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terça-feira, 31 de março de 2015

O SOFRIMENTO NOS FORTALECE

Nossa visão limitada dos acontecimentos da vida, às vezes, não nos permite entender os mecanismos divinos na coordenação da Sua obra. Quando vemos um pequeno ramo verde romper a terra firme e elevar-se na direção do sol, buscando instintivamente a luz, não compreendemos quais são os objetivos divinos para a pequena planta. Passados alguns dias, voltamos a atenção para o pequeno ramo e nos surpreendemos... Já não é mais um raminho, está mais forte. Contudo, o vemos agora ser açoitado por rajadas de vento, por chuvas torrenciais ou pelo sol escaldante. A pequena planta se dobra... É jogada de um lado para o outro. Algumas folhas, ainda frágeis, não resistem, desprendem-se do galho e são levadas... A chuva castiga, o sol maltrata, mas a pequena árvore não sucumbe. Dentro de alguns anos o tronco estará mais firme, já não se dobrará tanto com os açoites do vento, e as raízes buscaram sustentação no solo generoso. E nesse fenômeno da natureza os objetivos do Criador se cumprem... A semente se converte em planta, que se faz árvore, floresce, frutifica e espalha novas sementes que germinarão e frutificarão. * * * Como ocorre com a árvore, nós também passamos por momentos em que sentimos, no corpo e na alma, os açoites do vento cruel dos sofrimentos. Outras vezes, são as tempestades de problemas que testam a nossa resistência... Em outros momentos é o sol escaldante da solidão, do desalento, fazendo-nos exaustos e desejosos de nos deixar cair para não mais levantar... Ainda aí, devemos nos espelhar nos exemplos da natureza. A árvore somente se mantém em pé porque se faz flexível diante dos embates. Enquanto o vento a faz dobrar-se, as raízes se firmam no solo, tornando-a mais forte e resistente. Mesmo quando as baixas temperaturas do inverno lhe crestam a ramagem, ela não desiste, permanece em pé, aparentemente vencida, para, logo mais, enfeitar-se novamente com folhas e flores e continuar em busca do sol, sua fonte de vida. Pensando a respeito dessas singelas experiências da natureza, poderemos entender os objetivos do sofrimento em nossas vidas. Jesus, o Espírito mais sábio de que a Terra teve notícias, alertou que nada há oculto que não venha a ser descoberto. Essa é a realidade da qual não poderemos fugir, por mais que tentemos. Assim sendo, é decisão inteligente de nossa parte agirmos de tal forma que, se forem divulgados nossos pensamentos e atos, de nada tenhamos que nos envergonhar. Em outras palavras, é importante que nossa vida seja um livro aberto, do qual não tenhamos de arrancar nenhuma página ou adulterar nenhuma linha, na tentativa de enganar a ninguém, muito menos de enganar a Deus. * * * Uma das causas de sofrimento dos Espíritos é o fato de perceberem que os equívocos cometidos não se apagaram com a morte. Muitos tentam fugir de suas vítimas, que os aguardam no além-túmulo, ou fugir de si mesmos, tamanha a carga negativa que acumularam na própria consciência. Assim, enquanto estamos a caminho, repensemos nossos valores, nossas atitudes. E se percebermos que não estamos agindo de acordo com a sã consciência, corrijamos o nosso passo, para nosso próprio bem.

O MAIOR DESAFIO

Cada um de nós tem desafios diferentes. A vida é feita de desafios diários. Para quem não dispõe de movimentos nas pernas, transportar-se da cama para a cadeira de rodas, a cada manhã, é um desafio. Para quem sofreu um acidente e está reaprendendo a andar, o desafio está em apoiar-se nas barras, na sala de reabilitação, e tentar mover um pé, depois o outro. Para quem perdeu a visão, o grande desafio é adaptar-se à nova realidade, aprendendo a ouvir, a tatear, a movimentar-se entre os obstáculos sem esbarrar. É aprender um novo alfabeto, é ler com os dedos, é adquirir nova independência de movimentos e ação. Para o analfabeto adulto, o maior desafio é dominar aqueles sinais que significam letras, que colocados uns ao lado dos outros formam palavras, que formam frases. É conseguir tomar o lápis e escrever o próprio nome, em letras de forma. É conseguir ler o letreiro do ônibus, identificando aquele que deverá utilizar para chegar ao seu lar. Cada qual, dentro de sua realidade, de sua vivência, apontará o que lhe constitui o maior desafio: dominar a técnica da pintura, da escultura, da música, da dança. Ser um ás no esporte. Ser o primeiro da classe. Passar no vestibular. Ser aprovado no concurso que lhe garantirá um emprego. Ser aceito pela sociedade. Ser amado. Para vencer um desafio é preciso ter disciplina, ser persistente, ser diplomático, saber perdoar-se e perdoar aos outros. É ser otimista quando os demais estão pessimistas. Ser realista quando os demais estão com os pensamentos na lua. É saber sonhar e ir em frente. É persistir, mesmo quando ninguém consiga nos imaginar como um prêmio Nobel de Química, um pai de família, um professor, prefeito ou programador. Acima de tudo, o maior desafio para deficientes, negros e brancos, japoneses e americanos, brasileiros e argentinos, para todo ser humano, é fazer. Fazer o que promete. Dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Ir em frente. Com que frequência se escutam pessoas dizendo que vão fazer regime, que vão estudar mais, que vão fazer exercício todo dia, que vão ler mais, que vão assistir menos televisão, que vão... Falar, reclamar ou criticar são os passatempos mais populares do mundo, perdendo só, talvez, para o passatempo de culpar os outros pelo que lhe acontece. Então, o maior desafio é fazer. E não adianta você dizer que não deu certo o que pretendia porque é cego, ou porque é negro, ou porque é amarelo, ou porque você é brasileiro. Ou porque mora numa casa amarela. Ou porque não teve tempo. Aprenda com seus erros. Quando algo não der certo, você pode tentar de maneira diferente. Agora você já sabe que daquele jeito não dá. Você pode treinar mais. Você pode conseguir ajuda, pode estudar mais, pode se inspirar com sábios amigos. Ou com amigos dos seus amigos. Pode tentar novas idéias. Pode dividir seu objetivo em várias etapas e tentar uma de cada vez, em vez de tentar tudo de uma vez só. Você pode fazer o que quiser. Só não pode é sentir pena de si mesmo. Você não pode desistir de seus sonhos. * * * Problemas são desafios. Dificuldades são testes de promoção espiritual. Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura. Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição. O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão. Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranquilo.

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM

Conta-se que, há muito tempo, um fazendeiro possuía muitas terras ao longo do litoral do Atlântico. Horrorosas tempestades varriam aquela região extensa, fazendo estragos nas construções e nas plantações. Por esse motivo, o rico fazendeiro estava, constantemente, a braços com o problema de falta de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar naquela localidade. As recusas eram muitas, a cada tentativa de conseguir novos auxiliares. Finalmente, um homem baixo e magro, de meiaidade, se apresentou. Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro. Bom, respondeu o pequeno homem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram. Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer ao anoitecer. O fazendeiro deu um suspiro de alívio, satisfeito com o trabalho do homem. Então, numa noite, o vento uivou ruidosamente, anunciando que sua passagem pelas propriedades seria arrasadora. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. O pequeno homem dormia serenamente. O patrão o sacudiu e gritou: Levante depressa! Uma tempestade está chegando. Vá amarrar as coisas antes que sejam arrastadas. O empregado se virou na cama e calmo, mas firme, disse: Não, senhor. Eu não vou me levantar. Eu lhe falei: posso dormir enquanto os ventos sopram. A resposta enfureceu o empregador. Não estivesse tão desesperado com a tempestade que se aproximava, ele despediria naquela hora o mau funcionário. Apressou-se a sair para preparar, ele mesmo, o terreno para a tormenta sempre mais próxima. Para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos estavam nos viveiros e todas as portas muito bem trancadas. As janelas estavam bem fechadas e seguras. Tudo estava amarrado. Nada poderia ser arrastado. Então, o fazendeiro entendeu o que seu empregado quis dizer. Retornou ele mesmo para sua cama para também dormir, enquanto o vento soprava. * * * Se os ventos gélidos da morte lhe viessem, hoje, arrebatar um ser querido, você estaria preparado? Se reveses financeiros, instabilidade econômica levassem seus bens de rompante, você estaria preparado? A religião que professamos, a fé que abraçamos devem nos preparar o Espírito, a mente e o corpo para os momentos de solidão, pranto e dor. Enquanto o dia sorri, faz sol em sua vida, fortifique-se, prepare-se de tal forma que, ao chegarem as tsunamis, soprarem os ventos e a borrasca lhe castigar, você continue firme, sereno. Pense nisso e comece hoje a sua preparação.

O CALOR ESCALDANTE DO DESERTO DA VIDA

O alimento e a bebida ingeridos por Cristo na última ceia foram importantes para sustentá-Lo. Eles não Lhe dariam pão nem água durante o Seu tormento. Sabia o que O aguardava, por isso nutriu-Se calmamente para suportar o desfecho de Sua história. Após a oração, foi sem medo ao encontro de Seus opositores. Entregou-Se espontaneamente. Procurou um lugar tranquilo, sem o assédio da multidão, pois não desejava qualquer tipo de tumulto ou violência. Não queria que nenhum dos Seus mais próximos corresse perigo. Preocupou-Se até mesmo com a segurança dos homens encarregados de prendê-Lo, pois censurou o ato agressivo de Pedro a um dos soldados. O Mestre era tão dócil que por onde Ele passava florescia a paz, nunca a violência. Os homens podiam ser agressivos com Ele, mas Ele não era agressivo com ninguém. Um odor de tranquilidade invadia os ambientes em que transitava. O amor que Jesus sentia pelo ser humano O protegia do calor escaldante dos desertos da vida. Chegou ao impensável, ao aparentemente absurdo, de amar Seus próprios inimigos... * * * E como estamos nós? Como nos protegemos das altas temperaturas dos desertos da existência? A tranquilidade de Jesus vinha de Sua moral elevada, sustentada por um amor incondicional por todos. A calma do Mestre vinha de Sua fé, em nível tão elevado, que O fazia ser Um com o Pai. Semeando amor, colhemos felicidade nos campos de Deus. Sem a pretensão de receber recompensas na Terra, pelos atos nobres que praticamos, perceberemos que a consciência em paz é fortaleza indestrutível. Amando, passaremos pelos suplícios da existência com mais equilíbrio. Tal amor dá à alma em aprendizado uma certeza íntima imperturbável, segura de estar no caminho certo, e de não estar sozinha nestas paragens. Amando, nunca estamos sós. A Terra poderá nos oferecer solidão temporária, mas o mundo real, o mundo maior, nos dará a companhia dos grandes. Se estamos em momento grave na existência, sofrendo ataque de inimigos do bem... lembremos de Jesus e de Seu exemplo precioso. Quem ama e está nas sendas do bem, não tem porque pensar em vingança, em responder violência com violência. Quem ama tem sempre um refrigério constante no íntimo, ao enfrentar o calor escaldante da crueldade alheia. Quem ama e trilha os caminhos do bem, não precisa temer, assim como Jesus não temeu, em momento algum, o que Lhe aguardava. Sofreu, ao ver a fragilidade da alma humana tomando decisões ainda tão tolas, mas não teve medo, jamais, pois estava sempre acompanhado de um amor sem igual pela Humanidade inteira. Ama e aguarda. Ama e confia. Ama e resiste.

