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domingo, 31 de março de 2024

ESPERAR

 Na geração de hoje parece que esperar não é uma virtude. As respostas que levam algum tempo às questões que aparecem não são bem-vindas. Tudo ou quase tudo precisa ser solucionado de forma quase imediata. Existe um mal-estar na civilização que é acompanhar ideias ou comprar ideias que atendam necessidades emocionais sem pensar nas consequências. Porém, esperar é uma virtude, além de ser um procedimento sábio. A Palavra do Senhor ensina a esperar. Em Isaías 40:31 vemos que " aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças.Voam alto como águias;correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam." Várias outras passagens na Palavra do Senhor nos orientam a esperar e a esperar no Senhor. Portanto, não se sinta abandonado pelo Senhor. Ele sabe muito bem do que você precisa. Ele não te esqueceu. Em momentos de crise, lembre do que Davi disse: "Esperei com paciência no Senhor; Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor". Aguarde no Senhor e Ele honrará o seu clamor.

TEMPOS

 Em todos os tempos é possível permanecer de pé, mediante a vivência da fé. Acontece que cremos na Ressurreição, mas nem sempre rezamos e muitas vezes deixamos de comungar. Para ficar de pé é necessário muita oração e presença na eucaristia, onde Jesus Ressuscitado se dá como alimento. É n’Ele que buscamos as forças para ficarmos sempre de pé, apesar das dificuldades que temos que enfrentar. Que possamos continuar nossa caminhada e segurar firme na mão de Jesus Ressuscitado. 

PASCOA

 O SENTIDO EXISTENCIAL DA PÁSCOA

Passagem. Todos, sem exceção, estamos de passagem. Não estamos vindo. Estamos indo. Não estamos de chegada. Estamos de partida. Vemos paisagens que nunca mais veremos. Vivemos situações que jamais serão revisitadas. Encruzilhadas que não se repetirão.


A festa mais importante do calendário religioso judaico-cristão retrata justamente isso. Páscoa (Pessach, em hebraico) significa “passagem” ou “travessia”. Foi instituída durante o chamado “Êxodo”, que por sua vez, significa “saída”, episódio que marca a libertação do povo hebreu da escravidão egípcia.


Nada jamais será como antes. A vida segue um irreversível fluxo de mudanças. E as maiores mudanças não se dão pela variação de cenários, mas na sucessão de paisagens internas. Nosso mundo interior está sujeito a rearranjos. A cada nova peça encontrada, o quebra-cabeça que parecia já estar montado, desafia-nos a ressignificá-lo. Novas combinações fazem com que imagens inusitadas surjam.


Cada pessoa que atravessa nosso caminho traz novos elementos que contribuirão nesta transformação. Alguns que hoje nos brindam com sua companhia, ficarão pelo caminho, mas continuarão a nos acompanhar em nossa lembrança. 


Parafraseando Saint-Exupéry, “cada pessoa que passa por nós, não nos deixa sós, deixa um pouco de si, leva um pouco de nós.”


Quem se atreveria a atravessar um deserto sozinho? A solidão não passa de ilusão. Somos habitados por todos os que cativaram nossa atenção em algum momento do trajeto. Afetos não se desfazem, apenas se transformam. Alegrias viram saudade. Feridas se tornam cicatrizes.


Assim como temos um DNA que nos difere de todos os demais seres humanos, nossas experiências e relações nos fornecem um tipo de DNA existencial que nos torna únicos, indivíduos absolutamente autênticos. Ainda que tais elementos sejam encontrados em outros, a ordem sequencial em que se apresentam em nossa composição é absurdamente única. Portanto, enquanto caminhamos, somos seres inacabados à espera de novos elementos que nos comporão.


A tão desejada Terra Prometida se insinua no horizonte. Mas nossa visão é bloqueada por uma cordilheira montanhosa. As mesmas montanhas que bloqueiam nossa visão, servem-nos de plataforma para possibilitar que enxerguemos mais longe. Tudo vai depender de onde nos pusermos, se nos pés do monte ou em seu topo. A fé nem sempre remove montanhas. Às vezes ela nos faz escalá-las.


Quem tentar rodeá-las estará fadado a andar em círculo.


Dificuldades superadas nos servem como referências geográficas nesta paisagem interior. Sabemos de onde viemos e para onde estamos indo.


Porém, mais importante do que a viagem, não é apenas o destino em si, mas, sobretudo, a companhia.


Feliz é quem, em vez de buscar seguidores, procura por companheiros. As areias do deserto não nos permitem deixar rastro. Como, então, poderão nos seguir?


Todavia, não estamos abandonados à própria sorte. À exemplo dos hebreus durante sua peregrinação no deserto, seguimos a nuvem. A mesma que nos aquece durante as noites gélidas e nos refresca sob o sol escaldante. Seguimos Àquele que está entre nós. O único que foi capaz de enfrentar o deserto sozinho. Não seguimos uns aos outros. Seguimos ao Ressurreto, enquanto oferecemos companhia aos que compartilham da mesma travessia.


Qual será nossa surpresa quando finalmente atravessarmos o Jordão da nossa existência e reencontrarmos lá todos os que nos ofereceram sua companhia ao longo do trajeto.


Não existe “adeus”! No máximo um “até logo”. Por vezes, o reencontro se dá antes mesmo do Jordão. As contingências da vida fazem com que a gente se perca, e eventualmente se ache e seja achado. Mas, se porventura, não nos esbarrarmos mais durante a viagem, certamente nos veremos para além do rio, onde nada mais passará, mas durará para sempre.


A todos os meus amigos, companheiros de jornada, feliz páscoa!

VISAO

 Às vezes, é fácil se acostumar com nossos próprios pontos de vista e esquecer que há um mundo de possibilidades além deles. Mas lembre-se: se você olhar sempre para o mesmo lugar, verá mais do mesmo.


Na verdade, pode ser que mudar seu ponto de vista não seja fácil no início. Pode até ser desconfortável. Mas é aí que começa a inovação. Tudo o que você vê é filtrado pela lente única dos seus olhos. Imagine ampliar essa visão, expandindo não só seus pensamentos, mas também seus sentimentos e experiências de vida.


Então, que tal começar a sair das suas viseiras mentais? Permita-se enxergar o mundo através dos olhos dos outros. Porque, acredite ou não, o ponto de vista deles pode trazer inovações surpreendentes para o seu próprio olhar.


Esteja aberto a abraçar a variedade de perspectivas que o mundo tem a oferecer. 


PASCOA

 Na primeira Páscoa, um cordeiro sem defeitos foi sacrificado para poupar os primogênitos.


Um animal sem mácula, sem manchas, levado pelas circunstâncias, sem entendimento ou intenção, pois não era um ser humano.


No entanto, Deus nos amou ao enviar Seu Filho como cordeiro sacrificial.


Jesus, nosso Cordeiro Perfeito, não morreu apenas levado pelas circunstâncias; Ele se entregou por nós, morrendo por Seu imenso amor.


A Páscoa simboliza o Amor Sacrificial, aquele que doa a própria vida para que outros vivam. Nossos missionários oferecem suas vidas, não como Cristo, mas expressam um amor em vida. Nesta Páscoa, torne-se um apoiador dos nossos missionários locais, que vivem uma vida sacrificial para que outros conheçam a Cristo.



sábado, 30 de março de 2024

AMIGO

 “Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão.”


Provérbios 17:17


No Antigo Testamento, Davi e Jônatas, filho de Saul, desenvolveram uma amizade muito sincera, que resistiu a muitas situações difíceis. Os dois, para selarem este relacionamento, chegaram a fazer uma aliança de sangue.


Fazer aliança de sangue já foi algo comum em outras épocas. A aliança de sangue era um pacto mútuo no qual duas pessoas entravam no mais íntimo, duradouro, sagrado e irrevogável dos contratos, como amigos e irmãos; um pacto selado pela mistura de sangue ou pela transfusão recíproca. Esta aliança não podia ser quebrada de forma alguma.


Hoje, nós temos o privilégio de desfrutar de uma aliança com o próprio Deus. Jesus pagou, com Seu sangue, o preço por cada um de nós para que nos tornássemos filhos legítimos do Pai celestial. Podemos contar com este amigo verdadeiro em qualquer tempo ou situação. Acredite: não existe ninguém que possa te entender melhor do que Ele!


Ele te entende

Por isso, não o veja como alguém distante, que não se envolve com a sua vida e nem se importa com você. Ao contrário, Ele tem prazer em se aproximar de você cada vez que você o convida para estar mais perto.


Ele te ama demais e quer, todos os dias, ouvir o que você tem a dizer, te dar conselhos e caminhar contigo. Veja Jesus sempre como seu melhor amigo. Afinal, ninguém faria por você o que Ele realizou por amor!


