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segunda-feira, 31 de março de 2014

COMO POSSO PASSAR AS PROVAÇÕES DA VIDA

Como passar pelas provações da vida Como passar pelas provações da vida Gn 22:1-19 Introdução Os heróis da bíblia são homens que foram além dos seus limites. Homes que se superaram, homens que estavam acima da média. Homens ousados, intrépidos e corajosos que marcaram a história. Eram homens comuns, mas invencíveis. Gente que decidiu fazer a diferença no mundo. Diante da vida existem dois tipos de pessoas: aqueles que simplesmente passam pela vida e aqueles que dizem o porquê estão passando por ela. Que tipo de pessoa você é? Aquela que passa pela vida ou aquele que quer deixar suas pegadas registradas na história da humanidade? Recordo-me do evento registrado por Philip Yancey concernente a Martin Luther King Jr. Na véspera de seu vigésimo oitavo aniversário, King estava no púlpito de uma Igreja de Montgomery, no Alabama. Sua casa fora incendiada e ele andava dormindo pouco, ansioso por causa das recentes ameaças de morte. King começou a orar em público: “Senhor, espero que ninguém tenha de morrer por causa da nossa luta pela liberdade. Certamente, não quero morrer. Mas, se alguém tiver de morrer, que seja eu”. Eis a estatura espiritual desse homem! Ele ora e se apresenta como resposta de oração. Há ainda um homem de nossos dias a quem devo mencionar: Missionário Ronaldo Lindório. Certa vez, lendo uma de suas cartas com relatos do campo missionário, ele finalizou seu relatório com a seguinte oração: “Senhor, ensina-nos a gastar os nossos dias naquilo que realmente vale a pena”. A profundidade dessa oração revela a grandiosidade da obra desempenhada por esse missionário. Alguém já comparou a vida cristã a uma escola, onde todos nós fomos matriculados. O objetivo dessa escola é promover crescimento, conhecimento, mudança e transformação. Contudo, há algo na escola que serve para testar o nível de conhecimento e maturidade acerca daquilo que aprendemos: A PROVA. Na aplicação da prova o professor saberá exatamente qual aluno levou a sério aquilo que aprendeu ou aquele que levou na brincadeira. Duas coisas podem acontecer após a realização de uma prova: aprovação (apto) e reprovação (inapto). O que tem de crente bombando na escola de Deus. O que tem de crente repetente, com dependência na escola de Deus. Todas as vezes que reprovamos numa matéria devemos fazê-la outra vez. É por isso que existem inúmeras pessoas que estão simplesmente estacionadas na fé. Não conseguem avançar porque estão em constante reprovação. Muitas pessoas são chamadas por Deus, mas poucas são aprovadas por Deus. Jesus disse que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Saul foi chamado, mas foi reprovado por Deus. Judas foi chamado, mas foi reprovado. Ser aprovado por Deus é mais importante do que ser chamado por Ele. Aos 75 anos de idade Abraão foi matriculado na escola da fé. Agora, depois dos 100 anos ele ainda está enfrentando provas e desafios na vida. Você nunca é velho demais para enfrentar novos desafios. “Quando nós paramos de aprender, nós paramos de crescer; e quando nós paramos de crescer, nós paramos de viver” (Rev. Hernandes Dias Lopes). Gênesis 22 nos mostra a maior de todas as provas que Abraão enfrentou. Senão vejamos: 1 – A provação provinha de Deus “...pôs Deus Abraão à prova...” (v. 1). Não há dúvidas no texto de que DEUS intentava uma prova com Abraão. Essa provação tinha uma origem bem definida: Deus. Essa provação tinha um destinatário certo: Abraão. É preciso, entretanto, que tracemos uma diferenciação entre provação e tentação. As tentações vem dos desejos pecaminosos que estão dentro de nós (Tg 1:12-16), enquanto as provações vem do SENHOR. As tentações são usadas pelo diabo para arrancar o pior que está em nós; as provações são usadas por Deus para levar-nos ao melhor. 2 – A ausência de explicações O que mais aflige o servo de Deus é falta de explicações racionais para as provações. O pedido de Deus para Abraão, aparentemente, parecia algo absolutamente absurdo. Estaria Deus contradizendo as suas promessas? Como Deus pode pedir para eu sacrificar o filho que Ele mesmo disse que seria o herdeiro da promessa? Não havia uma explicação racional. E isso é surpreendente, porque Abraão não ficou em busca de explicações, ele prontamente obedeceu. Quando Deus mandar você sentar não fica procurando cadeira; senta logo. “Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus sevos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado” (v. 3) 3 – A solidão na provação Há dois fatos que nos chama atenção na trajetória do patriarca rumo ao Moriá. Primeiro, Abraão não comunica nada a Sara, sua esposa. Isso se deve porque, possivelmente, Sara não concordaria com idéia absurda de oferecer seu filho como sacrifício ao SENHOR. Fato este que o levou a sair de madrugada. Outro ponto que merece destaque relaciona-se a caminhada propriamente dita rumo ao monte. Diz o texto explicitamente que Abraão prosseguiu sozinho, despedindo os seus servos (v. 5). Na caminha cristã nós temos o apoio da família, dos amigos e dos irmãos, mas há momentos em que teremos que subir o monte sozinho. Haverá ocasiões na sua vida em que não haverá ninguém. É você e Deus. É o seu Moriá. É a sua provação. 4 – O silêncio na provação Deus fala apenas duas vezes nessa história: no começo e no fim. Isso significa dizer que durante toda a caminha de Abraão até o Moriá, Deus permaneceu em silêncio. O próprio Abrão diz poucas palavras. O silêncio ensurdecedor é quebrado com a inquietante pergunta de Isaque: “Pai, Onde está o cordeiro para o holocausto” (v. 7). Aquela, com certeza, foi uma pergunta que atingiu o coração de Abraão. O silêncio de Deus é a crise de muitos cristãos. A angústia é algo que assola nosso coração quando não encontramos justificativas plausíveis para eventos que ocorrem nas nossas vidas. Entretanto, a Bíblia diz que “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Rm 4:18). 4 – A provação e a obediência Não existem casualidades na vida do cristão. Na verdade, tudo que nos ocorre obedece a uma ordenança divina. O próprio apóstolo Paulo afirma que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito” (Rm 8:28). Sendo assim, podemos concluir que até mesmo os momentos de dor são usado por Deus para aperfeiçoar-nos. Moisés, depois de peregrinar 40 anos no deserto junto com o povo, deu uma justificativa da caminhada prolongada rumo á Terra Prometida: “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos” (Deut. 8:2). COMO SER APROVADO POR DEUS? 1 – Obediência Incondicional Nem sempre teremos resposta para todas as perguntas. Nem sempre teremos todas as nossas petições atendidas por Deus. Não devemos estabelecer para com Deus uma relação de barganha, onde a obediência a Ele esteja condicionada às suas bênçãos. Pelo contrário, devemos servi-lo simplesmente pelo que Ele é: Deus. Ouvi certa vez um pregado afirmar categoricamente: “Deus é Deus é nada menos; o homem é homem e nada mais”. Deus está a procura de servos que o obedecem incondicionalmente. Homens que se submetam integralmente ao senhorio de Cristo. O profeta Samuel diz: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (1 Sm 15:22). Deus nunca nos dará daquilo que não sejamos capazes de devolver a Ele. Quando Abraão subiu ao Monte Moriá ele o fez num ato de obediência. Não havia justificativas da parte de Deus. Não havia explicação racional que justificasse tal pedido. Entretanto, Abraão se lança incondicionalmente a vontade revelada de Deus. Soren Kierkegaard, pensador cristão, afirma que a fé mais pura nasce exatamente no meio da provação . 2 - Transforme suas provações em momentos de adoração (v. 5) A provação de Deus nunca vem com o propósito de nos derrubar, mas para nos fortalecer. A convicção do patriarca estava fundamentada em Deus e nas suas promessas. Veja o que disse Abraão: “Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” (v. 5). Abraão transforma o momento de provação num culto ao SENHOR. O Monte da Provação foi transformado num Monte de Adoração. As palavras de Abraão expressam sua confiança total no SENHOR. Ele diz: “eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” (v. 5). Abraão cria que não desceria do monte sozinho. Sua fé era suficientemente plena para crer que seu filho voltaria com ele. 3 – Dependa totalmente da provisão de Deus (v. 8) É exatamente no meio da provação que Deus se revela de maneira extraordinária. Neste episódio foi cunhado mais um nome que carregava em si um atributo de Deus: Jeová-Jiré (Deus Provedor). Aqui surge uma pergunta: Onde e como o SENHOR provê as nossas necessidades? 1. Quando estamos no lugar em que Ele mandou que estivéssemos (v. 3). O texto diz que Deus havia designado explicitamente para Abraão o lugar do sacrifício. Portanto, Abraão estava exatamente no lugar onde Deus havia determinado. 2. Quando estamos fazendo aquilo que mandou que fizéssemos (v. 10). A provisão chegou quando Abraão levantou sua mão para sacrificar o menino. A provisão de Deus veio no momento em que Abraão estava fazendo aquilo que Deus o havia mandado fazer. A estrada da obediência é a porta da provisão. Não espere a provisão de Deus se você não está no centro da sua vontade. Não espera a provisão de Deus se você está em desobediência. Que tipo de aluno você tem sido? Você tem sido aprovado ou reprovado por Deus? CONCLUSÃO A história de Abraão com seu filho narra a nossa biografia. É impossível ler esse texto sem fazer uma ponte hermenêutica com o sacrifício vicário de Jesus. A semelhança entre o sacrifício de Isaque e o sacrifício de Jesus é notória. Senão, vejamos: 1 - Isaque é a figura de Yeshua. Ele caminhou, por três dias, para o holocausto, assim como Yeshua ficou três dias entre sua morte e ressurreição para salvar a humanidade. Isaque levava a lenha nas costas como um sinal da cruz, apontando para o Calvário. 2 – Isaque foi gerado de forma miraculosa, assim como Cristo. 3 – Isaque, como Cristo, foi o centro dos planos de seu pai. 4 – A morte de Isaque seria um grande sacrifício para Abraão, assim como Deus demonstrou Seu grande amor quando deu Seu Filho [João 3:16; Romanos 8:32]. 5 – Isaque foi oferecido por seu pai, como Cristo foi também. 6 – O Senhor Jesus carregou Sua cruz, assim como Isaque carregou a lenha. 7 – Isaque, como mancebo, poderia ter resistido ao seu pai. Nisto ele foi uma figura da disposição de Cristo em Se submeter aos planos do Pai [Isaías 53:7; Lucas 22:42]. 8 – O livramento de Isaque é uma figura da ressurreição [Hebreus 11:19]. A história de Abraão preconiza a história da redenção. O amor desprendido do pai Abraão em ofertar seu único filho simboliza o amor de Deus em entregar seu único filho para salvação do homem. Como disse Agostinho: Deus ama cada um de nós como se houvesse apenas um para amar . O grande missionário Hudson Taylor colocou na porta da sua casa: EBENEZER E JEOVA-JIRÉH – Quando olha para trás, vê a mão de Deus. Quando olha para frente, vê a promessa de Deus, portanto não precisa temer! O Monte Moriá se tornou um dos locais mais importantes na história da nação de Israel. Mil anos depois, é exatamente nesse lugar que Salomão vai construir o grande Templo. A provação forjou Abraão como um dos maiores homens da história da humanidade.

domingo, 30 de março de 2014

PORQUE SOFREMOS?

