deus o instruirá no caminho que deve escolher.” (Salmo, 25:12). Crer que o Senhor, de forma sobrenatural, estará, por meio da inspiração do Espírito Santo, nos mostrando os caminhos mais fáceis para que possamos fazer nossas próprias escolhas de forma mais sensata e, portanto, com mais chances de sucesso. Deus não irá te matricular num curso superior. Você fará ou não isto e, assim, você terá ou não um futuro de mais sucesso profissional e financeiro. É uma escolha pessoal, entretanto, Ele permitirá você enxergar qual será a escolha mais sensata para você. Deus instrui! Como ovelhas, somos tolos, portanto, muitas vezes Deus nos mostra o óbvio, porque não conseguimos ou não enxergamos o óbvio. Gravidez de adolescente solteira é da vontade de Deus? Claro que não! Pois Deus sabe que este será um caminho de sofrimento. Mas, cada um/a poderá fazer suas livres escolhas e correr seus próprios riscos. Só não vale por a culpa em Deus depois (uma especialidade humana). O pecado não faz mal a Deus, faz mal somente ao homem. Por isso que Deus “tenta” nos ensinar o caminho bom, que é a vontade Dele e que é capaz de nos dar um futuro com mais chances de felicidade. Escolhas fora da vontade de Deus, ou seja, fora do que a Bíblia instrui, é buscar sofrimento para si mesmo. O caminho que pode trazer sofrimento ao homem é o caminho que Deus apelidou de pecado. Na dúvida, ore e siga a lógica e as escrituras e “Deus o instruirá no caminho que deve escolher”. NÃO RECLAME DA VIDA: Muitas pessoas vivem reclamando da vida, de Deus e de si mesmas. Queixam-se de erros passados, frutos da ignorância e de decisões fora da orientação bíblica. Pessoas que tomam decisões sem orar ou fazem coisas que estão frontalmente contra a orientação das escrituras, sofrem as naturais conseqüências das escolhas erradas e tendem a culpar os outros: Deus, os pais, o governo, o cônjuge, o namorada/o e, por fim, a si mesmos. Como nos orienta São Paulo: “Deixe as coisas que para trás ficaram e olhe para frente, para o alvo…”. Remoer o passado não mudará o futuro, mas atitudes sérias poderão fazer isso. Não repita erros. Olhe para frente e agradeça a Deus por estar vivo e ter oportunidades novas todos os dias, pois “a misericórdia de Deus se renova sobre nós toda a manhã”. Ter um espírito queixoso o manterá focado no passado e nos erros e o impedirá de ver o futuro. Agradeça a Deus por sua vida e pela oportunidade de poder ter o livre arbítrio e poder continuar tentando acertar. Olhe pra frente! Quer saber qual é a vontade de Deus para a sua vida: “Dêem graças a Deus em todas as circunstâncias e por todas as coisas, porque esta é a vontade de Deus para vocês”. Muito mais teremos para abordar sobre este tema, contudo, este é um pequeno resumo. Deixo, por último, um pequeno depoimento: Sempre que estive em momentos de decisões sérias, orei piedosa e insistentemente ao Senhor, pedi que Ele fechasse as portas que não fossem da vontade Dele e que abrisse as que fossem, busquei ver qual opção estava dentro das orientações das Escrituras, analisei qual seria a decisão mais lógica e sensata e… Meti as caras dizendo: “Deus, vem comigo!” Jamais me decepcionei com o meu Senhor, meu bom pai! “Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de vocês, que é pai, será capaz de dar uma pedra ao seu filho, quando ele pede pão? Ou dará uma cobra, quando ele pede um peixe? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem!”

O PAI É NOSSO

O que Deus diz como sendo ‘nosso’, não serve como ‘meu’. O que Deus chama e diz que é ‘meu’, não posso falar que é ‘nosso’. O amor é nosso, o crer é meu. Cristo é nosso, o seguir sou eu. O Pai é nosso, o pão é nosso, o perdão é nosso, a verdade que liberta é a verdade de todos nós. ‘O pão’ sendo nosso, o carro, a casa, o salário e a conta também são ‘nosso’, e não posso chamá-los de meu! Pois quando compro, vendo, como, guardo ou gasto, assim o faço em relação a todos, pois todas estas coisas foram dadas pelo Deus nosso, para cuidarmos e governarmos, de tal forma que alcançasse e suprisse a todos. O perdão é nosso! Pois se não perdoar ao outro, não sou perdoado. Assim como a graça, misericórdia, bondade e mansidão de Deus não são para mim, são para nós. Igualmente dispensada sobre todos nós, de tal forma que se por algum motivo eu privar um destes elementos do outro, eu o estarei privando de mim mesmo. “É nóis na fita”, sempre! Quando requeremos uma graça e misericórdia para o “meu pecado” que difere da graça e misericórdia exercida para o pecado do “outro”, não estamos apenas privando o outro da vida plena em Deus, mas a nós mesmos. O perdão das ofensas/dívidas não é um direito que você conquistou por ter “aceito a Cristo” ou por fazer parte da religião correta, mas a maior dádiva que Deus deu a NÓS, todos NÓS. Dádiva esta que além de perdoar nos transforma em ‘perdoadores’. Impressionante como tornamos aquilo que é plural em singular, buscamos o Deus que chamamos de ‘meu deus’, para suprir o que imaginamos ser a ‘minha necessidade’. Como esta oração é maligna em sua essência: “Deus meu me dê meu carro, minha família, meu sonho, meu recurso, meu filho, minha realização, meu sucesso, minha libertação, meu livramento, minha prosperidade, meu reino.” Se você quer ganhar estas coisas que tem chamado de “meu/minha”, não as peça para Deus, pois Ele somente dará o que é “nosso/nossa”. O especialista em dar o que pode ser “seu/meu” é o Diabo, é ele quem diz: “Tudo isto darei a VOCÊ, se você se prostrar e me adorar” Mateus 4:9 Quantas vezes estamos cedendo a esta proposta de Satanás, buscando em Deus o que ele não nos dá! Como Jesus fez, quero declarar: “Retire-se, Satanás! (Mateus 4:10)” não buscarei o que pode ser meu, mas compartilharei o que o “Pai nosso” já deu para ser nosso. Não chamarei de meu, aquilo que é nosso. Assim seja, seja assim! “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém”.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

PERDÃO. COMO APRENDER A PERDOAR?