Oração: Senhor Jesus, obrigado por tê-lo como meu Senhor, Salvador e amigo maior! Eu reconheço que ninguém me amou tanto assim e, por isso, rejeito toda barreira que possa ter se levantado entre nós, impedindo que tenhamos um relacionamento próximo e de intimidade. Eu declaro que o vejo como alguém que me ama incondicionalmente e acima de qualquer defeito ou falha que eu possa ter. Eu conto contigo para me aconselhar e quero caminhar contigo todos os dias. Amém.

JUIZO

 DEUS PERDEU O JUÍZO!

Nada tem sido mais subestimado do que a graça, apesar de figurar entre as mais queridas doutrinas cristãs. Talvez justamente por isso. Nós a reduzimos a uma doutrina. Conseguimos a proeza de dissecá-la e sistematizá-la (como se isso fosse possível!)


Graça é a disposição divina em querer comunicar-se com Suas criaturas, transpondo todos os abismos que porventura os separe, arcando com todos os custos envolvidos. Mesmo esta definição, como qualquer outra, não dá conta de esgotar todos os seus significados. Simplesmente não cabe na lógica humana. Por isso mesmo, Paulo a chama de “loucura de Deus”.


Como se não bastasse reduzir seu significado, atrevemo-nos a fixar os limites do seu alcance. Pura perda de tempo. A graça extrapola todas as bordas, desrespeita todas as convenções, subverte todas tentativas de codificá-la. Nenhuma combinação de consoantes e vogais consegue expressar a vastidão de sentidos que ela encerra. Nenhum número possível pode quantificá-la. 


Não se trata de algo contingencial. Não é um plano tapa-buraco para pôr ordem na bagunça que o nosso pecado provocou. Nada disso! Onde quer que o pecado haja abundado, a graça superabundará. Desde que há Deus, há graça. Portanto, ela é anterior ao pecado. E quando já não houver nem resquício do pecado, ela seguirá suprema por todas as eras. Ela não é apenas o contraponto ao pecado. Longe disso. Ela é o fundamento da existência.


Graça é o idioma divino. Um Deus que é essencialmente amor só poderia expressar-se através da graça. E é aí que Ele difere de todas as divindades frutos da imaginação humana.


A graça se revela majestosa no fato de um Deus que não cabe no universo se apequenar a ponto de se aconchegar no ventre de uma jovem. O Pai da Eternidade assumiu corporeidade dentro do tempo e do espaço. O Verbo em quem todos os códigos da existência estão contidos fez ecoar Sua voz nos subúrbios da Galileia na mais eloquente declaração de amor. Deus não apenas se agachou, mas desceu até nós, atribuindo-nos um valor incalculável. Paulo, o apóstolo, refere-se a este fato como kenósis, o esvaziamento de Deus. Tal processo não começou na concepção do Cristo. Degraus anteriores tiveram que ser descidos até que Deus se achasse em forma humana. Sua kenósis, por assim dizer, começou no momento da criação. O Deus Trino decidiu que deveria existir algo para além de Si mesmo. Para tanto, o primeiro passo seria a retração do Criador, cuja finalidade seria ceder espaço para que outros existissem. Esse movimento de retrair-se pode ser entendido como um movimento uterino de Deus, uma contração visceral, assim como a mãe que gera dentro de si para depois dar à luz o que foi gerado. Seus órgãos internos devem se acomodar, retraindo-se para dar lugar ao novo ente. Analogamente, Deus abriu espaço em Si mesmo para acomodar um universo inteiro.


Como uma mãe que sabe o quão arriscado é pôr um filho no mundo, Deus sabia de todos os riscos envolvidos na criação, principalmente a partir do momento em que a consciência emergisse no cosmos. Creio que a retração divina foi ainda maior ao criar seres dotados de consciência. Seres livres, capazes de refletir por si mesmos, certamente lhe daria muita dor de cabeça. Aliás, Ele mesmo se queixou disso pelos lábios do profeta: “Deste-me trabalho com os teus pecados, e me cansaste com as tuas iniquidades.”[1] Mas somente um Deus absolutamente soberano não se sentiria ameaçado pela liberdade conferida às Suas criaturas.


Acredito que o tipo de relação que a graça exerce sobre nós tem muito mais a ver com cuidado do que com controle. Como a mãe de Moisés, que o colocou recém-nascido num cesto confiando-o às águas do Nilo, Deus entregou Sua criação ao fluxo natural. Mas tal qual Miriam que acompanhou a trajetória do cesto até que fosse resgatado pela filha de Faraó, em momento algum Deus nos perdeu de vista. Ele sempre soube que, eventualmente, terminaríamos em Seus braços novamente. 


Por eras, fomos açoitados pelas correntezas dos processos naturais, ameaçados pela presença de predadores, porém, guardados num cesto impermeável, carinhosamente preparado para nos embalar e sob o olhar atento do Unigênito de Deus. Toda vez que nosso cesto se agarrava a algum junco, era Ele que vinha nos desencalhar. Se algum crocodilo se nos aproximava, era Ele quem o espantava, fazendo-o recuar.


Que cesto seria esse? Um cesto de junco! Nada mais frágil. O que nos favoreceu ao longo das eras no processo natural foi justamente a nossa fragilidade. Não fosse por ela, não teríamos sobrevivido. Aprendemos a tirar força da fraqueza como os heróis descritos na epístola aos Hebreus.[2] Devemos a ela nossa inventividade. Descobrimos o fogo porque precisávamos nos proteger do frio, razão pela qual também costuramos nossas roupas. Inventamos ferramentas para driblar a fraqueza de nossos músculos e as nossas limitações anatômicas. Refugiamo-nos em cavernas para nos proteger de predadores e da fúria das tempestades. Em vez de simplesmente nos render às imposições da natureza, nós a sobrepujamos. Tudo isso por causa de nossa fraqueza. Eis o cesto que nos tem protegido por eras.


Como Moisés, escapamos da extinção. Somos sobreviventes de um processo evolutivo cruel que fez desaparecer milhões de espécies ao longo dos tempos. Sobrevivemos num ambiente inóspito, hostil à nossa presença. Mas cá estamos. Tudo isso, fruto da inexplicável graça divina que nos brindou com o dom da fraqueza.


Paulo percebeu que graças a esta fraqueza o poder de Deus encontra seu encaixe perfeito em nós.[3] Ela se constitui, por assim dizer, na maior de nossas vantagens. No dizer do apóstolo, somos vasos de barro que têm como conteúdo um inestimável tesouro. [4]


Conhecedor de todas as coisas, inclusive do futuro, Deus sabia exatamente aonde nosso cesto de junco aportaria. Sua acolhida no palácio de Faraó seria passageira, assim como nossa absorção pelos sistemas deste mundo. Cristo, nossa “Mirian” trataria de nos reconduzir aos braços de nosso Pai/Mãe celestial, tão logo se comprovasse a inabilidade de tais sistemas em nos prover, não apenas meios de sobrevivência, mas, sobretudo, sentido para a nossa existência.


Mirian não poderia acompanhar o cesto sem molhar os pés e arriscar sua própria pele. Semelhantemente, Cristo não poderia nos reconduzir ao Pai se não sujasse Seus pés na poeira deste mundo. A diferença entre Mirian e Jesus é que a primeira passou incólume, só se manifestando diante da princesa para sugerir-lhe que se chamasse a mãe do menino para ser sua ama de leite. Jesus, não. O cosmos inteiro voltou sua atenção para Ele desde que pôs Seus pés neste mundo. Anjos celebraram. Demônios tiveram que abrir alas para que Ele passasse. Reis se sentiram ameaçados pela Sua presença. Sacerdotes conspiraram para matá-lo. Até dentre os Seus discípulos houve quem O traísse, quem O negasse e quem se recusasse a crer.


A filha de Faraó acatou sem resistência à sugestão de Mirian. Mas Cristo teve que despojar principados e potestades, arrancando-lhes das mãos o domínio que tinham sobre os homens.[5]


E como o fez? Demonstrando Seu poder? Não. Revelando Sua desconcertante vulnerabilidade. Foi em Sua completa rendição de amor que Ele desarticulou os poderes, ridicularizando sua presunção. A kenósis iniciada na criação, na retração divina, agora alcançava seu apogeu. O Onipotente revela Sua oni-debilidade. O Onisciente se faz momentaneamente ignorante, a ponto de desconhecer o dia de Sua vinda. O Onipresente agora está preso, totalmente imobilizado numa cruz. Aquele que enche todas as coisas, de repente, se esvaziou. O último degrau da kenósis foi descido. Aquele que era em forma de Deus, não usurpou ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo ao criar todas as coisas, tomou a forma de servo, fez-se semelhante aos homens, humilhou-se a si mesmo, e agora, por obediência à vontade do Pai, experimentou nossa morte.[6] Não de uma maneira convencional, natural. Não de “morte morrida”. Mas da maneira mais aviltante. Ele teve a morte destinada a todos os que se insurgem contra o sistema. Não morreu entre príncipes, mas entre ladrões comuns.


