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sábado, 30 de dezembro de 2017

DESCER ANTES DE SUBIR

Quando Jesus esteve aqui na Terra, Sua presença foi a causa da polarização entre todos os que se encontraram com Ele. Estava “destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos”. Os cultores da tradição, os virtuosos aos seus próprios olhos, os liberais e os que dependiam de outras pessoas que determinassem a verdade para eles, caíram fragorosamente quando Jesus veio. Mas esse quadro possui também um aspecto positivo que traz esperança e coragem para os corações aflitos. A outra parte da profecia de Simeão abrangia o “levantamento” de muitos. Conta-se a história de alguém que resvalara pela borda de um rochedo, ficando suspenso acima do oceano. Estava numa situação desesperadora e clamava por auxílio. Uma voz acima dele disse: “Eu o ajudarei, mas a primeira coisa que você precisa fazer para receber minha ajuda é largar-se”. Para algumas pessoas constitui uma surpresa descobrirem que no momento em que se largam, elas não caem estrondosamente nas águas mais abaixo, mas são circundadas pela rede do evangelho. “Teriam de cair os que se quisessem erguer novamente. Precisamos cair sobre a Rocha e despedaçar-nos, antes de poder ser elevados em Cristo. O eu tem de ser destronado, abatido o orgulho, se queremos conhecer a glória do reino espiritual. Aqueles que não queriam aceitar a honra que se obtém por meio da humilhação, não receberam, portanto, o Redentor. Ele foi um sinal contra o qual se falaria” (O Desejado de Todas as Nações, p. 47). Essa ainda é uma das razões por que as pessoas rejeitam a Jesus. Não querem entrar em Seu reino por meio da humilhação. Ele “encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos”. O problema do pecado, nossa incapacidade para satisfazer os requisitos da lei de Deus, é o que revela nossa necessidade e nos impele a despedaçar-nos sobre a Rocha. Para o que já foi religioso e quer voltar, para o adolescente enleado na culpa e no pecado, para o desesperado que pensa não haver nenhuma oportunidade no mundo, para você mesmo vem esta mensagem: É preciso descer antes de poder subir. A posição mais perigosa não é a daquele que está lá embaixo e sabe disso, mas a daquele que julga estar lá em cima e que não precisa descer, daquele que está levando sua vida “numa boa” independentemente de Jesus Cristo.

O PERDÃO É O RECOMEÇO

Uma das melhores maneiras de recomeçar nossa vida é começando um novo ano, com novos projetos, novos planejamentos e novos propósitos de vida cristã. Por isso, a minha proposta de hoje é começarmos um ano novo liberando o perdão para todos aqueles que um dia nos magoaram, que nos ofenderam, no qual ainda guardamos algum ressentimento dentro do nosso coração, que afeta nossa intimidade com o Pai. “E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados.” – Marcos11.25 NVI A tradição cristã afirma que Marcos escreveu seu evangelho para a edificação dos leitores romanos. Embora não haja afirmações diretas do propósito com que o evangelho de Marcos foi escrito, há indicações de que sua preocupação principal fosse comunicar a verdade da divindade e da messianidade de Jesus Cristo, assim podemos perceber que Marcos enfatiza muito o servir de Jesus, o quanto Ele era servo. Este versículo nos mostra o poder do perdão e serve como modelo para todos os crentes que já receberam o perdão dos pecados. Jesus fala aqui do perdão no dia-a-dia, necessário para restaurar a comunhão rompida com Deus. O perdão é a chave para a liberdade. O perdão revela o verdadeiro seguidor de Cristo. Quem libera o perdão, mostra o quão profundo está seu relacionamento com Deus. Em grego, perdoar significa remir, liberar ou cancelar uma obrigação. Por isso, por muitas vezes, essa palavra foi usada na Bíblia no sentido de perdoar um débito financeiro. Mas, seja no caso de dívidas, ofensas pessoais, trapaças ou traições, perdoar nunca é fácil. O grande desafio imposto, então, é como fazer para perdoar alguém. (Referência) Jesus nos mostra que temos que perdoar nosso próximo. Perdoar um ao outro não é opcional na família de Deus, que existe como resultado do alto preço que Ele pagou pelo perdão de nossos pecados. O amplo e incondicional perdão exigido por Jesus é a expressão mais clara de gratidão que qualquer pessoa pode ter para com Deus por perdoar os seus próprios pecados. Uma relação frutífera com Deus requer reconciliação com o nosso semelhante. A Bíblia nos fala em Marcos que devemos perdoar as pessoas que nos ofendem diariamente, sem guardar mágoas ou ressentimentos. Por mais que o ofensor não demonstre arrependimento temos que ter um coração que esteja sempre disposto a perdoar, pois Deus nos perdoa todos os dias pelos nossos pecados. Infelizmente, não há um manual para que uma pessoa perdoe outra com rapidez e de coração, mas alguns pontos importantes podem nos indicar o modo como devemos fazer isso. Deve-se, antes de tudo, admitir os próprios erros. Não há nenhum homem sem pecado e que não tenha causado dor em outra pessoa. Reconhecer isso é difícil, mas, por incrível que pareça, é um dos pontos cruciais quando se quer pedir perdão. O perdão é uma ordenança de Deus, é uma orientação para o bem de quem perdoa. A palavra certa é liberar o perdão. Ao perdoar estamos seguindo os passos de Jesus. Temos que diariamente nos revestir de misericórdia, perdoando-nos mutuamente. Perdão é, antes de tudo, uma atitude cristã. Deus nos diz para perdoarmos assim como ele nos perdoa. Quando alguém peca contra mim, ele se torna um transgressor da lei de Cristo. Eu o considero um pecador. Se ele se arrepende e pede para ser perdoado, eu tenho que perdoá-lo, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor. Quando eu o perdoo, não o considero mais um pecador. Posso não ser literalmente capaz de esquecer o pecado que ele cometeu mais do que Deus literalmente “esquece” nossos pecados, mas preciso deixar de atribuir a ele a culpa pelo seu pecado. Deste modo, eu o liberto de sua “dívida”. Perdoar significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter compaixão, deixando de lado toda a ideia de vingar-se daquilo que foi feito ou pelas conseqüências que sofremos. “O cristão é aquele que já perdoa o ofensor antes mesmo de que tudo aconteça”. O ato de perdoar é uma atitude de amor, é um ato da minha vontade, é uma decisão importante para a vida do ofendido e para a vida da pessoa que ofendeu, pois é como se estivesse quebrando a corrente de ferro que prendia um ao outro, assim libertando-os da escravidão do pecado que lhes envolvia. A primeira e geralmente única pessoa a ser curada com o perdão, é a pessoa que perdoa. Quando genuinamente perdoamos, libertamos um prisioneiro e então descobrimos que o prisioneiro que libertamos éramos nós. Então, automaticamente, o perdão é a chave da liberdade. Se você está tendo problemas para perdoar alguém, ore e peça a Deus para que ele encha seu coração de amor e que você esqueça as coisas ruins. Tenha intimidade com Deus, pois, um bom relacionamento com Ele te ajudará a liberar o perdão; Confesse os teus pecados e diga a Deus que você não está conseguindo perdoar determinada pessoa, seja sincero. Quando alguma situação de ofensa te deixar impaciente, procure ajuda, fale com teu líder, com teu discipulador, com uma pessoa na qual confie, mas não guarde o rancor dentro de ti. O perdão é uma atitude de amor com o nosso semelhante, por isso temos que estar sempre pedindo forças a Deus, para nós conseguirmos perdoar como Ele nos perdoa, porque nós, seres humanos, resistimos facilmente a atitudes como esta, sempre guardando rancor e mágoas do próximo, onde nunca lembramos nestas ocasiões que para ter um relacionamento frutífero com o nosso Pai celestial, temos que perdoar o nosso semelhante. Vamos estar nos vigiando a cada minuto, para não nos tornarmos cristãos amargurados, ressentidos, buscando vingança e justiça pelas próprias mãos, mas temos que buscar ser cristãos humildes que reconhecem que são pecadores e saibam perdoar os pecados do próximo, pois Deus quer que tenhamos atitudes de amor para com o próximo.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