segunda-feira, 30 de março de 2015

ORAR E AGIR

Na minha experiência a oração nunca foi uma prática isolada. Sempre orei no processo e sempre fui orando e agindo ao mesmo tempo. Admiro muita gente boa que se retira para só orar. Consegue se desconectar de tudo e focar apenas na oração/contemplação. Mas, definitivamente, não me vejo fazendo isso. Sou ansioso demais para só orar e inseguro demais para só agir. Então eu vou tocando as duas coisas e, nessa dinâmica, às vezes a oração altera a ação e às vezes a trabalho estabelece a pauta da oração. Confesso que há momento quando a oração prepondera, admito, entanto, que há ocasiões onde predomina a ação. Assim, sinto que, de certa forma, orar é viver e viver é orar. Não consigo separar uma coisa da outra. Não sinto sequer necessidade de fazê-lo. Uma coisa é certa: Sei que Deus ouve e atende as minhas orações, embora saiba que Ele nem sempre aprova o que eu faço. A gente nunca erra por orar, mas não podemos dizer o mesmo do agir. Que ao orar vivendo, que ao viver orando, eu possa me aproximar cada dia mais do Senhor nosso Deus e do seu Espírito, por Jesus! Amém.

A MULTIPLICAÇÃO

Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse: — Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco. (Marcos 6:31 ) Jesus viu que os discípulos estavam cansados. 1- Compaixão- é sentir a pele do outro. Jesus suspirava pelas pessoas. (Ev. De Marcos)- o teor da narrativa e seus detalhes nos levam a pensar que Marcos escreveu a narrativa a partir de uma testemunha ocular. Hoje o coração de Deus tem o mesmo suspirar pelas almas carentes e com sede de Deus. Jesus se preocupava c/ os diScipulos. Hoje O Senhor se importa comigo e com você, discípulos dele. 2- A iniciativa é do próprio Jesus Ele viu a necessidade, ele vê a necessidade. Jesus olhou em volta de si e viu que uma grande multidão estava chegando perto dele. Então disse a Filipe: — Onde vamos comprar comida para toda esta gente? Ele sabia muito bem o que ia fazer, mas disse isso para ver qual seria a resposta de Filipe. (João 6:5, 6 NTLH) 3- v6- Jesus sabia o que estava fazendo. Tentando ensinar aos discípulos sobre dependência e fé. 4- Felipe foi intensamente prático em seus cálculos.(loucura alimentar a multidao. Como?) Jesus queria ensinar o sobrenatural. Por vezes, não temos racionalidade em excesso? A fé mantém a sanidade porque flutua facilmente num mar infinito; a razão procura atravessar o mar infinito, e assim torná-lo finito. Aceitar tudo é um exercício, entender tudo é uma tensão. (Adaptando G.K.Chesterton em Ortodoxia) "O que tem fé apenas pede para pôr a cabeça nos céus. O lógico é que procura pôr os céus dentro de sua cabeça. E é a cabeça que se estilhaça." (G.K. Chesterton) 5- André informou a quantidade inadequada de suprimentos — “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isso para tanta gente? (João 6:9 NTLH)” 6- As pessoas se fartaram 7- 12 cestos= graça abundante de Deus – Imagine cada discípulo com seu cesto que sobrou. Que lição. Que memória. Jesus provê a necessidade da alma, do corpo e que se importa com você. Jesus, mediante sua entrega incondicional e confiante vai realizar o que tiver de realizar na vida das pessoas que desejam. Você já pegou seu cesto? Quando a provisão do Senhor passou por sua vida de forma sobrenatural? Seja na sua casa, seja no seu ministério. Esse é o mesmo Jesus que está com você. Esse Jesus quer fazer multiplicar seu ministério pessoal e o ministério da sua igreja. 8- Eles ainda temeram pela falta de pão em outra ocasião. Como se não bastasse, os discípulos duvidaram em outra ocasião mesmo depois de tudo que Jesus já havia feito. Confira em Mateus 16.5-12 Nós também muitas vezes duvidamos do poder de Deus. Precisamos de pedir graça ao Senhor, porque só ele pode nos sustentar e nos acrescentar visão e fé.

RECOMEÇAR

Não importa onde você parou... em que momento da vida você se cansou... o que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida e, o mais importante: acreditar em você novamente. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado... Chorou muito? Foi limpeza da alma... Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia... Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechou a porta até para os anjos... Está se sentindo sozinho? Talvez você tenha afastado as pessoas no seu "período de isolamento".. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da sua melhora... Pois bem, agora é hora de reiniciar, de pensar na luz... de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para se aproximar. Que tal dar um jeito no visual, fazer um novo curso ou realizar aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa? Observe quantos desafios a vida está a lhe oferecer! Quanta coisa nova está esperando para ser descoberta! Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai minando nosso fígado, até a boca ficar amarga. Se você está se sentindo assim, com a sensação de derrota, é hora de recomeçar... E hoje é um bom dia para enfrentar novos desafios. Defina aonde você quer chegar e dê o primeiro passo. Comece por fazer uma faxina mental, jogando fora todos esses pensamentos e sentimentos pessimistas que se acumularam ao longo do tempo. Atire para longe os ressentimentos, as mágoas, os melindres que impedem a felicidade de entrar. Desfaça-se desse sentimento de inferioridade, de incapacidade, e valorize-se. Você é o que fizer de você. Em seguida, faça uma faxina no seu quarto. Jogue fora todo aquele lixo que você acumula há tempos, só como recordação do passado. Papéis velhos dos quais você nunca precisou. Disco e fitas que você não irá mais ouvir, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e tudo aquilo que só traz recordações tristes. Abra seu guarda-roupa e retire tudo o que não usa mais. Doe para alguém que precisa. Doe os calçados que apertam seus pés ou que não servem porque seu número não é mais o mesmo. Para recomeçar é preciso abrir espaços mentais e físicos... Depois que tomar essas providências, leia um bom livro, assista um bom filme, para alimentar sua mente com idéias positivas e otimistas. Aproxime-se dos amigos, dos familiares, das pessoas alegres que ajudarão você a sustentar o bom ânimo e a coragem. Evite, enquanto se restabelece, a presença de pessoas pessimistas e desanimadas. Só as busque quando estiver forte o bastante puder ajudá-las. Busque um lugar calmo e eleve a Deus uma prece. Mas comece agradecendo pela vida, pelas oportunidades renovadas, pelos obstáculos e desafios que surgem no caminho. Eles nos fazem mais forte quando os superamos. Lembre-se: o dia de hoje é uma página em branco que o Criador lhe oferece para que você escreva um novo capítulo da sua história. Recomeçar é só uma questão de querer. Se você quer, Deus quer. É por isso que Ele acena sempre com essa nova chance chamada presente. Pense nisso e não perca nem mais um minuto!

EMPATIA

Um ancião que estava para morrer procura um jovem e narra uma história de heroísmo: Durante a guerra, ajudou um homem a fugir. Deu-lhe abrigo, alimento e proteção. Quando já estavam chegando a um lugar seguro, este homem decidiu traí-lo e entregá-lo ao inimigo. E como você escapou? - pergunta o jovem. Não escapei; eu sou o outro, sou aquele que traiu - diz o velho. Mas, ao contar esta história como se fosse o herói, posso compreender tudo o que ele fez por mim. A sabedoria deste conto nos fala sobre a empatia, esta ação de nos colocar no lugar do outro, de procurar sentir o que o outro sente. A empatia nos torna menos orgulhosos e egoístas, pois faz com que pensemos não só em nossos pontos de vista - em como estamos nos sentindo, mas também na vida alheia, no que se passa no íntimo de alguém. Quando nos colocamos no lugar do outro, a compreensão torna-se mais fácil de ser alcançada, e nossos corações sentem-se mais aptos a perdoar. Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a oportunidade de acalmar a raiva, e de evitar a vingança. Quando nos colocamos no lugar do outro, desenvolvemos a compaixão, e procuramos fazer algo para amenizar o sofrimento do próximo. Quando nos colocamos no lugar do outro, expandimos nossa capacidade de amar e de entender que precisamos viver em família para realizar nosso crescimento. Quando nos colocamos no lugar do outro, preparamos nossa intimidade para receber as sementes da humildade, descobrindo a verdade de que somos todos irmãos, e que precisamos uns dos outros para colher os bons frutos da felicidade futura. A empatia nos torna mais humanos, mais próximos da realidade do outro, de suas dificuldades e de seu caminho. Passamos a analisar a vida através de outros pontos de vista, de outros ângulos; e, assim, nos tornamos mais sábios, mais maduros. O hábito de colocar-se no sentimento de alguém, é um grande recurso de que dispõe o homem novo para suas conquistas espirituais elevadas. O coração que se isola, que vê somente o que seus olhos permitem e não partilha da vida de seu próximo, está estacionado nas trilhas do tempo. É chegado o momento das grandes modificações, das grandes revoluções no interior do homem, e a empatia está lá, como excelente agente de transformação moral. *** "Fazei aos homens tudo o que deseja que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas". O médico das almas, Jesus, sempre buscou mostrar os caminhos mais seguros para nossas, vidas e nesta máxima revolucionária e ao mesmo tempo simples, introduz na terra o conceito de empatia, de agir conforme aquilo que desejamos para nós mesmos. As verdades estão conosco. Agora é tempo de instituí-las em nossos dias.

