Total de visualizações de página

segunda-feira, 3 de junho de 2019

HEBREUS 11 : 1 – 6 COMENTÁRIO Introdução No Antigo Testamento encontramos somente duas citações do termo hb. “fé” (Dt 32.20) ”’emun” e (Hc 2.4) ’emünâ. Em contrapartida, são inúmeras as passagens que se utilizam os verbos: crer, confiar e esperar; que levam o leitor ao mesmo entendimento de “fé” ( Sl 27.14; Sl 32.10; Sl 62.1; Pv 20.22; Is 28.16;Jr 17.7). No Novo Testamento encontramos acentuado número de passagens tratando do assunto, o que nos leva a entender que, pela fé o homem deixa a confiança em seus próprios esforços, transferindo-a para Cristo para adquirir a salvação. Para a nossa caminhada no cotidiano precisamos de fé, pois tudo o que temos a fazer, se não for baseado na fé, ficará sem sentido. I – CONCEITO DA FÉ A “fé”, sem equívoco algum, é um dos mais proeminentes conceito do Novo Testamento. Sua importância no processo salvífico é relevante (Rm 10.17). Ela expressa a renúncia de toda a confiança nos próprios recursos, e nos arremete sem reservas às mãos misericordiosas de Deus,. É uma dependência total, onde o Espírito Santo trabalha na vida do crente, para receber de Deus o fortalecimento para o dia a dia. É a dependência de Deus e plena obediência no Senhor Jesus Cristo.(Hb 11.6). O escritor da epístola aos Hebreus enfatiza que a fé sempre foi uma característica do povo de Deus. O grupo de “heróis da fé” é uma demonstração delineada de cada personagem, de como eles ilustram o tema que “sem fé é impossível agradar a Deus”. Com isso declara veemente sua oposição entre “fé” e “à vista”; o seu negócio, é a confiança que está fora do alcance dos olhos, mas o coração já sente-se realizado com aquela esperança. É impressionante ver o que aqueles heróis alcançaram e realizaram pelo poder da fé. Ela suplanta a inteligência humana, a estratégia, o poder econômico, a política, a filosofia e a ciência, pois procede do Senhor Deus e o honra. 1 – No Velho Testamento No Antigo Testamento, para a palavra “fé” encontramos alguns termos hebraicos cujas traduções resultam em “fidelidade”, o caso de Hc 2.4, o que dá parecer o emprego no sentido de fé; o mais comum é “ter como verdadeiro”,ou “crer”, que é usada em construção gramatical, resultando no seguinte: Ä fé racional – confiante descanso numa pessoa ou coisa ou testemunho; e, Ä fé emocional – assentimento dado a um testemunho aceito como verdadeiro. Outros termos são: “confiar” – entrega confiante. O homem que confia em Deus é alguém que fixa nele toda a sua esperança quanto ao presente e ao futuro. Vale ressaltar que Fé = Fidelidade – está ligado diretamente à promessa. 2 – No Novo Testamento O teólogo Louis Berkhof em seu livro Teologia Sistemática (pp 497 e 498), escreveu sobre os sentidos e significados das palavras empregadas no Novo Testamento: “pistis” = fé , e, “pisteuein” = fé – crer. Ä Fé (pistis) – indica: a) confiança propriamente dita; b) uma convicção baseada na confiança numa pessoa e no seu testemunho, isto é: 1 – confiança geral e Deus e em Cristo; 2 – aceitação do seu testemunho com base nessa confiança; e, 3 – submissão a Cristo e confiança nEle para salvação da alma. Rm 3.22, Ef 3.12. Ä Fé = crer (pisteuein) – entre alguns significados devido às construções gramaticais, destacamos a seguinte expressão de Berkhof (pp 498, final do primeiro parágrafo) : “uma absoluta transferência da confiança em nós para o outro, uma completa rendição pessoal a Deus.” Jo 2.11; 3.16; Rm 10.14; Gl 2.16. 3 – O que não é Fé Várias são os termos que não podem ser declarados como “fé”: Otimismo, Positivismo, algum outro tipo de crença. Precisamos firmar nosso entendimento no que o escritor de Hebreus simplifica em suas palavras : a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. II – FUNÇÕES DA FÉ 1 – Ver o invisível É capacitar o homem a ver o invisível – é uma Função Filosófica teórica da fé: Parece uma contradição – ver o invisível ? mas o que ocorre na realidade é que a fé transcende o que é lógico, isto é, ela viaja mais longe que o nosso pensamento pode pensar, Ver o invisível é a dimensão da esperança contida no ato da fé Um exemplo disso: Assim como um edifício existe na mente do arquiteto antes de ser construído, assim é a fé. O real existe naquele que tem fé. No capítulo 11 de Hebreus temos muitos exemplos 2 – Tolerar o intolerável. Outra função específica