EVANGELIZAÇÃO

Evangelização é a suprema vocação de todo verdadeiro filho de Deus. A evangelização pode ser entendida como o anúncio das virtudes de Deus. 1 Pedro 2:9 "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;". Percebemos nesse texto que aqueles que são chamados à salvação, tem o propósito de anunciar ao mundo as virtudes de Deus, que chama pecadores, das trevas, para a sua maravilhosa luz; portanto, só estão habilitados a anunciar, aqueles que foram chamados, pois conhecem as virtudes e a maravilhosa graça de Deus. A principal motivação bíblica para evangelizarmos as pessoas não é, a princípio, que elas sejam salvas, mas que Deus seja glorificado. A glória Deus é a maior motivação que temos para realizar todas as coisas desde as mais simples até as grandiosas, inclusive evangelizar (1 Coríntios 10:31). Deus tem compromisso e prazer com a sua própria glória; fomos criados para glorificar a Deus (Isaías 43:7). A maior manifestação da glória de Deus na história, sem dúvida foi quando Deus estava em Cristo, crucificado no madeiro, reconciliando consigo o mundo. Na cruz percebemos a manifestação gloriosa do seu eterno amor pela sua igreja, pela qual se entregou (Atos 20:28). 1 João 4:9-10 "Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados". Essa é a mensagem central do evangelho, é a essência do evangelho de Jesus Cristo, e essa mensagem deve nortear e dirigir a nossa evangelização. Evangelizar não é convidar pessoas para vir na igreja, não é dar o seu testemunho, não é dizer que Deus é amor, não é dizer que Jesus quer ser seu melhor amigo, não é orar pelas pessoas, não é visitar as pessoas e não é ajudar as pessoas. Podemos e devemos fazer todas essas coisas como procedimentos complementares à nossa evangelização pessoal; entretanto, evangelizar, biblicamente falando, é apresentar o evangelho; é anunciar as boas novas, é fazer com que a pessoa evangelizada, entenda a sua real situação diante de Deus e o que Deus fez em Cristo na cruz, a fim de que ela seja aceita por Deus e tenha novamente comunhão com o seu criador. Por isso é necessário conhecer o evangelho a fim de apresentá-lo de maneira apropriada aos perdidos, pois a mensagem do evangelho é que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, nada mais (Rm 1:16). Evangelizar é chamar pecadores ao arrependimento e à fé em Cristo, através da pregação da palavra Deus. A mensagem inicial de Jesus ao pregar o evangelho de Deus era: arrependei-vos e crede no evangelho (Mc 1:14-15). Evangelizar é chamar pecadores a obedecerem a Deus, mas percebemos que hoje em dia, essa mensagem em sua essência, se perdeu, em meio a tantas técnicas e modelos de evangelismo, que mal fazem cócegas no coração do homem morto em delitos e pecados; pois a mensagem apresentada por muitos não passa de psicologia e auto ajuda recheada de humanismo, fazendo o bem estar do homem o fim principal de todo suposto esforço evangelístico. Essa é uma abordagem deturpada e superficial da evangelização, comumente encontrada, infelizmente, em muitas igrejas. Esse tipo de evangelismo pode ser qualquer coisa menos evangelismo e pode passar qualquer mensagem menos a do evangelho. Precisamos depressa, nos dedicar cada vez mais ao estudo das sagradas escrituras a fim de estarmos sempre prontos para compartilhar o evangelho, que é a razão da nossa esperança (1 Pe 3:15). Se você tivesse a oportunidade de passar uma tarde com uma pessoa que não conhece o evangelho, você saberia evangelizá-la? Saberia por onde começar, quais versos ler, por onde caminhar com ela pelas escrituras, saberia como apresentar o evangelho e tirar suas dúvidas, respondendo com clareza aos seus questionamentos? Ou ficaria confuso sem saber o que dizer? Se não sabemos compartilhar de maneira bíblica o evangelho, temos que repensar nossa fé, pois como glorificaremos a Deus se não somos dedicados a fazer aquilo para o qual fomos chamados a fazer? (Mt 28:19-20) Se vivemos para glorificar a Deus, como não haveremos de saber compartilhar com o mundo a mensagem da glória e do amor Deus, mensagem essa que o mundo urgentemente precisa ouvir? Evangelizar revela amor. Revela amor a Deus, pois desejamos a exaltação da sua glória e evidenciamos obediência a sua palavra, revela amor ao próximo, pois não há maior ato de amor para com os perdidos do que anunciar a única verdade que os pode salvar e, finalmente, revela o amor de Deus, pois evangelizar é a melhor maneira de revelar o amor de Deus ao mundo, pois Deus escolheu salvar pecadores, por meio da loucura da pregação (1 Co 1:21), por isso, devemos evangelizar. Pregue a palavra! (2 Tm 4:2).