Jesus redefiniu os atributos divinos. De modo que, agora, onipotência tornou-se infinita capacidade do dom de si mesmo ao outro. Onipresença deixou de ser apenas estar presente para se tornar presente. Onisciência deixou de ser saber de tudo para ser o conhecimento por experiência própria. Misericórdia se tornou em compaixão. O Deus revelado em Jesus conhece o sofrimento, a dor, a humilhação, não pelo que contaram a Ele, mas pelo que Ele mesmo experimentou. Não há dor humana que Ele desconheça.


Os anjos devem ter achado que Deus perdera o juízo. Não é à toa que Paulo se refere à loucura de Deus, associando-a a Sua inebriante fraqueza.[7] Quão subversivo é o Deus revelado em Jesus! Ele Se esvazia para poder encher todas as coisas. Sua majestade resplandece na Sua humildade que beira à descompostura. Seu poder se revela na fraqueza, Sua presença na ausência provocada por Sua retração, Sua sabedoria em Seu desvario. Sua vida pulsa vibrantemente através de Sua morte. Sua soberania se sobressai ao conferir liberdade aos seres dotados de consciência. Sua justiça se impõe na exposição de Seu amor. 


Eis a graça! Tão graciosa que nos deixa absolutamente sem graça, desconcertantemente constrangidos. Nossos argumentos mais refinados vão para o lixo. Nossa sofisticação se torna obsoleta. A graça implode nossos castelos de areia. Ficamos sem chão. Entregues à vertigem da liberdade. Fiados exclusivamente em Seus propósitos, cuja equação inclui misteriosamente a Sua soberania e a nossa liberdade.


Assisti recentemente a um trecho de um sermão onde o pregador insistia que a porta da graça estaria prestes a se fechar. Para esta linha de pensamento, a graça é uma porta que se abriu na cruz e se fechará quando Cristo vier raptar o Seu povo. Ledo engano. A graça precede a existência do cosmos. Ela se firma na disposição amorosa de Deus em criar todas as coisas. Se a tal “porta da graça” se fechasse, o cosmos entraria em colapso.


Cada partícula subatômica é mantida pela mesma graça cujo guarda-chuva cobre o restante da criação.


E aqui, vale dizer que não há graça meia-boca, capaz de permitir a convivência entre os homens, mas incapaz de conduzi-los à consumação do propósito de suas existências. Quando falamos “graça comum”, referimo-nos a uma graça comungada por todos os seres. Mas isso não a torna vulgar. Num certo sentido, a graça é absolutamente incomum. A mesma que conduz o elétron em sua órbita em torno do núcleo do átomo, conduz o homem à redenção de sua alma. A mesma que inspira o artista na elaboração de sua obra prima, inspira profetas a denunciar as injustiças e apontar o caminho da equidade.


Tal graça não cabe dentro de compêndios e esquemas doutrinários. Ninguém detém seu copyright, nem o monopólio de sua ação. Toda vez que nos apossamos dela, ela vaza por entre nossos dedos.


A graça é onipresente! Com os olhos iluminados, podemos detectar seus rastros na cultura, na ciência, na história e em todos os caminhos por onde temos transitado. Deixemo-nos, portanto, nos surpreender e encantar com o seu brilho e jamais ousemos novamente subestimá-la. 


[1] Isaías 43:24

[2] Hebreus 11:34

[3] 2 Coríntios 12:9

[4] 2 Coríntios 4:7

[5] Colossenses 2:15

[6] Filipenses 2:6-8

[7] 1 Coríntios 1:15

LEVADAS

 As dúvidas também precisam ser levadas em conta, pois para contrapor uma dúvida é preciso construir uma ou mais certezas. Se crer ou não crer é uma escolha, feliz de quem simplesmente acredita, mesmo quando não é possível expor as razões da própria crença. As pessoas que aderem às dúvidas correm o risco de serem fragilizadas, pois as dúvidas simplesmente dispersam as energias e impedem o surgimento da essência. Tenho alimentado diariamente as minhas certezas e a vida tem dado certo. O tempo me ensinou que o excesso de dúvidas não leva para lugar nenhum. Minhas certezas me plenificam de vigor e me fazem crer na ressurreição. O amor se tornou vitorioso, da cruz brotou a luz. Feliz Páscoa. 

PROMESSA

 “Ele, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa, dizendo: É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite.”

LUCAS 9:21-22

Chegou o sábado após a morte de Jesus. Era o segundo dia da perplexidade, o dia da desesperança, o dia sem saída, o dia em que parecia que tudo tinha chegado ao fim. Era assim que praticamente todos se sentiam ao acordar e ver que Jesus tinha mesmo morrido; não tinha sido um pesadelo!


Como você teria se sentido se vivesse essas circunstâncias naquela época? Reflita um pouco. Então, agora, eu convido você a ler de novo a passagem acima.


Veja que Jesus não só avisou e ensinou aos Seus discípulos que era necessário todo aquele sofrimento, mas afirmou e prometeu ressuscitar no terceiro dia. Será que eles tinham tido uma amnésia? Eles tinham convivido com Jesus e ouvido da Sua própria boca o que aconteceria a seguir, mas o que eles fizeram com aquelas informações?


Trazendo para a sua vida, você se identifica com o comportamento deles?


Por que o ser humano tem tanta dificuldade em esperar e crer nas promessas de Deus? Elas continuam valendo; apenas não se concretizam instantaneamente do ponto de vista natural.


Hoje, seja sábio, aprenda com o erro dos discípulos: se Jesus prometeu, Ele cumprirá! Não tenha dúvidas, o tempo da espera é crucial para a concretização das promessas.


O que você está esperando? Encontre na Palavra um respaldo para o seu caso e não se esqueça: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19).


Confie e espere o tempo do cumprimento das promessas de Jesus na sua vida! Ele não falha!

AMANHECER


 O silêncio se faz presente também no amanhecer deste Sábado Santo... Uma esperança está no ar, o céu confirma que o valor maior sempre será a vida... Que a Páscoa nos faça passar do ódio para o amor... Feliz Páscoa, desde já! “É sobre não ter certezas todos os dias, mas acreditar sempre.” (@camposde.margaridas). Construímos muitas certezas, mas vivemos envolvidos nas dúvidas, principalmente aquelas que dizem respeito à existência. Algumas certezas são universais, as outras brotam das convicções. A falta de certezas não fragiliza a vida, pois quando não temos certezas, ainda assim é possível acreditar. Enquanto o mundo cristão renova a fé na ressurreição, sejamos construtores daquelas certezas que nascem da capacidade de crer em si mesmo, nos outros e em Deus. Creio na infinitude da vida, mesmo não sabendo como será. Se a nossa existência já é algo extraordinário, imagina como não será na eternidade. Se contemplamos a abobada celeste e cremos na existência da terra e do céu, como não acreditar na plenitude da vida, um dia, no céu. Hoje estamos na terra e olhamos para o céu. Amanhã, talvez, estejamos no céu e iremos contemplar a terra. Nossa vida é feita de pequenos e grandes sinais: cremos em algo ou em ‘Alguém’ maior, capaz de explicitar os contornos de uma existência espiritual. A vida não é triste porque, um dia, não teremos mais um corpo físico, mas uma existência espiritual. Poder acreditar é um privilégio, pois o ato de crer não é feito de incertezas, mas de profunda convicção diante do maravilhoso dom da eternidade. As dúvidas também precisam ser levadas em conta, pois para contrapor uma dúvida é preciso construir uma ou mais certezas. Se crer ou não crer é uma escolha, feliz de quem simplesmente acredita, mesmo quando não é possível expor as razões da própria crença. As pessoas que aderem às dúvidas correm o risco de serem fragilizadas, pois as dúvidas simplesmente dispersam as energias e impedem o surgimento da essência. Tenho alimentado diariamente as minhas certezas e a vida tem dado certo. O tempo me ensinou que o excesso de dúvidas não leva para lugar nenhum. Minhas certezas me plenificam de vigor e me fazem crer na ressurreição. O amor se tornou vitorioso, da cruz brotou a luz. Feliz Páscoa. 

sexta-feira, 29 de março de 2024

SER

 Muitas dificuldades e lutas, o ser humano enfrenta no dia-a-dia. Parece por vezes que as saídas ou soluções empreendidas para resolver as situações difíceis são poucas, quase nenhumas ou ineficazes, chegando-se a momentos em que tudo se apresenta como um grande caos, um desmoronamento de sonhos. As forças parecem não mais existir, e a desesperança começa a se instalar. Porém, mesmo diante de tantas incertezas, aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará. Descansará porque Ele é a força do coração e a esperança daquele que Nele confia. Portanto, não há luta ou dificuldade que pode te parar. Aquele que deu a Sua vida pela humanidade e venceu a morte na cruz é o teu escudo. Nesses momentos não se sinta só, não temas. Como diz o salmista " Olharei para os montes de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra". O Senhor da páscoa te abençoará e te guardará todos os dias de sua vida. UMA SEXTA-FEIRA SANTA debaixo da Graça e Bençãos do SENHOR.