“Perdão”. Palavrinha difícil esta... É incrível como muitas pessoas, não poucas, tem uma dificuldade gigantesca em lidar com este assunto. Não raro, vejo muita gente sendo devorada e corroída por dentro através das feridas inflamadas e purulentas que estão guardadas nas lembranças. Às vezes estas memórias estão escondias atrás de grandes muralhas de rejeição, impaciência, depressão, melancolia, autocomiseração, irritabilidade e algumas vezes transmitem uma falsa sensação de força, mas sempre acabam se revelando na brutalidade com que a dor retorna de vez em quando e a gente tenta esquecê-la sem sucesso. Cresci ouvindo a sabedoria popular e ela dizia: “quem bate esquece, mas quem apanha não.” Esta é uma verdade que acompanha invariavelmente qualquer ser que tenha consciência de si mesmo. A ofensa, o tapa, a humilhação, a traição, o roubo, o abuso, o abandono, a injustiça... Seja qual for o nome que você dê à sua ferida de estimação, por mais que se coloque sobre ela o peso do tempo ou da dureza de levar a vida amargamente, dificilmente ela vai cicatrizar, no máximo vai criar uma leve casca, mas ao menor toque vem à tona a dor novamente carregando consigo todo o potencial doloroso da lembrança de quando a ferida foi aberta. Alguns vão vivendo como podem, ou melhor, vão morrendo aos poucos como podem. São leprosos de alma, vão levando a vida tomando sobre si armaduras e carapaças como pesadas vestiduras, erguendo seus castelos e fortalezas contra o menor sinal de um novo dano ou machucado. Nem dá para saber se é autodefesa ou autopunição. Muitos vão chorando pelos cantos, sozinhos na escuridão da noite, enxugando suas lágrimas internas e externas como dá, tentando não deixar ninguém perceber a sequidão que é viver assim. É preciso manter as aparências, dizem eles. Outros provocam o mundo com as mesmas dores com que foram afligidos, é quando o traído, por exemplo, tem uma neurótica e compulsiva vontade de trair também para mostrar, inconscientemente ou não, ao mundo que isto dói e muito. Ou quando o humilhado ameniza sua dor humilhando e pisando em qualquer outra criatura que venha ao seu encontro. A mágoa e o rancor sempre procuram um culpado, disso não se escapa. O problema é que, às vezes, na falta de se encontrar um “bode expiatório”, muitos culpam a si próprios. Com ou sem razão muitos outros, pela falta de coragem para assumir seus erros, vão espalhando suas culpas obsessivas por seus familiares, amigos e inimigos próximos. Nem o próprio Deus, o Criador, escapa do alvo daqueles que querem achar, de qualquer jeito, um culpado para sua tristeza e dor. Estes vão sorteando nomes e culpados para suas feridas como quem distribui as cartas de um baralho numa mesa de Poker. Faz tempo que muitos desistiram de viver, alguns literalmente, carcomidos por suas dores internas. Já dizia o sábio Shakespeare: “Guardar uma mágoa é como tomar um copo de veneno e torcer para que o seu agressor morra.” Parece irracional, mas o que o famoso escritor inglês descreveu nesta frase é a lógica inversa da cura para toda essa dor que tanta gente carrega e alimenta durante anos a fio. É provado cientificamente que o rancor arquivado pode ser somatizado pelo corpo através de doenças como câncer, gastrite, enxaqueca, cólicas agudas, doenças da pele, distúrbios hormonais, depressão e outras neuropatias sérias. Etimologicamente perdão é o ato de não imputar a um transgressor a necessidade de pagar pelo erro cometido, ou seja, perdoar é o mesmo que liberar um condenado ou um réu de cumprir uma sentença, é como dizer a um presidiário amarrado na cadeira elétrica: “amigo, levanta daí, não vamos mais ligar a corrente elétrica em você. Você será liberado agora!” Aí está o grande problema encontrado na palavrinha “perdão”: quem perdoa perde muito. O perdão fere nosso senso comum de justiça, principalmente quando os ofendidos somos nós. Quem perdoa, na verdade, assume para si próprio o valor e a dor da punição. Perdoar é como ser ofendido duas vezes, a primeira pelo desafeto recebido, a segunda por abrir mão do justo direito de revidar ou se vingar. Mas, acredite em mim! Por experiência própria e por ver muitos outros amigos vencendo seus dramas interiores e encontrando denovo o caminho da cura integral. Posso afirmar com a autoridade de quem já experimentou e tem aprendido a experimentar a dádiva de perdoar: existe muito mais benefício em não “cobrar a ofensa” do que alimentá-la dentro de você. Tenho consciência de que não é uma atitude fácil de se tomar, é verdade. Algumas vezes a sensação de náusea, confusão mental e de dor é muito mais forte do que qualquer argumento lógico e racional a favor de liberar ou não o seu perdão. Não digo isso porque me considero bonzinho, realmente não sou! Tenho meus defeitos como qualquer outra pessoa. O que tenho aprendido até aqui é que, na maioria das vezes, esta capacidade para tomar tal atitude simplesmente não vem de nós. A única força capaz de superar a mágoa e remover toda raiz de amargura é o amor. Ele, o amor, vence todas as coisas, vence até a morte. Não é por acaso que João, o apóstolo, escreve em sua epístola afirmando categoricamente que Deus é amor. Sim, a essência de Deus é o amor. A única fonte verdadeiramente confiável de amor é Deus, muitos são os textos revelados por toda a Bíblia que expressam este envolvente e imensurável amor de Deus pela sua criação e de forma especial pelo ser humano. Este amor sobrenatural nos ensina a viver e caminhar em direção à cura de nossas feridas emocionais e existenciais. De forma contundente, o apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos, capítulo cinco, verso oito, dizendo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Não houve merecimento nosso, não foi o esforço humano que provocou uma reação de perdão de Deus para nós. Foi simplesmente por amor e espontaneamente. A teologia moderna chama isto de solidariedade de Deus em relação ao ser humano, mas a Palavra Revelada chama a isto de Graça. Sem preço, sem barganha, Ele, Deus, fez isto antes que qualquer um de nós pedíssemos ou merecêssemos. A boa notícia é que em Jesus, Deus ofereceu perdão gratuito a toda humanidade, isto inclui a você e eu. É este mesmo amor que nos convida, igualmente, a perdoar quem nos tem ofendido. O perdão que liberamos hoje retorna como bálsamo, alívio e cura para nossas dores. Em Jesus, o perdão não é condicional, é mandamento incondicional pois somos perdoados com a mesma medida em que perdoamos. Quando perdoamos nos enchemos mais um pouco de Deus, é como se Deus reconhecesse em nós algo em comum e viesse nos dar um “olá!”. Então... Quer ser curado? Perdoe! Quer ser liberto? Perdoe! Quer ser realmente feliz? Perdoe! Talvez você até encontre alguma dificuldade para dar este primeiro passo, mas tenha certeza que o Doce e Santo Espírito de Deus é quem nos auxilia em nossas fraquezas. Ninguém melhor que o Criador para sondar sua mente e espírito nesta hora e saber exatamente do que você precisa. Ele já lhe deu neste dia um coração batendo, isto já é o suficiente para você, como eu, reconhecer que sem Ele nada somos. Acredite! Mesmo no conturbado e obscuro mundo em que vivemos, mesmo diante da morte, da dor, de poderes sobrenaturais da maldade, com a perturbação do passado, do amedrontado presente ou da incerteza do futuro, nada é capaz de nos separar deste gigantesco amor de Deus por nós. Precisamos dele, esta é a mais pura realidade. A única coisa a fazer então é dizer: Deus, me ajude! O resto já é com ele.