Se Deus é bom, por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Essa é, com certeza, a pergunta mais inquietante de toda a Escritura. O que mais nos perturba é ver o sofrimento do inocente. É difícil entender o porquê que o justo, muitas vezes, recebe como pagamento da justiça a injustiça. O problema do sofrimento assola a compreensão humana. O próprio salmista registra sua angústia: “Até quando Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto?” (Sl 13:1). Está em voga hoje o que o Rev. Ricardo Barbosa chamou, em seu livro O caminho do coração, de Teologia da Retribuição. É uma teologia que leva o homem a buscar e servir a Deus pela recompensa que pode receber. Também chamada por Caio Fábio de Teologia da Barganha. Como funciona essa teologia? É a lógica da causa e efeito: Deus abençoa o justo e pune o ímpio. Entretanto, essa abordagem não tem muito espaço nas Escrituras. Como explicar o sofrimento de Jó? Como explicar o sofrimento do apóstolo Paulo? Pessoas inocentes que nada fizeram para merecerem o sofrimento que as alcançou. Entendendo o sofrimento I – O Sofrimento tem sua origem no pecado O Rev. Hernandes Dias Lopes afirma que “o sofrimento é filho do pecado”. Deus não criou o homem com o propósito de fazê-lo sofrer. Pelo contrário, a criação foi realizada com o propósito de que o homem gozasse da presença eterna e constante de Deus. A enfermidade, a dor, o sofrimento e as demais mazelas que assolam a vida tiveram sua origem no pecado. O pecado contaminou toda humanidade. E, por causa disso, todos nós estamos sujeitos e vulneráveis ao sofrimento. O sofrimento é uma praga que afeta todas as pessoas. Ela não respeita idade, sexo, religião nem status social. O rico sofre, o pobre sofre, o homem sofre, a mulher sofre, a adulto sofre, a criança sofre. O sofrimento é um problema universal. II – O Sofrimento “pode ser” provocado pelo diabo A Bíblia diz que ele veio para matar, roubar e destruir (Jo 10:10). O inimigo de nossas almas é incansável na arte de tentar. Ele está sempre procurando uma brecha em nossas vidas para arruiná-las. Porém, é preciso desmistificar essa afirmação. Hoje, há uma tendência natural em culpar Satanás por tudo. Entretanto, uma leitura cuidadosa das Escrituras nos mostrará que nem todo sofrimento é, de fato, causado pelo inimigo. III – O sofrimento pode ser produzido por nós Muitos dos nossos sofrimentos são conseqüências de escolhas incertas. São desdobramentos de atitudes erradas. São conseqüências de pecados que, embora perdoados, ainda assim geram seus efeitos. Deus anula nossos pecados, mas não as consequências que ele traz. Alguns personagens bíblicos, como Jacó, Davi e Sansão, podem ser elencados para ilustrar essa verdade. Homens que experimentaram o sofrimento por causa de seus próprios erros. IV – O sofrimento tem um propósito divino A Bíblia afirma que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28). Assim, nada em nossa vida acontece por acaso. Todas as coisas que nos suscedem estão debaixo do controle absoluto de Deus. Ao olharmos para a história de José e nos depararmos com a dor que ele sofreu, é possível perceber que Deus estava trabalhando nos bastidores para um bem maior. V – O sofrimento revela quem realmente nós somos. O sofrimento revela nossa fragilidade e vulnerabilidade. No sofrimento a nossa fé é testada. É exatamento no deserto que colocamos para fora aquilo que está no nosso coração. O grande reformador João Calvino dizia que “o verdadeiro cristão se conhece em dias de angústia”. São exatamente em dias de crise que temos a grande oportunidade de vislumbrar a profundidade do nosso relacionamento com Cristo. Até mesmo Freud, pai da Psicanálise, admitiu que “uma vida sem turbulência não frutifica”. Há um valor terapêutico no sofrimento. Na prova nossa fé é testada e nosso compromisso com Cristo é posto em xeque.

FRUTO DO ESPIRITO

DISCIPULADO / Estudo Bíblico 11/14: O Fruto do Espírito Santo Através do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é novamente formado no homem. O pecado afetou consideravelmente imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as obras da carne. (Ef 2.2,3; Gálatas 5.19-21) Entretanto através do novo nascimento, Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados constantemente de glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. (2 Co 3.17,18) O fruto do Espírito Santo relaciona-se com a santificação. (separação do pecado e consagração a Deus) É através da manifestação do fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer novo convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo se a sua conversão for realmente autêntica. Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto Espírito Santo. Esta é a única maneira que demonstra que somos realmente discípulos de Cristo. (Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho. (João 15.8) O fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus em nossos corações (Rm 5.5) Lendo em Gálatas 5.22 verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas: 1. Amor (gr. ágape) – É o amor divino para com a humanidade perdida. (Jo 3.16) É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos. (Mt 5.46,48) 2. Alegria (gozo) – é o amor exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amo se manifesta inclusive nas tribulações. (2 Co 7.4; At 13.52) 3. Paz – A paz é o amor em repouso. É uma tranqüilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Rm 5.1; Cl 3.15); paz com o próximo (Rm 12.18; Hb 12.14) e a paz interior. A paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4.7) Os ímpios não tem paz! (Is 48.22) 4. Longanimidade (paciência) – É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros. (Ef 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência de Jesus Cristo para com ele. (1Tm 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo fala da muita paciência. 5. Benignidade – É uma forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura compaixão e brandura. A benignidade de Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos se suicidasse. (Atos 16.24-34) 6. Bondade – É a prática do bem, o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Rm 15.14) e alcança o favor de Deus (Pv 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons cidadãos. 7. Fé – Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Co 1.9) Através desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pe 1.6,7) 8. Mansidão – Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com ele. Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pe 2.21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo. (Lc 22.51) É o amor submisso a Deus. 9. Temperança (Domínio próprio) – Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados, velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Co 10.13 ; 2 Pe 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mt 10.37-39). É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo (1 Co 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas as áreas de nossa vida: os pensamentos, as palavras e nos atos. Conclusão: A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus para nossa sua vida. (Rm 12.1-2; 2 Co 7.1) Por sua vez a busca pela vontade de Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade. (Hb 5.14) Uma pessoa madura na fé experimenta o melhor de Deus, as coisas excelentes. Vejamos a oração de Paulo pelos filipenses: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” (Filipenses 1.9-11) Este é o plano de Deus para a restauração completa do ser humano. ____________________________________________________________________________ “Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é agradável ao Senhor. (Efésio 5.9,10)

sábado, 29 de março de 2014

AVIVAMENTO FONTE DE PODER

“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica: na ira, lembra-te da misericórdia”, Hc 3: 2. A oração do profeta Habacuque é um clamor pelo avivamento. Quando olhamos o estado de vida da maioria das pessoas que nos cercam, percebemos o enorme vazio entre seu querer, seus sonhos e o modo real como vivem. O contraste é chocante, principalmente no campo espiritual e social. Em meio a um mundo tão avançado na tecnologia, está o homem tão abatido, tão arrasado, tão deprimido. Na Igreja, nós também nem sempre estamos satisfeitos. Há muitos com uma fé abatida, diminuta. Para outros a religião se tornou um costume, uma rotina. E a Igreja uma espécie de clube, aonde é bom ir. Mas, nosso projeto é maior. Queremos mais. Mais de Cristo, mais de seu amor. Em tempos assim é que precisamos de avivamento, para sermos mais dinâmicos na fé. I - AVIVAMENTO É VIDA ESPIRITUAL ABUNDANTE Para tempos de desânimo e de afastamento da fé genuína, temos positivamente uma promessa gloriosa que se encontra em seu apogeu de cumprimento: o avivamento espiritual. Segundo a palavra do apóstolo Pedro, é para nossos dias esta maravilhosa e necessária bênção: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar", Atos 2: 39. Que promessa era essa? Era a de que receberiam o dom do Espírito Santo, v. 38. a) Que fazer? Duas condições prévias eram estabelecidas: os crentes deveriam arrepender-se e serem batizados. Iria cumprir-se João 7: 38-39, que diz: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” Jesus estava falando sobre a vitalidade daqueles que crêem nele e se envolvem de modo dinâmico na obra do Senhor. O salmista descreve esse novo crente: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará", Sl 1: 3. b) O Espírito ajudador. O que o apóstolo Pedro diz em At 2: 39 é que, uma vez convertido e integrado na Igreja, o crente tem à sua disposição o Espírito Santo, com seus dons e poder. Ele vai ajudá-lo na intercessão, no entendimento da Palavra e na pregação. E vai fazer do crente uma pessoa ativa, mesmo em meio a um mundo cheio de dúvidas e de escuridão. c) Trabalho na obra. Avivamento é disposição para o trabalho do Senhor. É ousadia e intrepidez. Mais do que em si, no seu conforto, em seus negócios, o crente avivado pensa no serviço que deve prestar ao reino de Deus. Ele se doa constantemente, com toda disposição. II - AVIVAMENTO É FONTE DE PODER Pouco antes de sua ascensão, Jesus proferiu as célebres palavras: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”, At 1: 8. Ele estava dando aos discípulos a garantia de que teriam os recursos necessários para dar continuidade à obra iniciada. a) Milagres. Esse poder que enche de coragem, dinamismo e abundante graça evidenciou-se na vida dos crentes primitivos. Havia milagres esplêndidos, a ponto de até a sombra Pedro curar, At 5: 15. Levavam os aventais e lenços de Paulo e os colocavam sobre os doentes e perturbados e vidas eram libertadas, At 19: 12. O texto de Atos 3: 1 registra um milagre tão extraordinário que o povo ficou cheio de pasmo e assombro. Um coxo de nascença esperava receber de Pedro e João uma simples esmola, porém recebeu a cura física. Logo depois, foi visto entrando no templo, andando, saltando e louvando a Deus, contente, At 3: 9. Tal era o poder na vida dos apóstolos, que os milagres eram freqüentes. b) Prodígios nas Escrituras. Três fases da história bíblica foram plenas de grandes milagres: a de Moisés, a do profeta Elias e a do começo da Igreja. O Senhor tinha um propósito ao agir assim: autenticar a mensagem dos pregadores e levar pessoas à fé. Os crentes do primeiro século viram de perto grandes manifestações de poder. Curas e libertações eram comuns. c) Poder para nossos dias. O poder do Espírito, porém, não ficou restrito aos tempos neotestamentários. Os registros a respeito do cristianismo mostram que esse poder é transmitido à Igreja de Cristo em todas as eras. III - AVIVAMENTO É DESPERTAMENTO O avivamento raiou no dia de Pentecostes e os crentes, inflamados com esta bênção, partiram corajosamente para conquistar almas perdidas. Essa história maravilhosa está narrada no livro de Atos. No cap. 1: 8 está a grande promessa e, em At 2: 1-4, o cumprimento. De At 2: 5 em diante, nasce uma poderosa obra missionária. Logo começam os resultados, At 2: 41; At 4: 4. Os cristãos anunciavam com ousadia e intrepidez a Palavra de Deus. A Igreja que faz a oração de Habacuque tem prazer no louvor, no evangelismo, na pregação da Palavra, no envolvimento na obra missionária. Ela existe para servir. Por isso, está sempre consciente de que, fora das quatro paredes de seu templo está o grande desafio. Uma igreja assim jamais se acomoda.

sexta-feira, 28 de março de 2014

CARNAVAL DE ABSOVIÇÕES

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que pões as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!". (Isaías 5.20) Ontem foi um dia de morte para a ética na justiça brasileira! Por seis votos a cinco, os ministros de nossa mais alta corte de justiça resolveram absolver um grupo de políticos ligados ao atual governo brasileiro do crime de "formação de quadrilha" Na interpretação da maioria simples dos nossos supremos juízes os que orquestraram o maior escândalo moral e ético da política em nosso país agiram sem uma combinação intelectual, foram todos co-autores sem saber do esquema em uma visão panorâmica. Difícil entender que homens e mulheres que debruçaram sobre os autos da ação penal 470 não se portassem como membros de uma corporação (para não dizer, quadrilha). Os juízes indicados pela presidente Dilma cumpriram o que deles a cúpula petista esperava: votaram pela absolvição, enfim, rezaram pela cartilha governista do "quanto pior, melhor". Mas o que podemos aprender desse episódio? Encorajo-me a tecer algumas considerações: 1) Penso que no Brasil crime político não é levado a sério. Pode-se esperar punições aos crimes de pessoas comuns, embora elas mesmas sejam abrandadas por nosso sistema sujeito às falhas processuais, mas em relação às pessoas públicas o que se vê é que dependendo da influência junto aos grupos políticos que se alternam no poder todos são inocentes até que se prove o contrário! Em nosso país o jeitinho continua sendo a melhor saída e os que tem "contatos" podem mais dos que os que só possuem seus nomes próprios. 2) Penso que no Brasil os juízes são facilmente sugestionáveis. Isso por argumentos que não fogem às análises mais simples. Como em nosso sistema presidencialista os juízes são indicados pelo presidente, o que vemos são homens e mulheres que. quando desafiados a julgar questões que atingem seus favorecedores, todos se apequenam e votam de acordo com a consciência de outrem, nunca pelas suas, uma vez que devem favores que só Deus pode ter acesso ao conhecimento. Juízes reféns do casuísmo político-partidario! 3) Penso que no Brasil não se pode esperar por seriedade. Infelizmente no país do Carnaval e do futebol o que menos se quer é discutir questões de ordem e ética. Quando se sai às ruas se vai com revanchismos imbuídos de egoísmo violentos, nada de reivindicações que provocarão votos mais conscientes. Ao invés de levar a serio o mandato moral do voto, são muitos que fazem nas urnas o mesmo que fazem em suas privadas particulares. Temos de repensar os nossos protestos. Fica no meu coração uma sensação de dor e desesperança ao ver os rumos de nosso país, tenho de me amparar em duas convicções: primeiro de que sou cidadão brasileiro mas anseio uma "pátria melhor" e a outra é que, no Brasil, o crime sempre compensa.