PRESOS

 Dezenas de cristãos são presos por sua fé nas famosas prisões iranianas. Eles têm que suportar torturas físicas e emocionais e são pressionados a renunciar a fé. Enquanto muitos testificam sobre a presença de Deus na prisão, o outro lado da moeda é que as horríveis memórias da prisão continuam os perseguindo, mesmo depois de terem sido libertados.


Um exemplo disso é Morad*, ele é um antigo professor de igreja doméstica, que agora aconselha cristãos iranianos na Turquia. Ele participou de um de nossos aconselhamentos pós-trauma. No treinamento ele conta ter aprendido a criar um espaço seguro pra si. “O treinamento foi um bom começo para meu processo de cura. Dia a dia minha ferida é curada”. Após ser preso, o estresse das memórias, às vezes, provoca tontura em Morad. Depois de um tempo isso desapareceu, mas volta quando ele começa a aconselhar cristãos na Turquia.


“Enquanto estou aconselhando pessoas, elas às vezes me arrastam para seus problemas. Agora eu tenho aprendido a manter certa distância. Criar este espaço tem me ajudado a permanecer saudável nos últimos meses, enquanto continuo aconselhando. Apesar das muitas emoções, eu permaneci física e mentalmente saudável.”, explica.


Atualmente, quando compartilha sobre o tempo que ficou na prisão, se lembra de uma aula que o próprio Deus o ensinou enquanto ainda estava lá: “Fique quieto, eu estou perto de você”. Ele conta tentar aplicar essa lição ainda hoje em sua vida. “Eu não quero mais falar apenas para receber reconhecimento das outras pessoas. Eu não quero que os outros me vejam como uma pessoa importante por causa do tempo na prisão pela minha fé. Eu não sou mais do que qualquer outro cristão: eu preciso de Deus como todos nós precisamos. E eu preciso dele agora também. Então eu tento focar nele primeiro”, conclui.

GRAÇA

 Lágrimas representam o coração, o espírito, e a alma de uma pessoa. Colocar um cadeado em suas emoções é como enterrar uma parte da sua semelhança a Cristo! Especialmente quando você vai ao Calvário.


Você não pode ir à cruz só com sua cabeça e não o seu coração. Não funciona assim. Calvário não é uma viagem mental. Não é um exercício intelectual. Não é um cálculo divino ou um princípio teológico frio. É uma emocionante hora de rachar o coração.


Não vá embora de olhos secos e sem emoção. Não é para só ajeitar a gravata e engolir. Não desça o Calvário de forma fria e calma. Por favor… dê uma pausa. Olhe de novo. Aqueles são cravos nas mãos dele. Aquilo é Deus na cruz. Foi nós que colocamos ele! Não é de se admirar que chamamos ele de Salvador!




    

OBRAS

 Se somos salvos por boas obras, não precisamos de Deus. Lembretes semanais do faça isso, não faça aquilo não vão nos levar ao céu. Se somos salvos por sofrimento, certamente não precisamos de Deus. Se somos salvos por doutrina, então vamos estudar! Mas tenha cuidado, estudioso. Pois, se você é salvo por doutrina exata, então um erro pode ser fatal.


O mesmo vale para aqueles que pensam que somos justificados por boas obras. Espero que a tentação nunca seja maior do que a minha força. Se for, uma queda feia pode ter implicações ruins. E aqueles que pensam que somos salvos por sofrimento, tomem cuidado também. Pois você nunca sabe quanto sofrimento é exigido. Levou Paulo décadas para descobrir o que ele escreveu numa frase. Romanos 3:28 “o homem é justificado pela fé”. Não é por boas obras, sofrimento ou estudo… só pela fé!

MENTE

 Durante muito tempo associou-se o conceito de mente à dimensão cognitiva do ser humano, ou seja, ao pensamento, ao raciocínio. Ela pode ser caracterizada como um estado, dimensão ou fenômeno complexo da natureza humana que associamos ao ato de pensar e pode ser descrita como consciente e racional no contexto do entorno e experiência individual, pois se manifesta através do cérebro. Existe uma função vital entre a mente e o cérebro, eles interagem.


A mente humana é uma faculdade sensorial da inteligência. Sua função é captar informações que são armazenadas nos neurônios cerebrais. Podemos dizer que a mente humana é uma obra-prima maravilhosa que tem imensas ou até mesmo imensuráveis potencialidades.


De acordo com a Wikipédia, “mente é o estado da consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza humana”.


‘Mente’ é um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionadas à cognição e ao comportamento. Por entender que as funções da mente humana estão associadas ao conhecimento cognitivo, ao comportamento e também à vontade ou capacidade de tomar decisões, não podemos excluir desta relação os fatores emocionais, crenças ou ganhos. Por isso, apesar do enorme potencial que a mente humana tem, ela está limitada pela vontade e decisão. Aliás, a mente humana tende a trabalhar a favor de ou contra uma decisão tomada. Diante disso, entender que você é maior que a sua mente pode ser um dos maiores segredos que você pode acessar.


Somos maiores do que aquilo que acreditamos, pois podemos modificar nossas crenças; somos maiores do que aquilo que sabemos, pois podemos aumentar o nosso conhecimento e aprender mais a cada dia; somos maiores do que o nosso passado ou nossas memórias, pois podemos reescrever o nosso futuro; somos maiores do que nossas dores ou traumas, pois podemos perdoar e decidir viver uma vida emocionalmente saudável; somos maiores do que a nossa história ou aquilo que recebemos de herança dos nossos pais, pois podemos decidir que legado deixar para as próximas gerações; somos maiores do que pensamos, pois podemos transformar a nossa mente; e por que não dizer que somos maiores que as limitações do nosso próprio corpo? Pois temos a certeza de um outro corpo, que não está limitado a este físico ou à matéria; temos um espírito vivo.


 

PAUSA

 Após a pausa de Cristo por quarenta dias no deserto, as pessoas de Cafarnaum tentaram impedí-lo de sair. Mas ele disse ao povo “É necessário que eu pregue as boas novas do Reino de Deus noutras cidades também, porque para isso fui enviado”. (Lucas 4:42-43 NVI). Ele resistiu à correnteza das pessoas ao se ancorar na rocha do seu propósito. Jesus empregou sua singularidade para focar a atenção em Deus por onde ele passava.


E não é tão bom que ele fez isso? Imagine se ele tivesse dado ouvidos à multidão e se instalado em Cafarnaum, pensando, “Eu pensei que o mundo todo era meu alvo e a cruz meu destino. Mas esta cidade inteira me chama a ficar em Cafarnaum. Será que todas estas pessoas podem estar erradas?” Sim, elas podem! Contrariando a multidão, Jesus disse não a coisas boas para que ele pudesse dizer sim à coisa certa, seu chamado único. Estou orando para que possamos fazer o mesmo.

MEDO

 Você não precisa ter medo. O Senhor entende e conhece até o número dos cabelos na sua cabeça. Por que Jesus cansou na Samaria, ficou incomodado em Nazaré e irado no Templo? Por que ele estava com sono no barco no Mar da Galileia, triste no túmulo de Lázaro, e com fome no deserto? Por quê? Por que ele suportou todos estes sentimentos? Porque ele sabia que você ia sentí-los também.


Ele sabia que você ia se sentir exausto, perturbado e com raiva. Ele sabia que você ia se sentir sonolento, aflito e com fome. Ele sabia que você ia enfrentar dor. Senão a dor do corpo, então a dor da alma, dor forte demais para qualquer remédio. E ele sabia que você ia enfrentar sede. Senão a sede por água, então uma sede pela verdade. E a verdade que podemos aprender da imagem de um Cristo sedento é esta: ele entende. E porque ele entende, nós buscamos a ele!

LUGAR

 Na ocasião em que Pedro fez esta declaração, Jesus estava ensinando, rodeado de muitos outros discípulos. Alguns deles começaram a segui-Lo por terem visto muitos milagres e curas. Outros O seguiam porque foram alimentados na grande multiplicação dos pães e peixes. Mas, apesar disso, muitos destes discípulos ainda não criam em Jesus e começaram a abandona-Lo por considerarem o Seu ensino muito duro.