O AMOR

4. A medida do amor. Nós devemos amar a Deus acima de todos os outros objetos. “Na terra não há quem eu deseje além de ti” (Sl 73.25, ARC). Deus é a quintessência de todas as coisas boas; Ele é superlativamente bom. A alma que enxerga uma supereminência em Deus e admira Nele aquela constelação de todas as excelências, essa alma está imbuída de amor a Ele no mais elevado grau. A medida do nosso amor a Deus, diz Bernard, deve ser amá-Lo sem medida. Deus, que é o comandante da nossa felicidade, deve ter o comando das nossas afeições. A criatura pode possuir o leite do nosso amor, mas Deus deve possuir a nata. O amor a Deus deve ser acima de todas as outras coisas, assim como o óleo flutua sobre a água. Nós devemos amar a Deus mais do que os relacionamentos, assim como no caso de Abraão oferecendo Isaque. Sendo Isaque o filho de sua velhice, não há dúvidas de que Abraão o amava completamente e caducava de amor por ele. Todavia, quando Deus disse: “Toma teu filho, teu único filho”, embora tal coisa pudesse lhe parecer não apenas contrária à sua razão, mas também à sua fé – pois o Messias haveria de vir de Isaque e, se ele fosse morto, o mundo ficaria sem um Mediador! –, ainda assim, tamanho era o poder da fé de Abraão e a ardência do seu amor a Deus, que ele tomaria o cutelo e derramaria o sangue de Isaque. O nosso bendito Salvador fala acerca de odiar pai e mãe (Lc 14.26). Cristo não desejava que fôssemos antinaturais; mas, se os nossos relacionamentos mais íntimos se põem em nosso caminho e nos apartam de Cristo, então ou nós devemos afastar-nos deles, ou ignorá-los (Dt 33.9). Embora algumas gotas de amor possam respingar sobre nossa família e nossos parentes, ainda assim toda a torrente deve correr para Cristo. Relacionamentos podem repousar em nosso peito, mas Cristo deve repousar em nosso coração. Nós devemos amar a Deus mais do que o nosso patrimônio. “Aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens” (Hb 10.34). Eles estavam felizes de possuírem algo para perder por Cristo. Se o mundo inteiro for posto em um dos lados da balança e Cristo, no outro, Ele deve pesar mais. É assim conosco? Possui Deus o aposento mais elevado em nossas afeições? Plutarco diz: “Quando um ditador se levantava em Roma, todas as outras autoridades estavam, por enquanto, suspensas”; assim também, quando o amor de Deus assume o controle do coração, todos os outros amores ficam suspensos e se tornam como nada em comparação com tal amor. Aplicação: Uma severa repreensão àqueles que não amam a Deus. Isso deve servir como uma severa repreensão para aqueles que não possuem sequer um pingo de amor a Deus em seus corações – e estão mesmo vivos tais infames? Aquele que não ama a Deus é uma besta com cabeça de homem. Ó miseráveis, vocês vivem sustentados por Deus todos os dias e, ainda assim, não O amam? Se alguém tivesse um amigo que o provesse continuamente com dinheiro, e lhe desse todo o seu auxílio, não seria ele pior do que um bárbaro, se não respeitasse e honrasse aquele amigo? Esse amigo é Deus: Ele lhe dá a sua respiração, Ele lhe concede um meio de vida, e você não O amará? Você amará o seu príncipe se ele salvar a sua vida, mas não amará a Deus, que lhe dá a vida que você possui? Que ímã pode ser tão poderoso em atrair o amor quanto a bendita Deidade? Cego é aquele que não se seduz pela beleza, e bêbado, aquele que não é atraído com as cordas de amor. Quando o corpo está frio e não possui calor em si, isso é um sinal de morte: está morto aquele homem que não possui uma centelha de amor a Deus em seu coração. Como pode esperar ser amado por Deus aquele que não demonstra qualquer amor por Ele? Acaso Deus irá jamais acalentar uma víbora em Seu seio, enquanto ela expele o veneno da malícia e inimizade contra Ele? Essa repreensão é fortemente lançada contra os infiéis desta era, os quais estão de tal maneira distantes de amarem a Deus que fazem tudo o que podem para mostrar o seu ódio para com Ele. “Como Sodoma, publicam o seu pecado” (Is 3.9). “Erguem a sua boca contra os céus” (Sl 73.9, ARC), em orgulho e blasfêmia, e oferecem aberta resistência a Deus. Esses são monstros em sua natureza, demônios em forma de homens. Que eles leiam a sua sentença: “Se alguém não ama o Senhor Jesus Cristo, seja anátema; maranata!” (1Co 16.22), isto é, seja amaldiçoado de Deus, até que Cristo venha para o julgamento. Seja ele herdeiro de uma maldição enquanto vive e, no terrível dia do Senhor, ouça ele aquela sentença de cortar o coração sendo pronunciada contra ele: “Apartai-vos de mim, malditos”.

NÃO CONFIE

Não confie em coisas! Paulo disse a Timóteo em 1 Timóteo 6:17 “Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.” Os ricos neste mundo – isso é você… eu… isso não é o problema. A prosperidade é uma consequência comum da fidelidade. Paulo não disse para os ricos se sentirem culpados sobre a riqueza, ele só exortou precaução. A abundância ou falta de dinheiro só será sentida durante uma vida. Não se enreda nisso. Se eu e você guardamos tesouros materiais e não tesouro celestial, o que isso diz sobre onde nós colocamos a nossa confiança? Dias de Glória acontecem na medida em que confiamos em Deus. Em quem você confia? Em Deus ou no Rei Mais?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

GEOGRAFIA DO MAL

Referindo-se especificamente às intrigas palacianas, um então presidente da República anotou em seu diário: "Estou cada vez mais convencido de que o mal está em que todo o grupo próximo a mim fala". De modo mais sintético, pensava o presidente que o mal estava no grupo próximo a ele. O mal estava ao redor dele. Seu discurso revela o que a maioria de nós pensa: o mal está no outro. É o outro que fala mal das pessoas. É o outro que corrompe. É o outro que adultera. É o outro que agride. É outro que faz o nosso pé tropeçar. Pensar assim é negar a realidade. O mal não está apenas em nossa volta; ele está dentro de nós. Esta é a condição que a maldade humana, disfarçada de ingenuidade, grita para negar. Quanto mais alta é a voz da negação mais solene é a sua afirmação. Por isto, precisamos de coragem para dar outro grito, que é um pedido de socorro: -- Quem me livrará desta condição que me leva para a morte? (Romanos 7.24). Quem assume a sua condição de miserável é um pessimista sobre si mesmo, não apenas sobre os outros. Quem é pessimista sobre si pode se relacionar melhor com os outros. Quem percebe sua própria condição de pecador pode buscar a graça perdoadora de Deus. Quem é otimista sobre si mesmo não percebe que precisa de ninguém, nem de Deus. O otimismo ingênuo nos faz ignorar quem somos, imaginando que boas leis tornarão justa o mundo em que vivemos ou que a educação trará ao ser humano a pedagogia da fraternidade. Enquanto virmos o mal apenas no outro, vamos nos enganar a nós mesmos. Corrigido deste erro, o pessimismo produtivo parte da aceitação da realidade do que realmente somos (pecadores!) e convida a graça de Deus para nos tornr livres desta nossa triste condição.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