domingo, 29 de março de 2015

INVERNO EXISTENCIAIS

Por mais bela e florida que seja a primavera, o verão sempre pede passagem e traz consigo os dias quentes. E mesmo que desejemos reter os dias ensolarados e agradáveis, aproxima-se o outono e, como que obedecendo a um chamado superior, instala-se, silencioso e decidido... Depois de um lindo espetáculo de cores, as folhas caem, vencidas, transformando a paisagem... E o outono também parte... Soberano, logo aparece o inverno e se faz sentir das mais variadas formas, com seus dias frios e cinzentos. Passa o tempo e outra vez o espetáculo colorido de folhas e flores anunciam que a primavera está de volta... E é assim que os ciclos das estações se repetem e trazem oportunidades de aprendizado para todos os seres vivos. Semelhante às estações, o nosso viver também tem primaveras, verões, outonos e invernos... Mas nem sempre percebemos as lições que cada estação enseja, e nos desesperamos diante dos dias frios e cinzentos dos invernos existenciais. A primavera é agradável, não há dúvida. Flores e perfumes tornam nossos dias mais alegres. No entanto, se as flores surgem na primavera, é no inverno que acumulam as horas de frio necessárias para fazer brotar a gema floral com o choque térmico no início da nova estação. Sim! Se não fosse o frio não teríamos alguns tipos de flores e frutos. O frio "quebra" a dormência das gemas que originarão a folhagem e os frutos na primavera, quando folhas e flores enfeitam a paisagem. É assim que nós também podemos utilizar os invernos existenciais para favorecer a floração das virtudes que embelezam a nossa vida e nos trazem alegria... Para as plantas, a escassez de umidade, o frio e a baixa luminosidade, ocasionadas pelo inverno, são qual jardineiro que desperta a vida adormecida em sua intimidade. É assim que árvores e plantas perdem galhos e folhas, mas garantem floradas em todas as primaveras... Por vezes, os seres humanos também passam pelos invernos existenciais e perdem temporariamente a exuberância. Sentem-se como uma árvore desfolhada, sem flor nem perfume... Mas que importa se a vida que pulsa, além das aparências, está se preparando para produzir flores mais belas e perfumadas nas primaveras vindouras? Geralmente são os dias mais difíceis que acordam em nós as sementes adormecidas da esperança... Não há dúvida de que os dias ensolarados e alegres são encantadores, mas são os dias difíceis que mais desafiam as nossas potencialidades e quebram a concha da nossa acomodação... O sofrimento que nos fustiga a alma é abençoado aguilhão que nos faz despertar para os valores reais da vida. Assim, diante dos açoites do inverno, pense nas preciosas lições da natureza. Observe as árvores desfolhadas, quais esqueletos nus na paisagem cinzenta e sem brilho, mas em pé... Firmes e cheias de esperança. Suportam os ventos, a chuva, o frio e a falta de luz, mas conservam a seiva da vida na intimidade... Instintivamente aguardam o retorno da primavera que, com sua brisa morna, vem acariciar as flores e fazê-las frutificar... *** Aproveite os dias ensolarados para armazenar o vigor que lhe sustentará nos invernos existenciais... E quando os dias escuros surgirem na sua vida, não permita que a tristeza lhe roube a esperança de ver surgir, outra vez, a primavera... Lembre-se que mesmo nos dias nublados, o sol está sempre à espreita, esperando sua vez de brilhar e espalhar vida por sobre toda a natureza...

TEUS OLHOS

Encontramos nas anotações do Evangelista Mateus, a observação de Jesus: Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Jesus, com certeza, não quis dizer que os olhos físicos teriam a possibilidade de transformar o corpo em um foco de claridade, mesmo porque o brilho não é qualidade do corpo físico. O Mestre Se referia às questões espirituais. Ver é a condição de observação e análise das coisas que nos cercam que, naturalmente, tem a ver com o nível de maturidade, de progresso em que cada um se encontra. É assim que, para quem vê as coisas do ângulo imediatista, o delinquente juvenil ou adulto será sempre culpado, merecedor dos castigos da lei humana. Mesmo que o castigo chegue pelas mãos daqueles que se julgam prejudicados. Para quem tem olhos bons, ou seja, que procura enxergar os fatos pelo lado positivo, o jovem ou o adulto em tal circunstância será sempre a alma que não teve orientação capaz de a libertar das más tendências. Será o ser que, envenenado pela revolta que lhe causa a injustiça social, não consegue viver com nobreza. Não que se pretenda aplaudir o erro, mas ver a criatura que erra como alguém carente de educação e amparo, orientação e trabalho, para que se possa renovar. Para olhos comuns, a mulher que vende o próprio corpo em prazeres e sensações não passa de alguém com marcas da prostituição, merecendo o desprezo. Para os que possuem bons olhos será a irmã atormentada que se deixa explorar por mentes perturbadas. Sem pensar em aprovar as práticas erradas, que acabam por destruir os que nelas se envolvem, não podemos deixar de pensar nessas criaturas como carentes de atenção e respeito. E, se não as pudermos atender com orientação segura, que possam ao menos merecer a suavidade das nossas orações. Para os olhares comuns, os que se deixaram arrastar para as valas da dependência dos tóxicos são viciados que somente poderão ser detidos por grades em celas de prisão, impedindo que propaguem o mal. Para os que tenham olhos bons, são os irmãos de jornada que não suportaram conflitos e desejaram fugir deles e de si mesmos, precipitando-se nos poços da dependência química. Na verdade, o que eles aguardam é o apoio, o amparo para que possam sair dessa loucura, buscando caminhos de reequilíbrio. Esperam por mão amiga. Aguardam o tratamento da medicina, da psicologia e da religião, mesmo que não expressem tal desejo com sua própria voz. Como vemos, existem olhos que condenam e existem os que auxiliam e cooperam. Quando nos ajustarmos à seara do amor, do bem e da paz, com olhos de compreensão, mergulharemos na luz, demonstrando que alcançamos um novo estágio de progresso e nos encontramos em marcha para a evolução espiritual, para a conquista do brilho do corpo espiritual, que refletirá nossas virtudes. * * * Quando tomarmos conhecimento da ignorância que se encontra em toda parte, permitamos que a luz do entendimento possa espalhar instrução e amparo, a fim de que seja afugentada a sombra que enlouquece a Terra inteira, atormentando muitas almas. Tão logo a criatura se decida por se deixar conduzir pelas leis do bem, a grande noite terrestre dará lugar às auroras sublimes, anunciadoras dos dias de paz.

ARGAMASSA FRACA

Portanto, sim, porquanto desviaram o meu povo, dizendo: Paz; e não há paz; e quando se edifica uma parede, eis que a rebocam de argamassa fraca” (Ezequiel 13.10) Vivemos dias de apostasia das verdades bíblicas. Dias denominados “pós-modernidade” em que “coisas novas e estranhas” grassam no campo da exegese bíblica. Mesmo nos arraiais ditos evangélicos, no afã de se conseguir grandes auditórios, muitas práticas místicas têm sido introduzidas, o que agrada o povo brasileiro, que tem sido religiosamente iludido desde o seu descobrimento, há cinco séculos. Hoje vemos pregadores arvorando grande fé, fundamentados em uma teologia fraca. No contexto, em que o povo de Israel estava prestes a ser constrangido ao exílio na Babilônia, grassava no meio do povo profetas tendo uma mensagem mentirosa em seus lábios. No verso 3 do mesmo capítulo, Deus diz-lhes assim: “Ai dos profetas insensatos, que seguem o seu próprio espírito, e que nada viram!”. No verso 9 Deus diz: ”E a minha mão será contra os profetas que veem vaidade e que adivinham mentira; não estarão no concílio do meu povo, nem nos registros da casa de Israel se escreverão, nem entrarão na terra de Israel; e sabereis que eu sou o Senhor Deus”. Argamassa fraca consiste de, em tempo de eminente perigo, como no caso de Israel, e nosso, estar falando somente sobre: paz, prosperidade, pare de sofrer(meia verdade), fraternidade, solidariedade, direitos humanos, mensagens bonitas recheadas de palavras escolhidas, mas que não geram arrependimento e conserto na vida das pessoas. Deus disse que derrubaria a parede rebocada com argamassa fraca. (Ez.13:14). Argamassa forte consiste de, em tempo e fora de tempo, não deixar de anunciar todo o conselho de Deus, como fez Paulo (At.20:27);falar sobre os atributos de Deus(todos eles); Deus tendo se revelado especialmente através do Seu Filho Unigênito Jesus Cristo; Arrependimento; Fé; Perdão de pecados somente através do Senhor Jesus ; Receber Jesus como salvador é preciso; A importância da Palavra de Deus; A importância da igreja; A importância da oração; Fruto do Espírito; Céu; Inferno; e tantos outros ingredientes que fazem a argamassa forte. Você consegue identificar quem está construindo e tentando consolidar com argamassa fraca? 3 por 1, segundo os pedreiros, é argamassa forte. Leva-nos a pensar na Trindade a favor do homem.