Avivamento: consequência do retorno à Palavra

Avivamento: consequência do retorno à Palavra Neemias 8 Todo movimento de renovação espiritual sempre esteve intimamente ligado tanto à oração como à leitura e estudo das Escrituras. Não é autêntico o movimento que se diga de renovação, porém não tenha nascido como resultado da autoridade e diretriz das Escrituras. “... Vivifica-me segundo a tua palavra’", Sl 119: 25. A Palavra de Deus é restauradora: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”, Sl 19: 7. Ela age de forma poderosa no coração humano, Jr 23: 29. Neste estudo, serão apresentados três diferentes acontecimentos da história de Israel que mostram a relação que existe entre a Palavra de Deus e o avivamento espiritual. I - REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSAFÁ Josafá foi rei em Judá em c. de 870-845 a.C. Para conhecer mais detalhadamente como foi seu reinado, leia 2Cr 17: 1 a 21. Ele se preocupou com a segurança política do seu reino, fortalecendo-o por causa do perigo dos inimigos. Também promoveu uma reforma judiciária, nomeando juízes para todas as grandes cidades do reino, 2Cr 19: 5. Com isso deixou a Justiça mais acessível ao povo. Foi um administrador muito hábil. Além dessa visão de administrador, o rei Josafá passou para a história também como um dos reis de Judá que promoveu reformas religiosas. Ele acabou com a adoração pagã. Sua estratégia para levar o povo a uma verdadeira reforma religiosa foi o ensino da Lei. Josafá escolheu pessoas competentes e determinou que fossem de cidade em cidade, ensinando ao povo, 2Cr 17: 7-9. Como resultado, houve consciência de pecado e abandono da infidelidade. II - REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSIAS O livro de II Crônicas 34 a 36 narra um dos maiores avivamentos jamais experimentados por Israel. Foi dirigido pelo jovem rei Josias (c. 639-609 a.C.), que assumiu o trono aos 8 anos de idade e morreu, em batalha, aos 39 anos. Aos 16 anos começou sua vida espiritual e aos 20 fez uma purificação geral em todo o reino de Judá. Josias herdou uma nação cheia de ídolos, templos pagãos e bosques dedicados às falsas divindades: Baal, Milcom, Moloque, Astarote, culto aos astros, etc. O povo de Judá estava totalmente na idolatria. Mas, diante de tais abominações, Josias lutou contra a situação degradante e superou os problemas. a) O valor da oração. Importante papel no reavivamento ocorrido ao tempo de Josias foi a oração. Ainda jovem, ele começou a buscar ao Senhor, 2Cr 34: 3. Consciente da idolatria existente em seu país, lutou contra esse pecado e destruiu todos os altares, v. 7. b) A redescoberta da Palavra. Além da oração, a descoberta do Livro da Lei foi fundamental para a implementação das reformas, 2Cr 34: 14-18. Ao ouvir a leitura da Palavra do Senhor, o rei humilhou-se diante de Deus, v. 19. Depois, reuniu todo o povo e leu diante da multidão a Lei do Senhor, v. 30. Isso trouxe um grande avivamento espiritual. O que isso nos ensina? Que sem Palavra não há avivamento. E também nos ensina que pretensos avivamentos que não se fundamentem nas Escrituras na verdade não procedem de Deus. III - REAVIVAMENTO AO TEMPO DE NEEMIAS Em Neemias 8 está uma das mais belas narrativas bíblicas sobre a relação entre Palavra de Deus e reavivamento. Durante 7 dias, de manhã cedo até ao meio-dia, Esdras e seus auxiliares abriram o livro da Lei, à vista de todo o povo, e davam explicações para que pudessem entender o que se lia, 8: 18. Essa leitura promoveu grande onda de arrependimento, avivamento e uma decisão de obedecerem à Palavra de Deus. 1. Interesse comum, desejo de ouvir e entender a Palavra de Deus, reverência e temor, vv. 1, 3, 18. 2. Homens, mulheres, entendidos ou não, compunham a congregação, v. 2. Não havia acepção de pessoas. O alimento da Palavra é para todas as pessoas, pois todos precisamos da bênção de Deus. 3. O exemplo da liderança, v. 4. Esdras fazia a leitura juntamente com seus auxiliares, os levitas e Neemias, que era o governador. A liderança estava à frente do povo e a leitura era feita de um púlpito construído para esta finalidade. 4. Respeito e temor diante da Palavra, v. 5. O povo colocou-se em pé em atitude de reverência a Deus e respeito à Sua Palavra. 5. Houve louvor e adoração a Deus, v. 6, por parte do dirigente Esdras e do povo. A criatura só presta verdadeiro culto a Deus e cresce espiritualmente quando se prostra e adora a Deus. 6. O entendimento claro da Palavra, vv. 7, 8. Os auxiliares de Esdras, Neemias, e os levitas explicavam ao povo o sentido da lei. Traduziam o seu significado para a linguagem inteligível do povo. 7. Resultados da leitura da Palavra, vv. 9 a 12 - A leitura da Bíblia produziu vários resultados. Entre eles: Confissão, arrependimento e renovação do pacto; Alegria e contentamento, porque haviam ouvido e entendido a Palavra, ficando em paz com Deus e nutridos espiritualmente. Neemias 8 Todo movimento de renovação espiritual sempre esteve intimamente ligado tanto à oração como à leitura e estudo das Escrituras. Não é autêntico o movimento que se diga de renovação, porém não tenha nascido como resultado da autoridade e diretriz das Escrituras. “... Vivifica-me segundo a tua palavra’", Sl 119: 25. A Palavra de Deus é restauradora: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”, Sl 19: 7. Ela age de forma poderosa no coração humano, Jr 23: 29. Neste estudo, serão apresentados três diferentes acontecimentos da história de Israel que mostram a relação que existe entre a Palavra de Deus e o avivamento espiritual. I - REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSAFÁ Josafá foi rei em Judá em c. de 870-845 a.C. Para conhecer mais detalhadamente como foi seu reinado, leia 2Cr 17: 1 a 21. Ele se preocupou com a segurança política do seu reino, fortalecendo-o por causa do perigo dos inimigos. Também promoveu uma reforma judiciária, nomeando juízes para todas as grandes cidades do reino, 2Cr 19: 5. Com isso deixou a Justiça mais acessível ao povo. Foi um administrador muito hábil. Além dessa visão de administrador, o rei Josafá passou para a história também como um dos reis de Judá que promoveu reformas religiosas. Ele acabou com a adoração pagã. Sua estratégia para levar o povo a uma verdadeira reforma religiosa foi o ensino da Lei. Josafá escolheu pessoas competentes e determinou que fossem de cidade em cidade, ensinando ao povo, 2Cr 17: 7-9. Como resultado, houve consciência de pecado e abandono da infidelidade. II - REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSIAS O livro de II Crônicas 34 a 36 narra um dos maiores avivamentos jamais experimentados por Israel. Foi dirigido pelo jovem rei Josias (c. 639-609 a.C.), que assumiu o trono aos 8 anos de idade e morreu, em batalha, aos 39 anos. Aos 16 anos começou sua vida espiritual e aos 20 fez uma purificação geral em todo o reino de Judá. Josias herdou uma nação cheia de ídolos, templos pagãos e bosques dedicados às falsas divindades: Baal, Milcom, Moloque, Astarote, culto aos astros, etc. O povo de Judá estava totalmente na idolatria. Mas, diante de tais abominações, Josias lutou contra a situação degradante e superou os problemas. a) O valor da oração. Importante papel no reavivamento ocorrido ao tempo de Josias foi a oração. Ainda jovem, ele começou a buscar ao Senhor, 2Cr 34: 3. Consciente da idolatria existente em seu país, lutou contra esse pecado e destruiu todos os altares, v. 7. b) A redescoberta da Palavra. Além da oração, a descoberta do Livro da Lei foi fundamental para a implementação das reformas, 2Cr 34: 14-18. Ao ouvir a leitura da Palavra do Senhor, o rei humilhou-se diante de Deus, v. 19. Depois, reuniu todo o povo e leu diante da multidão a Lei do Senhor, v. 30. Isso trouxe um grande avivamento espiritual. O que isso nos ensina? Que sem Palavra não há avivamento. E também nos ensina que pretensos avivamentos que não se fundamentem nas Escrituras na verdade não procedem de Deus. III - REAVIVAMENTO AO TEMPO DE NEEMIAS Em Neemias 8 está uma das mais belas narrativas bíblicas sobre a relação entre Palavra de Deus e reavivamento. Durante 7 dias, de manhã cedo até ao meio-dia, Esdras e seus auxiliares abriram o livro da Lei, à vista de todo o povo, e davam explicações para que pudessem entender o que se lia, 8: 18. Essa leitura promoveu grande onda de arrependimento, avivamento e uma decisão de obedecerem à Palavra de Deus. 1. Interesse comum, desejo de ouvir e entender a Palavra de Deus, reverência e temor, vv. 1, 3, 18. 2. Homens, mulheres, entendidos ou não, compunham a congregação, v. 2. Não havia acepção de pessoas. O alimento da Palavra é para todas as pessoas, pois todos precisamos da bênção de Deus. 3. O exemplo da liderança, v. 4. Esdras fazia a leitura juntamente com seus auxiliares, os levitas e Neemias, que era o governador. A liderança estava à frente do povo e a leitura era feita de um púlpito construído para esta finalidade. 4. Respeito e temor diante da Palavra, v. 5. O povo colocou-se em pé em atitude de reverência a Deus e respeito à Sua Palavra. 5. Houve louvor e adoração a Deus, v. 6, por parte do dirigente Esdras e do povo. A criatura só presta verdadeiro culto a Deus e cresce espiritualmente quando se prostra e adora a Deus. 6. O entendimento claro da Palavra, vv. 7, 8. Os auxiliares de Esdras, Neemias, e os levitas explicavam ao povo o sentido da lei. Traduziam o seu significado para a linguagem inteligível do povo. 7. Resultados da leitura da Palavra, vv. 9 a 12 - A leitura da Bíblia produziu vários resultados. Entre eles: Confissão, arrependimento e renovação do pacto; Alegria e contentamento, porque haviam ouvido e entendido a Palavra, ficando em paz com Deus e nutridos espiritualmente.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Deus vai restituir minha história.