CRISTO

“É por causa da ressurreição dos mortos que estou sendo julgado por vós.” (Atos 24.21b). Paulo já havia usado a mesma expressão na sua primeira audiência perante o Sinédrio, logo depois que foi preso (At.23.6). Foi um recurso de defesa, que visou dividir seus acusadores, já que uma parte deles, os saduceus, não cria na ressurreição, e outra parte, os fariseus, cria nela. Nessa ocasião a palavra de Paulo gerou uma grande discussão entre os membros do Sinédrio, e por isso Cláudio Lísias, o comandante romano, encerrou a reunião, porém manteve Paulo preso. Entretanto, um grupo de mais de quarenta judeus fanáticos conspirou para matar Paulo quando ele viesse ao Sinédrio para uma nova audiência. A conspiração chegou aos ouvidos de um sobrinho de Paulo, o qual foi instruído pelo tio a denunciá-la ao comandante Cláudio Lísias. Este teve a sábia ideia de enviar Paulo a Cesaréia, onde ficava a sede provincial do governo romano, colocando-o, então, sob a custódia do próprio governador Felix. Foi numa nova audiência com seus acusadores, convocada pelo governador, que Paulo mencionou pela segunda vez ressurreição (Atos 24.1-22). Mas a declaração de Paulo não era só um recurso de defesa, pois em vários de seus discursos e escritos, o apóstolo deixa claro que a ressurreição era a pedra de toque de sua fé e de seu ministério. Se Cristo não tivesse ressuscitado, sua igreja teria morrido no nascedouro, deixando de ser o movimento poderoso que impressionou o fariseu Saulo e o fez pensar que os cristãos estavam propagando uma fraude. Por isso os perseguiu ferozmente, até que ele próprio teve o seu encontro pessoal com o Cristo ressurreto. Se Cristo não tivesse ressuscitado Paulo não teria tido aquela experiência maravilhosa e não teria sido chamado para ser missionário aos gentios. Uma declaração dele mostra como a ressurreição lhe era decisiva: “Mas se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também a vossa fé. Assim, somos considerados como falsas testemunhas de Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, a quem não ressuscitou, se de fato os mortos não ressuscitam.” (1Co.15.13-15). “Mas, na verdade, Cristo ressuscitou dentre os mortos” (1Co.15.20), e por isso centenas de milhões de crentes estão hoje em todo o mundo adorando-o e proclamando sua graça.

CONTINUE LOUVANDO

Grite bem alto para o diabo “NÃO” e veja ele correr! Ele tem que se retirar. A presença dele não é permitida no lugar onde Deus é louvado. É só continuar louvando e andando. “Mas, Max, estou andando há muito tempo”, você diz. Sim, parece assim. Deve ter parecido assim para os hebreus também. Josué não lhes disse quantas voltas eles teriam que dar ao redor da cidade de Jericó . Deus disse a Josué que as muralhas cairiam no sétimo dia, mas, Josué não falou isso para o povo. Eles simplesmente continuaram andando. Nosso Josué (Jesus) não nos disse também. Por meio das palavras de Paulo em 1 Coríntios 15:58, Jesus nos exorta “mantenham- se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.” Continue andando! Quem sabe este não é o dia em que as muralhas caem!?

terça-feira, 20 de outubro de 2015

NOSSAS FORTALEZAS

Será que uma fortaleza pode encontrar solidez em você? Você sente nada além de desespero? Você pensa pensamentos de derrota? Uma fortaleza é uma falsa premissa que nega a promessa de Deus. 2 Coríntios 10:5 diz que “se levanta contra o conhecimento de Deus” Ela atenta a engrandecer o problema e reduzir a habilidade de Deus para resolvê-lo. Deus jamais poderia me perdoar: isso é a fortaleza da culpa. Más coisas sempre acontecem comigo: isso é a fortaleza da pena de si mesmo. Eu preciso estar no comando: isso é a fortaleza do orgulho. Eu não mereço ser amado: isso é a fortaleza da rejeição. A maioria dos cristãos não reconhece fortalezas. Mas não precisamo ser como eles. Nossas ferrramentas são de Deus e temos poder divino para demolir fortalezas. Não é isso que você quer? Mantenha Deus no centro do palco. Desligue o computador e abra a Bíblia mais! E se vire a Deus para ajuda.

A ESPERA DE UM MILAGRE

A espera de um milagre – João 5.1-15 Introdução O mundo é cheio de contradição e ilusão. O mundo em que vivemos é marcado por contradições e ilusões. Nunca se produziu tanta riqueza como se produz hoje, mas também nunca se viu tanta miséria como se vê hoje. Em alguns lugares, ou melhor, em cidades como São Paulo, se joga diariamente toneladas de alimentos no lixo, enquanto pessoas passam fome. Nunca se produziu tanto remédio, tanta tecnologia na área da medicina, nunca se formou tantos médicos, mas diariamente pessoas morrem nos corredores de hospitais e prontos socorros por falta de médicos e remédios. Certa vez li uma reportagem que dizia que o Brasil é um dos países que mais tem dentistas, mas também dos desdentados. Este texto mostra um pouco da contradição do mundo. Ao mesmo tempo em que estava acontecendo uma festa na cidade, onde a maioria das pessoas estava se preparando alegremente para participar da festa, havia ali também muitas pessoas impossibilitadas de participarem desta festa, era uma grande multidão de doentes, inválidos que estavam à beira de um tanque esperando por um milagre. Pessoas que viviam à margem da sociedade, enquanto alguns se preparavam para a festa, eles não tinham nem mesmo possibilidade de participarem da festa. I. Este homem colocou a esperança em algo incapaz de solucionar o seu problema – v.3 1. Em um suposto tanque milagroso; 2. Esperava por um anjo movimentar as águas. II. Este homem colocou a sua esperança em uma crendice popular – v. 4 1. Era uma tradição criada pelo povo de que naquele lugar descia um anjo e movia as águas; 2. O tanque dos dias de hoje são as grutas milagrosas, águas milagrosas, cruz e outros objetos. Esoterismo. III. O sofrimento deste homem parecia não ter mais fim – vv. 5,6 Já esta a trinta e oito anos nesta situação; Jesus sabia que ele estava naquela situação – v.6 3. Quer ser curado? É uma pergunta óbvia – mas necessária. É obvio que eu quero, estou esperando por isso trinta e oito anos, diria o homem a Jesus. Será que o homem doente esta preparado para ser curado? Ele estaria preparado para levar uma vida normal. Depois de curado ele teria que trabalhar, assumir responsabilidades. 4. Há pessoas estão passando por dificuldades, enfermidades, mas não querem ser curados; estão indo de mal a pior, sabem que precisam mudar de vida, sabem que está caminhando para a morte, mas não estão dispostas a mudarem de vida, ou melhor, serem mudados por Cristo. 5. Quer ser salvo? Quer mudar de vida? É a pergunta que Jesus faz a você que está sofrendo há muito tempo e está quase sem esperança. IV. Mesmo no meio de muitas pessoas, este homem se encontrava sozinho, não havia ninguém que o ajudasse – v.7 Não havia um amigo que o conduzisse até o tanque. Às vezes, nos encontramos assim também, mesmo convivendo no meio de muitas pessoas, nos encontramos sozinhos, sem ninguém para nos ajudar. Havia competição – quando a água se movia alguém pulava e não se preocupava com quem não conseguia pular na água, pensavam apenas em si mesmas; Em trinta o oito anos não teve ninguém que olhasse para a situação daquele homem. Talvez isto também tenha acontecido com você. Você tem passado dificuldades, problemas diversos, e não encontra ninguém que possa lhe ajudar. V. O problema daquele homem foi solucionado não pela crendice popular, mas pela manifestação da misericórdia de Deus – v. 8 Jesus realizou um milagre na vida do homem – levanta-te – e toma a tua cama. Jesus foi a solução para vida daquele homem. A cura foi instantânea – Jesus quando faz algo, faz por completo, Ele não mandou o homem ir para casa e esperar mais um pouco, mas resolveu o problema daquele homem ali mesmo. Ele não voltou para casa sendo carregado por outras pessoas, mas voltou carregando a sua cama v. 9. Jesus é a base de nossa esperança. Não podemos colocar a nossa esperança em crendice popular, mas em Jesus Cristo, pois somente Ele tem o poder de nos curar, salvar e nos dar uma vida nova. E Ele mesmo convida a todos dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Conclusão Jesus reencontra o homem, confirma a cura e o adverte – v.14 - Você já está curado – viva agora não mais como um inválido, mas como alguém experimentou o poder de Deus. Em outras palavras, Jesus estava falando para ele, viva de modo diferente, você não foi curado para continuar vivendo de forma medíocre, mas para fazer a diferença. Jesus encontrou com ele no templo, antes ele estava na beira de um tanque esperando por um milagre, agora ele está participando da festa, antes ele não tinha alegria, agora ele tem, antes ele era desprezado, agora anda dignamente na presença de outras pessoas. Jesus que lhe tira da beira da estrada, dos becos, do misticismo, da ilusão e de um mundo cheios de contradições e lhe dar uma vida cheia de esperança, de alegria e paz. - Não cometa mais pecado para que não lhe aconteça coisa pior. O que era pior na vida de um homem que passara trinta oito anos em cima de uma cama? A pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa é está longe de Deus, afastada do Senhor, sem vida e sem esperança, perdido no mundo de ilusões e enganos. Sozinhos sem ter um amigo que o possa ajudá-lo. Jesus é o nosso amigo fiel, nele nós podemos confiar e acreditar pos jamais ele nos deixará sozinhos, jamais nos abandonará. O que você espera? Há quanto tempo você está esperando por uma resposta do Senhor? Mas hoje o nosso grande amigo, Jesus Cristo, que está trazer esperança ao seu coração, ele quer lhe dar vida e vida plena. - See more at: http://www.insjesuscristo.com.br/artigo.asp?id=93#sthash.up1f57ez.dpuf