PIXEL

Você sabe o que é um pixel? É um ponto luminoso do monitor que, juntamente com outros do mesmo tipo, forma as imagens na tela. Ou seja, é um ponto. Já pensou que sua foto, ou aquela imagem linda que você colocou como papel de parede em seu PC, Notebook ou telefone tem milhões desses pontinhos? A grande questão é que muitos não sabem disso, não se impostam com isso, mas quando falta apenas um pontinho desses na tela sua revolta pode ser grande. Sua imagem fica feia, violada e toda vez que você abre a imagem na sua tela o que mais chama a atenção é aquele pixel morto na tela. Como pode um pontinho em meio a milhões fazer tanta diferença? Isso se dá porque ele desempenha algo muito importante: uma função exclusiva dele. Todos amam imagens bem definidas, com linhas perfeitas e se falta um pontinho naquela bela linha ela fica defeituosa, estranha, sem beleza. Apenas um pixel pode mudar muita coisa. Pense um rosto lindo de um(a) modelo. O que será deste rosto se um pixel inverter sua cor? E se ele ficar vermelho? Pensaremos que é uma espinha? Uma infecção? Uma pinta? Um machucado? Saiba que este pixel é responsável por diversas interpretações quando em conjunto com diversos outros. Na vida os seres humanos não são tão diferentes assim, aliás, desempenham papel mais ilustrativo e visto que não são um pixel apenas. O problema é que muitos não percebem isso ou às vezes percebem mas não valorizam como deveriam. E, por isso, a vida se torna defeituosa. Muitos fogem de seus deveres e ainda culpa outros por isso. Isentam-se de suas responsabilidades tirando a beleza da vida e não percebem que com uma simples ação sua, ainda que pequena, pode trazer grande beleza. Diante dessa irresponsabilidade na vida temos muito que aprender com um pixel. Talvez sua ação não destaque em comparação com as demais. Talvez você queira uma consideração maior que os demais. Digo que provavelmente não alcançará. E que bom se isso acontecer porque você deve focar na obra do conjunto e não sua apenas. Não brilhe sozinho. Não será belo. Saiba que ainda que seu brilho não seja considerado pelos demais o destaque da imagem existe um Admirador lá fora deste brilho que nos assiste como um todo, que aprecia a boa imagem. Façamos desta imagem uma bela imagem. Não desfoque de sua função, apenas lute em realizá-la com sucesso e maestria. Seja sábio, seja um pixel.