AS MEIAS VERDADES

Há alguns anos atrás um incidente amplamente divulgado pela impressa, em que o renomado economista norte-americano, PAUL KRUGMAN, prêmio Nobel de Economia, fez declarações públicas envolvendo em suspeitas o nome do, à época, indicado, e logo após, presidente do Banco Central do Brasil, o economista ARMÍNIO FRAGA, veio a público reconhecendo seu equívoco e pediu desculpas pelas suspeitas levantadas, e, pelo seu descuido de não ter checado a veracidade das fontes das informações que divulgara. Temos vivido um tempo da prevalência do direito individual do cidadão. E, por isso até as Empresas e Organizações Comunitárias tem tido interesse ao lidar com a famosa “indústria dos boatos”. Devemos ter todo o cuidado para que não sirvamos de instrumento de fomentação ou divulgação de meias-verdades, (ou mentiras inteiras) dos “boateiros profissionais”, no local de trabalho, nas Igrejas, nas escolas, nos condomínios, nas comunidades onde vivemos. Até porque em nosso universo, SE É MEIA-VERDADE, LOGO NÃO É A VERDADE, POR CONSEQUÊNCIA É UMA MENTIRA INTEIRA. Como também conhecemos bem os efeitos danosos, de informações muitas das vezes “plantadas” com o único fito de desestabilizar este ou àquele líder que esta “aparecendo muito” ou “incomodando setores do poder estabelecido”. Sendo que, depois de feito, pedir desculpas não resolve, pois o dano está causado. O Livro de Tiago traz várias recomendações sobre a língua, e expressa principalmente a preocupação de seu uso de forma a abençoar pessoas com ela, alertando também para os estragos que ela pode produzir. A Bíblia orienta que ninguém deve ser acusado de qualquer fato senão pela confirmação de duas ou três testemunhas, sendo “copiada” por todos os sistemas judiciais. No Antigo Testamento o assunto é disciplinado de forma objetiva, Deuteronômio: “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de três testemunhas se estabelecerá o fato”. A Lei pátria é bastante objetiva com relação àquilo que é dito ou divulgado, sobre alguma pessoa ou alguma Instituição, visando denegrir sua imagem, e não é provado por quem disse, ou por quem propagou o que ouviu de terceiros. A Constituição de 1988, como inserido no Artigo 5º, incisos: “(...) V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (...) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)”. O Estatuto da Nação ampliou o conceito de direito à imagem, dando-lhe uma conotação patrimonial e moral, de tal maneira ficando, entre outras penalidades legais, além de se retratar publicamente, sujeita a processo de indenização de danos morais e patrimoniais, quem acusa alguém, e não pode provar judicialmente o que alegou, pois os danos causados a imagem carecem de reparação legal. O Código Penal classifica, ainda, como, criminosos, tais comportamentos, elencando-os como CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO. É o próprio Código que explicita: CALÚNIA - imputar a alguém falsamente fato definido como crime; INJÚRIA - ofender alguém em sua dignidade ou decoro; DIFAMAÇÃO - imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação. Aprendemos algumas lições sobre o perigo de divulgar “coisas” que ouvimos e/ou sabemos, mas não temos como provar, ao ler este ‘episodio” que teria supostamente ocorrido entre o filosofo Sócrates e um amigo, o qual transcrevemos abaixo: Conta-se que, um dia, um amigo foi procurar Sócrates, o célebre filósofo grego, desejando contar-lhe uma “coisa” sobre a vida de um outro amigo comum: - Quero te contar algo sobre o nosso amigo Andreas que vai te deixar boquiaberto. - Espera – interrompeu o filósofo – Passaste isso que vais me contar pelo “teste das três peneiras” ? - Três peneiras ? – indagou o interlocutor. – Que três peneiras ? - Primeira peneira: a “coisa” que vais me contar é verdadeira ? - Eu assim creio, pois me foi contada por alguém de confiança ? – respondeu o amigo. - Bem, alguém te disse ... Vejamos então: - A segunda peneira: A “coisa” que tu pretendes me contar é boa ? - O outro hesitou, titubeou e respondeu: - Não, exatamente ... - Sócrates continuou sua inquirição: - Isso começa a me esclarecer, verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tinhas a intenção de me contar é de utilidade tanto para mim como para nosso amigo Andreas, e para ti mesmo ? - Não, não e não. - Então, meu caro – disse Sócrates – a “coisa” que tu pretendias me contar não é certamente verdadeira, nem boa, nem útil. - Assim sendo, não tenho a intenção de conhecê-la e aconselho-te que não procure veiculá-la. A cada dia somos alvo de pessoas com grande desejo de contar-nos “coisas” a respeito dos outros. Devemos procurar sempre fazer o “teste das três peneiras”: 1. É verdade? 2. É bom? 3. É útil?, atribuído ao celebre filósofo grego, Sócrates; pelo que, evitemos que sejamos parte integrante nas bisbilhotices e mexericos de pessoas ávidas de novidades sobre a vida alheia. Desta forma, o exercício de abstinência no propagar verdades que não se pode provar é indispensável ao cidadão, sobretudo, ao cidadão cristão, e evitaria grandes constrangimentos. Fato ocorrido há alguns anos, no qual uma Igreja excluiu um membro de seu rol, registrando que havia suspeitas de adultério levantadas por sua esposa, no que foi acompanhada por alguns “piedosos” irmãos, situação que, “mutatis mutandis”, proporções e peculiaridades guardadas, aplica-se a qualquer entidade associativa, seja: religiosa, esportiva, cultural, profissional, de moradores, beneficente, acadêmica, filosófica, empresarial etc. Referido irmão deu queixa da acusação na Delegacia de Polícia, e aquela Igreja, através de seu Pastor, foi convocada a explicar e ratificar diante da Autoridade Policial as acusações pela quebra do “sétimo mandamento”, registradas em Ata provocando a exclusão daquele irmão. Ocorre que em reunião com aqueles “piedosos” irmãos, nenhum deles, inclusive a esposa, possuía qualquer prova concreta para tão grave alegação. De forma que orientamos aquela Igreja a promover uma Assembleia de Retratação, corrigindo aquele equivoco. Ciente da retificação promovida pela Igreja, aquele irmão, exercitando espírito cristão, pois poderia, se quisesse, processar aquela Igreja por danos morais, retirou sua queixa na Delegacia de Polícia, e deixou a sua membresia. Assim é prudente aos obreiros, inclusive para resguardo legal das Organizações Religiosas, ao receberem acusações acerca da vida alheia, independente de quem seja o portador, requerer que este escreva, assine, e que consiga, no mínimo, duas outras testemunhas, com suas respectivas assinaturas, preferencialmente todas reconhecidas em cartório, para aí considerar o conteúdo do compartilhado, incentivando a prática do “confronto bíblico”, à luz de Mateus 18:15-17, visando evitar condenações judiciais, como já tem ocorrido em diversas Igrejas Evangélicas pelo país, por falta de cuidado ao expor vexatória e publicamente perante a Igreja a privacidade da vida das pessoas. Entre outros Clubes de Serviços, está o Rotary Club Internacional, que reúne empresários, executivos e profissionais liberais, líderes de sua categoria, com o objetivo institucional de atuar mundialmente de forma humanitária, inclusive na erradicação da poliomielite da face da terra, divulga-se a chamada Prova Quádrupla, criada em 1912, por Herbert Taylor, do Rotary Club de Chicago, EUA, que veio a se tornar presidente mundial Rotary. A PROVA QUÁDRUPLA, do que nós pensamos, dizemos ou fazemos: 1. É a VERDADE? 2. JUSTO para todos os interessados? 3. Criará BOA VONTADE e melhores amizades? 4. Será BENÉFICO para todos os interessados? . Há algum tempo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, manteve condenação por DANOS MORAIS, a uma EMPRESA JORNALÍSTICA, por DIVULGAÇÃO DE NOTÍCIA CALUNIOSA E DIFAMANTE, A HONRA PESSOAL, sobre o ABUSO DO DIREITO DE INFORMAR, “... pela falta do dever de cuidado de pesquisar antes de divulgar...”. É de se destacar a recente decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, “... que manteve a sentença que condenou jornal e jornalista que, extrapolando no direito de informar, feriram a honra e a imagem de uma procuradora municipal. Ambos personalizaram o debate sobre atos da administração municipal e atingiram a privacidade da procuradora, faltando com o dever de cautela. ...”. Que, com a graça de Deus, sejamos instrumentos de bênçãos, na vida daqueles que nos rodeiam, praticando uma salutar ética cristã, de evitar as meias-verdades, mas sim da propagação da verdade, inclusive se ela passar no “Modelo Bíblico”, que é o mesmo do “Crivo da Lei” das duas ou três testemunhas; no “Teste das Três Peneiras” de Sócrates, e ainda, na “Prova Quádrupla” de Rotary Club Internacional. Para que em meio a nossa sociedade, tão carente de valores morais e espirituais, possamos ajudar a outros não incorrer nesta forma ilegal de atuação, e aí entender as recomendações da cultura judaico-cristã, em seu Livro Sagrado, a Bíblia, que assevera: “... Com a mesma medida que medires, havereis de ser medidos.”; e sujeitos a Lei dos Homens, que exige de quem acusa a respectiva prova concreta do alegado, eis que, pela Constituição Federal o cidadão é inocente até que se prove em contrário, devendo ser pesadamente condenado financeiramente, quem levianamente propaga meias-verdades, (ou mentiras inteiras), acerca da vida das pessoas, que tem garantida sua privacidade pessoal, familiar e profissional etc, nos termos da Lei Civil, sob pena, de indenização pecuniária por danos morais, além da reprovação social.

VISÃO

Não havendo profecia, o povo perece…” Provérbios 29:18 Sem direção, sem visão, você não saberá para onde ir. Qual é a visão que você tem para sua vida? Você se vê rompendo? Você se vê conquistando as bênçãos de Deus? Se vamos viver a vida abundante, transbordante que Deus nos prometeu, temos que ter uma visão voltada para uma vida propera e cheia de êxito. Temos de nos ver tão feliz e tão cheios que transbordam de nós para as pessoas ao nosso redor. Nós deveríamos ter tanta alegria que os outros a nossa volta sejam contagiados com a nossa felicidade. Nós deveríamos ter tanta paz que as pessoas simplesmente passam a sentir esta paz quando estão à nossa volta. Nós deveríamos estar transbordando das bênçãos materiais para poder abençoar os outros. Mas tudo começa com a visão que temos de Deus e como enxergamos a vida. Eu quero desafiá-lo hoje, a começar a viver a vida abundante que Deus prometeu, uma vida prospera, você começará a receber as bênçãos, e você será capaz de experimentar a vida abundante que Ele preparou para você! Oremos: Pai Celestial, obrigado por desejar me abençoar para que eu possa ser uma bênção para outros. Ajude-me a ter uma visão que me leve a viver a prosperidade. Ajude-me a ver a minha vida da forma que o Senhor designou para mim, para que eu possa abraçar a vida abundante que o Senhor prometeu. Em Nome de Jesus. Amém!

TER OU SER

A sociedade mede o homem pelo que ele tem muito mais do que pelo o que ele é. Ter é mais importante do que ser. Na filosofia do ter a aparência é muito valorizada e a peso de ouro. As pessoas fazem questão de dizer o que fazem e o que têm. Há um ditado que diz: “Comem mortadela e querem arrotar presunto”. Os que vivem de aparência gastam o que não têm para mostrar uma vida que não corresponde à realidade. Isto é próprio da natureza humana que não possui uma experiência com Cristo. O padrão de Deus não é simplesmente visível ou aparente, mas o interior, o coração. Deus não vê como o homem vê. Este olha apenas para o exterior, para o que é agradável aos seus olhos. Mas Deus, não. Ele olha para o coração. Foi assim com a escolha de Davi como o Rei de Israel. O profeta Samuel foi buscar o substituto do Rei Saul entre os filhos mais fortes, altos de Jessé, pai de Davi. A ordem de Deus foi não olhar para a aparência, mas para o interior (1 Sm 16.7). Você vive de aparência, escravizado por um padrão meramente estético ou vive livre a partir de um coração sincero, que mostra realmente quem você è? É infinitamente melhor viver de acordo com o padrão do PAI.