MIGALHAS

“Jesus, porém, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. vE a mulher respondeu: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.” (Mateus 15:26-27) Qual a sua impressão acerca da personalidade de Jesus? É possível imaginar Jesus Cristo como alguém insensível, capaz de ignorar e humilhar uma pessoa necessitada? Sabe, se eu tivesse que descrever Jesus utilizando apenas uma palavra, de certo que usaria a mais óbvia de todas, “Amor”, sim, pensar em Cristo é sinônimo de refletir sobre o amor, sobre carinho, atenção, bondade e outras características similares. Encanta-nos observar o modo atento e devoto com o qual Ele trata as causas de pessoas que aos olhos de muitos são simplesmente insignificantes, Jesus nos parece ser uma pessoa incapaz de ser arredia ou grosseira até mesmo com uma mosca que pousa sobre uma flor, até imagino o Mestre pedindo, “com licença, Sra. Mosca, a Sra. poderia fazer a gentileza de se retirar da minha flor?”. Todavia, há uma história na Bíblia que parece ser uma exceção a essa regra, um relato que nos intriga e confunde por conta da estranha conduta adotada por Jesus perante uma pobre e necessitada mulher. O evento está descrito no capítulo 15 do Evangelho de Mateus, Jesus e seus discípulos passeavam pelas cercanias de Tiro e Sidom, na região da antiga Fenícia, quando foram interpelados por uma mulher cananeia que, desesperadamente, clamava por misericórdia em prol de sua filha, que estava miseravelmente atormentada, porém, ao contrário do amor que comumente demonstrava, Jesus apenas ignorou o chamado, ou, como relata o versículo 23, “não lhe respondeu palavra”. Cuidando, provavelmente, que sua voz era abafada pela multidão, a mulher insistia e gritava por atenção, entretanto, Jesus, demonstrando aparente insensibilidade, adverte dizendo, “eu não foi enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Para uma mulher grega (siro-fenícia de nação, conforme Marcos 7:26) a resposta de Jesus era um verdadeiro balde de água fria, afinal, embora fosse uma necessitada, não era de Israel. Porém, aquela mulher perseverou, seu orgulho era muito menor do que sua necessidade, então ela se prostra e clama por socorro, todavia, Jesus desfere o golpe de misericórdia e responde, “Não é lícito tirar o pão da mesa dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”. Confesso, eu nem mesmo teria ficado para ouvir a terceira resposta, no segundo “não” já teria tomado ciência da minha indignidade e buscado outro recurso! O que é mais difícil de entender é o porquê de tamanha falta de cortesia e sensibilidade de Jesus, por que Ele ignorou a difícil situação daquela mulher? Por que não se importara com sua dor? Por que razão comparou o pedido de uma pobre mulher a um cachorro clamando por migalhas? Quantas vezes você já se sentiu ignorado pelos céus? Parece familiar levar um pedido a Cristo e sentir que Ele “não lhe respondeu palavra”? Há quanto tempo você tem orado por uma causa específica e nenhuma resposta ou resultado é avistado? Não raras vezes nos desestimulamos em buscar a Deus porque depositamos expectativa de resposta e resultado nas orações segundo nossos próprios planos, esperamos a resposta imediata nos termos em que requeremos, porém, muitas vezes sem avisar, Jesus decide diferente do que pensávamos, assim, nos sentimos humilhados e ignorados. Uma coisa é certa, Deus escolhe os meios e os fins, trata conforme Seu maravilhoso plano e Sua pré-ciência, não nos permite passar por provas além daquilo que possamos suportar. Antes de aparentemente destratar a pobre cananeia, Jesus já sabia qual seria sua reação, por isso agiu de modo que aquela mulher se sentisse cada vez mais impelida a buscá-lo, tanto é que no fim do diálogo aquela mulher já estava agarrada aos Seus pés. Sabendo que uma vida de oração fortalece a alma humana, Jesus em diversas situações age de modo que não entendemos, fazendo com que perseveremos em buscá-lo e aprendamos a nos sujeitar à Sua vontade, mesmo sem entendê-la. Embora necessitada, aquela mulher por três vezes se deparou com um “não”. Na primeira investida Jesus não lhe respondeu palavra; na segunda, Cristo afirmou que não veio senão às ovelhas de Israel; na terceira vez Jesus, simplesmente, afirmou que não era correto tirar da mesa da família e entregar aos cachorrinhos. Como você reage ao ouvir um “não” da parte de Deus? É comum ouvirmos pregações enfatizando o fato de sermos “filhos do Rei”, de modo que tudo o que pedirmos nos será concedido, contudo, é necessário frisar que o fato de o Rei dos reis ser o nosso Pai dá a Ele a autoridade para nos dizer “não”! Uma resposta negativa de um pai também é uma prova de amor, sendo certo que Ele (e só Ele) sabe o que é melhor para seus filhos, Suas bênçãos visam sempre o que precisamos e não o que simplesmente queremos. Aquela pobre mulher reagiu da melhor forma, diante do “não”, iniciou sua resposta com um “Sim, Senhor…”. O “sim” diante do “não” representa sujeição e obediência, ela aceitou a vontade divina mesmo sem entendê-la, foi o reconhecimento de que o plano de Deus é soberano e desejável mesmo que não seja o nosso! Na continuação do diálogo a mulher demonstrou ter alcançado o ápice da revelação do projeto divino para o homem, persistiu em busca da solução do seu problema e afirmou que “também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores”. Aquela afirmação maravilhou a Jesus, a mulher entendeu que Deus é capaz de resolver todos os nossos problemas, operar curas, abrir portas de emprego, dar uma vida financeira saudável, cuidar dos nossos relacionamentos, derrubar muralhas e romper barreiras intransponíveis, porém, todas essas dádivas são verdadeiras MIGALHAS, isso mesmo, pequenos pedaços, porções mínimas que caem do céu em forma de bênçãos, pois lá há um grande banquete, uma mesa posta com toda sorte de presentes inimagináveis pelo coração e mente humanos! Quando ficou claro para Jesus que a mulher entendeu Seu maravilhoso projeto, Ele, uma vez mais, quebrou o protocolo e agiu diferentemente do que normalmente fazia. Em diversas passagens Jesus nos ensina a priorizar a vontade de Deus em detrimento da humana, o Mestre ensinou os discípulos a orarem dizendo, “seja feita a Tua vontade” (Mateus 6:10), até mesmo Ele orou dessa forma, dizendo ao Pai, “que não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Mateus 26:39), porém naquele dia Cristo olhou para uma pobre e necessitada mulher estrangeira e disse, “grande é a tua fé, seja feita conforme a tua vontade”. Apesar de parecer estranha e contraditória a fala de Jesus, o que ficou claro é que no coração da mulher havia um enorme desejo de receber uma bênção, e no coração de Deus repousava uma vontade imensa de abençoá-la, portanto, as vontades convergiram, de modo que pareceu fácil a Jesus determinar que fosse feita a vontade da mulher, pois ela havia alcançado um coração semelhante ao de Deus! Entender o projeto de Deus é sinônimo de compreender que tudo de melhor que o homem receba nesse mundo não passa de MIGALHAS, fragmentos mínimos do verdadeiro banquete que está num plano exclusivamente espiritual, aguardando tão somente você decidir passar toda a eternidade se alimentando do melhor que Deus tem para oferecer. Agora, se você quiser detalhes sobre o que contém nessa farta mesa, sinto desapontá-lo, apenas poderei repetir o que disse o apóstolo Paulo em I Coríntios 2:9 e afirmar que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”, portanto a escolha é sua, aceite o convite para um jantar especial ao lado de um soberano e amoroso Deus, ou continue se contentando apenas com migalhas. Em Cristo.