Jesus, então, perguntou aos doze discípulos se também não queriam ir. Pedro, como alguns que já criam no Senhor, sabiam que não tinham para onde ir… Não há outro lugar no mundo melhor do que estar na presença de Jesus. Só Ele tem as palavras de vida eterna, capaz de satisfazer a maior fome da sua existência. Quem conhece verdadeiramente o amor de Deus sabe que não há outro melhor lugar para se estar, senão junto do Salvador!


Esteja no melhor lugar ainda hoje:

Você crê no Senhor? Para isso, você precisa conhecer a Deus e Seu amor através da Bíblia.

Independentemente do que tenha te levado a seguir a Cristo, que a fé e o amor te mantenham junto Dele todos os dias.

Confie diariamente em Jesus para a sua provisão diária.

Ore buscando estar na presença de Deus quando se sentir longe dos Seus caminhos.

Se sente que ainda não é um discípulo fiel de Jesus, procure orientação com um cristão mais maduro ou com pastor em uma igreja cristã evangélica.

Agradeça a Deus porque em Jesus você terá mais que milagres e bençãos: com Cristo você obterá conhecimento para Vida eterna.

PALAVRA

 “Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, Tu já a conheces inteiramente, Senhor” (Salmos 139.4).


Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Logo, obviamente, Ele sabe tudo que pensamos e tudo que queremos falar. Ele sonda cada pensamento e sentimento antes mesmo de expressarmos. Sendo assim, Ele também conhece cada um dos nossos sonhos e planos, dos anseios do nosso coração. Ainda assim, a Palavra de Deus nos orienta: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” (Provérbios 16.3).


Mesmo o Senhor já sabendo tudo que a gente deseja na vida, somos orientados a apresentar, consagrar a Ele. “Mas será mesmo que todos os meus planos serão bem-sucedidos, se eu consagrá-los a Deus?” Primeiramente, o que você entende como “bem-sucedido”? Eu entendo que não é ter todos os sonhos e planos realizados. Mas, sim, ter a vontade de Deus sobre todos eles. Às vezes, um sonho não se concretizar não significa um fracasso, mas um sucesso, sob a ótica de Deus, porque Ele, sim, sabe o que é melhor pra nós.


Mesmo que para nós algo pareça ser uma derrota, pode, na verdade, ser um livramento, e por isso tudo que fazemos e consagramos ao Senhor será bem-sucedido, porque estamos entregando a Ele para que faça Sua vontade, e não a nossa. E a vontade Dele é sempre boa, perfeita e agradável.


Não hesite em apresentar seus sonhos a Deus, desde os mais simples aos mais “impossíveis”. Ele é especialista em nos surpreender sempre!


    

RISCO

 Nos momentos mais difíceis, mesmo correndo o risco de não poder enxergar, eu sinto que Ele está lá. Por mais dolorida que seja a dor existencial, como é bom saber que Ele está lá, sempre pronto a abraçar e a aliviar. Enquanto houver dores e agonias, Jesus continua carregando a Cruz, caindo algumas vezes, mas sempre determinado a continuar. No caminho surge Cireneu, que ajuda carregar a Cruz. Do nada, Verônica se inclina para secar o rosto d’Ele, pois suava sangue. Jamais saberemos o real peso da Cruz e a humilhação da injusta condenação, mas sabemos que Ele está lá. Se o astro sol está sempre presente, mesmo quando não aparece, quanto mais Jesus, o nosso Sol maior, seca nossas lágrimas e socorre nossas agonias. Um dia tudo será diferente, eu creio. Se não for na terra, será no céu. 

FAZ

 

  O silêncio faz companhia para o amanhecer desta Sexta-Feira Santa... Jesus carrega uma pesada Cruz... Cai uma, duas e três vezes, mas vai até o fim... Quando a vida se faz doação, o amor vence a dor... Abençoada Sexta-Feira Santa! “Em milhares de agonias eu existo. Vejo o sol, e se não vejo o sol, sei que está lá. E há uma vida inteira nisso, em saber que o sol está lá.” (Dostoievski). Em alguns dias, o sol fica ofuscado, quase tristonho, vencido por nuvens espeças. Se sua função é brilhar, queremos usufruir desta missão específica, pois precisamos dos seus raios. Mas existe um outro Sol, que foi agressivamente ofuscado. Naquela derradeira Sexta-Feira, que se transformou em santa, uma escuridão tomou conta da terra, em pleno dia a noite se impôs. A humanidade ouviu um forte trovão, tudo estava consumado. Por uns instantes, a vida foi vencida, uma árvore emprestou as madeiras e uma Cruz foi construída. Na verdade a madeira foi transformada numa cruz para crucificar o Amor de Deus feito Humano. O motivo de tal condenação? Ameaça ao poder constituído, medo de outro reinado, receio de acolher o novo. Já se passaram dois mil anos e a Cruz continua questionando, inspirando e apontando. Um lenho está posto na horizontal e o outro na vertical, apontando respectivamente para o alto e para os lados. Quem segue Jesus, o Servo Sofredor, é convidado a carregar a respectiva cruz, sem reclamar. A Cruz é o nosso sinal: olhamos para Deus e abraçamos os irmãos e irmãs mais necessitados. O que nos sustenta é a fé na ressurreição, pois sabemos que depois da Cruz vem a Luz. Enquanto isso, Jesus continua presente nas milhares de agonias que massacram tantos inocentes. Nos momentos mais difíceis, mesmo correndo o risco de não poder enxergar, eu sinto que Ele está lá. Por mais dolorida que seja a dor existencial, como é bom saber que Ele está lá, sempre pronto a abraçar e a aliviar. Enquanto houver dores e agonias, Jesus continua carregando a Cruz, caindo algumas vezes, mas sempre determinado a continuar. No caminho surge Cireneu, que ajuda carregar a Cruz. Do nada, Verônica se inclina para secar o rosto d’Ele, pois suava sangue. Jamais saberemos o real peso da Cruz e a humilhação da injusta condenação, mas sabemos que Ele está lá. Se o astro sol está sempre presente, mesmo quando não aparece, quanto mais Jesus, o nosso Sol maior, seca nossas lágrimas e socorre nossas agonias. Um dia tudo será diferente, eu creio. Se não for na terra, será no céu. 

PERFEITO

 “O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.”

MATEUS 26:18B

Era sexta-feira. Num só dia – a Páscoa -, quantos fatos importantes ocorreram: uma celebração, uma ceia, um lavar dos pés de todos (até do traidor), a promessa de outro Consolador, uma oração detalhada por eles e por nós, a despedida dos amigos. Ele sabia: Sua hora havia chegado.


Sua angústia, Sua conversa com o Pai, a atitude de Judas. Jesus é preso. Seus inimigos, por causa de inveja, o acusam. Satanás gargalha. Os discípulos se dispersam. Confusos e medrosos, o abandonam. Judas se mata. Jesus é julgado e sentenciado: crucificação! Antes de morrer, Ele perdoa.


Duas coisas ninguém entendia:


Jesus não foi morto; Ele se entregou! Se Ele não quisesse ter morrido, certamente, isso não teria acontecido. Afinal, Ele era homem, mas também era Deus. Porém, Jesus escolheu passar pelo Calvário por nossa causa.

Havia um plano – o plano perfeito do amor de Deus para a humanidade. Jesus não foi pego de surpresa. Tudo foi planejado pelo Pai e por Ele. O sofrimento, a morte dEle, tudo isso era necessário para que depois houvesse a vitória que nos deu direito à vida de Deus.

Sim, foi um grande plano! Muitos olharam e acharam que Ele era apenas mais um sendo morto por aquele governo; outros acharam que foi uma morte merecida, afinal, Ele era polêmico demais; alguns apenas o viam como mártir; mas feliz mesmo foi quem acreditou até o fim que era o Messias quem estava naquela cruz.


Se esse é o seu caso, hoje é um dia de gratidão. O nosso Jesus morreu ali por nós. Sua morte não foi apenas física; Sua morte foi espiritual, pois Ele precisou se separar do Pai ao carregar todos os nossos pecados, as nossas dores, enfermidades e maldições. Embora não merecêssemos, Jesus decidiu nos amar. Que privilégio o nosso!

ABORRECE

 FUJA DAQUILO QUE ABORRECE A DEUS (Parte 1)


"Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina" (Pv 6:16).


O meio do capítulo seis do livro de Provérbios é dedicado à uma séria advertência. Após falar sobre a maldade no coração humano, traz um posicionamento importante, a respeito daquilo que aborrece a Deus. Fala sobre seis coisas que o Senhor aborrece e a sétima que Ele abomina. 


A expressão "aborrece" (sane') é também usada para 'odiar' e 'tratar como inimigo' em outros textos. A expressão "abomina" (tô ebah) aponta para algo 'repugnante', que gera revolta. Refletiremos hoje sobre três coisas que Deus aborrece, e continuaremos amanhã. 