Texto Zacarias 9: 12 "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro". Dentro de um contexto histórico, o Profeta e Sacerdote Zacarias (O Senhor se lembra), que nasceu em Babilônia no exílio, tem um perfil muito sólido, e é, certamente um homem com um caráter muito bem tratado e preparado para atuar na função que exercia. Em 538 quanto voltaram do exílio, ele e o povo de Judá sob o comando de Zorobabel, Zacarias assumiu o lugar de sacerdote em lugar de seu avô, isso provavelmente por que seu pai morrera muito cedo e ainda muito jovem assumiu uma função muito respeitada para sua época. Sua vida tem todos os ingredientes de alguém que teve sua história restaurada pelo poder de Deus. I. Ele nasceu em um ambiente de derrotas, tristezas, sofrimentos e escravidão. II. Estava longe de sua pátria – coisa para um judeu era algo terrível e doloroso. III. Teve uma experiência de perda familiar ainda muito jovem. IV. Assumiu uma responsabilidade maior que ele esperava. Igreja. O ambiente onde vivo não pode me influenciar, ele é quem tem de ser influenciado por mim. Você pode transformar todo o ambiente a sua volta. Você e eu temos da parte do próprio Deus, dada por Ele, a mesma essência que Ele tem para trazer do nada a existência de todas as coisas que precisamos para prosseguir. Em Gênesis 1: 3, e está escrito: "Disse Deus: Haja Luz; e houve luz" – A palavra "Haja" no sentido de existir no Hebraico é BARAH e quer dizer: Fazer do nada, de coisa alguma passar a existir. Ele usou esse termo BARAH nos versículos 6 – 14 também. Mas quando chegou a criação do homem... Gênesis 2: 26 - ELE respirou fundo e disse FAÇAMOS. Os anjos pararam suas atividades celestiais... O inferno inteiro se arregimentou em fileiras; Satanás corria de um lado para o outro sem saber o que fazer. Os animais no Éden e todos os seres viventes criados, aguardavam com expectativa o momento em que Deus iria se manifestar na criação do homem. Em toda a criação Deus usou seu poder criativo, tirando do nada as coisas para que viessem a existir, mas o homem! O homem não foi assim, foi diferente... Deus disse FAÇAMOS e não HAJA – BARAH. O que isso quer dizer meu amado? Isso quer dizer que Deus tirou de Si mesmo, de sua própria vida, de sua essência divina e disse: "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança" – Genesis 1: 26. Isso é tremendo! Nossa essência vem de dentro do próprio Deus Não precisamos sofrer em meio às adversidades... Não devo achar que tudo está perdido por que não tenho meu emprego... Não preciso me sentir um derrotado por que no ano passado eu não consegui realizar meus sonhos... Eu tenho a essência de Deus dentro de mim, por isso farei como Ele, trarei a existência as coisas que não existem, transformarei o nada em realidade, e ainda que eu não veja os meus sonhos realizados no passado eu os vejo sendo realizados agora... Mesmo que as circunstâncias digam não eu direi HAJA e o nada terá de se espremer, se apertar e dar a luz, trazer a existência a minha palavra. "Em Deus faremos proezas" – Salmos 60: 12 – 108: 13. Não importa o deserto, não importa a tempestade, o vento ou o vale escuro... Hoje Deus vai mudar minha historia! Repita para você memso. Tristeza – sai! Pobreza espiritual e material – sai! Doença – sai! Enfermidade – vá embora! Crise – sai! Desemprego – sai! Maldições sobre a minha vida – saiam! Em nome de Jesus, saiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii............ Repita para a pessoa do seu lado. - Você é livre, você é livre. Igreja de pé. Eu vou contar até 3, ao final você vai gritar. - Eu sou livre! Se você é prisioneiro da esperança e crer que Deus pode mudar sua história e deseja ver seus sonhos realizados e ainda não os viu, hoje Deus vai mudar sua história. Todas as suas perdas; emocionais, psicológicas, profissionais, ficaram para trás, passou, você não poderá recuperá-los, pois o passado não se muda, mas Deus disse que vai mudar sua história, Ele estará restituindo em dobro; confie n’Ele. Seu passado não pode ser mudado, mas seu futuro esta diante de você, e Deus esta de dando a chance de reescrever sua história. A restituição em dobro esta aqui, só depende de uma escolha sua... Se você, agora no presente, der uma chance a Ele, certamente que muita coisa em seu passado poderá ser corrigida; um pedido de perdão que ficou estagnado e esta te consumindo aos poucos, sua atitude aqui no presente afetará o seu passado e o levará a construir um futuro em fundamentos sólidos e com segurança. Deus quer mudar sua história. Chega de andar no deserto, Chega de uma vida sem Jesus, Chega de lágrimas, Chega, chega, basta! Declare, declare. Sua boca pode trazer a existência... Diga para o nada: HAJA, HAJA... Você tem a essência de Deus. O nada terá de se virar e trazer a existência os seus sonhos... Nesta noite o impossível humano terá de render ao Rei dos reis, ao Senhor dos senhores. Ele esta aqui para te dar nova vida. Se você crer verás a gloria de Deus. Em Cristo.

quarta-feira, 26 de março de 2014

COBERTURA ESPIRITUAL?

A cada dia o sincretismo religioso no meio evangélico fica mais absurdo e assustador. Porque muitas vezes o indivíduo não sabe onde está entrando, se num templo evangélico ou num centro espírita ou ainda num sei lá o que, que tem a palavra gospel no meio. Uma das mais novas modinhas doutrinárias das igrejas neopentecostais é a cobertura espiritual. Ou poderíamos chamar também como personal prophet. O crente agora tem um guru que vai guiar suas decisões e escolhas na vida, e nisso temos as mais absurdas colocações a ponto até de interferir na vida conjugal de um casal. Essa prática tem crescido muito em solo brasileiro, e vemos muitos grupos antes históricos no meio evangélico agora abraçarem cegamente o movimento da cobertura espiritual. Interessante ressaltar uma semelhança indissociável com os espíritos guias do espiritismo. O fiel vai comprar um carro, tem que perguntar ao seu líder, vai namorar, tem que ter autorização de seu líder, vai sair pra jantar com a esposa, tem que ter a aprovação de seu líder. E aí vemos um desenvolvimento herético de um tipo de cativeiro da vontade, exercido por parte de muitos líderes desses grupos que geralmente se subdividem em pequenos grupos ou células, como forma estratégica para manterem os membros sob o controle do líder maior. Um dia desses conversando com um rapaz de uma dessas igrejas, me pediu uma indicação de um bom livro teológico, ao lhe indicar, ele me disse que não podia ler aquele autor ou autores que não fossem Kenneth Hagin, Benny Hinn, T.L. Osborn, Rebecca Brown ou John Bevere que é o mais novo no ranking. Ou seja o rapaz foi proibido de ler algumas coisas que confrontem os ensinos de tais profetas do erro. Ao conviver com pessoas que saíram de grupos neopentecostais pela graça de Deus, pude constatar de perto, tais pessoas serem amaldiçoadas por seus antigos líderes, ficarem isoladas e abandonadas por antigos amigos que ainda pertencem ao grupo. Ao sair de tais grupos existe realmente um impacto psicológico e emocional, que é uma característica de seitas heréticas, que excluem e desprezam e muitas vezes perseguem antigos membros do grupo, causando um dano emocional reparado somente pela misericórdia e graça de Deus. O controle mental impulsona tais pessoas a fazerem e viverem dessa forma, em conformidade com esse evangelho malfazejo e maldito (Gálatas 1.8). Devemos avaliar qualquer ensino religioso com a palavra de Deus, vejamos: - A Bíblia diz que o Espirito Santo é nosso guia. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. João 16:13 - Nos diz que o próprio Deus guia seu povo. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho. Salmos 25:9 - Que os filhos de Deus tem o Espírito de Deus. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Romanos 8:14 - Que a palavra de Deus deve ser nosso guia. Também os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros. Salmos 119:24 É claro que não há pecado algum em sermos aconselhados, porque a Bíblia nos recomenda isso. Mas, vejamos uma advertência Bíblica sobre o domínio do povo de Deus: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." I Pedro 5:2-3. Temos realmente um crescimento de uma terapia espiritual multifacetada por idiotices e ridicularizações do intelecto humano. Deus nos dotou de racionalidade para julgarmos nossas decisões e exercermos senso crítico em nosso andar diário. Devido a essa idiotização coletiva vivemos nessa neurose religiosa que está muito distante da santa palavra de Deus. O líder cristão deve ser usado por Deus para instruir seu povo em amor e exemplo, não por domínio. Voltemos ao Evangelho Cristocêntrico, mas uma vez o movimento neopentecostal descentraliza Cristo e exalta uma religião humana, antropocêntrica, egocêntrica, hedonista e sincrética. Que Deus nos guarde e nos ajude a propagarmos o verdadeiro e puro evangelho de Cristo.

DEUS DE PROMESSA

Salmos 119.162 “Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos.” Lucas 1.37 “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” Todos nós recebemos de Deus, promessas para as nossas vidas e uma das provações que passamos é não encontrarmos as respostas que nos levarão ao cumprimento das promessas que o Senhor nos fez, ou seja, tudo o que nos ocorre, nos leva a crer que é impossível ver as promessas acontecerem em nossas vidas. Porém, isso é apenas um meio para nos firmarmos mais no Senhor Jesus e continuarmos crendo, é um meio de exercitarmos nossa fé, perseverança, paciência, é um modo de crescermos enquanto aguardamos tudo aquilo que Deus nos prometeu. A Bíblia diz que: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” Números 23.19 Então, para que temer ou duvidar? Mesmo que as circunstância sejam contrárias, mesmo que pareça que tudo está cooperando para que não aconteça, creia! Porque crer é ter fé e é pela fé que alcançamos as bênçãos de Deus. Sara só alcançou as promessas de Deus em sua vida, por ter fé e fé no impossível. “Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.” Hebreus 11.11 Outro ponto importante é que se estamos passando por situações que nos parecem complicadas e difíceis de resolver, podemos nos firmar mais uma vez nas promessas de Deus, porque: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Romanos 8:28 Concluimos então, que mesmo nas adversidades, devemos seguir firmes crendo que no final iremos alcançar a promessa de Deus. “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tiago 1.12