UM VASO ESCOLHIDO

“Então ele disse: O Deus de nossos pais te designou de antemão para conhecer a sua vontade, ver o Justo e ouvir a voz da sua boca. Pois serás sua testemunha do que tens visto e ouvido para todos os homens.” (Atos 22.14,15). Os capítulos 21 e 22 de Atos mostram como Paulo foi vítima de uma tentativa de linchamento em Jerusalém por parte de uma multidão de judeus. Seu crime foi pregar o evangelho. Salvo da morte pelo comandante romano, que o prendeu, Paulo pediu para falar ao povo em sua própria defesa. O apóstolo, então, contou a história da sua formação como um verdadeiro judeu, sua conversão e sua chamada para pregar aos gentios. Nessa história Ananias teve papel importante, pois cumpriu a missão de receber Paulo como um novo crente, batizá-lo e investi-lo na missão de pregador aos gentios. Os dois versículos acima citados, em que Paulo resumiu o que Ananias lhe disse, incluem seu chamado, sua ordenação, seu apostolado e sua missão. Como o Senhor disse a Ananias, Paulo era um vaso escolhido por ele, para levar seu nome perante os gentios, reis e israelitas (At.9.15). Em Gálatas 1.15, Paulo diz que Deus o separou desde o ventre da sua mãe, o chamou por sua graça e se agradou em revelar seu Filho por meio dele para que pregasse aos gentios. Paulo teve toda uma formação que o designou de antemão para cumprir esse propósito. No seu encontro com Jesus na estrada para Damasco, ele viu o Justo e ouviu a sua voz, requisitos para ser considerado apóstolo, como ele mesmo alega em 1 Coríntios 9.1 e 15.8 e 9. Nesse mesmo encontro, perguntou a Jesus: “Senhor, que devo fazer?” (At.22.10), pois agora estava totalmente sujeito ao seu senhorio. Cristo lhe disse: “Vai para Damasco, onde te será dito tudo o que precisas fazer.” (At.22.10). Três dias depois recebeu a visita de Ananias que o curou da cegueira temporária, batizou-o e impôs-lhe as mãos, ordenando-o como ministro de Cristo aos gentios, missão que o próprio Jesus confirmaria numa nova visão, desta vez no templo de Jerusalém, dizendo: “Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios.” (At.22.21). Assim como fez com Paulo, o Senhor continua chamando homens e mulheres para serem vasos escolhidos, instrumentos da sua graça para abençoar o mundo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

INVESTIMENTO

O homem foi criado por Deus com a finalidade de glorificar e exaltar o poder, a majestade e a soberania divina na condução do Universo. É obrigação humana reconhecer o senhorio de Deus sobre todas as coisas que ele fez. O homem recebeu uma investidura do Senhor, para cuidar da terra; isso é, foi constituído administrador dos bens terrenos (Gênesis 1.26), os quais Deus considerou bons. “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (Gênesis, 1.31). Há sobre o homem uma investidura designada por Deus. Chama-se investidura o ato de se atribuir ou delegar oficialmente a alguém uma responsabilidade. Um juiz tem, por investidura, a função de julgar, um administrador tem a função de administrar, assim como o legislador, de legislar. Investidura é o ato que separa alguém, dando-lhe autoridade para exercer um mandato. Ninguém exerce legítima ou legalmente uma função, se não tiver investidura para tal. Trata-se de uma espécie de concessão. A Bíblia relata o caso dos judeus que tentaram expulsar demônios, imitando a Paulo. Resultado: como não tinham investidura, foram desacatados e violentamente agredidos pelo endemoninhado. (Atos, 19. 13-16). A investidura não é apenas um privilégio para regozijo de alguém; ela exige compromisso e resultado, da mesma forma como qualquer empreendimento exige resultado de seu administrador. Como virá o resultado? Resultado provém de investimento. Se investidura é mandato, é um ato que autoriza, investimento é a forma de perseguir os melhores resultados. O investimento requer habilidade e bom senso para a aplicação dos recursos que estejam ao alcance daquele que tem investidura; requer esforço para a consecução dos objetivos propostos; demanda tempo disponível para trabalhar, a fim de que ele consiga uma colheita satisfatória Àquele que o separou para a tarefa. Toda investidura obriga investimento. Jesus contou a parábola dos talentos: “... chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um; a cada um de acordo com a sua capacidade” (Mateus 25. 14-15). O texto relata que, depois de ter viajado durante algum um tempo, aquele senhor retornou para ver como iam os bens deixados aos cuidados dos três administradores. O que recebera cinco talentos operou com eles e trouxe dez talentos como resultado; o segundo apresentou também o dobro do que lhe fora confiado; porém, o que recebera um talento só apresentou problema, queixa contra o patrão e nenhum resultado. Os dois anteriores foram premiados regiamente, mas o infrutuoso, que não soube valorizar a investidura, além de perdê-la foi considerado inútil e dispensado como um condenado (Mateus 25. 14-30). Qual deve ser a preocupação do cristão neste mundo? Que estamos fazendo com os talentos que nos foram confiados? Qual o resultado de investimentos será apresentado, quando o Senhor retornar? Recebemos investidura, dada por Jesus, que disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus, 28. 19-20). A investidura nos levará à indispensável apresentação dos resultados, não se pode abrir mão do investimento e, dessa forma, é precioso o tempo de que dispomos. O descuido com o tempo chama-se falta de vigilância, o que trará prejuízo na prestação de contas. Meditemos!