"Olhos altivos" (v.17). Devemos repreender em nossos corações qualquer sentimento de superioridade e arrogância, olhando para os outros como se fôssemos melhores. Esteja certo que qualquer virtude ou competência que tenhamos é resultado da graça e misericórdia de Deus. Não fosse o Senhor, seríamos pó. Não fosse o Senhor, estaríamos nas trevas. Portanto, busque um coração humilde ao olhar para aqueles que estão ao seu redor. 


"Língua mentirosa" (v.17). Precisamos zelar sobre aquilo que falamos, fugindo das palavras mentirosas. Isto envolve manipular a verdade, reproduzir fofocas, caluniar e acusar sem provas, e também insinuar o que não é verdadeiro, justo e bom. Em muitos casos, o melhor é o silêncio. E, ao falar algo que não deve, repreenda o seu coração, busque o perdão de Deus e vigie aquilo que fala. 


"Mãos que derramam sangue inocente" (v.17). Refere-se tanto ao assassinato, quanto à participação em algo que venha causar o sofrimento físico em outros. Devemos cuidar para que não sejamos coniventes com a injustiça e as iniciativas que geram benefícios para alguns e morte para outros. Sejamos cuidadosos com aquilo que participamos e promovemos. 


Portanto, guardemos nossos corações contra a superioridade, a mentira e a participação naquilo que prejudica e fere outros. Lembremos que Deus se aborrece com estas três coisas, portanto, irmãos e irmãs, fujamos daquilo que aborrece o nosso Deus! 

quinta-feira, 28 de março de 2024

CRUZ

 Do alto de Sua cruz, Ele pôde olhar para o lado e condoer-se de quem estava na mesma situação, prometendo-lhe Sua companhia no paraíso. Ele também pôde olhar para frente, destacando um dos Seus discípulos para cuidar de Sua mãe durante Sua ausência. Ele pôde olhar para baixo e perdoar os que caçoavam, desafiando-o a descer da cruz, sem se importar de vê-los disputar a Sua capa. Do alto de Sua cruz, Ele pôde olhar para cima e questionar a razão de sentir-se abandonado por Seu Pai e em seguida render-Lhe Seu espírito. A cruz só não Lhe possibilitava olhar para trás. A cruz não altera o passado, mas nos confere o poder de ressignificá-lo na medida em que fazemos do futuro a nossa obstinação. Não faça de sua própria cruz uma justificativa para sua alienação. A vida não se encerra em você. Olhe para os lados. Tem gente na mesma situação ou em situação pior que a sua. Não faça da sua cruz uma desculpa para não se importar em garantir o cuidado de quem cuidou de você até aqui. Não faça da sua cruz uma plataforma que o coloque acima dos demais, negando-se a perdoar, a relevar prejuízos, e preocupando-se tão somente em provar o seu valor. Que qualquer que seja o seu questionamento, resulte em rendição completa Àquele que tem a última palavra. O distanciamento de hoje tornará ainda mais glorioso e prazeroso o momento do reencontro.

SORRIA

 Deus te fez para sorrir; Ele ama o seu sorriso. Sorria, independentemente do que aconteceu ou esteja acontecendo. Não fique prostrado, questionando ou tentando entender. Ele te fez para viver os mais lindos sonhos que preparou e reservou para você.


Ele te criou para viver uma vida de paz, ânimo e para desfrutar as coisas mais belas da vida. Ele deseja que você aproveite seus dias com intensidade, desde suas horas até cada segundo que Ele te presenteia a cada 24 horas.


Deus te criou com um propósito único e especial. Ele deseja que você viva e desfrute dos grandes projetos que preparou e reservou para você. Pare de olhar para o passado, para o que não deu certo, para os “nãos” que recebeu e para as esperas que enfrentou.


Permita que Ele escreva uma nova história, uma nova fase em sua vida, uma nova estação. Deus quer te dar um novo começo, um novo tempo. Abra-se para o novo e desfrute de tudo o que Ele reservou para você.


“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” – Jeremias 29:11″


Além disso, lembre-se sempre de que, mesmo nos momentos de dificuldade e incerteza, você nunca está sozinho. Deus sempre está ao seu lado, pronto para guiar seus passos e oferecer conforto.


Confie Nele e em seus planos, pois Ele tem sempre o melhor para você, mesmo que às vezes possa parecer diferente. Mantenha a fé, pois é ela que te sustentará nos momentos de desafio e te conduzirá para os dias de vitória.


Então, sorria, acredite e siga em frente, pois o amor e a bondade de Deus estão sempre presentes em sua vida!

JESUS

 Muitas pessoas ouvem falar sobre Jesus, mas não o conhecem como Salvador. Mas por que precisariam ser salvas?


Todos os seres humanos foram criados por Deus, mas nem todos são filhos dEle, porque tornar-se filho só é possível através de Jesus, que disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Entenda melhor:


Deus criou o mundo e os primeiros seres humanos: Adão e Eva. Deus conversava com eles todos os dias, tamanha proximidade havia entre eles.


Deus deu total liberdade para que aproveitassem tudo de bom que Ele havia feito no Jardim do Éden, mas só não podiam comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. 


Porém, eles desobedeceram a ordem de Deus e, com isso, “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram” (Rm 5:12), criando uma distância entre o homem e Deus.


Aquela distância não alegrava Deus, então, Ele enviou Jesus à terra na missão de restaurar a posição original que o ser humano havia perdido com o ato rebelde de Adão. Aos 33 anos, Ele foi crucificado. Isso porque Ele tomou o nosso lugar, carregando sobre si todos os pecados da humanidade, doenças, dores e maldições.


Após morrer, Seu espírito foi ao inferno e vivenciou o sofrimento daquele local. Porém, Ele ressuscitou após o 3° dia! Ele não apenas ganhou vida de novo, mas seu ato provou que Ele venceu o pecado por amor a nós! Jesus pagou o preço para que não fôssemos mais escravos do pecado e nem herdeiros de uma natureza ligada às trevas. 


Com isso, aquela distância que nos separava de Deus foi totalmente resolvida, porém, para nos tornarmos filhos de Deus, precisamos crer neste sacrifício de amor e confessar Jesus como nosso Senhor e Salvador. 


Se você crê e quer fazer isso agora, ore assim: “Senhor, eu creio que Jesus é o Filho de Deus que veio à terra para me salvar e me dar uma nova natureza. Eu tomo posse dessa nova vida pela fé, crendo na obra libertadora de Jesus na cruz. Eu quero que Ele seja meu único Senhor e Salvador. Obrigado porque, agora, eu me torno um filho de Deus. Em nome de Jesus, amém.”


PECADO

 Dentre as acusações feitas à psicologia por esta influencer cristã reformada podemos destacar algumas absurdas: incentivar o orgulho e o egoísmo, não confrontar pecados, esconder pecados com diagnósticos, transferir a culpa, ser antibíblica, e a mais grave de todas, dizer que Deus não é suficiente para resolver os problemas humanos (Ela afirma que isso é dito em todas as sessões). Não é de hoje que pastores e teólogos acusam a psicologia de ser uma religião paralela enrustida que rivaliza com a fé cristã, sendo contrária aos seus princípios e valores. Desde o meu tempo de faculdade, em meados da década de 1990, autores cristãos já se dedicavam a combater a psicologia, sugerindo que o aconselhamento pastoral a substituísse. Como psicólogo e pastor posso afirmar que tais críticas não passem de besteirol. Como pastor e teólogo, ao ser procurado para um gabinete pastoral, recorro a categorias inerentes à minha fé, como pecado, arrependimento, redenção, etc. Porém, em meu setting terapêutico, lido com outras categorias, como transtornos, processos mentais, desenvolvimento humano, prevenção, percepção, memória, linguagem, etc. Ainda assim, recebo muita gente machucada em gabinetes pastorais conduzidos por pastores despreparados que em vez de estender a mão, preferem apontar o dedo, em vez de acolher, preferem acusar. Muitos encontram na clínica psicológica um ambiente seguro onde não serão julgados, mas ouvidos e acolhidos. Infelizmente devo admitir que poucas coisas têm feito um estrago psicológico tão grande quanto a religião mal aplicada. Meu papel como terapeuta não é “confrontar pecados”, visto que “pecado” seja uma categoria religiosa. Logo, não faz o menor sentido dizer que diagnósticos psicológicos tenham a pretensão de camuflar pecados. Seria como dizer que um diagnóstico de compulsão alimentar sirva apenas para esconder o pecado da glutonaria. E é assim que transtornos psicológicos são tratados como pecados que precisam ser confessados e abandonados, e alguns até como possessão demoníaca que necessita de exorcismo. Orar nunca é demais. Mas engana-se quem pensa que uma disciplina espiritual seja a resposta para todos os problemas humanos. Isso não significa descartar Deus, e sim, recusar-se a fazer d’Ele um mero solucionador de problemas ou um gênio da lâmpada. Acusar a psicologia de “transferir culpa” é outro absurdo sem tamanho. O psicólogo não dispõe de um “diabo” que lhe sirva de bode expiatório, nem de um “pecado original” que justifique as pulsões humanas. O que a psicologia faz é chamar o sujeito a assumir sua responsabilidade sobre sua própria existência, em vez de buscar muletas e amuletos. Nenhum dos teóricos da psicologia se arrogou profeta. Nenhum se atreveu a transformar suas teorias em dogmas irrefutáveis. Nenhum falou por Deus. Infelizmente, a religião segue sendo uma fábrica de transtornos na medida em que confere a certas experiências místicas e/ou catárticas o peso de uma epifania divina. Fé e ciência não precisam se entrincheirar uma contra a outra. A Psicologia e a Psiquiatria jamais se pretenderam inimigas da fé cristã ou de qualquer outra fé. Ambas têm em comum o desejo de tornar a existência humana mais digna e rica de significado.