da Fé é ajudar o homem a tolerar o intolerável. e essa função chama-se CORAGEM. A coragem é uma virtude que a filosofia enquadra dentro da moral – é a disposição de enfrentar tudo com resignação, paciência, calma, despreocupação e tolerância, e isso todos os humanos a possui. O exemplo Bíblico para esta função foi JÓ. homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal; por permissão de Deus, Satanás acabou com os bens materiais, matou os filhos, e impôs a Jó uma enfermidade muito cruel, mas nem assim, Jó desistiu. TOLERAR O INTOLERÁVEL não é só enfrentar os problemas da vida, mas ter coragem de afirmar a vida apesar dos problemas e dificuldades. Fé apenas para os dias de bonança, quando tudo corre bem, não é fé que remove montanhas, não é fé para o dia do sofrimento e angustia. Um pastor amigo meu, testemunhou que quando criança, um problema de saúde o levou à morte. Ele e sua família moravam em uma área rural, e sua irmã foi avisar os pais que estavam trabalhando na lavoura. Chegando em casa foram colocada a mortalha e enviaram um aviso ao pastor da igreja a que freqüentavam. À noite após o culto o pastor, juntamente com alguns irmãos foram ao velório. Diante daquele clima o pastor,confiante em Deus, amigo da família, falou de modo singelo: – “Esse chororô é um pedido para orar pro consolo ou pra criança ressuscitar?” – aquela mãe, que sabia quem era Deus respondeu: “Pastor, se eu bem conheço o meu Jesus, sei que Ele é capaz de muito mais do que isso”. – Neste momento o pastor e aqueles irmãos começaram a orar. De repente o menino abriu os olhos e disse: “mãe, eu estou com fome!” – Jesus o havia ressuscitado após mais de 9 horas necrosado. Uns 10 anos mais tarde, após o serviço, passou pela igreja, para acompanhar sua mãe ao término do culto, e lá, soube que ela não havia estado naquela noite. Foi para sua casa e chegando, encontrou sua mãe, deitada numa rede, sem vida. Ele dobrou os joelhos ao lado daquela rede e falou: “Senhor, agora chegou a hora da troca. Há mais de 10 anos, minha mãe confiou em ti e quando oraram, o Senhor me ressuscitou. Hoje estou aqui, eu preciso de minha mãezinha, sua igreja também precisa dela Senhor, traga minha mãe de volta Jesus”. Nisto aquela irmã acordou, e disse: “Meu filho, eu estava num lugar tão bonito!!!” . Até pouco tempo essa irmã era a presidente do Circulo de oração da igreja, numa cidade do nordeste, onde os fatos aconteceram. È esta fé que estamos precisando em nossos dias, precisamos de coragem para vencer as intempéries da vida e buscar em cristo as respostas que precisamos. 3 – Vencer o invencível A Fé tem a função de nos ajudar a vencer o invencível – isto chama-se VITÓRIA Sl. 27:14 Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor. O melhor antídoto contra o desânimo é a fé. Com os trâmites da reforma 1517, Lutero encontrava-se muito desanimado com as pressões que vinham de todo os lados fazendo oposição. Certo dia sua mulher vestiu-se de luto e foi ao seu gabinete, e chegando lá, Lutero indagou: – Por que o luto? – Você não sabe? Deus morreu ! Lutero bateu na mesa de trabalho e disse – DEUS NÃO MORRE ! Então a esposa olhou e disse: – Se Deus não morre, por que tanto desanimo ? A partir deste momento Lutero mudou de atitude e continuou a luta pela Reforma da Igreja “O melhor antídoto contra o desânimo é a fé.” III – O QUE ENCONTRAMOS NA FÉ 1 – A Fé tem um fundamento Este fundamento é toda a verdade contida no evangelho. A Bíblia trata o fundamento no sentido de alicerce, base, (Lc 6.48) e no texto, a fé leva-nos a esperar algo com a certeza daquilo que possui uma base firme, sem problemas estruturais. Para o crente, a certeza é um artifício inabalável que o deixa aguardar com tranqüilidade tudo o que deposita na fé. (Ec 8.12). A certeza é um componente constitucional da verdadeira fé. 2 – A Fé tem uma esperança “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam” a esperança é o outro componente constitucional da fé. Pela fé o cristão tem uma esperança inabalável (Sl 125.1), ele está convicto que a sua esperança é o Senhor que não o desamparará, seja qual for as circunstancias. Abraão creu, superando a circunstancia de sua idade, nascendo Isaque quando tinha 100 anos, desmistificando o contexto de idade. 