POSSES

Havia um homem poderoso, de muitas posses, o qual ninguém sabia de onde vinha e nem pra onde ia. Apenas sabiam que procurava algo. Chegando numa cidade, dita cristã, ele passou a questionar as pessoas uma pergunta muito estranha: - “Suponhamos que vocês descobrissem agora que não existem regras para a vida e que tudo é permitido, podendo fazer o que quiser sem que haja punição. O que fariam?” - “Eu ajuntaria riquezas alheias” disse um. - “Eu viveria em festas e beberia até não aguentar mais”. Disse outro. “Eu isso eu aquilo”... Todos começaram a falar de seus desejos, até que um desta cidade questionou aquele poderoso homem: - “Mas senhor, por que tal pergunta?” - “Gostaria de saber se há na terra um cristão que de fato tem um coração bom. Sei que tem, mas não o acho.” Disse o homem estranho. - “Desculpe-me senhor, mas diante da sua primeira pergunta, o senhor não achará tal pessoa. Fazemos as coisas devido a regras. São as regras que nos guiam.” Disse um da cidade. - “Este é o problema. Quando damos o poder para o homem é aí que de fato o conhecemos. Sei das intenções dos corações. A minha pergunta foi apenas um teste para saber do que de fato é feito o coração das pessoas. Digo que a regra deveria servir apenas de apoio para que o sentido da vida seja entendido. Cristo assim pregava e vejo que muitos ainda não entenderam. Procuro aqueles que entenderam a mensagem de vida e que se desvencilharam das leis e regras, colocando o amor como regra maior. Na minha pergunta eu tirei a regra porque o amor não há como tirar”. Depois de dizer estas palavras as pessoas ainda não procuraram entender aquilo, assim como muitos não procuraram entender as parábolas de Cristo em sua época. Continuaram suas vidas religiosas, pregando salvação a um mundo perdido assim como eles são. O homem de posses? Ainda caminha por aí, achando uns e outros que, mesmo diante da pergunta tendenciosa, respondem de coração: “...continuaria fazendo o que Cristo pediu para fazer”. Dizem isso porque entenderam que a regra em si não vale nada e que o amor sempre deve prevalecer.

sábado, 23 de dezembro de 2017

HUMILDADE

Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho” (Salmo 25:9). Você já encontrou uma pessoa orgulhosa e justa? O orgulhoso acha que sabe tudo. Não aceita conselhos. Sua vida está tão cheia dele mesmo que não existe lugar para Deus. Como Deus pode guiar uma pessoa orgulhosa? E como essa pessoa pode ser feliz se a felicidade consiste em andar nos caminhos de Deus? O apóstolo Pedro disse, em certa ocasião: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5:5-6). Como Deus exalta uma pessoa humilde? Mostrando-lhe o caminho, falando ao seu coração, conduzindo-a pelas veredas da nobreza, ensinando-lhe a reconhecer seus erros e a pedir perdão, a ser compassivo, a estender a mão para dar uma segunda oportunidade a quem errou. O resultado de tudo isso é que as pessoas passam a admira-la, a ama-la e a segui-la. E assim Deus cumpre Sua promessa de exalta-la. A pessoa orgulhosa, dizia Benjamim Franklin, almoça vaidade, e janta desprezo. O orgulho a conduz, mais cedo ou mais tarde, ao terreno da vergonha e do fracasso. Vida profissional acabada, amizades rompidas. Tudo isso é o resultado de não ter se deixado guiar por Deus. Mariano Aguilo costumava dizer: “Se o homem orgulhoso soubesse como é ridícula a imagem que projeta, até por orgulho aprenderia a ser humilde”. Mas o orgulhoso é incapaz da autocrítica. A humildade é necessária para sermos justos, e você e eu precisamos ser justos, como esposos, como pais, como empregados ou empregadores, ou simplesmente como seres humanos. Não é possível fazer ninguém feliz, sem humildade. Segundo o salmo de hoje, só é possível seremos justos se nos deixarmos ser conduzidos por Deus. Afinal de contas, quando Jesus esteve neste mundo disse: “Aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29). Existem feridas que você abriu? Corações tristes que você magoou? Aprenda de Jesus todos os dias e lembre-se de que Ele “guia os humildes na justiça e ensina os mansos o Seu caminho”.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

CONFLITOS

Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes, e cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3, BLH). Martinho Lutero gostava de contar a história de dois bodes que se encontraram sobre uma ponte estreita e alta, construída por cima de um profundo vale. “Eles não podiam voltar e não ousavam brigar. Depois de uma breve conversa, um deles se deitou e deixou o outro passar por cima dele, e assim nenhum dano ocorreu.” “A moral da história”, comentava Lutero, “é fácil: Fique contente se você for pisado a pés em favor da paz.” Lutero se apressou em acrescentar que estava falando do orgulho e dignidade de uma pessoa, não da consciência dela. Tal atitude resolveria inúmeras dificuldades que enfrentamos, tanto no mundo como na igreja. Mas por que temos tais problemas na igreja?, você poderia perguntar. Não deixamos o mundo para nos unir à igreja? A resposta, uma vez mais, é simples – por causa do pecado! Mas os cristãos não desistiram do pecado para seguir a Cristo? Sim, os cristãos desistiram, mas ser um membro de igreja não é o mesmo que ser um cristão. E ser um cristão não quer dizer que o eu não apareça furtivamente de vez em quando, e cheio de orgulho exija que a sua vontade seja feita na igreja e no lar cristão. Seria maravilhoso se todo membro de igreja alcançasse plena e perfeita santidade no momento em que assinasse o livro da mesma. Mas esse não é o caso. Não só há alguns membros não convertidos, mas até os verdadeiros conversos têm de encarar a realidade de que a santificação é obra de uma vida inteira. Essa verdade, no entanto, não é razão para não se tornar humilde, cheio de consideração e amável hoje mesmo. Deus quer tomá-lo hoje e fazer de você um pacificador para Seu reino. Existe um gracejo que diz: “Viver com os santos no Céu será felicidade e glória. Mas viver com os santos na Terra é geralmente outra história.” Deus chama você hoje para tornar a igreja um lugar diferente do mundo. Ele o chama individualmente para tornar-se um pacificador à semelhança de Jesus.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ESVAZIA-SE