terça-feira, 25 de março de 2014

NECESSIDADES ESPECIAIS

Há alguns anos atrás, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, menos um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "Pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Porquê? Por que, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso. 1. Introduçao Nosso trabalho sobre o cuidado pastoral para os portadores de necessidades especiais é de suma importância para a igreja que há séculos vem esquecendo essa verdade pulsante. Como igreja brasileira precisamos abrir os nossos olhos para os excluídos da sociedade de consumo pós-moderna e esse abrir os olhos passa pelo caminho da compaixao e da inclusao como também um caminho para uma pastoral da dor em meio os dramas da vida. Nossa proposiçao tem como foco uma proposta justa para essa lacuna em muitas igrejas sejam elas históricas ou pentecostais. Iniciaremos nosso trabalho mostrando o ostracismo de uma pastoral para os portadores de necessidades especiais no complexo de uma eclesiologia contemporânea. Em seguida trabalharemos com dois personagens que ao longo dos seus ministérios desenvolveram uma pastoral de compaixao que serve de modelo para repensarmos a nossa caminhada. Olharemos para Henry Nouwen e seu despojamento em busca da compreensao do outro e esse outro sao pessoas deficientes que precisam ser amadas na doce e amarga caminhada da vida. Depois olharemos para Camilo de Lelles que viveu no século XVI no ardor da reforma protestante e do Concílio de Trento. Longe das questoes teológicas que marcaram aquele período Camilo de Lelles seguiu uma estrada nova em sua época entregou a sua vida a cuidar de doentes, pessoas excluídas, mal amadas, abandonadas e rejeitadas pela sociedade. Em seu despojamento Camilo deixou um exemplo da práxis de uma pastoral de cuidado em meio ao caos. Em seguida estaremos focando nossa visao de maneira sintética na pessoa de Jesus Cristo e os portadores de necessidades especiais como um caminho para uma pastoral marcada pela paixao e pelo cuidado. Encerraremos com uma proposta de cuidado pastoral através da análise de Ana Paula Costa, pedagoga crista que trabalha com deficientes mentais na Apae de Santa Catarina. Como em todas as épocas os portadores de necessidades especiais lutam com o gigante Isbi Benobe do preconceito, da falta de respeito, dos maus tratos, da falta de um programaçao justa que inclui a todos dando espaço para todos no vasto mundo humano. Nossa argumentaçao em mostrar alguns pontos esquecidos pela ala evangélica nao é colocar o dedo na ferida dos eclesianos mais trazer a tona um erro histórico que precisa ser corrigido pela igreja de Cristo na luz do Evangelho e da contextualizaçao. Geralmente o máximo que as igrejas cristas fazem é uma pista para os cadeirantes ter acesso ao templo, culto para os surdos, bíblias em braile para os cegos etc. Tudo isso é importante mais falta de fato um programa pastoral para essas pessoas que como Adam sao amados por Deus e nao podem ser esquecidos pela igreja. É verdade que muitas igrejas tem levado esse programa a sério mais a realidade mostra o quanto estamos omissos no que tange essa temática. Que Deus nos ajude nesta tarefa de glorificar o seu nome entre os necessitados e portadores de deficiencia especiais. 2. O ostracismo de uma pastoral para os portadores de necessidades especiais no complexo de uma eclesiologia contemporânea. Há algum tempo através eu e minha esposa fiquemos profundamente impressionados com a palestra do Professor Stevem Dubner um dos melhores palestrantes do Brasil que trabalhou o tema “Nao sabendo que era impossível ele foi lá e fez”. O auditório da Universidade ficou perplexo em ver em Stevem um profundo amor pelos deficientes físicos como também sua proposta apaixonante por cada um deles. Seu foco sua missao seu dinamismo e sua visao impressionou a todos que estavam naquela noite na Universidade do Sul de Santa Catarina. Steven Dubner ministra em empresas, escolas, universidades etc. e sua palestra é considerada entre os maiores empresários brasileiros e associaçoes de RH como uma das 10 melhores palestras em todo o Brasil. Com uma experiencia de mais de 25 anos com o esporte adaptado ele foca a grande importância da inclusao e da habilidade dos deficientes físicos. Steven mostra que podemos através do incentivo e de uma visao clara transformar frustraçoes, decepçoes desafios oriundo de um preconceito numa sociedade niilista, narcisista, capitalista e excludente principalmente com os necessitados e portadores de deficiencia especiais em oportunidades para formar atletas que vencem tanto no campo do esporte adaptado como no campo da vida. Stevem deixa claro sua paixao em realizar seu trabalho com os deficientes físicos. Ele já palestrou mais de mil vezes em todo o Brasil e fora do Brasil e o que impressiona em sua obstinaçao é que suas palestras de consciencia, alerta, motivaçao e realismo nao é um exibicionismo nem um estrelado. Toda a verba arrecada com o brilhantismo de suas palestras sao revertidas para a compra de cadeiras de rodas e para a Associaçao Desportiva para Deficientes. Como pastor fiquei pensando que esse deve ser o papel da igreja que é sal e luz para o mundo. Ela mais do que ninguém deve ter um acento permanente na causa dessas pessoas criadas a imagem de Deus. Fico refletindo aonde esta a igreja diante dos gritos dos excluídos que precisam urgentemente de esperança messiânica de ouvir as boas novas do evangelho. Nossa pastoral em tom eclesiano nao tem olhado para o realismo dos necessitados e portadores de deficiencia especiais. A igreja brasileira caminha em passos lentos para esse ministério de compaixao e justiça. Os pastores, seminaristas etc ainda vivem num ostracismo de uma pastoral de cuidado integral para com esse tipo de verdade ontológica. A igreja tem se preocupado com tantas coisas e as vezes nao consegue se desvencilhar de sua aridez teológica, seu clericalismo, seu denominacionalismo suas estratégica de programas que sao voltados para “dentro” numa manutençao doentia de segurar a membresia alimentando o status quo eclesiástico. As muitas programaçoes eclesiásticas os frenesis cristaos voltados para o céu, para o meu bem querer e para as necessidades humanas tem desfocado a igreja de olhar para o mundo e perceber que ao redor dela existe uma grande multidao de pessoas vivendo em estado de sofrimento, miséria física-emocional, social-espiritual e que essas pessoas precisam urgentemente ouvir o Evangelho de Cristo. Grande é o número dos necessitados e portadores de deficiencia especiais que estao clamando “ passe a Macedônia e nos ajude”, se formos obedientes como o apóstolo Paulo que diante deste fato foi em busca dos necessitados abandonando todo o seu projeto inicial ou persistencia racionalista iremos também nos deparar com o amor de Deus sendo derramado para essa gente como foi derramado em Filipos nos primórdios da igreja em Atos dos apóstolos no capítulo dezesseis. É claro que diante de um fato novo e urgente as barreiras se levantam, as lutas e perseguiçoes se agigantaram mais como Paulo e sua equipe devemos ser fiel ao chamado e a vocaçao para uma pastoral de cuidado. Jesus Cristo modelo para todo ministério pastoral e também para a pastoral eclesiológica que nao inclui somente os ordenados mais todo o povo de Deus “ laos Dei” e isso é salutar pensarmos assim pois é sem dúvida o redescobrimento reformado do sacerdócio de todos os crentes que nao visa somente o clero mais todo o povo no entroncamento da vida e do dia a dia da ontologia humana ele o filho de Deus se deparou e se encontrou com deficientes físicos, deficientes visuais, deficientes auditivos etc. e nao ficou indiferente aos seu dramas mais num olhar de compaixao estendeu a mao em forma de cuidado e amor. Jesus Cristo é um protótipo de amar aqueles que pouco sao amados, de incluir aqueles que sao excluídos, de dar esperança aqueles que em virtude de seu problema perderam a esperança a utopia e o sonho. No caminho da cruz de Cristo surge uma proposta urgente para a igreja no que tange o cuidado pastoral para os necessitados e portadores de deficiencia especiais que é a imitaçao de Cristo como diz Tomás de Kempis “ Sao as palavras de Cristo que nos exortam a imitarmos sua vida e costumes, se verdadeiramente quisermos ser iluminados e livres de toda a cegueira de coraçao ”. É no tecido do ministério de Jesus Cristo que brota a verdadeira cristologia que nao é somente uma verbalizaçao academicista mais um pélago encarnacional, relacional de uma práxis de compaixao e exemplo integral. A igreja de Cristo deve compreender a sua responsabilidade neste aspecto aqui mencionado. Ela nao deve fugir da sua responsabilidade espiritual de anunciar o evangelho todo para todas as pessoas em todo o tempo e em todo lugar como sinaliza o pacto de Lausanne. A igreja de Cristo nao deve jamais se esconder no manto do descaso social como fez Jonas que diante do desafio de ir para Nínive preferiu ir para Társis longe da vontade de Deus ( Jn. 1. 1-3) A tarcirizaçao da igreja que é a indiferença com o mandamento de Deus e sua missao é pecado diante do Altíssimo. A igreja é voz profética e deve em nome de Deus denunciar toda a injustiça, todo o descaso social, todo o patrulhamento preconceituoso contra os necessitados e portadores de deficiencia especiais ( Prov.31.8-9) O teólogo anglicano Dr. John Stott em seu livro Mentalidade Crista: Posicionamento do Cristao em uma Sociedade nao Crista, aponta para o dever integral da igreja diante do mundo. Stott diz que o laissez-faire da igreja que é justamente a apatia e a indiferença é um grande erro eclesiológico que traz conseqüencia. Como igreja nao podemos ficar indiferente com a situaçao de injustiça, descaso social etc em todas as formas que deforma. Na verdade estamos diante de uma situaçao que precisamos abraçar em nome de Deus que é uma pastoral de cuidado para com os necessitados e portadores de deficiencia especiais. E esse cuidado nao é uma fuga para Tarsis mais um ir para Nínive em busca do fraco, do perdido, da ovelha ferida que nao consegue discernir entre a mao direita e a mao esquerda no jogo dúbio da vida Segundo o Unicef, uma em cada 10 crianças é portadora de necessidades especiais e 190 milhoes de crianças no mundo estao nessa situaçao, das quais cerca de 150 milhoes nos países nao-desenvolvidos. A Organizaçao Mundial de Saúde estima que no Brasil existam 15 milhoes de portadores de necessidades especiais, dos quais cerca de 7 milhoes com deficiencia mental, 3 milhoes com deficiencia física, um milhao e meio com múltiplas deficiencias, 750 mil com deficiencia visual e cerca de 2 milhoes com deficiencia de audiçao. Outras fontes dizem que esse número já chegou a casa dos 25 milhoes de pessoas. Os necessitados e portadores de deficiencias especiais vivem um drama diário juntamente com suas famílias. O poder público nao tem uma resposta satisfatória quanto a essa realidade. Esse realismo é presente já no inicio da vida, pois muitas creches nao tem condiçoes para receberam essas crianças. Assim como dizem os estudiosos no assunto muitos pais tem que renunciar o seu trabalho principalmente a mae para poder cuidar do filho que é portador de deficiencia. Este fato percorre por toda a vida, pois a integraçao a inclusao o afeto ainda é uma realidade tardia, labutante nas fazes adultas. Outro ponto desfavorável é justamente á oportunidade de trabalho para essa fatia grande na sociedade que é esquecida. É certo que várias medidas a nível político já foi tomada, todavia a práxis da inclusao trabalhista é barrada pelo mercado narcisista que coloca esse tipo de pessoas nao por causa do amor e do afeto mais por causa de um decreto de lei que obriga esta açao. Estamos longe de ver uma sociedade que inclui através do amor e do olhar de compaixao. Esse papel sem dúvida deve ser da igreja que é por assim dizer a comunidade do amor, do perdao, da reconciliaçao, do afeto, do abrigo. A igreja de Cristo nao pode ficar no ostracismo dessa realidade mais em nome de Deus deve fazer um programa que atinge essas pessoas como também ser participadora de órgaos que á anos vem lutando esta causa justa. Ela deve ser humilde em aprender o caminho técnico do desdobramento desse realismo e como trabalhar isso no patamar da interdiciplinidade como ajuste e encontro de ramos da ciencia em prol do sofrido. Muitos profissionais estao em nossos bancos de igreja em virtude de um conceito errado de vocaçao eles estao no corpo de Cristo inativos enquanto poderiam ser capacitados- para essa sublime tarefa, pois temos pedagogos, médicos, professores, psicólogos, assistentes sociais etc. que