3 – A Fé tem uma prova “e a prova das coisas que se não vêem” – prova tem um sentido de persuasão para o que Deus tem prometido,e não naquilo que sonhamos para o nosso bel-prazer. Deus tem compromisso com as suas promessas, e as provas vão se cumprindo até a eternidade; quanto aos nosso planos, é uma vontade própria de Deus em realizá-los ou não. Hb 9.11; Hb 8.6. 4 – A Fé produz resultados a – “os mundos pela palavra de Deus foram criados” – o escritor de Hebreus faz uma ligação com o primeiro capítulo da Bíblia, demonstrando que nos escritos sobre a criação dos mundos, referindo-se aí, o mundo “kosmos” universo, e, “oikoumene” terra habitada, a revelação confiável de Deus, somente é acessível por um ato de fé. “aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” – o homem, agora recebendo a salvação coloca a sua fé em Deus, e como recompensa Deus o premia com o galardão, pelo fato de sua busca pela fé. Este fato torna-se uma evidência de que os crentes estão condicionados à fé. VI – EXEMPLOS DE FÉ 1 – Abel Mostrando uma afirmação do Antigo Testamento, o vs. 4 da Leitura Bíblica Principal, com o sacrifício Abel alcançou testemunho por ser justo porque doou. O próprio Deus testemunhou sobre suas ofertas, conforme Gn 4.4, 5 “e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou” esta aceitação é um testemunho de Deus sobre a sua fé. 2 – Enoque Enoque andou com Deus, Gn 5.22 e 24. Vemos uma afirmação da conduta em fé, Enoque viveu na fé, o que lhe garantiu o arrebatamento, o traslado. Mais uma vez Deus testemunhou o agrado a um servo cuja dedicação em vida foi a fé no seu Senhor. Devemos seguir exemplo de Enoque, pois o arrebatamento está reservado à igreja do Senhor Jesus Cristo. 3 – Josué e Calebe O Capítulo 13 de Números, nos ensina uma preciosa lição de fé. Um grupo 12 de homens saiu para vistoriar a terra de Canaã, todos líderes de tribos, sabiam de cada realidade, e inspecionaram passo a passo, da saída ao retorno. Após quarenta dias apresentaram o relatório (Nm 13.25-29). Dez líderes enxergaram apenas o que estavam diante dos seus olhos (1 Sm 16.7). Viram que o lugar era maravilhoso; muito produtiva e os cachos de uvas eram enormes; o povo era muito poderoso, e existiam até gigantes; as cidades eram grandes; eles puderam ver até os MUROS que rodeavam as cidades. O interessante nesta maravilhosa história, é que, dois lideres executaram o trabalho com os olhos da fé, Josué e Calebe, e num impulso contestaram aquele relatório negativista dizendo: (Nm 13.30 – Versão Viva) “Vamos partir e tomar a terra, porque é certo que vamos conquistá-la!”. Precisamos colocar em prática a visão da fé em nosso cotidiano, com ela vamos enxergar mais longe. Por certo vamos conquistar a terra em nome de Jesus! Evangelizando, pregando a Palavra de Deus, orando pelos enfermos, visitando os encarcerados. Pela fé as barreiras irão cair (1 Jo 5:4b). 4 – Abraão e Isaque É quase impossível tratar o assunto “FÉ” sem que mencione Abraão. Quando Deus lhe pediu o filho para o sacrifício(Gn 22), e ele prontamente atendeu, deixa-nos maravilhado a seqüência dos fatos, quando Isaque faz a solene pergunta “Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto?” O versículo 8 demonstra uma atitude de fé tanto em Abraão ao responder quanto a Isaque em ouvir a resposta – “E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.” “Assim caminharam ambos juntos.” – sem questionamento, sem outras dúvidas. O texto declara apenas: “Assim caminharam ambos juntos.” Amados, tanto a sua fé quanto a sua incredulidade podem transmitir otimismo ou derrotismo aos que estão ao seu lado. Você precisa, mais do que nunca aclamar solenemente a sua fé verdadeira, expressando-se tal como Paulo em Fp 4.13 : “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” CONCLUSÃO Precisamos deixar que a fé tenha predominância em nossas vidas, uma vez que aprendemos que ela tem fundamento, esperança, prova e produz resultados Quando o evangelista João declara que “e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”, ele já disse em seu contexto que crendo e amando a Deus e Seu Filho, guardamos os seus mandamentos, que não são pesados. Assim por certo estaremos presentes no tão aguardado dia da maravilhosa vinda. ORA VEM, SENHOR JESUS. PENSAMENTO – a fé consiste em acreditarmos no que não vemos; e, como recompensa, vemos aquilo em que cremos – agostinho QUE VOCE TENHA FÉ QUE O CAPACITE A VER O INVISÍVEL, A TOLERAR O INTOLERÁVEL E A VENCER O INVENCÍVEL.