QUE ATIRE A PRIMEIRA A PEDRA

Um dos versículos mais usados contra aqueles que combatem as heresias e outros tipos de erros no meio cristão é o de João 8.7: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra nela". Parece que basta citá-lo de forma isolada para impedir que se faça qualquer exposição sobre as atitudes contrárias aos princípios bíblicos praticadas por pessoas que fazem de tudo para acobertar os seus atos pecaminosos. Como mencionei em meu perfil no Facebook, é "uma anomalia desesperadora", que chega a ser um anacronismo hermenêutico, visto que despreza todo o contexto na interpretação. Como também afirmei na mesma postagem, "uma 'regrinha' básica de interpretação diz que para se aplicar um texto aos dias de hoje ou a uma situação contemporânea, necessita-se primeiro saber em que contexto foi dito ou escrito, bem como o significado pretendido pelo autor. Portanto, antes de disparar versículos isolados, que tal olharmos primeiro o que eles significam à luz do contexto em que estão incorporados?". É à luz disso que gostaria de analisar em poucas palavras o tão propalado versículo abusivamente citado na hora em que alguém é confrontado em alguma falta. Em primeiro lugar, os doutores da lei - escribas e fariseus - tinham a intenção de pegar Jesus em uma armadilha, qual seja a de descumprir a legislação mosaica, para poderem, então, acusá-lo de traição à fé judaica. Portanto, ao se dirigir daquela forma aos acusadores da mulher apanhada em adultério, essa era a perspectiva que o Mestre tinha em mente: a intenção maléfica engendrada pelos ditos representantes da lei. Em segundo lugar, faltou, no episódio, a presença da outra parte, que, pelo sistema legal, deveria sofrer a mesma punição: o apedrejamento. Em outras palavras, não estava havendo imparcialidade na acusação. Por quê? Estaria ele sendo "protegido" pelos doutores da lei? Teria escapado? O que estaria por trás dessa ausência? Seria ele um dos membros do grupo de escribas e fariseus? São conjecturas. O certo é que, como parte, não foi trazido juntamente com a mulher acusada. Em terceiro lugar, quando Jesus sugeriu que quem estivesse sem pecado atirasse pedra na mulher não quer dizer que ele concordasse com o pecado dela, mas tal sugestão nos leva, pelo menos, a duas conclusões: a) como judeu, cumpriu a exigência da lei ao propor que fossem adiante. Ou seja, desvencilhou-se de imediato da armadilha farisaica. Mas não deixou de ser justo, quando os pôs no mesmo barco da pecadora: "Aquele que de entre vós está sem pecado", e b) ao mesmo tempo, expôs os propósitos maus dos doutores da lei, que certamente estariam incorrendo nas mesmas praticas que condenavam, mas se "protegiam" uns aos outros mediante o "poder" que dispunham. Em quarto lugar, ao despedir a mulher, já que os escribas e fariseus não estavam em condições morais para cumprir o preceito legal, Jesus deixou claro o que pensava, disposto a atraí-la ao Reino com a sua bendita graça. Ele não afirmou: "Siga em frente e viva a sua vida" ou "Vá e se divirta à vontade", mas vaticinou de forma explícita: "Vai-te, e não peques mais". É óbvio que encontrou arrependimento naquele coração humilhado e despedaçado diante dos representantes da religião. Em quinto e último lugar, eu diria que o texto seria melhor aplicado àqueles que escurraçam as ovelhas, quando elas pecam; àqueles que, como tiranos, não restauram as suas feridas, não as fortalecem, mas preferem esmigalhá-las sob os pés; àqueles que, pelo "poder" que têm, protegem-se uns aos outros de seus pecados e vivem em rasgada hipocrisia diante da religião professante. É a esses que o texto deve ser endereçado, que não têm escrúpulos até em matar as ovelhas, mas querem misericórdia, quando são apanhados nas mesmas faltas.

Essa narrativa é significativa, pois marca a única vez que Jesus sai do território de Israel. Jesus está em Tiro e Sidom. Região dos fenícios. Flávio Josefo diz que dos Fenícios, os de Tiro são os que mais têm os piores sentimentos contra os judeus. Estando fora dos limites palestinos, uma mulher siro-fenícia vem ao Seu encontro buscando a libertação da sua filha que estava endemoninhada. Jesus entende que a mulher tem um problema grave. Os discípulos também entendem, e pedem a Jesus que libere uma palavra sobre ela, cure a sua filha e livre-se da importunação. Porém, a missão de Jesus é para as ovelhas perdidas da casa de Israel. Então, Jesus, no processo, decide despertar uma fé verdadeira nela. Que fosse para além de fronteiras e tradições. Jesus gerou fé por meio do silêncio. A Mulher apresenta a sua situação: uma filha terrivelmente endominhada. Jesus não responde nada. Fica em silêncio. Um falta de resposta constrangedora. O silêncio de Jesus poderia ter gerado incredulidade, paralisação ou afastamento, mas, ao contrário gerou fé verdadeira. C.S. Lewis, em seu livro a Anatomia de uma dor, escrito após ter perdido sua esposa para o câncer diz: Volte-se para Ele, quando estiver em grande necessidade, quando toda forma de amparo for inútil, e o que você encontrará? Uma porta fechada na sua cara, ao som do ferrolho sendo passado duas vezes do lado de dentro. Depois disso, silêncio. Bem que você poderia dar as costas e ir embora. Quanto mais espera, mais enfático o silêncio se torna. Não há luzes nas janelas. Talvez seja uma casa vazia. Será que, algum dia, chegou a ser habitada? Dói perceber Jesus em silêncio. Porém o silêncio não pode nos fazer perder a visão de Deus. O silêncio fez a mulher aproximar-se de Jesus. Existem momentos na vida que estamos gritando a um Jesus distante. Que não conhecemos de perto. Que não olhamos nos olhos. Que não percebemos a sua presença. O silêncio de Jesus é pedagógico: quer nos ensinar a aproximação. Transforma grito em palavra. Silêncio, no evangelho, é aproximação. Jesus gerou fé por meio de uma migalha. Parece estranho a mulher querer uma migalha. Mas quando estamos perto de Jesus, suas palavras fazem sentido. Ele diz que não era bom tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Isso gerou na mulher um desejo e uma fé que queria comer as migalhas da mesa de Jesus. A palavra usada para se referir aos cachorrinhos é Kúnaria. Existiam três tipos de aplicações que poderiam ser feitas a esta palavra. Primeiro, às mulheres da vida. Segundo, aos cães vira-latas da rua. E, terceiro, aos cachorrinhos de colo, aqueles que comem da mesa de seus donos. Jesus usa essa última aplicação para sua expressão: tirar dos filhos e dar aos cachorrinhos. Ela entendeu! Jesus fala em tom de graça e não de exclusão. A mulher capta a mensagem e o tom, ela está diante da mesa, não de um homem rico, mas da mesa do Rei dos reis, e as migalhas são como pão da mesa. Então diz, no processo da fé, que até os cachorrinhos comem da mesa de seus donos. Jesus conseguiu o que queria. A mulher agora tem uma fé verdadeira que não fosse só para um instante de cura, mas para toda vida. Algumas pessoas estão deixando de comer pão da mesa de Jesus porque não querem começar pelas migalhas. Jesus oferece migalhas para ensiná-la que melhor do que o que se come em Suas mãos, são as mãos que oferecem a comida. Ela conseguiu tirar os olhos das mãos e colocar em Jesus. E, no final, come pão. Tem sua filha liberta. A mulher comeu pão porque quis migalha. A migalha que cai da mesa se torna pão quando nos contentamos com o que Jesus nos oferece e temos fé para receber o que quer que venha Dele. Jesus gerou fé por meio do encontro com Ele. A fé da mulher nasceu e cresceu no processo. Ela começa chamando Jesus de Filho de Davi e termina chamando de Senhor. Ela conhecia Jesus como Filho de Davi. O messias político que veio libertar Israel da opressão Romana. Ela O conhecia como profeta poderoso em palavras e milagres. Mas depois do encontro, o chama de Senhor. Agora ela O conhece como Soberano sobre todas as coisas. O encontro com Jesus transformou pedido em oração. Ela começa fazendo um pedido a um homem poderoso e termina orando ao Senhor Deus. A fé que Jesus instala em nós como bem, muda a maneira como nos relacionamos com Ele. A partir do encontro a relação com Jesus não é mais de palavras decoradas ou condicionadas por alguma coisa, mas oração livre e sincera. No encontro, a visão da mulher sobre Jesus mudou. A fé a fez vê-Lo como realmente é. Senhor e soberano que pode ficar em silêncio e oferecer migalha para produzir fé. E você! Quer entrar no processo de tornar-se uma pessoa de fé?