poderiam servir a igreja e consequentemente o mundo nas suas formas mais complexas. Como igreja achamos que vocaçao é algo no campo dos “ordenados” dos treinados no campo da teologia. Esse engano histórico deve ser removido das fileiras do evangelho, pois vocaçao nao está vinculada somente no brasao da ordenança mais cada profissao é uma vocaçao que deve ser servida no reino de Deus para o louvor da sua glória. Um projeto de cuidado pastoral para os necessitados e portadores de deficiencia especiais passa por esse romper barreiras e fronteiras dentro da própria estrutura eclesiástica e pastoral. Se queremos contribuir para essa fatia crescente em nossa naçao devemos ter um olhar de compaixao para com essas pessoas e seu mundo imediato que envolve família, renda, sonhos, dedicaçao etc. A igreja deve ser humilde em reconhecer a sua omissao tanto em projeto da igreja local como em sua voz profética junto aos órgaos públicos e na conscientizaçao humanizadora de seus membros quanto a essa questao. Jesus Cristo deixou exemplo para a igreja seguir e esse exemplo deve ser teologizado, encarnado, vivido para gloria de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Pensando assim iremos juntos romper o ostracismo de uma pastoral para os necessitados e portadores de deficiencia especiais no complexo mundo da eclesiologia contemporânea. Sabemos que a tarefa é árdua mais prazerosa, pois sabendo que era impossível ele foi lá e fez nós como cristao determinados a ajudar esse enorme grupo de 25 milhoes de necessitados e portadores de deficiencia servimos o Deus do impossível que pela sua graça já fez um programa especial para esses seu filhos queridos. Agora cabe a nós redescobrir as velhas e sempre novas palavras de Jesus Cristo “ assim como o pai me enviou eu envio a vós” entao “ide por todo mundo e pregai o evangelho para toda a criatura” e sem dúvida aqui se coloca com sublimidade os portadores de deficiencia especiais. A igreja contemporânea e o seu complexo eclesiástico devem revisitar as frases do general William Booth fundador do Exército de Salvaçao que expressou dizendo: “ Enquanto mulheres chorarem, como choram agora, Eu lutarei; Enquanto criancinhas passarem fome, como passam agora, Eu lutarei; Enquanto homens passarem pelas prisoes, entrando e saindo, entrando e saindo, Eu lutarei; Enquanto houver uma moça vagando perdida pelas ruas, Enquanto restar uma alma que esteja nas trevas sem a luz de Deus, Eu lutarei; até o fim, Eu lutarei”. O Pacto de Lausanne maior evento contemporâneo da cristandade evangélica que ocorreu em 1974 na Suíça e que foi representado por mais de 150 naçoes em seu artigo V “ A responsabilidade Social Crista”, deixa claro que o ostracismo eclesiástico diante das camadas desfavorecidas da sociedade é um grave erro cristao. Lausanne salientou que o ser humano foi feito a imagem de Deus e toda pessoa independente de raça, religiao, cor cultura, camada social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca razao pela qual deve ser respeitada e servida e jamais explorada. O evangelho e a açao social nao sao incompatível excludente como sublinha o Pacto “ embora a reconciliaçao do homem com o homem nao signifique a reconciliaçao deste com Deus, nem a açao social evangelizaçao, e nem emancipaçao política salvaçao, contudo afirmamos que a evangelizaçao e o envolvimento sócio-político sao ambos parcelas do nosso dever cristao”. Sem dúvida nosso dever como igreja é rever em primeiro lugar nosso propósito, nossa identidade, nossa missao. Nao podemos ter um evangelho voltado para dentro “ centrípeto” , mais um evangelho voltado para fora “ centrífugo”, que enxerga o caído, o desfavorecido, o ferido, o excluído que espera em nós os eclesianos uma pastoral de cuidado e amor. 3. Um Olhar de Compaixao Através de Henry Nouwen e Camilo de Lellis. 3.1. Henry Nouwen Em 1932 na Holanda nasceu o erudito Henri J. Nouwen. Ele dedicou a sua vida como escritor, preletor e foi professor talentoso nas universidades de Harvard, Yale e Notre Dame. Hábil escritor Henry Nouwen escreveu vários livros que contribuiu muito para uma teologia da espiritualidade crista como também deixou exemplo de uma pastoral para os portadores de necessidades especiais sendo mentor espiritual de vários líderes espalhado pelo mundo. Nouwen abandonou uma carreira academica brilhante para pastorear os deficientes mentais na comunidade “ A Arca” em DayBreak na cidade de Toronto no Canadá. Durante quase uma década esse holandes amado dedicou a sua vida ajudando os deficientes em Daybreak dando destaque para o jovem Adam Arnett que morreu em fevereiro de 1996 na qual Henry cuidou e pastoreou. Nouwen que faleceu no mesmo ano no dia 21 de setembro 1996 escreveu seu último livro em homenagem a esse jovem com deficiencia mental deixando assim um legado de despojamento, compreensao, renúncia, compaixao etc. Em seu livro Adam o Amado de Deus aprendemos o quanto devemos repensar nossa caminhada de fé e voltarmos os nossos olhos para uma lacuna que a igreja precisa preencher que é justamente um programa para os portadores de deficiencias especiais. Existem vários Adams que precisam ser abraçados, incluídos, compreendidos, amados no chao do nosso país. A tarefa é por demais complexa e desafiadora mais Deus convoca sua igreja para a sublime causa. De fato como igreja devemos confessar nossa falha histórica para com os deficientes especiais. A igreja hodierna tem uma agenda eclesial pragmática que envolve programa de juniores, programa de louvor, programa para jovens, programa de capacitaçao para líderes, programa para as senhoras, programa para os homens etc. mais poucas sao as igrejas que desenvolve com seriedade um programa de cuidado pastoral para os necessitados e portadores de deficiencia especiais. Nouwen em seu clássico livro O Filho Pródigo relata sua trajetória espiritual na figura do filho pródigo que abandonou o lar, na figura do irmao mais velho que nao aceitou com alegria a volta do irmao perdido, e a figura do pai que é expressao da graça e do acolhimento tanto para o irmao mais novo como para o irmao mais velho. Mais o que nos chama a atençao na formataçao do ministério dele é que seus últimos anos ele expressou com amor e carinho a figura do Pai para com a comunidade dos portadores de deficiencias especiais. Nouwen amou aquelas pessoas sem ganhar nada em troca, como o pai do filho pródigo ele abraçou, celebrou a vida com eles, celebrou uma festa de amor, sacrificou o boi cevado da inclusao, colocou nos pés deles a dignidade humana e vestiu eles com as vestes de alegria, da compreensao, da compaixao, da misericórdia e do afeto. Para isso renunciou prestígios academicos e se embrenhou no maior projeto de sua vida vivendo constantemente o doce paradoxo de abençoar e ser abençoado de nada ter mais possuir tudo, de ser pobre mais enriquecendo a muitos de desconhecido mais bem conhecido, de pastor mais sendo ovelha, de professor mais sendo aluno. 3.2 Camilo de Lelles No alvorecer da reforma protestante de Lutero, Zuínglio, Calvino, a Europa passava por uma reforma teológica hermeneutica iniciada com Martinho Lutero e em seguida na segunda geraçao pelo teólogo genebrino Joao Calvino. Longe da Alemanha de Lutero a Itália no século XVI, foi vítima de terríveis epidemias, doenças que assolavam as pessoas. Os hospitais era completamente deficientes e péssimos e a crise econômica era terrível fazendo sofrer multidoes de pessoas lançando no mundo da miséria e da dor. Entre os debates teológicos que marcaram essa época, entre as teses de Sola Scriptura, Sola gratia, sola Deo Gloria, Sola Chistus etc. entre o Concílio de Trento e os peregrinos do mundo que vinham para Roma nasceu um homem que longe da discursao teológica e seguindo uma práxis de compaixao marcou o movimento de assistencia aos carentes de sua época. Camilo de Lellis deixou um legado de cuidado e amor aos doentes, sobretudo a maneira de atende-los. Sua compaixao e olhar carregado de amor e doaçao pessoal aos doentes sobre tudo aos doentes pobres, excluído, abandonado acometido de moléstias contagiosas fez Camilo se dedicar ao máximo numa teologia de amor que contagiou outros a abraçar a sublime causa como também a reforma dos hospitais num ato de servir a Cristo através do amor, da compaixao, do apoio e da cura numa práxis que vai além da fraseologia oca do clericalismo de sua época criando assim a ordem dos ministros dos enfermos tendo como forma emblemática a cruz vermelha. Esses dois modelos apresentados aqui nos fazem repensar um cuidado pastoral para os necessitados e portadores de deficiencias especiais. A figura de Camilo de Lelles no século XVI e a figura de Henry Nouwen no século XX nos ajudam a criar em nossas igrejas um caminho seguro para uma pastoral que vai além do clericalismo envolvendo a igreja toda para uma tarefa de amor integral juntos aqueles que precisam de apoio, carinho e salvaçao. 4 . Jesus Cristo protótipo seguro para uma pastoral de Cuidado junto aos Necessitados e Portadores de Deficiencia Especiais . Jesus Cristo sem dúvida é um exemplo seguro para uma pastoral de cuidado junto aos necessitados e portadores de deficiencia especial. Ele no transcurso de seu ministério se encontrou no palco da vida com muitas pessoas que viviam essa realidade e esse drama. O contexto na qual Jesus Cristo estava inserido nos mostra muita dor, sofrimento, religiosidade oca e acusativa, lampejos de desesperança e sistema político e religioso desfavorável para os necessitados e portadores de deficiencia. Nao havia um programa sério, compreensivo, educativo de inclusao. A maioria dessas pessoas como é narrado nos evangelhos esmolavam pelas ruas, praças em busca de ajuda. A lista de milagres efetuados por Jesus ao longo do seu ministério é por demais grande e ali podemos nao somente perceber o milagre mais o mundo dramático dos deficientes de necessidades especiais. No tanque de betesda registrado no livro de Joao no capítulo cinco mostra que o único programa que tinha nao era político, nem religioso mais místicos marcado por sonhos, ilusoes, competitividade, esperança e descaso social. Uma coisa aprendemos com o tanque de Betesda a própria etimologia já aponta para um reflexao madura para a igreja que é comunidade do amor. Betesda é casa de misericórdia e isso é significativo aqui em se referindo a uma pastoral de cuidado aonde Cristo é o modelo. Cristo em todo o seu ministério exerceu a misericórdia e a igreja em seu ministério deve exercer a misericórdia nos moldes cristologicos. Esse olhar misericordioso deve ser emblemático na igreja que é o corpo de Cristo na terra. Em segundo lugar percebemos pela simples leitura do texto e do seu contexto que o tanque de betesda que ficava junto a porta das Ovelhas reunia uma multidao de pessoas com as mais diversas necessidades sendo algumas portadores de deficiencia especiais a Bíblia diz: Nestes, jazia uma multidao de enfermos, cegos, coxos, paralíticos (Jo.5.3). Aprendemos aqui que a igreja como família de Deus deve ser essa porta aberta que recebe em sua estrutura eclesial os feridos e abatidos pela vida. Ela deve ser um tanque de Betesda aonde abriga todas as pessoas sem distinçao, sem preconceito, sem medo de exercer a misericórdia. A igreja deve repensar sem dúvida um programa claro que ajude essas pessoas em suas múltiplas necessidades que desemboca nao somente no campo espiritual, mais social, emocional e educativo. Em terceiro lugar percebemos neste movimento na qual Jesus Cristo esta inserido que ele rumou para lá em dias de festas. Jesus nao ficou apático diante do problema, ele nao desfocou sua missao de ajudar o carente. As vezes em virtude de um pragmatismo desfocal a igreja perde a sua missao de anunciaçao das boas novas. A correria contemporânea, o frenesi das agendas lotadas, os currículos eclesial demais saturado em programaçoes faz a igreja rodopiar em torno dela mesma esquecendo os 25 milhoes de portadores de deficiencia especiais que precisam de atençao. É de suma importância que a igreja de Cristo em seu tom encarnacional ande pelo mesmo caminho que seu mestre andou. Esse caminho integral de Cristo junto aos necessitados e portadores de Deficiencia Especiais deve fazer parte da agenda da igreja do século XXI. Por fim percebemos que Jesus Cristo ao visitar o Tanque de Betesda nos deixa mais um exemplo que devemos como igreja considerar. Ele olhou para o ferido em seu estado complexo e se moveu até ele. O texto nos diz: Jesus, Vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado? Essa deve ser a pauta da igreja visualizar em meio a sua eclesiologia as pessoas em seu estado de necessidade e caos social. Jesus também estava informado da situaçao daquele homem. Muitos cristaos como dizem por aí estao no mundo da lua e desconhecem temas que sao importante para a missao integral da igreja como a fome e a miséria que assolam milhoes de pessoas, violencia urbana, doméstica, familiar, preconceito em todos os seus requintes de brutalidade etc. Jesus conhecia o drama e o histórico daquele homem. A igreja “ sal e luz” do mundo deve conhecer as necessidades do mundo ao seu redor e nao deve ficar somente olhando para o céu, pois entre a assunçao de Jesus e sua volta existe um mundo real que vivemos. Vimos que Camilo de Lelles do século XVI teve esse olhar de misericórdia frente aos doentes de sua época. Ele se moveu ao encontro deles e os amou em forma de serviço e compaixao. Seu despojamento e coragem o fizeram viver no signo da ajuda aos necessitados espalhando amor em cada gesto em cada açao. Richard Collier em seu livro biográfico Um General Perto de Deus, mostra o quanto o fundador do Exército de Salvaçao amou os necessitados, os feridos, os marginalizados dessa vida. William Booth que faleceu no dia 20 de agosto de 1912 aos 83 anos de idade exerceu seu ministério de cuidado pastoral integral durante 60 anos. Seu olhar de misericórdia frente as pessoas que precisavam de ajuda marcou toda uma geraçao no século passado como também hoje. Seu brado em forma de compaixao deve mexer comigo e com voce frente as necessidades que ora estamos falando. “Eu lutarei até o fim” disse o velho general Booth se referindo ao seu ministério de amor e cuidado com as pessoas carentes. 