Você tem a Vida Eterna? A Bíblia apresenta um caminho claro para a vida eterna. Primeiramente, temos que reconhecer que temos pecado contra Deus: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Todos nós temos feito coisas que desagradam a Deus, que nos fazem merecedores de castigo. Já que todos os nossos pecados, no final das contas, são contra o Deus eterno, somente um castigo eterno é suficiente. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Porém, Jesus Cristo, o santo (1 Pedro 2:22), eterno Filho de Deus, tornou-se homem (João 1:1,14) e morreu para pagar nossos pecados. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Jesus Cristo morreu na cruz (João 19:31-42), tomando sobre si o castigo que nós merecemos (2 Coríntios 5:21). Três dias depois ele ressuscitou dos mortos (1 Coríntios 15:1-4), provando Sua vitória sobre o pecado e a morte. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórida, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3). Pela fé, temos que fugir do pecado e olhar para Cristo para salvação (Atos 3:19). Se colocarmos nossa fé nele, confiando na Sua morte na cruz para pagar nossos pecados, seremos perdoados e a nós é prometida vida eterna no céu. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) “Se, com a tua boca, confessares a Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9). Fé absoluta no sacrifício de Cristo na cruz é o único caminho para a vida eterna! “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Se você quer aceitar Jesus Cristo como seu Salvador, aqui está uma simples oração que você pode usar. Lembre-se que dizer esta oração como qualquer outra não irá salvá-lo. Somente crendo em Cristo você pode ser salvo. Esta oração é uma simples maneira de expressar a Deus sua fé nele e agradecer a Ele por ter providenciado sua salvação: “Deus, Eu sei que tenho pecado contra Ti e mereço ser castigado. Mas Jesus Cristo tomou o castigo que eu mereço para que por minha fé nele eu possa ser perdoado. Eu abandono meu pecado e coloco minha confiança em Ti para minha salvação. Obrigado por Sua maravilhosa graça e perdão — o presente da vida eterna! Amém!”
No princípio, Deus criou o mundo e pôs nele o homem, e este o decepcionou. O que aconteceu? Bem, a vida no jardim do Éden perdeu o sentido. Fim? The End, como outrora terminavam os filmes de Hollywood? Não! Simplesmente, um recomeço. O Criador vestiu Adão e Eva de peles e estabeleceu novas metas para a humanidade. Enfim, o que passou, passou. O fim do período da Inocência deu início ao da Consciência. E mais uma vez o homem decepcionou a Deus. Os “filhos de Deus”, descendentes de Sete — filho de Adão —, se misturaram aos pecadores, e a Terra ficou cheia de violência e materialismo. Veio, então, o Dilúvio. Fim? Não. Recomeço. Deus preservou Noé e sua família, para com eles estabelecer um novo pacto e um novo período, o do Governo Humano, por assim dizer. Mais uma vez, os homens fracassaram, ao tentar construir uma cidade, com uma grande torre, para glória própria, esquecendo-se de que toda a glória pertence ao Criador (Is 42.8). O que fez Ele, pôs fim a tudo? Não! Frustrou aquele mau intento, a fim de que houvesse um novo começo para os homens. Mas não pense que Deus estava tentando ajudar o ser humano sem saber o que aconteceria. Quando o pecado entrou no mundo, o Senhor já tinha um plano estabelecido — tanto que Jesus Cristo é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8); isto é, todos os cordeiros mortos desde a criação do mundo tipificam o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). Os fins e recomeços são oportunidades para a humanidade se reencontrar e entender os propósitos do Criador. Bem, o chamado Governo Humano não deu certo, e a Torre de Babel caiu. Como diz a Palavra de Deus, “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor é a resposta da boca” (Pv 16.1). Quando fazemos planos e eles desmoronam, isso não significa o fim. Deus, naquela ocasião, espalhou as pessoas, para um novo começo: o período Patriarcal. O Senhor fez alianças com Abraão, Isaque e Jacó, e nasceram aqueles que formariam as doze tribos de Israel, mas o livro dos começos, o Gênesis, terminaria de modo