SINAIS

 

O corpo avisa pra descansar. A febre avisa que a infecção vai chegar. O choro avisa pra acordar. A barriga avisa pra comer. O cansaço avisa pra dormir. A alma avisa do vazio. O vazio avisa pra parar. A distância avisa pra voltar. O medo avisa do perigo. A insatisfação avisa pra rever a vida. A mágoa avisa pra perdoar. A saudade avisa pra visitar. A ausência avisa pra abraçar. O sobre-peso avisa pra mudar. A cobrança avisa da dívida. A culpa avisa pra confessar. A mágoa avisa pra perdoar. O colesterol avisa pra andar. A ira avisa pra acalmar. O professor avisa pra estudar. O relógio avisa pra acordar. A consequência avisa do erro. O semáforo avisa pra parar. A frieza avisa pra orar. Deus avisa pra salvar. O confinamento avisa que o mundo está em perigo. Os acontecimentos avisam que Jesus vai voltar. Avisos, avisos, avisos - atenção, obedeça, escute, preste atenção - é paz ou guerra, é vida ou morte, é céu ou inferno. 

MEDO

 Muitos vivem com medo, achando que existe uma energia negativa nas pessoas e nos lugares. Onde o medo se impõe, os sonhos desaparecem. A espiritualidade é o caminho para transformar os medos em coragem. A cada dia que passa estamos nos dando conta de que precisamos nos espiritualizar para vivermos mais plenamente. Somos um todo, corpo e alma, e como tal devemos nos desenvolver harmoniosamente. Precisamos de poucas coisas materiais, mas necessitamos de um grande ideal capaz de nos mostrar o sentido da vida. Aproveitemos a atmosfera da espiritualidade destes dias para fortalecer os nossos sonhos de infinito. Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!

SENHOR

 O SENHOR VÊ 


“Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e Ele considera todas as suas veredas” (Pv 5:21).


O Senhor conhece plenamente os nossos pensamentos, desejos, planos, ações, reações e motivações. Ele conhece o verdadeiro motivo de cada passo e cada palavra. Conhece também a nossa história, experiências, alegrias e traumas. O Senhor tudo vê! 


O capítulo cinco do livro de Provérbios nos fala contra o adultério e a importância de valorizarmos quem o Senhor pôs em nossa vida, sobretudo no relacionamento conjugal. E ensina: “… alegra-te com a mulher da tua mocidade” (v.18). 


Mais adiante, no verso 21, somos advertidos a cuidar de cada passo de nossas vidas, no temor do Senhor, pois nossos caminhos “estão perante os olhos do Senhor”. E mais: “… Ele considera todas as suas veredas”. Sim, o Senhor vê e pesa cada um de nossos passos. 


Portanto, três conselhos. Primeiro, encha o seu coração e a sua mente com a Palavra. A voz do Senhor em sua Palavra, pela ação do Espírito Santo, guiará os seus passos. Invista em seu tempo com Deus na Palavra. 


Segundo, coloque cada uma de suas dúvidas, indecisões e oportunidades perante o Senhor em oração. Ore pelos amigos e inimigos. Ore por discernimento perante a dúvida. Ore pelas portas fechadas e pelas oportunidades. Deus ouve as orações! 


Terceiro, não caminhe sozinho. Somos chamados para caminhar como família, povo de Deus. Busque em sua vida irmãos-amigos com quem partilhar a vida e abrir o coração. 

Que Deus, que tudo vê, se alegre com nossas vidas em nome de Jesus!



PREGUIÇA

 CUIDADO COM A PREGUIÇA


“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio” (Pv 6:6).


O livro de Provérbios reserva diversos espaços para valorizar o trabalho e acusar a preguiça. No capítulo seis, uma advertência: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso” (v.6). E nos versos seguintes nos fala sobre a dinâmica da formiga e o que devemos aprender.


Primeiro, a formiga não procrastina. Ela não deixa para amanhã o que precisa e deve ser feito hoje. Ela impõe a si a disciplina necessária para não procrastinar, entregando-se à preguiça (v.7).


Segundo, a formiga trabalha hoje para que não falte mantimento amanhã. Ela tem visão de médio e longo prazo, trabalhando agora para que tenha o que precisa no futuro (v8).


Estas são lições para nossas vidas. Devemos ensinar os nossos corações a não valorizar a procrastinação. Não há ganho em deixar para depois aquilo que precisa e deve ser feito hoje. Isto demanda disciplina e iniciativa. Ore para que Deus o ajude e dê os passos, assumindo aquilo que é seu dever e responsabilidade. 


Devemos também ter uma visão de longo prazo em nossas vidas. Portanto, invista hoje naquilo que deseja colher, sobretudo em sua vida espiritual. Invista em seu tempo com Deus, sua Palavra, oração, comunhão com os irmãos e missão. Semeie aquilo que foi colocado em suas mãos, começando em sua casa. 


Que Deus nos ajude a discernir a nossa responsabilidade e, sem procrastinação, investir naquilo que nos foi dado, sabendo que cada semente há de florescer em nome de Jesus. 

ATMOSFERA

 

 

Bom Dia! A Quinta-Feira Santa é festiva: dia da Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, dia do Lava-Pés... Jesus faz a Última Ceia e deixa a Eucaristia como presente para os cristãos... Que saibamos lavar os pés de tantos descalços pelas injustiças sociais... Feliz dia! “Muitos de nós não vivemos nossos sonhos porque estamos vivendo os nossos medos.” (Les Brown). A transcendência está presente em todos os humanos, proporcionando muitas elevações. Somos muito mais do que um corpo físico, que assume a materialidade como expressão existencial. Somos corpo e alma, matéria e espírito. Temos uma dimensão que nos permite transcender, isto é, ir além do alcance físico e intelectual. Nossa essência não reside na matéria, mas na alma, que é infinita. A grande maioria passa a vida desconsiderando a existência espiritual, focando-se unicamente na matéria. Não podemos esquecer que tudo passa, inclusive nosso corpo passará, um dia. Se não fosse a alma, deixaríamos de existir juntamente com nosso corpo físico. A dimensão espiritual nos coloca na dinâmica do aperfeiçoamento, pois somos realmente uma obra inacabada, que não se resume unicamente numa existência material. Nestes dias de maior interioridade e de muitas manifestações espirituais, nos sentimos convocados à reflexão e à essência. O desconforto que muitas pessoas experimentam tem a ver com esse distanciamento de uma vida marcada pela interioridade e pela paz. A vida está repleta de sonhos, quando permitimos a plenitude da humanização. Muitos vivem com medo, achando que existe uma energia negativa nas pessoas e nos lugares. Onde o medo se impõe, os sonhos desaparecem. A espiritualidade é o caminho para transformar os medos em coragem. A cada dia que passa estamos nos dando conta de que precisamos nos espiritualizar para vivermos mais plenamente. Somos um todo, corpo e alma, e como tal devemos nos desenvolver harmoniosamente. Precisamos de poucas coisas materiais, mas necessitamos de um grande ideal capaz de nos mostrar o sentido da vida. Aproveitemos a atmosfera da espiritualidade destes dias para fortalecer os nossos sonhos de infinito. 