“Não seja sábio aos seus próprios olhos” (Provérbios 3:7). Quando você está cheio de si, Deus não pode enche-lo. Mas quando você se esvazia de si mesmo, Deus tem um vaso útil. Sua Bíblia transborda de exemplos daqueles que fizeram isso. Em seu evangelho, Mateus menciona o próprio nome apenas duas vezes. Em ambos os momentos, ele chama a si mesmo de coletor de impostos. Na sua lista de apóstolos, ele se coloca na oitava posição. João nem sequer menciona seu nome em seu evangelho. Todas as vinte ocorrências do nome “João” são referências ao Batista. O João apóstolo chama a si mesmo apenas de “o outro discípulo” ou “o discípulo a quem Jesus amava”. Lucas escreveu dois dos mais importantes livros da Bíblia, mas nunca sequer mencionou o próprio nome. O rei Davi jamais escreveu um salmo celebrando sua vitória sobre Golias, mas escreveu um poema público de penitência, confessando seu pecado com Bate-Seba (veja o Salmo 51). Então, vemos José. O calado pai de Jesus. Em vez de criar uma reputação para si, fez um lar para Cristo. E, porque o fez, uma grande recompensa chegou a ele. “Ele lhe pôs o nome de Jesus” (Mt 1:25). Pode orar comigo? “Senhor Deus, Tu procuras humildes que estejam vazios de si mesmos. Que o meu coração seja um vaso útil para Ti. Enche minha vida com o Teu Espírito Santo. Que eu me preocupe mais em falar do Teu Nome do que com a minha reputação. Em nome de Jesus, amém!”

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

DOBRADIÇA

Você vai ficar bonito. Porque no fundo o que torna a pessoa verdadeiramente bonita são os seus modos. Com a dobradiça no pescoço, você não vai ter nariz empinado, não será antipático, nem cabeça dura, nem obstinado. A dobradiça modifica a pessoa. Dobra a sua cerviz. Torna-a acessível à crítica, à correção, ao arrependimento, à mudança, à cura, à restauração, à paz de espírito. A mais insistente queixa de Deus contra o povo judeu no Velho Testamento diz respeito à sua cerviz dura, imexível, indobrável: “Tenho visto este povo e eis que é povo de dura cerviz” (Êxodo 32:9). Do último rei de Israel, as crônicas dizem que Zedequias não se humilhou perante o profeta Jeremias, “mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração que não voltou ao Senhor Deus de Israel” (II Crônicas 36:13). Esta foi a gota d’água para o longo cativeiro babilônico. A cerviz dura é um problema realmente sério: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura” (Provérbios 29:1). Somente a dobradiça na parte posterior do pescoço resolve esta questão. Você precisa se abaixar. Todos precisam se abaixar. Sobretudo diante de Deus. Por causa da glória dEle e por causa da miséria nossa. Este foi o pedido de Josué ao povo de Israel, depois da ocupação e da partilha da Terra Prometida: “Inclinai o vosso coração ao Senhor Deus de Israel” (Josué 24:24). Ora, para você se inclinar diante de Deus, você precisa de dobradiça no pescoço. Não se acanhe. Ponha a dobradiça. Você vai ficar bonito no melhor sentido da palavra.

SEPARAÇÃO

“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo ou espada?” (Romanos 8:35). O glorioso capítulo oito de Romanos parte da “não condenação” para a “não separação”. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus”, escreveu Paulo no início do capítulo (v.1). Portanto, já não há condenação por causa de todas as coisas que foram descritas anteriormente: pecado universal, culpa universal, mas salvação universal providenciada. Assim, aqueles que estão “em” Cristo Jesus (ou seja, aqueles que escolheram submeter-se à esfera de ação de Sua graça salvadora) foram libertados da condenação. Paulo prossegue. Com rápidas pinceladas, descreve a nova vida em Cristo, em que o Espírito de Deus habita (v. 2-17). Em seguida, fala dos sofrimentos desta vida que o cristão tem de suportar, mas suportar na esperança da restauração final garantida pela vitória de Cristo (v. 18-30). Percebe-se, então, um crescendo em suas palavras que culmina quando Paulo proclama: “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (v. 31). A resposta é: “ninguém”, “nada”. Nem o acusador, nem o diabo, nem anjo; nenhum problema, preocupação ou perseguição; nem a nudez, a forme, o perigo ou a espada. Ninguém. Nada. Nenhum agente, nenhuma força no Céu ou na Terra. Nada pode nos separar do amor de Cristo. A mão que nos segura nunca nos soltará. Essa mão foi pregada na cruz por nossa causa. Prezado amigo, você se sente fraco? Alguma vez já passou pela sua cabeça que você não será capaz de entrar pelos portões celestiais? Sente-se oprimido pela bagunça à sua volta? Leia novamente as palavras de Paulo. Lembre-se: aquele que escreveu essas palavras sabia muito bem do que estava falando. Ao se referir a tempos difíceis, saiba do que se tratava. Problemas? Sim. Provações? Sim, outra vez. Angústia? Ele conhecia muito bem. Fome? Até mesmo isso. A lista inteira. Ele passou por tudo isso e ainda assim pôde dizer: “Você acha que alguém poderá colocar um obstáculo entre o amor de Cristo e nós? De maneira alguma! Nem os problemas, nem o ódio, nem a falta de moradia, nem os maus-tratos, nem calúnias. […] Nada disso nos assusta porque Jesus nos ama” (Rm 8:35-37,