A ESCOLHA É SUA

Você já ouviu, alguma vez, falar de livre-arbítrio? Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção. Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher. E a cada momento a vida nos exige decisão. Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude. Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra. Ao ouvir o despertador podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades no corpo físico. Ao encontrar o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos escolher entre resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do fundo da alma, um bom dia. Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com nosso mau humor. Um médico que trata de pacientes com câncer, conta que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas. Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que extirpar um seio por causa da doença. Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para curtir. Assim também acontece conosco quando alguém nos ofende, por exemplo. Podemos escolher entre revidar, calar ou oferecer o tratamento oposto. A decisão sempre é nossa. O que vale ressaltar é que nossas atitudes produzirão efeitos como consequência. E esses efeitos são de nossa total responsabilidade. Isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua atitude e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade. Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: para uma causa positiva, um efeito positivo, para uma atitude infeliz, o resultado correspondente. Se você chega no trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua. Você tem ainda outra possibilidade de escolha: ficar na sua. Todavia, de sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem. Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se plantamos sementes de flores, colheremos flores, se plantamos espinheiros, colheremos espinhos. Não há outra saída. Mas o que importa, mesmo, é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a Justiça Divina. Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia darão seus frutos. São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes. Um dia, ainda que seja numa existência futura, eles aparecerão e reclamarão colheita. Igualmente os atos de renúncia, de tolerância, de benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume agradável. É só deixar nas mãos do Jardineiro Divino, a quem chamamos Deus. * * * A hora seguinte será o reflexo da hora atual. O dia de amanhã trará os resultados do dia de hoje. As existências futuras lhe devolverão a herança que hoje lhes entrega. É assim que vamos construindo nossa felicidade ou a nossa desdita, de acordo com a nossa livre escolha, com o nosso livre-arbítrio. Pensemos nisso!

sábado, 28 de março de 2015

ENFERMIDADE DA ALMA

O cansaço da vida, o desânimo e o desagrado em relação à existência são sinais de problema grave. Por vezes, os levamos à conta do trabalho contínuo, da falta de repouso, da pressão profissional. Contudo, é nossa alma que se encontra enferma. São causas do desalento a nossa revolta e o nosso pessimismo. Revolta contra situações do cotidiano, pessimismo em relação aos fatos que nos atingem ou observamos. A insatisfação que sentimos face à dureza dos sentimentos das criaturas, a má vontade sistemática que percebemos em muitos seres. Sim, essas causas produzem o quadro desalentador que nos toma de assalto e consome. É de urgência que retiremos o traje da infelicidade que nos asfixia e retomemos o controle das nossas aspirações, renovando-nos. Importante que alteremos o ritmo das nossas atividades, que encontremos uma nova motivação. Algo que desfaça a onda de indiferença em que nos percebemos envolvidos. Há quanto tempo não nos permitimos um passeio descompromissado pelas ruas? Um passeio sem tempo, para observar tudo que há de novo. Afinal, passamos todos os dias pelos mesmos locais e não temos tempo de observar o que está sendo mudado, alterado. Observemos as pinturas das casas, os jardins floridos, pois a primavera já enviou suas cores à frente, para anunciá-la. Permitamo-nos deliciar os ouvidos e encher a alma com os sons harmoniosos de uma música. Ouçamos os versos. Cantemo-los. Toda nova ação produz um estímulo específico, que renova o homem que assim se empenha em executá-la com entusiasmo. Sejam modificações pequenas ou grandes, o importante é que se façam constantes. Modificações que nos projetem para frente. Retornemos ao hábito da leitura salutar. Mergulhemos o pensamento nos ditos do Senhor. Redescubramos o Evangelho de Jesus. Recordemo-Lo andando pelas ruas da Galiléia, distribuindo Suas bênçãos, consolando, amparando, ensinando. Imaginemo-nos a segui-Lo. E O sigamos. Estabeleçamos um roteiro de auxílio ao próximo em nossas vidas. Enfrentemos cada novo dia com uma disposição salutar, sabendo-nos úteis na obra de Deus. Ele nos concede recursos ilimitados para que triunfemos, libertando-nos dessa postura enferma, a que damos o nome de cansaço. * * * Resguarda-te da hora vazia mas também não te atires ao excesso de trabalho. Abre-te ao amor e combaterás as ocorrências depressivas, movimentando-te em paz, com o pensamento em Deus.

CONSTRUÇÃO SOBRE A ROCHA

Você se considera uma pessoa de fé? Não importa qual seja a sua religião, mas será que você tem plena confiança nas verdades que aprende, a ponto de obter sustentação nas horas difíceis? Para os cristãos, há um ensinamento do Cristo que vale a pena relembrar e refletir. Em Mateus, cap. 7, versículos 21 a 29, lemos o seguinte: Todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, será como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra a casa, mas ela não desabou. Estava fundada na rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será como um homem tolo que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi sua ruína. Jesus se refere, claramente, à fé operante daqueles que ouvem as suas palavras e as praticam. A fé operante é aquela que nos sustenta nas horas mais difíceis da vida. Será que a nossa fé resiste às chuvas, ventos e enxurradas que chegam a cada dia? Ou será que o mais leve vento derruba a nossa confiança em Deus? Será que, quando o vendaval da morte arranca do nosso convívio uma pessoa querida, nossa casa ainda continua firme, ou desaba como as construções feitas sobre a areia? Nesses momentos, só a certeza da imortalidade da alma e da individualidade que nosso ente caro guarda após a morte, será capaz de nos trazer conforto íntimo. Quando a nossa fé não está fundamentada na razão, passamos a nos questionar: "e se a morte for o fim de tudo? E se meu familiar querido se foi para sempre? E se aquele corpo que foi enterrado era tudo que existia?" Nessas horas, o cristão se esquece que o mestre, de quem se diz seguidor, deu o maior exemplo de imortalidade e individualidade, voltando depois de ter sido morto e enterrado. E voltou para provar que o túmulo não é o fim da vida, e que o espírito conserva sua individualidade, isto é, não se perde no todo, como uma gota d’água no oceano. Tendo essas bases sustentando a fé, nada a fará desabar, nem mesmo os mais terríveis temporais. E se é capaz de sustentar diante da mais terrível das dores, que é a da separação pela morte, que força não terá frente às demais amarguras? Se em algum momento a sua fé demonstrar fragilidade diante de uma situação qualquer, talvez seja hora de você buscar solidificar suas certezas. Se você diz ter fé num Deus justo e bom, nada que lhe aconteça deverá ser motivo de desespero. Se nas bases da sua fé está bem sedimentada a certeza de que cada um receberá segundo suas obras, nenhuma tempestade a abalará. Você terá sempre confiança plena no Criador, que tudo sabe e a tudo provê. Mas, se a mais leve brisa abala suas frágeis crenças, é hora de refletir, estudar a fundo as bases da sua religião e fortalecê-las. Só assim essa construção estará firmada na rocha. Na rocha de convicções inabaláveis. Pense nisso! Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade. Pense nisso!

SALMO 23

Salmo 23 é um dos textos mais conhecidos da Bíblia. O seu primeiro versículo está estampado em toda parte, principalmente em adesivos colados nos vidros dos carros que circulam pelas nossas cidades. Se o leitor parar a leitura agora, fechar os olhos e recitá-lo, é quase certo que o faça assim: “O Senhor é meu pastor, e nada me faltará.” Entretanto se abrirmos a Bíblia vamos verificar que não é bem assim que está lá. Vamos conferir: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Faz diferença? Faz. O artigo definido "o", em “o meu pastor”, determina o pastor. A falta desse artigo o indetermina. É como se disséssemos “é um pastor”; um, dentre outros. Um outro problema é que a conjunção aditiva "e", em “e nada me faltará”, nos dá uma idéia de adição, soma: “O Senhor é meu pastor e [além disso] nada me faltará.” Ocorre que a idéia que o versículo transmite não é de adição e, sim, de conclusão: “O Senhor é o meu pastor; [logo, portanto] nada me faltará.” Se repetíssemos com o versículo 2 o mesmo procedimento adotado no anterior, tenho quase certeza de que o leitor repetiria: “... guia-me mansamente às águas tranqüilas.” De novo, não confere. O texto diz: “... guia-me mansamente a águas tranqüilas.” E continua fazendo diferença. Enquanto no primeiro versículo retirou-se o artigo, no segundo, acrescentou-se. As águas não são determinadas. A ovelha não é guiada sempre às mesmas águas, mas a águas que têm uma característica: são tranqüilas. Uma outra curiosidade é que, quase sempre, quando alguém faz a leitura do salmo na Versão Revisada, lê o versículo 5: “... o meu cálice transborda.” Só que essa versão usou a forma variante “trasborda”. O difícil é enxergá-la na hora da leitura. A partir de agora, sempre que recitarmos o Salmo 23, sejamos fiéis ao texto

LADRÕES DA GENEROSIDADE

Em nosso caminho para a generosidade, desejosos de aprendê-la e praticá-la, encontramos alguns obstáculos, que nos fazem retroceder. São verdadeiros ladrões de generosidade. O mais poderoso deles, capaz de levantar muros impedindo o nosso progresso, é a ingratidão. Mesmo que não façamos algo de bom em busca de uma retribuição, quando o retorno é a ingratidão, vamos sendo moldados na fôrma da amargura. Então, decidimos: não vale a pena a abrir o coração para presentear ou beneficiar alguém. Outro ladrão é a incompreensão. Há gestos generosos nossos que são recebidos como como se fossem outras coisas, fazendo com que, por vezes, tenhamos que explicar o que fizemos. As pessoas nos atribuem segundas intenções que nunca concebemos. Como dá trabalho ser generoso, acabamos por optar em nos recolher. Retemos também nossas mãos de bondade quando abusam de nossa vontade de servir ao próximo, de socorrer o outro ou de abrir a porta para alguém. Sim, há aqueles que, diante de uma de nossas mãos estendidas, querem as duas. Há aqueles que sempre voltam para nos pedir mais, quando lhe damos algo. E alguns vêm como se fosse uma obrigação nossa ou um direito deles atender-lhes . A gente decidir doar um valor para um pessoa e, antes da data, ela capaz de telefonar com um pedido: "quero o MEU dinheiro". Nesses casos, podemos sucumbir à tentação de reter o que podemos distribuir, seja atenção ou algum bem. Nesses casos, estaremos deixando que os outros nos determinem. Infelizes seremos, se assim procedermos. Nós sabemos que somos chamados para a bondade. Não permitamos que os ladrões da generosidade ditem o ritmo de nossos coraçõe

PEDIMOS NO VAREJO E AGRADECEMOS NO ATACADO

É uma evidente contradição: Temos muito mais a agradecer do que a pedir, mas pedimos muito mais que agradecemos. Ainda somos detalhistas meticulosos ao pedir e generalistas ao agradecer. Parece que isso tem a ver com o modo como vemos a vida, sempre com o foco no que nos falta, no que ainda não recebemos; nunca no que já temos, já conquistamos e já recebemos de Deus. Enquanto olharmos assim, insatisfeitos, a vida; falaremos assim, insaciáveis, com Deus. A Bíblia orienta persistência no pedir (Mat. 7.7) e abrangência no agradecer (1 Tes. 5.18). O pedir com persistência pressupõe critério seletivo, foco e priorização de necessidades. O agradecer com abrangência pressupõe memória, atenção e valorização do que se recebeu. Mas o homem inverte as coisas e tende ser abrangente no pedir e, por isso, acaba sendo seletivo no agradecer. E aí está posta a situação: Quem pede tudo, não sabe ainda do que precisa de fato; quem agradece pouco nunca valoriza o quanto já tem. Em função disso, mesmo pedindo o tempo todo, ainda não aprendemos a pedir (Tg. 4.3); e, por agradecermos pouco, acabamos entre os que se esquecem de agradecer (Lc. 17.17). É aconselhável, portanto, repetirmos hoje, a súpplica daquele discípulo do Senhor, cuja resposta resultou na extraordinária e conhecidíssima oração do Pai Nosso: “Ensina-nos a orar” (Lc. 11.1).