POVO

 O amor de Deus foi o que construiu o povo de Israel a partir de Jacó. O amor de Deus foi o que fez o povo de Israel atravessar a seco o mar vermelho. O amor de Deus foi o que fez de Davi Rei e um Rei próspero. O amor de Deus foi o que fez de Salomão um homem e Rei mais sábio da terra e outro igual não haverá. O amor de Deus foi o que tirou Daniel da cova dos Leões, impedindo que ele morresse pelas garras das feras. O amor de Deus foi o que salvou Medraque, Sadraque e Abdnego de morrerem na fornalha de fogo ardente de Nabucodonosor. O amor de Deus foi o que enviou o seu filho unigênito para todo aquele que Nele crer, não pereça mas tenha a vida eterna. Portanto, não tenha medo de qualquer situação que se apresente em sua vida. Nada resiste à presença do Senhor. Ele te dará a vitória no momento certo. Agindo Ele quem impedirá?

quarta-feira, 27 de março de 2024

REFLETIR

 “…e corramos com perseverança a corrida que foi posta diante de nós. Mantenhamos o olhar firme em Jesus, o líder e aperfeiçoador de nossa fé…”  (Hebreus 12:1,2 NVT)

Ao refletir sobre a perseverança cristã, é importante esclarecer o que ela não significa. Ela não implica que todo frequentador de igreja, ou que foi batizado, ou alguém que tenha aparência e comportamento cristão irá perseverar até o fim. Da mesma forma, a perseverança não sugere que um cristão possa viver relaxadamente e pecar à vontade. De modo nenhum!

Antes de tudo, perseverar remete a uma prática; logo, a perseverança cristã diz respeito a uma ação sustentada pela graça de Deus, na qual Ele preserva os salvos em Cristo Jesus, fortalecendo-os por meio da fé até o fim, garantindo a sua salvação. Sendo assim, o cristão só persevera por causa da infalível preservação de Deus.

Para uma melhor compreensão, podemos fazer uma analogia com a matrícula em um excelente curso, com professores renomados e instalações seguras. Essa matrícula garante uma educação de qualidade, mas não isenta o aluno da responsabilidade de estudar arduamente para obter aprovação no final do curso.

De maneira semelhante, a perseverança cristã nos assegura que seremos instruídos e guiados na “corrida que foi posta diante de nós”, garantindo-nos a chegada ao destino final. Entretanto, essa garantia não deve nos levar à inércia, negligência ou descuido em relação à santidade, mas sim, nos incentivar a prosseguir “correndo com perseverança”, enfrentando com alegria as dificuldades ao longo do caminho. Pois, a perseverança cristã é o efeito prático da salvação.

É essencial ressaltar que essa doutrina se aplica apenas aos que são genuinamente salvos, aos eleitos de Deus que foram regenerados (confira João 3:3Efésios 1:3,41 Pedro 1:3). Para estes, há uma promessa: serão confirmados até o fim!

“Ele os manterá firmes até o fim, para que estejam livres de toda a culpa no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Coríntios 1:8 NVT)

O Senhor completará a obra que começou em suas vidas. Por isso, os eleitos correrão com perseverança, e sempre “manterão o olhar firme em Jesus, o líder e aperfeiçoador de nossa fé”.

Portanto, sigamos nosso Mestre, independente das dificuldades e lutas que enfrentamos (e ainda enfrentaremos). Firmados na esperança que chegaremos ao nosso destino final, salvos; sem que nenhum eleito fique perdido ou esquecido no caminho. 

“Porque conhecemos Aquele em quem temos crido e temos certeza de que Ele é capaz de guardar o que nos foi confiado até o dia de sua volta.” (2 Timóteo 1:12 NVT)


TRIGO

 “Então o Senhor disse: ‘Simão, Simão, Satanás pediu para peneirar cada um de vocês como trigo. Contudo, supliquei em oração por você, Simão, para que sua fé não vacile. Portanto, quando tiver se arrependido e voltado para mim, fortaleça seus irmãos’.”  (Lucas 22:31,32 NVT)

Imagine-se caminhando ao lado de Jesus por três anos, testemunhando milagres e recebendo poder para curar enfermos e expulsar demônios. Imagine ter a incrível experiência de andar sobre as águas. Agora, imagine que, após tudo isso, Jesus lhe diz que você ainda precisa se arrepender e voltar pra Ele. Parece desesperador, não é mesmo? No entanto, foi exatamente o que aconteceu com o apóstolo Pedro. Mais espantoso ainda foi ouvir Jesus falar sobre como Satanás desejava “peneirá-los como trigo”“Simão, Simão, Satanás pediu para peneirar cada um de vocês como trigo”.

Vamos entender o significado dessa expressão “peneirar como trigo”: é o ato de bater um molho de trigo ceifado violentamente contra uma peneira (ciranda) repetidamente. A cada golpe, alguns grãos atravessam a peneira e caem sobre um pano estendido, enquanto a palha permanece nas mãos do cirandeiro.

A violência e repetição desse processo ilustram o desejo de Satanás em desagregar e destruir a vida daqueles que buscam a santificação e perseverança em sua caminhada cristã. Para ele, não importa se restam grãos ou palha, seu prazer reside na violência do processo de desintegração do fruto que estava na planta.

No entanto, para que Pedro não desanimasse, nem fosse tomado pelo desespero, Jesus continua: “Contudo, supliquei em oração por você, Simão, para que sua fé não vacile”. Mesmo antes que Pedro viesse a perceber o que estava acontecendo, espiritualmente, Jesus já estava intercedendo por ele. É interessante notar que Jesus não intercedeu para evitar que Pedro fosse “peneirado como trigo”, mas sim “para que sua fé vacilasse” durante a provação (confira João 16:332 Coríntios 4:8-11).

Todos nós enfrentaremos provações e ataques do inimigo, e isso é até necessário para nosso crescimento, amadurecimento e aprendizado em depender de Deus, e não de nossa própria força. E, embora os verdadeiros cristãos possam ter suas falhas, isso não significa um fracasso total e definitivo de sua fé, pois, se Jesus intercede por nós, nossa fé não será destruída!

Além disso, há uma outra tarefa que o Senhor confiou a Pedro e que também se estende a nós: “Portanto, quando tiver se arrependido e voltado para mim, fortaleça seus irmãos”. Assim como somos ajudados por Deus, devemos auxiliar uns aos outros, impedindo que nossos irmãos fracassem; esforçando-nos para fortalecer e confirmar a fé deles com as seguintes instruções:

“Estejam atentos! Tomem cuidado com seu grande inimigo, o diabo, que anda como um leão rugindo à sua volta, à procura de alguém para devorar. Permaneçam firmes contra ele e sejam fortes na fé. Lembrem-se de que seus irmãos em Cristo em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.” (1Pedro 5:8,9 NVT)


SEMENTE

 “E as que caíram em solo fértil representam os que ouvem e entendem a mensagem e produzem uma colheita trinta, sessenta e até cem vezes maior que a quantidade semeada”. (Mateus 13:23 NVT)

Todos sabemos que o versículo de hoje diz respeito à explicação de Jesus aos seus discípulos sobre a Parábola do Semeador.  Seu ensinamento central é que apenas as sementes que “caíram em solo fértil” permanecerão. Esse solo fértil representa aquele que ouviu, compreendeu a Palavra de Deus, foi regenerado pelo Espírito Santo e, como resultado, “produz uma colheita”. É essencial ressaltar que a quantidade da colheita é distinta entre um regenerado e outro: “trinta, sessenta e até cem vezes maior que a quantidade semeada”.

Por isso, nossa confiança não está fundamentada em nossas próprias forças para produzir frutos. Pelo contrário, devemos nos atentar para o mal exemplo de Pedro, que, apesar da declaração de Jesus em Lucas 22:31,32 (confira), continuou afirmando que poderia produzir frutos por si mesmo:

“Senhor, estou pronto a ir para a prisão, e até a morrer ao seu lado”.

(Lucas 22:33 NVT)

Mas Jesus lhe repreendeu dizendo:

“Pedro, vou lhe dizer uma coisa: hoje, antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece”. (Lucas 22:34 NVT)

Pedro pertencia a Cristo e, embora tenha cometido vários tropeços em sua caminhada, a obra intercessora de Cristo foi tão eficaz que Pedro não se perdeu. Pedro era o solo fértil onde a semente foi semeada e, por isso, permaneceu firme. Assim, a única razão pela qual perseveramos é porque Deus nos preserva!

A Oração Sacerdotal de Jesus mostra que Ele orou não apenas por seus discípulos, mas por todos os que viriam a crer nEle, para que fossem guardados e preservados do mal:

“Agora deixo este mundo; eles ficam aqui, mas eu vou para tua presença. Pai santo, tu me deste teu nome; agora protege-os com o poder do teu nome para que eles estejam unidos, assim como nós estamos. Não peço que os tires do mundo, mas que os protejas do maligno.”  (João 17:11,15 NVT)

Portanto, se ficássemos entregues a nós mesmos, é fato que poderíamos cair a todo momento, e Satanás poderia nos “peneirar como o trigo”. Contudo, nossa confiança na consumação da nossa salvação repousa na promessa de que é Deus quem completará a obra que Ele mesmo iniciou. Depositamos nossa confiança na eficácia do nosso Grande Sumo Sacerdote, que intercede por nós diariamente (confira Romanos 8:34). Ele nos preservará!


DIVINO

 Pode parecer loucura mas há um propósito divino para essa turbulência. Tem estratégias divinas em suas lutas e existem compromissos divino...