domingo, 17 de dezembro de 2017

HUMILDE

Tu salvas o povo humilde, mas, com um lance de vista, abates os altivos” (II Samuel 22:28). Este verso faz parte de um cântico de Davi, em ações de graças, depois que Deus livrou o humilde e submisso rei das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Davi estava convicto de que, sem o auxílio divino, não teria alcançado tamanha graça. Há um contraste muito grande entre Davi e Saul, o qual pode ser ilustrado pela seguinte história: Um agricultor levou seu filho a uma plantação de trigo para ser se este já estava pronto para a colheita. Ao olhar detidamente para o trigal maduro, o filho ponderou: “Papai, olhe como esses ramos de trigo mantêm a cabeça erguida. Eles devem ser da melhor qualidade. Mas os que inclinam a cabeça não devem ser tão bons quanto os primeiros”. O pai, ao ouvir tal observação, cortou um cacho de cada tipo e disse: “Veja, rapaz! Este cacho que estava empinado, está magro e quase não serve para nada. Já o que se inclinava modestamente, está cheio do melhor grão”. Saul, à primeira vista, parecia trigo da melhor qualidade. Durante algum tempo, o povo de Israel olhava para ele e se maravilhava diante de sua estatura e beleza. Seu porte era principesco. Com o tempo, porém, se viu que aquele homem tão altivo não passava de palha. Já Davi, embora de aparência humilde, surpreendeu a todos por suas qualidades de caráter. Ele não foi um homem perfeito ao longo de toda a sua trajetória. Cometeu alguns erros graves. Seu coração, porém, era humilde. Quando o profeta Natã o desmascarou, ele se humilhou até às cinzas. Abaixou a cabeça perante Deus e diante da triste realidade em que se encontrava naquele instante. Contrito, escreveu o Salmo 51, que é um poema de confissão e arrependimento. Depois de reconhecer sua pobre condição espiritual, rogou a Deus que lhe desse um coração puro e um espírito inabalável. Uma pessoa pode orar todos os dias e ainda ter a cabeça altiva, cheia de orgulho. Pode ler a Bíblia, pregar belos sermões, cantar hinos e fazer trabalho missionário, mas ter um espírito empinado. Nem sempre se pode detectar essa altivez de espírito. Em alguns casos, é preciso muito tempo para que se descubra quem não é trigo bom. Deus, porém, vê a seara de Seu povo e sabe quem é quem. Peçamos ao Senhor que nos dê o dom da humildade. Ele não quer nos abater, mas quer que sejamos humildes e submissos.

A MANSIDÃO

“Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11:29). As vidas de Moisés, Davi e Paulo são úteis, mas é o exemplo de Jesus que tem extrema importância para os cristãos. A vida de Cristo foi o exemplo por excelência de mansidão. Vemos isso em todos os lugares dos Evangelhos. Percebemos isso em Sua reação com as pessoas, especialmente quando Ele sofreu perseguição, desprezo e escárnio. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, Ele foi capaz de dizer aos que O crucificaram. Sendo Deus, Jesus tinha poder para vingar-Se daqueles que zombavam dEle enquanto morria. Mas Ele preferiu não fazê-lo. Ele preferiu morrer até mesmo por aqueles que estavam maldosamente usando e abusando dEle. Ao mesmo tempo que a mansidão de Jesus é vista em relação a outras pessoas, ela é até mais evidente em Sua submissão ao Pai. Contemple-O no Getsêmani, onde Ele teve finalmente que ficar face a face com a crise da cruz. Três vezes ele orou para permanecer submisso à vontade de Seu Pai. Embora fosse um Homem destemido e de grande firmeza de caráter, Jesus foi submisso a Deus. Sua mansidão estava evidente em tudo que fazia e dizia. Filipenses 2:5-8 é especialmente útil na compreensão da mansidão de Jesus, quando Paulo nos diz para seguir o exemplo de “Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz”. Esta passagem proporciona a cada um de nós um exemplo incrível para seguirmos em nossa vida diária. Jesus era Deus, contudo consentiu em viver a vida terrena, não como um rei que merecia respeito, mas como Alguém que tinha a missão de servir os outros. Isto, meus amigos, é a essência do cristianismo. Deus deseja libertar-nos do orgulho e autossuficiência, para que possamos nos tornar Seus servos e servos de nossos semelhantes

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

GUIA OS HUMILDES

“Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho” (Salmo 25:9). Você já encontrou uma pessoa orgulhosa e justa? O orgulhoso acha que sabe tudo. Não aceita conselhos. Sua vida está tão cheia dele mesmo que não existe lugar para Deus. Como Deus pode guiar uma pessoa orgulhosa? E como essa pessoa pode ser feliz se a felicidade consiste em andar nos caminhos de Deus? O apóstolo Pedro disse, em certa ocasião: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5:5-6). Como Deus exalta uma pessoa humilde? Mostrando-lhe o caminho, falando ao seu coração, conduzindo-a pelas veredas da nobreza, ensinando-lhe a reconhecer seus erros e a pedir perdão, a ser compassivo, a estender a mão para dar uma segunda oportunidade a quem errou. O resultado de tudo isso é que as pessoas passam a admira-la, a ama-la e a segui-la. E assim Deus cumpre Sua promessa de exalta-la. A pessoa orgulhosa, dizia Benjamim Franklin, almoça vaidade, e janta desprezo. O orgulho a conduz, mais cedo ou mais tarde, ao terreno da vergonha e do fracasso. Vida profissional acabada, amizades rompidas. Tudo isso é o resultado de não ter se deixado guiar por Deus. Mariano Aguilo costumava dizer: “Se o homem orgulhoso soubesse como é ridícula a imagem que projeta, até por orgulho aprenderia a ser humilde”. Mas o orgulhoso é incapaz da autocrítica. A humildade é necessária para sermos justos, e você e eu precisamos ser justos, como esposos, como pais, como empregados ou empregadores, ou simplesmente como seres humanos. Não é possível fazer ninguém feliz, sem humildade. Segundo o salmo de hoje, só é possível seremos justos se nos deixarmos ser conduzidos por Deus. Afinal de contas, quando Jesus esteve neste mundo disse: “Aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29). Existem feridas que você abriu? Corações tristes que você magoou? Aprenda de Jesus todos os dias e lembre-se de que Ele “guia os humildes na justiça e ensina os mansos o Seu caminho”.