VOAR

Você é capaz de coisas que nem imagina. Quem diria há muitos anos atrás que algum dia o homem seria capaz de voar? Quem arriscaria pensar que o ser humano conseguiria pisar a Lua? Tudo é impossível até alguém sonhar mais alto. Quando uma pessoa transforma seu sonho em um objetivo e luta com determinação por ele, está dando o passo certo para o conseguir. Muitos duvidarão inicialmente se o plano for ousado demais, mas a fé é mais forte que qualquer receio e quem não se deixa amedrontar ganha sempre alguma coisa.

SEPARAÇÃO CONJUGAL

Se, há muito tempo ou recentemente, as brigas conjugais estão sendo constantes na sua vida, ao ponto de produzir em um ou em ambos o desejo pela separação, a superação demanda sabedoria, paciência e fé. 1. Use a memória a seu favor. Use a memória do amor para trazer à lembrança os bons tempos do casal, como os passeios de mãos dadas, as brincadeiras um com o outro, os sonhos tornados reais, as gargalhadas que ecoavam no horizonte, entre outras recordações registradas nos álbuns do coração. Peça a Deus para fazer que os bons tempos voltem. Ele é o Deus da esperança. 2. Lembre também que, num momento da vida, você jurou, por livre e espontânea vontade, que o seu casamento seria para sempre. Na verdade, o relacionamento conjugal é sempre para sempre, com ou sem votos. Na prática, ninguém se separa, mesmo que não haja filho ou filhos na história. Uma separação não resolve problemas: cria outros. Então, peça a Deus para fazer valer o juramento um dia livremente oferecido. Ele é o Deus das promessas. 3. Seja paciente. Espere. Quem ama espera. Talvez o outro esteja com alguma dificuldade profunda, perceptível ou não, no seu corpo ou na sua mente. Talvez o outro esteja trazendo para o relacionamento cadáveres que devia ter sepultado na infância e que agora assombram. Peça a Deus paciência para perceber e para esperar, para não desistir do outro. Deus é o Senhor da misericórdia, que quer ver presente também nos nossos relacionamentos conjugais.. 4. Seja sábio. Pode ser que o grande problema de agora seja o resultado apenas de um mal-entendido. Boa parte dos atritos não passa de um ruído na comunicação. Esclareça o problema, que talvez não resista a uma conversa de minutos. Peça a Deus sabedoria. Ele é o Deus da sabedoria e pode nos fazer pessoas sábias.

SABER

Aqui está o que você precisa saber sobre as muralhas de Jericó. Elas eram imensas. Elas embrulhavam a cidade como um traje de armadura. Aqui está o que você precisa saber sobre os habitantes de Jericó. Eles eram ferozes e bárbaros. Eles seguravam todos os ataques e repeliam todos que invadiam. Até o dia em que Josué apareceu. Até o dia que seu exército marchou até lá. Até o dia que tudo estremeceu. Até o dia que a magnífica cidade de Jericó caiu. Mas aqui está o que você precisa saber sobre Josué. Ele não trouxe abaixo as muralhas. O tremor que sacudiu as muralhas largas e impenetráveis? Deus fez isso por ele. E Deus fará isso por você! Seu Jericó é seu medo, sua raiva, sua amargura, sua culpa pelo passado. É o que fica entre você e seus Dias de Glória. E suas muralhas precisam cair! A vida sempre trará desafios. Mas Deus sempre trará força para encará-los.

domingo, 18 de outubro de 2015

CINCO VERDADES SOBRE O PERDÃO

- O perdão é um princípio fundamental para a vida cristã; uma das coisas que mantém muitos em cativeiro hoje. - A maioria está muito bem com o princípio do perdão, mas nunca realmente executam o seu pleno significado em sua vida. - A falta de perdão na vida de uma pessoa é uma escravidão destrutiva que causa contenda, divisão, depressão, opressão, doença, divorcio e até mesmo condenação. Definição de Perdão: Conceder indulto gratuito ou remissão de qualquer ofensa ou dívida; desistir de toda reivindicação. A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.[post_ad]Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação. 1. O perdão é uma ordem não uma sugestão. Mateus 6:14-15 - Isto é fato depois que o Senhor ensinou Seus discípulos a orar. - Este é um princípio espiritual - Deus não quer falar conosco até que reconciliemos nossas diferenças com o outro. (Mateus 5:24) - Prov. 19:11 “O entendimento do homem retém a sua ira; e sua glória é passar sobre a transgressão” - Prov. 24:29 "Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra" - Colossenses 3:12-13 “Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” 2. Não há limite para o perdão. Mateus 18:21-22 - Jesus não disse para perdoar 490 vezes e parar, é ilimitado. - Quantas vezes você quer ser perdoado? - 1 Coríntios 13:5 - O amor não guarda rancor. - 1 Pedro 4:8 - O amor cobre uma multidão de pecados. - Devemos aprender a perdoar como Deus perdoa. - Salmo 103:12 “Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões”. 3. A falta de perdão nos mantém em cativeiro. Mateus 18:23-35 - Impede o perdão do Pai. - Fomos perdoados de uma dívida que nunca poderíamos pagar, qualquer dívida para nós é minúscula em comparação ao que recebemos. - Ele foi entregue aos torturadores. V.34 - A falta de perdão abre a porta para doenças físicas e mentais e fortalezas demoníacas. - Pode limitar ou até mesmo bloquear as bênçãos em nossa vida. - Podemos bloquear nosso próprio perdão. Mateus 6:14-15 - Se não perdoamos, não podemos ser perdoados. - Provérbios 28:13 “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” - A falta de perdão é um pecado que bloqueia a prosperidade. - Nos deixa amargos e os nossos corações endurecidos. - Hebreus 12:15 “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” 4. O perdão é um ato volitivo. - Não um sentimento, mas uma decisão. - É contínuo (passado, presente e futuro). - É do espírito - e não a carne, não a alma. - Você deve ser capaz de ver o seu agressor como um espírito vivo, não um inimigo, não como um desafio no caminho da vida, não como um obstáculo no seu caminho para o paraíso. 5. A conciliação é sempre a resposta. - Não podemos permitir quaisquer áreas de falta de perdão em nossa vida. - Devemos manter nossa consciência limpa e manter-nos em comunhão com os demais. - Não insistir na falta de perdão - Ordena a sua alma para estar sujeita ao seu espírito. Conclusão: Romanos 12:14-18 14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; 16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; 17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. "Sempre perdoe seus inimigos - nada os aborrece mais"

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...