A LEI DA SEMEADURA

Nasceu em minha horta um pé de jiló que eu não havia planejado. Nasceu, cresceu, frutificou e gostei. Mas nasceu também muita tiririca, invasora, daninha, que aniquila as plantas e eu não gostei. Não bastou gostar do jiló ou desaprovar a tiririca, pois foi necessário cuidar de um e arrancar o outro. Encarar a situação como um problema meu, adotando manejo condizente com a colheita almejada. Então, fiquei a pensar: Quem semeou o “joio no meio do meu trigo?” E quem contribuiu para que o pé de jiló ali chegasse? É verdade que caruru, urtiga e grama fizeram parte da brotação misteriosa, o que tornou ainda mais intrigante a questão da semeadura. Triste foi a minha conclusão: Mesmo a erva perniciosa e indesejável que ali nasceu, foi resultado de minha própria semeadura. – Mas como? Alguém poderia perguntar. Só foram compradas sementes de alface, couve, espinafre e salsa. Como eu poderia ter semeado aquilo que não queria? Tudo começou na compra do adubo orgânico, usado para melhorar a qualidade da terra. Comprei caro o esterco bovino, que também custou caro para ser transportado e manuseado, pois exigiu uma mão-de-obra experiente. Carrinho de mão, enxadas, pás, botas, luvas e muita disposição foram necessários. Mas o que eu não sabia é que o alimento dado ao boi, continha as sementes que eu não queria. Aquilo que sobreviveu à ruminação, prejudicou a minha horta. Colher as verduras frescas e livres de agrotóxicos foi para mim uma experiência singular. Melhor ainda, foi a lição de que, para colher a paz, a amizade, a fé, a intimidade com Deus, o casamento sadio, a educação dos filhos, o equilíbrio financeiro, a bondade, a sabedoria, frutos saborosos e almejados, precisamos cuidar da semeadura e manejar adequadamente a vida. Cumpre-se a promessa: “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Às vezes pagamos caro por excrementos que adubam o nosso coração, que alimentam a nossa mente. Mas, mesmo aquilo que ruminamos como um sonho, pode conter invisíveis sementes, que brotarão sem qualquer cerimônia, podendo fazer de nossa vida um quintal do mal. Semeemos só a semente santa, apela o nosso “viticultor”.

VIVENDO NO SISTEMA SEM SER DO SISTEMA

Muitos obreiros, irmãos e jovens me abordam no sentido de buscar conselhos e orientações por suas frequentes frustrações, desilusões e decepções diante da crescente corrupção, hipocrisia, secularização e da perda de rumo de alguns setores e denominações evangélicas no Brasil. O quadro é tão grave que alguns, além de se afastarem do "sistema" (igrejas, convenções, concílios etc), não desejam sequer serem chamados mais de evangélicos. Lendo a Bíblia, entendi que sair de um sistema (igrejas, convenções, concílios etc) nem sempre é a atitude adequada ou possível. Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema. Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (sistema macro caído influenciado por satanás) por "sistema" (setores e denominações evangélicas influenciados pelo sistema macro): Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18) Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser de". Os profetas bíblicos não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc). Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou: Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19) Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema: Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10) Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia: Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3) Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema. Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou. Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema. Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema. É possível conviver no sistema e ser contra o sistema. É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema. É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema. É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema. É possível ser santo e íntegro no sistema. É possível não se vender e não se render ao sistema. É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema. É possível imitar Jesus.

O LÍDER CENTRALIZADOR

O líder centralizador não faz com excelência, nem permite que outros façam. O líder centralizador é um atraso para o crescimento e desenvolvimento de qualquer obra. O líder centralizador é um castrador de ideias. O líder centralizador é um amante de títulos, cargos e posições. O líder centralizador acha que ninguém faz melhor do que ele. O líder centralizador pensa ser mais capaz do que todos os demais cooperadores. O líder centralizador não consegue enxergar o talento alheio. O líder centralizador tem medo que os outros façam melhor do que ele. O líder centralizador tem receio de perder a autoridade ao delegar. O líder centralizador tem um pouco de imperialista, totalitarista e ditador. O líder centralizador se mantém no cargo na base da compra, da ameaça, do favorecimento e dos conchavos políticos com outros líderes centralizadores. O líder centralizador finge escutar, mas no fim a opinião que prevalece é sempre a dele. O líder centralizador é um promotor narcisista de sua própria imagem. O líder centralizador se coloca acima da própria instituição. O líder centralizador pode em alguns casos até ser uma boa pessoa, mas é um péssimo administrador. O líder centralizador pode ter conhecimento, mas lhe falta sabedoria. O líder centralizador perde tempo e energia em tarefas pequenas, secundárias e sem muita importância, quando poderia estar envolvido em questões de maior relevância e prioritárias. O líder centralizador delega tarefas, para depois agir paralelamente, desmerecendo o esforço e a habilidade alheia. O líder centralizador pode não ter consciência de sua própria condição. O líder centralizador sacrifica a família. O líder centralizador se desgasta e desgasta os outros. O líder centralizador tem vida curta ou de baixa qualidade. "O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer." (Êx 18.17-18)

A NOBREZA DE UM GESTO

Habitualmente falamos que somente coisas ruins ganham manchete. Que notícia boa não é veiculada porque não vende nem jornal, nem revista. No entanto, por vezes, um gesto nobre ganha o noticiário internacional. Assim aconteceu com um palestino que virou manchete mundial. Ele não protagonizou nenhum dos conflitos que têm abalado as relações e a paz dos povos do Oriente. O mecânico Esmael Khatib deu uma verdadeira lição de fraternidade ao doar os órgãos de seu filho Ahmed a pacientes israelenses, que necessitavam de transplantes. O palestino teve seu filho, de apenas 12 anos, alvejado por soldados de Israel, durante uma operação de busca no campo de refugiados de Jenin. O mecânico optou pela doação, inspirado pela perda de seu irmão, de 24 anos, que, não resistindo à longa espera por um transplante de fígado, veio a morrer. Entre os beneficiados pelo gesto do palestino se encontravam um bebê de 7 meses e uma mulher de 58 anos. Alguns eram judeus, árabes-israelenses e uma garota de origem drusa. Conforme reproduziu o jornal Folha de São Paulo, Khatib teria dito: Eu me sinto bem pensando que os órgãos de meu filho estão ajudando seis israelenses. Acredito que o meu filho está agora no coração de todo israelense. O fato repercutiu pelo Mundo, exatamente pelos conflitos que envolvem as nações em questão. Tanto mais que o menino fora morto por israelenses. O fato é que, aquele pai, dolorido pela separação violenta do filho amado, encontra forças para beneficiar pessoas. Não indaga se pertencem à sua mesma nação, ao seu povo, à sua família. Não pergunta se são amigos ou inimigos. Simplesmente doa. Um gesto de humanidade, uma ação altruísta. A nota nos remete aos versos do sublime Galileu há mais de dois milênios: Ama o teu próximo... Faze o bem a quem te persegue... Ama o teu inimigo. Em nosso Brasil, embora as campanhas promovidas e a facilidade que se tem para doar órgãos, ainda é muito grande a fila de espera. Algumas estatísticas apontam que chega a 60 mil o número, em nosso país, dos que se encontram aguardando transplantes. A doação de órgão não é contrária às leis da natureza, porque beneficia a vida. Os doadores colaboram com a vida. O Espírito se liberta da carne e permite a outros o retorno da visão, a desvinculação de procedimentos morosos e dolorosos. Permite que um pai retorne ao lar, que o profissional retome atividades interrompidas, que o jovem volte a tecer sonhos de estudo e produtividade. Aqui, é a bomba cardíaca que torna a regularizar seu ritmo; ali é um fígado que volta a funcionar; além é um pulmão que se enche de ar, insuflando vida. Beneficiados os que recebem as doações dos órgãos. Abençoados por Deus os que se fazem doadores da esperança e da vida que estua. Pense nisso.

O VALOR DE CADA UM

Conta-se que um carregador de água, na Índia, conduzia dois potes grandes, cada um pendurado numa das pontas de uma vara que levava sobre os ombros. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de líquido no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente. O carregador entregava um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. O mesmo não acontecia com o pote rachado, que estava envergonhado de sua imperfeição e sentindo-se imprestável por não ser capaz de realizar sua tarefa por inteiro. Após perceber que, por dois anos, havia cumprido pela metade a sua missão, um dia o pote rachado falou para o homem à beira do poço: - Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas. - Por quê? Perguntou o homem. De que você está envergonhado? - Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. "Por causa do meu defeito, você tem que fazer esse trabalho e não ganha o salário completo dos seus esforços," disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote e, com compaixão, falou: - Quando estivermos voltando para a casa de meu senhor, quero que observe as flores ao longo do caminho. De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens à beira do caminho e isto lhe deu certo ânimo. Mas, ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha e o homem lhe falou com doçura: - Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado? - É que eu, ao perceber o seu defeito, tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no lado em que você estava e, cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. - Por dois anos eu pude colher flores para enfeitar a mesa de meu senhor. E se você não deixasse vazar a água, ele não poderia ter as flores para perfumar sua casa." Cada um de nós tem seus próprios e únicos defeitos, mas isto não deve nos impedir de dar utilidade à nossa vida. Se é verdade que temos nossas fragilidades, também é que temos algum valor. O importante é que busquemos conhecer, igualmente, nossas imperfeições e nossos valores. Aos valores já adquiridos devemos dar o devido reforço, e aos defeitos a devida atenção para transformá-los em virtudes, como o caso do pote rachado. Agindo assim, não nos deteremos à beira do caminho a lamentar das nossas limitações, mas agiremos rápido para superá-las e seguir adiante. Pense nisso! Se você está triste ou sentindo-se infeliz ou inútil, lembre-se que o Criador confia em seu potencial, senão ele não teria criado você. E lembre-se, ainda, que a cada manhã ele lhe renova a oportunidade de crescimento, apostando na sua coragem e na sua disposição de auto superar-se, pois ele sabe que cada um de seus filhos tem seu próprio e único valor. Pense nisso!