GLORIA

“Assim diz o Senhor: ‘Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o risco em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-Me e conhecer-Me, pois Eu Sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado” (Jeremias 9:23-24). Todos querem realizar algo significativo na vida. Todos desejam fazer bem as coisas. Quem não quer empreender algo de que valha a pena gloriar-se, mesmo que não sejamos nós a gloriar-nos? Deus diz, entretanto, que devemos gloriar-nos por um único motivo: conhece-Lo. Homens e mulheres do mundo gabam-se de suas realizações. Esses versículos mencionam três coisas das quais as pessoas costuma jactar-se: sabedoria, força e riqueza. Entretanto, ainda que tenhamos todas essas características, não poderemos orgulhar-nos delas como se nós fizéssemos algo grandioso, porque tudo o que temos vem de Deus. A única coisa de que podemos vangloriar-nos é de ter um relacionamento com o Senhor. Só temos potencial para fazer algo grandioso por sermos dEle e porque Seu Espírito habita em nós. Por causa da Sua grandeza em nós, Deus vai realizar grandes coisas por meio de nós. Nossas maiores realizações talvez sejam atos desconhecidos de todos – como interceder em oração ou cuidar dos necessitados -, cujo impacto não compreenderemos deste lado da eternidade. (SO) Vamos orar? “Deus, confesso todo orgulho que tenha em relação a qualquer coisa na minha vida, pois sei que todas as coisas boas vêm de Ti. Ajuda-me a jamais nem mesmo a aparentar orgulho por qualquer outra coisa que não seja o fato de Te conhecer. A única razão pela qual eu tenho potencial para fazer algo bom é que o Teu Espírito Santo habita em mim. Em nome de Jesus, amém!”

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

HERDEIROS

Porque o Senhor Se agrada do Seu povo; Ele adornará os mansos com a salvação” (Salmo 149:4, ARC). A economia política terrena está baseada em segurança e poder. Não está numa quantidade infinita de riquezas. Como resultado, homens e mulheres, em todos os lugares, lutam para obter sua parte – ou, falando honestamente, mais do que a sua parte. Os resultados da agressão e egoísmo humanos são vistos em todo lugar. Nação luta contra nação no cenário internacional, enquanto indivíduos batalham por posição na escala corporativa. Parece que a herança dos mansos não seria grande coisa. A recompensa final de Jesus foi a cruz. E muitos dos Seus fiéis seguidores foram perseguidos, aprisionados e levados à morte. Os jornais diários parecem contradizer diretamente a sentença de Jesus de que os mansos herdarão a Terra. O ponto de vista terreno parece estar posicionado a favor da lei darwinista da selva: a sobrevivência do mais apto. Mas as realidades aparentes não são as únicas realidades. Nem são as realidades definitivas. A promessa da terceira bem-aventurança está no futuro. “Os mansos… herdarão a Terra”, no final de todas as coisas (Mat. 5:5). Mas não será a Terra que conhecemos atualmente, com sua destruição, egoísmo e poluição. Será uma Terra restaurada à sua condição edênica. Será uma Terra na qual não haverá mais tristezas, funerais ou hospitais. Será um planeta que verdadeiramente valerá a pena. Como Isaías diz: “Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo. A areia esbraseada se transformará em lagos, e a terra sedenta, em mananciais de águas” (Is 35:5-7). Não apenas as características físicas da Terra serão diferentes, mas também seus cidadãos. A mansidão será uma característica de todos. Apenas os que têm como característica a mansidão herdarão a Terra.

UM NOVO NOME

“Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que a recebe” (Apocalipse 2:17). Dar nome aos filhos é uma das experiências mais agradáveis e mais importantes para os pais. Não é tarefa para um impulso de momento. Queremos ter certeza de que foi o melhor porque, afinal de contas, é algo que ele ou ela vai levar para o resto da vida. Às vezes, um acontecimento da época, um artista ou desportista influenciam na escolha. Na escola, então, depois de uma semana observando os maneirismos e a fisionomia de seus novos colegas, alguns recebem apelidos (uns carinhosos e interessantes; outros, infelizmente, até mesmo ofensivos). Quando os judeus davam nomes aos seus filhos, não o faziam com a preocupação de que soassem bonitos ou fossem eufônicos, mas que estivessem ligados às circunstâncias do nascimento do filho ou expressassem algum desejo futuro em relação a ele. Mudar de nome era também uma prática bíblica. Abrão, “pai exaltado”, mudou para Abraão, “pai de uma multidão”. Sarai, “minha princesa”, para Sara, “princesa de muitos”. Simão, “o falante”, para Pedro, “a rocha”. Porém, havia outras razões para se mudar de nome. Uma delas era a necessidade de firmar novo laço de lealdade, como no caso de Daniel, que recebeu o nome de Beltessazar, na tentativa de transferir sua lealdade de Deus para Bel, o deus de seus captores. Outra razão era a ocorrência de um grande evento na vida da pessoa. A melhor experiência dentre todos os que mudaram de nome é a de Jacó. Sua natureza conivente de enganador refletia o próprio nome. Enganou o irmão; enganou o pai com a ajuda da própria mãe; enganou e foi enganado pelo sogro. Teve que lutar com Deus para reconhecer sua falta e seu pecado. Cada um de nós receberá um novo nome no Céu. Quem sabe seja um nome com alguma espécie de senha especial, ou um código alfanumérico reconhecido apenas por nós e por Deus para manter nossa identidade. Mas Deus quer mudar nosso nome aqui mesmo. Agora. De “inveja” para “satisfação”. De “orgulho” para “humildade”. De “perfeccionista” para “tolerante”. Ele deseja nos dar um novo senso de valores. Uma natureza renovada. Uma mudança de fé e de planos. Um novo caráter. Deus quer dar “um nome melhor do que filhos e filhas, um nome eterno, que não será eliminado” (Is 56:5). Quer fazer conosco o mesmo que fez com Jacó. Deseja nos dar um nome que não nos faça lembrar os pecados passados. Em lugar disso, vai nos dar um nome comemorativo de nossa vitória.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