5. Um Cuidado Pastoral a partir da reflexao pedagógica e Teológica Crista num Diálogo de uma Pastoral de Compaixao . Em minha entrevista com a pedagoga Ana Paula Costa que é graduada em pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Catarina “Udesc' com pós-graduaçao na área da Educaçao Especial analisemos juntos de maneira sintética e em tom de entrevista a participaçao de uma pastoral de cuidado nas igrejas evangélicas. De um lado a minha fala teológica e de outro lado a sua fala pedagógica nossa conversa foi construindo uma redaçao de cuidado pastoral para os necessitados e portadores de deficiencia especiais Ana Paula trabalha na Apae “ Associaçao de pais e amigos do Excepcionais a mais de seis anos na cidade de Tubarao no estado de Santa Catarina. Em nossa conversa e proposiçao ficou claro que a igreja de modo geral nao possui um programa favorável para os deficientes em todas as suas dimensoes “ auditivo, visual, mental, físico etc. A pedagoga Ana Paula se preocupa sendo professora e evangélica que a igreja tem desenvolvido tantos programas em sua estrutura de trabalho mais tem sido tardia em estabelecer uma pastoral de cuidado para os necessitados e portadores de deficiencia especiais. Sendo profissional na área e vivendo a vida crista ela percebe a inaptidao dos pastores e de alguns membros em receber estes deficientes na igreja. Ana Paula mostra como professora que muitos alunos nao tem uma vida social inclusa por que recebem rejeiçao na sociedade em virtude de sua deficiencia e de um preconceito excentrico. Ela entao repensa em cima dessa verdade contemporânea que a igreja que foi chamada para ser sal da terra e luz para o mundo e que é portadora de uma verdade libertadora e é conhecida como comunidade do amor, do perdao, da justiça, da inclusao e da reconciliaçao deve trazer essas pessoas rejeitadas para o seu ambiente para que eles se sintam amados e ajudados e que nao sofram nenhum tipo de rejeiçao, preconceito, ou deformaçao. Para a pedagoga a igreja deve ser este ninho de amor que acolhe, que da carinho, que da afeto e a cima disso tudo que ela compreenda que Cristo morreu por eles sendo como diz a Bíblia o Messias de todos. Ana Paula salienta também um fato que é importante dentro da sua esfera de trabalho que é justamente o fato social de muitos necessitados e portadores de deficiencia especiais. Ela salienta com pesar que além da deficiencia os familiares enfrentam o gigante da pobreza que é um fator complexo em seu mundo e no seu dia a dia. Muitos familiares dessa gama de pessoas além de ter um teto salarial muito irrisório nao tem nenhum grau de instruçao escolar e com isso acarreta várias coisas como melhoria de seu mundo vivencial, dificuldade em saber os seu direitos e deveres etc. Outro ponto importante que ela ressaltou foi o componente da “angústia” A angustia da dor é vista no aspecto de mudança social da família e da nao aceitaçao e do processo longo até chegar a aceitaçao. Esse processo traz para a sua base a angustia, o medo e a conscientizaçao que o outro dependerá a vida inteira dos familiares. Muitos pais nao tem uma vida social “normal” em virtude da deficiencia do seu filho. Isso é relevante diz ela ate mesmo em saídas, passeios, férias etc. por que uma vez que o deficiente é rejeitado com olhares frios, sorrisos escabrosos de pessoas de fora que passam admirados ou que nutrem em sua imbecilidade certo tipos de preconceito e espanto como também o isolamento, toda a família é atingida e isso cria sofrimento. Muitos deficientes em tom escolar dizem a pedagoga nao tem uma melhora em virtude da falta de remédio por causa das condiçoes sociais. Também outra fator de transtorno se dá também no âmbito familiar aonde os pais colocam os filhos numa redoma de proteçao inibindo o seu progresso cognitivo e social alguns em virtude da vergonha outras por causa da cerca exagerada da proteçao. Para Ana Paulo isso é um fator complexo por que a auto proteçao misturada com a falta de informaçao traz transtorno para o aluno. Como uma proposta justa para a igreja do caminho ela nos da uma dica para uma pastoral de cuidado que envolve toda a igreja. Ela nos indica alguns caminhos para nós trilharmos como alguns caminhos sutis para nos evitarmos. Ela nos aponta alguns 1) Um caminho que a igreja deve evitar é fazer uma sala de aula só para essas pessoas especiais. Isso por si só já remete a uma exclusao em tom cientifico e nao uma inclusao. Essa tentativa deve ser projetada com muito zelo e cuidado. 2) Ela diz que uma das formas da falta da consciencia da igreja nessa temática esta no âmbito de seu descaso com as instituiçoes que trabalham com essa gama de pessoas. Para isso ela convida os pastores e lideres para conhecerem esse tipo de realidade e trazer para os seus púlpitos e comunidades uma consciencia missionária de cuidado pastoral com essas pessoas que andam fora das nossas igrejas vivendo numa redoma isolatista crista evangélica. Ela diz que as visitas nessas instituiçoes de cuidados especiais podem ser feitas com um agendamento prévio. 3) Ana Paula também diz que um dos pontos que a igreja evangélica pode fazer para trazer esses alunos para o centro da igreja é compreender que esses alunos possui algum tipo de habilidade. Esse envolvimento pode ser através da música, pois muitos tem habilidade para isso e o problema é que eles nao tem oportunidade. Ela afirma em termos técnicos que existem deficientes leves, moderados e severos e que a pastoral do cuidado deve a partir disso fazer um trabalho de contribuiçao e ajuda necessária. 4) A pedagoga salienta que numa pastoral de cuidado a igreja deve buscar essas pessoas dando oportunidades e se envolvendo no seu mundo. Para isso a igreja deve pensar que na sua estrutura eclesiástica tem pessoas que podem trabalhar com esses deficientes, pois existem vários profissionais que podem contribuir para á glória de Deus entre uma pastoral de cuidado. Para ela aqui está a grande chave para o cuidado de compaixao e seu olhar multifacetário e essa percepçao de ministério é benéfico para a igreja e para a sociedade afirma ela. 5) Para ela nao haverá uma pastoral de cuidado sadio se os alunos nao se sentirem amados e cuidados e isso se dá na oportunidade em todos os seus anglos dimensionais. Ela louva algumas açoes já feita nas igrejas evangélicas mais também faz uma crítica no sentido que nao é somente fazer uma rampa de acesso ao templo, nem ter um culto para surdos ou disponibilizar Bíblias em braile, rampas, professores, e braile podem ser encontrados em shopping, hospitais, repartiçao pública etc porém para ela o cuidado pastoral vai além disso e desemboca no cuidado, na oportunidade, no envolvimento familiar e na conscientizaçao que ali esta um ser-humano que tem coraçao, que precisa de Jesus Cristo como salvador, que tem as mesmas necessidades como qualquer pessoa principalmente no campo dos afetos e da relaçao sadia e da oportunizaçao. 6) A grande sugestao social e emocional como espiritual que Ana Paula sugere é que as igrejas convidem essas pessoas para realizar uma oficina aonde eles irao demonstrar os seus trabalhos artesanais. Isso diz a pedagoga é uma forma de amor para com eles e também envolvimento para com a comunidade pois a igreja pode convidar seus membros como a vizinhança para prestigiar o seu trabalho e aprender com eles a arte da vida. Isso é uma forma de inclusao demonstrada através da arte em “Oficinas de Talentos”. 7) Ana Paula acredita que essa pastoral de cuidado vai alcançar também a família deles, pois a família desses alunos é muito aberta para receber amor, orientaçao e consolo. Ana Paula diz que a partir disso pode ser feito uma reflexao inicial nas aberturas das Oficinas de Talentos”, mostrando para eles que seus dons e habilidades vem das maos de Deus e mostrar na linguagem deles o plano soteriológico ‘ salvaçao” 8) Outra forma de cuidado pastoral salienta Ana Paula é fazer um trabalho com a família dos necessitados e portadores de deficiencia especiais pois muitas famílias culpam Deus de seus filhos nascerem assim. Por fim Ana Paula relembra que muitas famílias sao pobres e nao tem condiçoes de comprar remédio etc. A igreja diz ela nao pode deixar a responsabilidade deste fato somente nos órgaos competentes mais ela deve se envolver em todas as esfera e abrir sua voz em prol dessas pessoas que sao amadas por Deus e criada a sua imagem e semelhança. Ela deve abrir nao somente a porta do templo mais do coraçao para essas pessoas e suas famílias. Pois essa açao social e ajuda emocional – espiritual por parte da igreja é a espinha dorsal para o cuidado pastoral. A igreja deve romper barreiras e quebrar paradigmas e se apresentar como ombro amigo para os necessitados e portadores de deficiencia especial só assim ela irá cumprir o “ide e pregai para toda a criatura” de Jesus Cristo fazendo missoes aonde muitos nao imaginam que podem fazer. Nao somente atravessando o oceano mais atravessando a porta das instituiçoes, as portas das famílias e levando o Reino de Deus para eles em meio ao drama da vida. Temos construído até aqui uma narrativa nao pontual mais reflexiva que pode através dos exemplos, índices, dados e um olhar bíblico nos arremeter a ter um caminho que nos leva a um cuidado pastoral para com os necessitados e portadores de Deficiencia Especiais. Essa proposta nao é um receituário hermético mais uma reflexao de duas vias completamente aberta ao diálogo. Acreditamos em tom integral que cada igreja conhece a sua realidade, o seu mundo, a sua estrutura eclesiológica. Também acreditamos que o caminho sadio de uma proposta ou de um programa de cuidado especial é olharmos com o óculos da Bíblia e tirar dali o néctar do cuidado pastoral integral. Essa visao bíblica passa também pelo caminho da vida e da percepçao do nosso mundo e suas necessidades. Nao existe um pensar teológico se nao consideramos um pensar hermenéutico tanto bíblico como contextual “ sitz in leben”, como também nao existe uma agenda pastoral de cuidado se olharmos somente para dentro “ igreja” e nao para fora “ mundo dos homens”, pois o sal de fato deve ficar no saleiro e também fora do saleiro. Vimos na pessoa de Henri Nouwen um caminho de despojamento e paixao. Ele se demitiu de Haward conceituada universidade mundial para se embrenhar no cuidado pastoral dos deficientes tendo seu ponto alto em Adam que o inspirou no caminho da espiritualidade integral. A igreja de Cristo deve em sua plataforma extipar do seu centro aquilo que nao glorifica a Deus como um pragmatismo excentrico, fama, va glória, modismos que fazem a igreja enfermar eclipsar a sua missao. Existem milhoes de pessoas esperando que a igreja de Cristo descruze os seus braços e abrace os náufragos dessa vida, os feridos, os abatidos, os excluídos e os necessitados e portadores de deficiencia especiais. Que o nome de Deus possa ser glorificado através do ministério teológico e prático da igreja que é a reconciliaçao em tempo oportuno do homem com Deus no entroncamento da missao integral iniciada por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Bibliografia