sexta-feira, 27 de março de 2015

O DESERTO

"Os conduziu como um rebanho pelo deserto. Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo..." (Salmos 78:52,53) O deserto é um lugar seco, onde a água é escassa, não há sombras, e o calor é intenso pela manhã e extremamente frio durante a noite. O deserto não foi feito para as pessoas morarem, mas a Bíblia mostra que Deus permitiu o Seu povo passar por vários desertos, não apenas físicos, mas espirituais, para que aprendessem a depender Dele e tivessem um crescimento espiritual. Talvez você esteja passando por um deserto também. O deserto espiritual pode vir através de um desemprego, um relacionamento que você não esperava que acabasse, um divórcio, uma perda familiar etc. Eu já passei por muitos desertos na minha vida cristã e a sensação que eu sempre tive é que no deserto não há saída, parece que nunca voltaremos a ser felizes, que nunca sentiremos a sombra fresca da presença de Deus e que os nossos sonhos nunca se tornarão realidade. Mas isso não é verdade, pois o mesmo Deus que nos permite passar pelo deserto, tem poder para nos tirar de lá. O Salmos 34:19 diz: "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas." Na Bíblia o número 40 representa a luta, deserto. Nós vemos que Noé enfrentou tempestades durantes quarenta dias, até que o dilúvio cessou. Moisés também passou 40 anos sozinho no deserto. Jesus ficou quarenta dias no deserto, sendo tentado por Satanás. Acredito que para eles, esses quarenta dias pareciam uma eternidade, mas graças a Deus todo deserto tem início e fim! Porém, até que este tempo de provações e tentações termine, devemos ter muito cuidado para não tomarmos decisões erradas. Eu digo isso, pois, como não vemos uma saída, começamos a olhar para um caminho mais fácil. Começamos a enfraquecer na fé e pensamos que não iremos dar conta de suportar as lutas. Por exemplo: um casamento cheio de problemas pode fazer você olhar para uma outra pessoa. É no deserto que você pode cair em depressão, começar a praticar pecados que você já tinha vencido antes: desonestidade, pornografia, vícios de bebida, drogas etc. A Bíblia diz em Lucas 4:1,2 que: "Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo diabo" (Lucas 4:1,2). Perceba que o próprio Deus é quem colocou Jesus "cara a cara" com o diabo. Ele precisava passar por essa experiência, para ter a vitória sobre Satanás. Adão havia caído em tentação no início de tudo, mas Jesus, também chamado de "último Adão" (1 Co 15:45), venceu o inimigo, para que hoje, eu e você pudéssemos ser vitoriosos em qualquer deserto que passarmos em nossas vidas. “... Assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.” (Romanos 5:19) Jesus venceu o diabo usando a Palavra de Deus. Ele disse três vezes a Satanás: "Está escrito" (Lucas 4: 4,8,12). A Palavra de Deus ainda é o nosso manual de sobrevivência no deserto. Depois que Jesus venceu as tentações, ele saiu do deserto muito mais fortalecido e cheio do poder do Espírito Santo, pronto para começar seu ministério. É assim que Deus faz conosco. Primeiro Ele nos coloca numa situação difícil para nos provar e ver o que realmente está em nosso coração. Depois Ele nos exalta e faz muito mais do que pedimos ou pensamos! Medite nesta palavra abaixo: "Tenham o cuidado de obedecer toda a lei que eu hoje lhes ordeno, para que vocês vivam, multipliquem-se e tomem posse da terra que o Senhor prometeu, com juramento, aos seus antepassados. Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não. Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor" (Deuteronômio 8:1-3). Fonte: http://www.pastorantoniojunior.com.br/mensagens-evangelicas/voce-esta-no-deserto#ixzz3VctjLMA4

OUTRA CHANCE

A linguagem dos Evangelhos, pela sua tônica de síntese, não se alonga em descrições, como muito gostaríamos. Assim é que alguns personagens são apresentados de forma meteórica e nos deixam a pensar o que lhes terá ocorrido, após o encontro com Jesus. O caso da adúltera, surpreendida em flagrante e conduzida pelo esposo e seus amigos à praça pública para julgamento é um desses episódios. O desenlace não se encerra com as palavras do Cristo à turba exaltada e à mulher sofrida. Narram-nos as tradições espirituais que, após ouvir do Mestre as frases: Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Vai e não tornes a errar, ela se ausentou da praça, de alma angustiada. O que fazer, agora? Retornar ao lar? De forma alguma, desde que não poderia aguardar do esposo compreensão, após o desfecho dos fatos. Voltar ao lar paterno? Inviável, marcada que estava pelo equívoco considerado imperdoável e merecedor da morte pela lapidação. Jesus lhe permitira viver. Contudo, para onde ir? O que fazer? Com o Espírito conturbado, quando o véu da noite se fez sobre a Terra, ela buscou o Mestre, no lar que O acolhia. Solicitou entrevista em particular e Lhe falou das suas incertezas. Errara, sim, pois se deixara enredar nas malhas da sedução de habilidoso homem. Que rumo tomar, indagava, desde que não tinha para onde ir? O Mestre, que viera para os doentes, e não para os sãos, que viera para consolar, não para julgar, estendeu-Lhe as mãos e Lhe acenou com perspectivas novas. Aconselhou-a a buscar localidade onde não fosse conhecida, recomeçar sua vida e primar pelo reto caminho. A noite recamada de estrelas a surpreendeu na estrada para distantes sítios. Anos depois, nas imediações da cidade de Tiro, ela podia ser encontrada em humilde casa, servindo ao seu próximo. Transformara sua sede de amor em doação ao semelhante. Recebia em seu lar os doentes abandonados, chagados e enfermos da alma. Lavava-os, tratava-lhes as feridas e para lhes dulcificar o caminho cheio de espinhos, falava-lhes de Jesus. Eu estava perdida, afirmava, e Jesus me recuperou, apontando-me a luz. A esperança acena para além do véu da desesperança, para todos os que, caídos, embora, anseiam reerguer-se. * * * Se você está a ponto de cair, cedendo às paixões inferiores, alce os olhos e busque Jesus, através dos fios delicados da prece. Se você se sente à beira do abismo, recorde que os que seguem o Cristo, caem de pé, dispostos ainda à retomada dos bons propósitos e das lutas nobres, no sincero desejo de acertar.

REFÉNS DO MEDO

Na sala de aula, a professora perguntou aos seus alunos: "Do que vocês têm mais medo?" Depois de um breve e tenso silêncio, um garoto respondeu, um tanto tímido: "Eu tenho medo do escuro". Outro, falou: "Tenho muito medo do bicho-papão". Medo da morte, medo de altura, medo de ser esquecido pelos pais na escola... Vários medos foram confessados e anotados pela sábia professora, que desejava libertar os pequenos do sofrimento gerado pelo medo, através do uso da razão. Por fim, uma garotinha disse, com ar de assustada: "tenho muito medo do malamém, que é um monstro muito perigoso..." "E você já viu esse monstro? Perguntou, interessada, a professora. "Nunca vi, mas é um monstro tão perigoso que minha mãe pede todos os dias a Deus que nos livre dele", esclareceu a menina. E concluiu: "minha mãe sempre pede a Deus no fim da sua oração: ... E livrai-nos do malamém." Não é preciso refletir muito para entender a situação daquela criança com relação ao medo do monstro, criado pela sua imaginação. O medo era tão tirano que ela nunca ousou confessá-lo à mãe. Um medo terrível de algo que nunca existiu. Mas será que somente as crianças têm medo do que desconhecem? Certamente não. A ignorância tem sido, desde todos os tempos, a grande responsável pelo terror imposto pelo medo. O desconhecido gera medos inconfessáveis, em pessoas de todas as idades. Mas como podemos ter tanto medo do desconhecido? Isso ocorre justamente porque os monstros criados pela imaginação geralmente são mais terríveis do que os reais. O medo da morte é um exemplo disso. O medo do inferno também tem feito reféns. O juízo final é outro tirano que atemoriza muita gente. Todos esses temores são frutos da ignorância, não há dúvida. Existem pessoas que têm medo do futuro, medo da solidão, medo de sentir medo, e por aí vai... Enquanto a razão não lançar suas luzes sobre essas questões, o medo continuará a infelicitar os indivíduos, fazendo-os reféns da própria ignorância. Jesus tinha razão ao afirmar que o conhecimento da verdade nos libertará. O conhecimento é diferente de crença. A crença é sempre cega, vazia de certezas. Para crer em algo não é preciso conhecer, basta acreditar. Mas a convicção só se adquire através do conhecimento. Conhecimento que gera a fé inabalável. Fé que encara a razão face a face, sem hesitar, em todas as situações. Assim sendo, vale a pena envidar esforços para libertar-nos dos medos, buscando lançar luz sobre o que a ignorância oculta. Importante libertar nossas crianças, muitas delas reféns de monstros imaginários terríveis, dialogando com elas sobre seus medos. É preciso considerar que o medo é o pior de todos os monstros, e precisa ser aniquilado com urgência. É preciso clarear os caminhos escuros da ignorância com a luz do conhecimento, para que o medo bata em retirada... Como asseverou o grande filósofo grego, Sócrates: "Há apenas um bem: o conhecimento; e um mal: a ignorância". Sócrates foi o precursor das idéias cristãs, e, como Jesus, também foi vítima da ignorância de seus contemporâneos. Pensemos nisso e busquemos, com vontade firme, conhecer as leis que regem a vida! Só assim seremos verdadeiramente livres de todos os medos que tanto nos infelicitam.

MATURIDADE ESPIRITUAL

Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. Acredita que o mundo gira em torno dele próprio. A criança espera que tudo seja do jeito que gosta. Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si. É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual. Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne. Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual. Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade. Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas. Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia. Assim é o discurso infantil a respeito da justiça. Qualquer pequeno dever é injusto. A mínima contrariedade representa opressão. Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais. A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo. O olhar já não está todo em vantagens e desejos. Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades. Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido. Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia. Não é possível que todos realizem as próprias fantasias. Se isso ocorresse, haveria o caos. Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social. O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele. Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu. Por isso, não avança no patrimônio do semelhante. Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter. Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele. Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas. Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros. Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta. O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual. Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe. Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade. Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo. Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida. Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado. Pense nisso.