aparentemente trágico: “E morreu José da idade de cento e dez anos; e o embalsamaram, e o puseram num caixão no Egito” (Gn 50.26). Que ironia! O livro que começa com uma frase cheia de vida “No princípio, criou Deus os céus e a terra” termina com morte, embalsamamento e caixão, palavras que gostaríamos de riscar do vocabulário! Mas não podemos nos esquecer de que cremos no Doador da vida! E de que a morte, para os seus servos, é um recomeço, em outra dimensão, a celestial! Nem a morte pode nos separar do amor de Deus (Rm 8.38,39). Começa, então, o período da Lei, com a saída dos filhos de Israel do Egito — liderados por Moisés —, que não eram mais uma família, mas um grande povo. Esse período duraria até a plenitude dos tempos, quando Deus enviaria seu Filho, “nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). No decurso desse período, entre os livros de Êxodo e Malaquias, houve vários fins e recomeços. E, como a humanidade não foi capaz de retomar o rumo segundo a vontade de Deus, mais um período teria de acabar, como lemos em João 1.17: “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”. Cristo, o Deus-Homem, o verdadeiro Deus encarnado (Jo 1.1,14; 1 Tm 3.16), dá início ao período da Graça. Mas somente a sua encarnação não seria suficiente. Teria Ele de passar pelas angústias humanas. O véu precisaria ser rasgado. E não estou falando do véu do Templo, partido em dois para “dizer” que o caminho para a salvação está aberto. Para isso acontecer, um outro véu teria de ser rasgado: o corpo de nosso Senhor (Hb 10.20). Jesus nasceu, viveu e morreu. Fim? Bem, se a sua morte fosse o fim, estaríamos perdidos. Mas… Ah, como eu gosto desta palavrinha! Às vezes, até usamo-la de modo inconveniente, para criticar alguém: “Gosto de fulano, mas…” Contudo, veja como ela se encaixa como uma luva em 1 Coríntios 15.17-20. Leia esta passagem agora, em voz alta, por favor. Glória a Deus! Se Jesus não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã e estaríamos perdidos. Mas Cristo ressuscitou! Que recomeço maravilhoso e triunfante, não acha? Imagine a alegria das mulheres que foram visitar o corpo de Jesus, e encontraram a pedra revolvida e o túmulo vazio (Mc 16.1-4). Que recomeço para elas, que já não tinham esperanças! Você pode escolher ao passar por uma decepção ou tragédia uma das duas palavrinhas de três letras: “fim” ou “mas”. É possível que você esteja enfrentando grandes angústias agora. Há, quem sabe, muitas decepções em seu coração: a perda de um ente querido em uma tragédia, a interrupção de uma gravidez, um sonho não realizado, uma enfermidade, o fim de um relacionamento… Bem, você tem a oportunidade de deixar para trás as frustrações e começar uma nova fase da vida com alegria e satisfação. O fim não é um fim em si mesmo. Lembre-se de que sempre haverá um “mas”. O que seria de nós se alguns versículos terminassem antes dessa palavrinha? Imagine se Romanos 6.23 terminasse assim: “o salário do pecado é a morte”. Mas há um complemento animador: “o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”. Temos dificuldades e aflições, mas o Senhor é o nosso Pastor! O Inimigo se levanta contra nós, mas maior é Aquele que está conosco! Os nossos corações nos condenam, mas maior é Ele do que os nossos corações! Você pode ter enfrentado uma grande dificuldade, frustrações e decepções;mas tudo isso acabará, se você tiver esperança, e uma nova fase de vitórias terá início, pois cremos que o fim traz um grande recomeço para aqueles que depositam a sua esperança em Jesus Cristo! O mundo está em guerra. O Brasil, dominado pela corrupção. O profeta Miqueias vivia dias semelhantes aos nossos (Mq 7.1-6). Contudo, havia um “mas”, um “porém”. Qual? A sua certeza em um recomeço em Deus estava inabalável, e ele exclamou: “Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação: o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.7). Pessoas especiais morreram, porém Cristo está vivo e consola o seu coração. O ano pode não estar sendo bom para você… “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Recomece!

HUMILDADE

 A PROVA DA HUMILDADE "Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos louvores que recebe" (Prov. ...