MISTIFICAÇÃO EVANGELICA

Falar sobre esse assunto é um tanto que assustador pelo simples fato de ver o fanatismo e a ignorância no meio de alguns grupos crescerem de forma avassaladora. Quando falamos de mistificação é bom explicarmos esta palavra para que na verdade venhamos ter uma maior compreensão daquilo que queremos externar. Mistificação: Ação de mistificar. Coisa vã, enganadora. É mais ou menos por aí que o nosso ponto de vista passa a ter sentido. Hoje não são poucas as pessoas que tem práticas místicas, camufladas de espiritualidades, queremos enumerar algumas práticas que são mais usadas nas igrejas. 1) Mistificação bíblica. É quando se fecha os olhos, faz uma breve oração pedindo uma Palavra, respira fundo e abre a Bíblia, ou então não tocar na Bíblia sem camisa, deixá-la aberta em alguma passagem acreditando que a proteção de Deus está sobre sua casa enquanto ela estiver aberta, ir à igreja sem ela é uma afronta a Deus. 2) Mistificação do púlpito. É quando fazemos do púlpito o santo dos santos. Engraçado que os líderes mistificam tanto os púlpitos e nem se dão conta que púlpito hoje é sinônimo de graduação espiritual, tipo os homens que ali estão são quase sem pecados e têm mais, eles nutrem a idéia de que uma pessoa em pecado no púlpito pode ser fulminada se não tiver em conformidade com a vida santa estipulada pela denominação, portanto essa mistificação de fato existe; mesmo que o individuo não tenha uma vida santa segundo os parâmetros de Deus. Fonte: Internet 3) Mistificação das vestes. Essa é muito interessante porque as pessoas tem em mente que o Espírito Santo age em suas vidas através de suas posturas em relação ao vestuário, elas crêem que as roupas tem uma forte influência na identidade de cada cristão, sendo assim algo que Deus determina, que assim seja. 4) Mistificação dos grupos. Exemplos: grupos de louvores, união feminina, união masculina, coral, grupos de crianças, grupo de missões, grupo de dança, de teatro; os místicos acreditam que todas as pessoas que entram na igreja tem que participar desses grupos, é uma prioridade pra o crescimento das pessoas que estão na igreja. Quando a pessoa não aceita é porque está fraca, com frieza espiritual, está muito mal, têm muitos que dão a vida e seu tempo por esses grupos, pessoas que deixam suas famílias pra se dedicarem a um desses grupos porque isso é espiritual. 5) Mistificação da ceia. É interessante que a maioria até chamam de “a Santa Ceia”, tem pessoas que literalizam os elementos a ponto de enterrarem a sobra da ceia, outros lavam as mãos antes de servir, é um caso sério; pessoas que na semana da ceia buscam mais em oração, não falam palavrões, não batem nos meninos, se abstém de relação sexual, só porque vai participar da ceia ou da santa ceia. Queridos, precisamos entender que na celebração da ceia o que tem que acontecer é uma profunda reflexão de quem somos e do sacrifício de Cristo por nós, por isso que diz a bíblia examine-se o homem a si mesmo. 6) Mistificação do templo. Eu sei que essa vai gerar polêmica, tipo aniversário do templo; ora aniversário do templo deveria ser todos do lado de fora e batendo parabéns,pra você “risos”, desculpem mas é hilário, porque eu também já paguei esse mico, ou então dentro do templo você tem que ter atitudes religiosas do tipo não rir, não pode usar o espaço pra outra coisa como uma ação social, um encontro pra casais, porque é pecado, se uma criança comer uma pipoca, ou a mãe dar um biscoito para o menino comer dentro do templo é pecado, por favor, isso não cola, eu sei que temos que ter reverência mas chegar a esse ponto? Isso é problema, sem contar o apego excessivo que temos do tipo não queremos fazer a obra fora mas a obra é freqüentar o templo, estou fora, o templo é importante sim para o ajuntamento só quando há edificação e verdadeira adoração em koynonya, mas isso não quer dizer que Deus só recebe adoração lá como alguns acham. 7) Mistificação do dízimo. Acredita-se que o dízimo é uma poderosa fórmula pra forçar Deus a nos abençoar; porque eu sou dizimista, através do dízimo euzinho posso repreender o devorador e dar na cara dele, por outro lado o dízimo tem poder destruidor; se você estiver em falta você tá ferrado nas mãos de um Deus irado, que coitadinho depende do dízimo pra ser rico do tipo “dono do ouro e da prata”; quem faz Deus ser assim é o nosso dizimo?”risos” Por favor, não façam isso. Que o povo contribua consciente sobre a necessidade, seja transparente, tenho certeza que o povo vai ajudar de acordo com o que Deus propôr em seus corações, eu não sou contra o dizimo, só não o mistifico, chamem dízimo ou ofertas, o importante é ser consciente da necessidade de cada lugar. Precisamos tomar cuidado, Jesus disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida”, “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” e “Santifica-os na Verdade tua Palavra é a Verdade”. Portanto vivamos na verdade sempre. Sem essa de mistificação!

segunda-feira, 24 de março de 2014

AFASTADO DE CRISTO OU DA IGREJA?

Afastados de Cristo, ou da igreja? Eu sempre fui muito observador e conseqüentemente crítico em alguns assuntos, digo isso não me baseando em uma experiência teórica, estou falando do que acompanhei na prática. No campo evangelístico eu sempre me defrontei com algumas situações no mínimo polêmicas, isso foi chamando minha atenção, sempre que conversava, ou melhor, explicava o plano de salvação às pessoas, me diziam, eu estou afastado, ou em outras versões, eu estou desviado, eu sempre achei essas palavras muito fortes, mas isso cada vez mais me levava à uma busca pela real situação das pessoas que me afirmavam isso. Foi quando cheguei a conclusão que foi a própria igreja que criou uma esfera de espiritualidade e de infalibilidade que acarretou neste tipo de pensamento. Por muito tempo uma igreja em especial se destacou e enganou a muitos mostrando que a salvação só seria possível, dentro dela, digo sendo membro da mesma, inclusive até protestamos contra isso, mas infelizmente retornamos a estaca zero e o que é bem pior hoje são os próprios evangélicos que enchem o povo de engano mostrando que quem não faz parte ou se afasta da instituição é caracterizado que esta pessoa se afastou do próprio Cristo. Essa cultura leva à cauterização da mente humana, levando pessoas a viver uma vida oprimida e pensando que Cristo virou as costas para elas. Precisamos explicar que se uma pessoa se afasta de Cristo isso quer dizer que esta mesma pessoa se afastou de seus ensinamentos e literalmente o abandonou, melhor, houve uma apostasia. Fonte: Internet Eu sei que assim como o filho pródigo, tem muitas pessoas que não estão bem, mas isso não quer dizer que elas estão afastadas de Cristo; uma das coisas, mas lindas que eu aprendi foi que essa idéia de que o Espírito Santo se afasta da pessoa é outra conversa fiada como poderia ele se afastar se o mesmo convencer? Ou melhor, imagine uma pessoa selada por ele que se afastou da igreja. Quer dizer que o Espírito Santo se afastou dele? Claro que NÃO! Apesar das fraquezas humanas essa pessoa não ficará nesse estado até o fim, ela retornará, muitos estão feridos com a igreja atual pela sua desumanidade, isso é muito ruim, tem muitos hoje que não querem nem saber de uma igreja evangélica. Portanto, dizer que o Espírito Santo se afasta dos que estão afastados da igreja é complicado. Isso é uma idéia evangélica pra meter medo em seus membros, pra que eles não saiam das igrejas, isso é mais um joguinho mercadológico ligado a heresias. Não podemos aceitar esse erro que há muito tempo tem tomado conta das igrejas, quero concluir dizendo que tem muita gente que está afastada da instituição e não de Cristo, eu sei o quanto é importante um cristão estar em contato com o ensino da Palavra e com a koinonia, mas é preciso entender que isso não tem que acontecer em um espaço religiosamente devido como se faz hoje, portanto o meu ponto de vista é que precisamos diferenciar quem está afastado de Cristo e quem está afastado da igreja.

domingo, 23 de março de 2014

O LIVRE ARBITRIO

O Livre-Arbítrio Dt 30.19,20; Jp 6.44,65; Jo 8.34-36; Jo 15.5; Rm 8.5-8; Tg 1.13-15 Neste exato momento você está lendo estas palavras porque você decidiu, por sua própria vontade, lê-las. Você pode protestar e dizer: "Não! Eu na decidi ler estas palavras. Fui incumbido de ler este livro. Realmente não quero lê-lo". Tal vez esse seja o caso. No entanto, você o está lendo. Pode ser que haja outras coisas que você preferia estar fazendo neste momento, mas de qualquer forma você decidiu lê-lo. Você decidiu lê-lo e, vez de decidir não lê-lo. Não sei por que você esta lendo isto. Mas sei que você deve ter uma razão para lê-lo. Se você não tivesse razão para lê-lo, simplesmente não teria decidido lê-lo. Toda escolha que fazemos na vida, fazemos por alguma razão. Nossas decisões baseadas sobre o que parece bom para nós no momento, considerando-se todas as implicações. Fazemos algumas coisas movidos por intenso desejo. Fazemos outras sem termos consciência de nenhum desejo. Mesmo assim, o desejo está lá, ou então não escolheríamos fazer tais coisas. Essa é a própria essência do livre-arbítrio - escolher de acordo com nosso desejos. Jonathan Edwards, em seu livro The Freedom of the Will [A Liberdade de Vontade], define a vontade como "o instrumento pelo qual a mente escolhe". Não há dúvida de que os seres humanos de fato fazem escolhas. Eu estou escolhendo escrever e você está escolhendo ler. Eu quero escrever e a escrita é acionada. Quando a idéia de liberdade é acrescentada, entretanto, o assunto torna-se terrivelmente complicado. Temos de perguntar: liberdade para fazer o quê? Até mesmo o calvinista mais ardoroso não pode negar que a vontade é livre para escolher qualquer coisa que ela deseja. Até mesmo arminiano mais convicto concordaria qual a vontade não é livre para escolher aquilo que não deseja. Com respeito à salvação, a questão é: o que o ser humano deseja? Os arminianos crêem que alguns desejam arrepender-se e ser salvos. Outros desejam fugir de Deus, e assim colher a condenação eterna. Por que pessoas diferentes têm desejos diferentes nunca foi esclarecido pelos arminianos. Os calvinistas sustentam qual todo ser humano deseja fugir da presença de Deus a menos e até o Espírito Santo opere a obra de regeneração, a qual muda nossos desejos, para que livremente nos arrependamos e sejamos salvos. É importante notar que mesmo as pessoas não regeneradas nunca são forçadas contra sua vontade. Sua vontade é transformada sem sua permissão, mas são sempre livres para escolher conforme queiram. Assim, de fato somos livres para fazer segundo queremos. Não somos livres, contudo, para escolher ou selecionar nossa natureza. Ninguém pode declarar simplesmente: "De agora em diante vou desejar só o bem"; da mesma maneira que Cristo não poderia ter declarado: "De agora em diante vou desejar só o mal". É aquele que termina nossa liberdade. A Queda deixou a vontade humana intacta no sentido em que ainda temos a faculdade de escolher. Nossa mente foi obscurecida pelo pecado e nossos desejos presos a impulsos ímpios. Mas ainda podemos pensar, escolher e agir. Mesmo assim, algo terrível nos aconteceu. Perdemos todo anseio por Deus. Os pensamentos e desejos de nossos corações são continuamente maus. A liberdade de nossa vontade tornou-se uma maldição. Visto que ainda podemos escolher segundo nossos desejos, escolhermos pecar e assim nos tornamos passíveis do juízo de Deus. Agostinho disse que ainda temos livre-arbítrio, mas perdemos nossa liberdade. A liberdade real sobre a qual a Bíblia fala é a liberdade ou o poder de escolher Cristo como nosso. Entretanto, até que nosso coração seja mudado pelo Espírito Santo, não sentimos nenhum desejo por Cristo. Sem esse desejo, nunca o escolheremos. Deus tem de despertar nossa alma e nos dar uma aspiração por Cristo antes que sejamos inclinados a escolhê-lo. Edwards disse que, como seres humanos caídos, retemos nossa liberdade natural (o poder de agir de acordo com nossos desejos), mas perdemos nossa liberdade moral. A liberdade moral inclui disposição, inclinação e desejo da alma em relação à justiça. Foi esta inclinação que se perdeu na Queda. Toda escolha que faço é determinada por algo. Há uma razão para ela, um desejo por trás dela. Isso soa como determinismo? De maneira nenhuma! O determinismo ensina que nossa ações são completamente controlados por fatores que nos são externos, que nos obrigam a fazer o que não queremos. Isso é coerção e se opões à liberdade. Como nossas escolhas podem ser determinadas, mas não coagidas? Porque são determinadas por algo interior - pelo que nós somos e pelo que desejamos. São determinadas por nós mesmos. Isso é autodeterminação, que é a própria essência da liberdade. Para escolhermos a Cristo, Deus tem de mudar nosso coração, e é precisamente isto que ele faz. Ele muda nosso coração por nós. Dá-nos aspiração por ele, que de outra maneira não teríamos. Então o escolhermos a partir do desejo que está dentro de nós. Nós o escolhemos livremente porque queremos escolhê-lo. Esta é a maravilha de sua graça. Sumário 1. Toda escolha que fazemos e motivada. 2. Nós sempre escolhemos segundo nossa inclinação mais forte no momento em que fazemos a escolha. 3. A vontade é a faculdade de escolher. 4. Seres humanos caídos possuem livre-arbítrio, mas carecem de liberdade. Temos liberdade natural, mas não liberdade moral. 5. A liberdade é autodeterminação. 6. Na regeneração, Deus muda a disposição de nosso coração e implanta em nós o desejo por ele.

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...