A METAMORFOSE

Você já observou a borboleta pousada sobre uma folha nova, especialmente escolhida por ela, uma que não caia antes da saída das lagartinhas do ovo, dobrar o abdome até sentir a face inferior da folha e ali colocar o ovo? Por essas maravilhas da natureza, que somente a Providência Divina explica, cada espécie de borboleta sabe exatamente qual o tipo de planta que deve escolher para colocar o ovo que, graças a uma substância viscosa de secagem rápida, fixa-se imediatamente. As borboletas são muito admiradas pela leveza dos seus voos e a beleza do colorido de suas asas. Elas procuram, nas flores, na areia úmida ou em frutos fermentados, o seu alimento, sendo que as flores são muito frequentadas pelas borboletas fêmeas, enquanto os machos preferem as areias úmidas. Algumas espécies existem que têm a capacidade de permanecer imóveis por tempo considerável, enquanto outras fazem voos curtos, por vezes muito rápidos, indo de uma flor a outra. Elas buscam a pradaria, as ramadas das árvores, beijam as folhas farfalhantes e driblam o vento apressado. Bailam em meio às gotículas que se desprendem das quedas d´água ou como pétalas voejam, balançando no espaço. Seu matiz é mensagem de alegria. A sua liberdade é um convite à paz. No entanto, dias antes de se mostrarem tão belas não passavam de larvas rastejantes no solo úmido ou na casca apodrecida de algum tronco relegado. Lagartas, jamais sonhariam com os beijos do sol ou com o néctar das flores. Mas, passam as semanas e após a fase de crisálida, ei-las que surgem maravilhosas, coloridas, exuberantes, plenas de vida. * * * À semelhança da lagarta, vivemos no terreno das experiências humanas. Afinal, chega um dia em que somos convidados a adormecer na carne para despertar na Espiritualidade, planando acima das dificuldades que nos afligiam. É a morte que nos alcança e nos ensina que a vida não se resume num punhado de matéria que entrará em decomposição. Também não é simplesmente um amontoado de episódios marcantes ou insignificantes, promotores de esparsos sorrisos e rios de pranto. A vida é a do Espírito, que vive para além da aduana da morte, tendo como destino a vida na amplidão. Por isso, quando formos constrangidos a acompanhar, com lágrimas, aquele afeto que se despede das lutas do mundo, rumando para a Espiritualidade, não lastimemos, nem nos desesperemos. Mesmo com dores n´alma, despeçamo-nos do coração querido com um suave até logo porque exatamente como as borboletas, ele alcançou a liberdade, enfim. * * * Ao morrer o corpo, o Espírito que dele se utilizava como de um veículo, se liberta. Ninguém se aniquila na morte. Muda-se, simplesmente, de estado vibratório, sem que se opere uma mudança nos sentimentos, paixões e anseios naquele que é considerado morto.

O EGOÍSMO

O egoísmo é a fonte da maioria absoluta dos males que assolam a Humanidade. A exagerada preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que os contrarie tome desmedida importância. Essa forma equivocada e rasteira de perceber a vida a todos prejudica. Primeiro, tira a paz do próprio egoísta, que se angustia em suas tentativas de submeter o mundo aos seus interesses. Segundo, causa danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus integrantes se digladiam. Já a solidariedade e a preocupação com o bem-estar coletivo disseminam a felicidade. Tome-se como exemplo a questão da segurança. Os habitantes das grandes cidades vivem em estado de alerta, com medo de serem molestados. Quem pode contrata serviço de vigilância para sua residência. Há preocupação constante com os filhos e os parentes em geral. Teme-se um assalto, um seqüestro relâmpago, um golpe de qualquer ordem. Tal situação é típica de uma sociedade egoísta. Se a preocupação com os próprios interesses fosse menor, poderiam ser encontradas formas de resolver o problema. Mas, para isso, o objetivo das criaturas não poderia ser fazer crescer a qualquer custo o próprio patrimônio. É bom e natural que os homens se preocupem em conquistar bens que lhes garantam uma vida digna, e fomentem o progresso. Mas quando a busca das coisas materiais é exacerbada, ela causa grandes problemas. Numa sociedade em que a grande maioria está despreocupada com o bem-estar coletivo, as disparidades crescem. É impossível que todos conquistem exatamente o mesmo nível de conforto. Os homens são diferentes em talentos e habilidades. Mas é necessário assegurar condições para que todos conquistem o mínimo indispensável a um viver digno. Quando o homem consegue ver o próximo como um semelhante, torna-se solidário. A dor do outro dói tanto quanto a sua. A miséria e o desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua residência. Imagine como seria bom viver em uma sociedade segura. Sair tranqüilo na rua, mesmo à noite. Mandar seus filhos para a escola, certo de que ninguém os molestaria. Está nas mãos de todos adotar as providências iniciais para uma reforma social. Essa reforma principia pela modificação do próprio comportamento. A reforma íntima é uma dura batalha. É mais fácil vencer os outros do que a si mesmo. Mas não há equívocos no Universo, que é regido pela Sabedoria Divina. Cada qual vive no meio que lhe é mais adequado. Se você deseja viver em paz, comece a burilar o seu interior. Preste atenção em todas as suas atitudes que revelam egoísmo. Esse egoísmo pode ser pessoal, familiar ou de classe. Analise o que você deseja para você, para sua família ou para sua classe profissional. Há como estender tais vantagens para os outros? O custo de suas regalias não é excessivamente alto para os semelhantes? Certamente vale a pena moderar um pouco os próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa. De nada adianta enriquecer causando o empobrecimento alheio. Não é possível viver em paz em meio à miséria e a dor dos semelhantes. A genuína felicidade surge quando se aprende a compartilhar. Quem experimenta a ventura da solidariedade jamais volta atrás.

quinta-feira, 26 de março de 2015

UMA GOTA DE ÁGUA

Você já parou, alguma vez, para observar uma gota d´água? Sim, uma pequena gota d´água equilibrando-se na ponta de um frágil raminho... Com graciosidade, a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor. São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai. É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo. Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis. Um dia, um jornalista que a entrevistava lhe disse que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d´água no oceano. E aquela pequena sábia mulher lhe respondeu: Sim, meu filho, mas sem essa gota d´água o oceano seria menor. * * * Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda, pois, sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela... Um aperto de mão, em meio à correria do dia a dia... Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para não cair nas malhas do desespero... Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo. Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida. Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira. O silêncio, frente a ignorância disfarçada de ciência... A tolerância com quem perdeu o equilíbrio. Um olhar de ternura para quem pena na amargura. Pode-se dizer que tudo isso são apenas gotas d´água, que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe. Sem as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a Humanidade seria triste e a vida perderia o sentido. Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma... Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto... Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável... Todas essas são atitudes que embelezam a vida. E se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d´água no oceano, responda, como Madre Tereza de Calcutá, que sem essas gotas o oceano de amor seria menor. E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas. * * * Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor. Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor. Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor. Pense nisso! E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício. Lembre-se da minúscula gota d´água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar. E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d´água que, com insistência e perseverança, conseguem esculpir a mais sólida rocha.

O ROMANTISMO NÃO MORREU

Nos tempos que correm, uma onda de pessimismo parece ter tomado conta das pessoas. Ouvimos idosos, olhando para o passado, e lamentosos, dizerem: Ah, no meu tempo era tão diferente. Abanam as cabeças, de forma negativa, olhando para os jovens que falam em ficar, em pegar e que parece terem esquecido todas as regras do recato e do bom tom. Saudosos, esses que amadureceram na vida, lembram do tempo do seu namoro, onde pegar na mão do namorado já queria dizer um compromisso sério. Beijo antes do casamento, somente na mão, na testa ou na face. Onde, enfim, tudo era reservado para a noite de núpcias. Especial, única, inapagável. Onde se aguardava o dia do casamento como o do dia D: inigualável. Ouvindo tudo isso, se nos deixarmos envolver, acabaremos, igualmente por nos contaminar. E tudo passaremos a ver dessa forma. Como se o romantismo tivesse morrido, o amor tivesse sido substituído por expressões ligeiras de um afeto fantasioso, que hoje é e amanhã é jogado fora. Contudo, não são todos os jovens que deixaram de sonhar com as coisas belas. E o amor continua na moda. O romantismo subsiste nas almas que amam o belo, o bom. Verificamos isso, em muitas atitudes detectadas na juventude. Quantas meninas sonham com o baile de debutantes, o serem enlaçadas por um jovem belo e adentrarem o salão, ao som de uma emocionante valsa? Observamos, em concertos que têm proliferado pelo mundo, acontecendo em grandes estádios, para milhares de pessoas. Ali estão as mais variadas idades presentes: crianças, jovens, adultos, idosos. E cada qual se emociona à sua maneira com a orquestra, a música, a dança, as cores e as luzes. Uns choram lembrando os amores já vividos, as experiências passadas. Outros se emocionam, sonhando com o futuro que almejam para si, ao som dos acordes que se sucedem e do espetáculo que é mostrado no palco. Quando veem jovens lindas, em vestidos maravilhosos, com seus pares em elegantes fraques se movimentarem aos sons melodiosos de uma valsa, as lágrimas lhes vêm aos olhos. Elas suspiram... E sonham. Sonham em ter um amor, que seja eterno. Em ter um par para toda a vida. Um par que as beije com delicadeza, que tenha gestos de polidez. Par que saiba elevá-las no ar, com braços fortes, quando as dores lhes estiverem vergastando os dias, exatamente como os dançarinos fazem com suas acompanhantes, no palco. Sim, o amor não morreu. As jovens continuam a sonhar com cavalheiros e eles, com verdadeiras damas. Não nos deixemos contaminar, pois, pela onda de pessimismo que se apresenta em muitos seres. Saibamos descobrir esses corações mal saídos da infância, sonhando com um futuro de alegria, de amor e de beleza. Para si, para seu par, para sua família, para o mundo. Ao lado dessas criaturas que parecem para nada ligar, senão para o momento presente, milhares de almas almejam um futuro melhor para esse planeta, começando por idealizar e lutar por sua própria e verdadeira felicidade. Pensemos nisso e invistamos nesses jovens, que podem ser nossos filhos, nossos netos, nossos sobrinhos, nossos irmãos, nossos amores, bem próximos de nós. Descubramo-los e os auxiliemos em sua construção do mundo de amor, desde agora. Por eles, por nós, pelos que virão empós.

O VALOR DE UM SORRISO

Não custa nada e rende muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá. Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre. Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos. Leva a felicidade a todos e a toda parte. É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados. Não se compra nem se empresta. Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor. Você já sabe do que se trata? Trata-se de um sorriso. E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir. Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível. É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios há um sorriso. Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero. Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos. São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente. Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera. Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento. Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas. É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta. Se é verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles. Eles são tão pequeninos! Se têm a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas. O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações. Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre. Se, ao entrarmos no elevador, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares. O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe. O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada. Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes. * * * O cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso. Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços. Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...