PORQUE DESISTIR?

“Por que você está assim tão triste, ó minha alma?” (Salmo 42:5). O salmista enfrentava um momento de ansiedade e depressão e percebeu que estava sem recursos para enfrentar o que havia pela frente. Ele se perguntava: Por que estou querendo desistir? Por que toda essa inquietação? E respondeu confiantemente: “Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda O louvarei” (Sl 42:5). Você já parou no meio da correria do dia a dia e se perguntou: “O que é mesmo que está me preocupando?” Há alguma coisa neste exato momento inquietando seu coração? Está aguardando ansioso o resultado de algum exame médico? Sua noiva foi rude com você? Seu marido está com um comportamento diferente? A filha já devia ter dado notícias e você não sabe onde ela está? Quanta coisa! Às vezes, é um telefonema que nos traz inquietação ou é a percepção de que alguma coisa importante foi esquecida. Ou até a frase de um amigo que, no meio da conversa, pergunta: “Mas é isso mesmo que você quer?” Uma dessas situações ou o conjunto delas dispara dentro de nós um sentimento de ansiedade e temor que pode atrapalhar o dia. A imaginação vai a “mil por hora”. Ficamos como aquela imagem inoportuna aparecendo na tela do computador e clicamos uma e outra vez para que ela desapareça porque está tirando nossa concentração. É uma espécie de pisca-pisca em nosso cérebro, em estado de alerta, sinalizando uma situação preocupante; mas não sabemos muito bem por que estamos nos sentindo assim. Nesse momento, o mais lógico é identificar o que nos preocupa. Não fazer de conta que tudo está bem quando, em realidade, não está. Também não devemos ignorar o que estamos sentindo. Em segundo lugar, precisamos tomar providências para resolver a situação. Isso pode significar um telefonema, uma visita, ir a determinado lugar, gastar um tempo extra fora da agenda daquele dia e/ou conversar com alguém para que o problema seja resolvido. A esperança não está em nós mesmos, mas em Deus. Devemos ir a Ele e permitir que Ele interprete nossos anseios. Quem sabe a situação não seja tão grave assim. Temos que pedir, finalmente, que Ele nos supra de força para enfrentar a situação. Como é bom começar o dia sabendo que temos ao nosso lado alguém que sabe nos tirar do labirinto em que nos encontramos. Coloquemos nossa esperança no Senhor. Ele nos livrará.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

NÃO TENHA MEDO

Vejam, o Senhor, o seu Deus, põe diante de vocês esta terra. Entrem na terra e tomem posse dela, conforme o Senhor, o Deus dos seus antepassados, lhes disse: Não tenham medo nem desanimem” (Deuteronômio 1:21). Muitos dos que ouviam essas palavras haviam passado quarenta anos no deserto. Seus pais se deixaram vencer pelo medo. Como castigo pela ostensiva falta de fé, Deus sentenciou aquela geração à morte: “[…] nenhum dos que viram a minha glória e os sinais miraculosos que realizei no Egito e no deserto, […] nenhum deles chegará a ver a terra que prometi com juramento aos seus antepassados. Ninguém que me tratou com desprezo a verá” (Nm 14:22-23). A nação peregrinou até que todos os rebeldes morressem. Os filhos daquela geração se encontravam agora no mesmo local. Moisés recapitulou o que acontecera, falou-lhes sobre a rebelião de seus pais e sobre sua falta de fé. A nova geração precisava ouvir e compreender. Deus lhes afirmava o mesmo que dissera a seus pais: “Não tenham medo nem desanimem”. Caminhar num relacionamento íntimo com Deus pode ser comparado como entrar na própria terra prometida. Embora seja um lugar bom, também apresenta situações desconhecidas. Seguir Jesus não significa que a vida vai ser fácil. Você ainda terá de combater gigantes, reivindicar território e trabalhar. No entanto, Deus diz: “Não tenham medo nem desanimem”. A razão é esta: “O Senhor, o seu Deus, é quem lutará por vocês” (Dt 3:22). Deus conhece o desconhecido. Conhece os gigantes. Tem o plano de batalha. Tudo o que você precisa fazer é sempre contemplá-Lo em oração e seguir Suas instruções. Ore comigo: “Obrigado, Senhor, por todas as coisas maravilhosas que fizeste, que fazes e que farás por mim. Afasta de mim o medo e o desânimo quando eu olhar para os desafios à minha frente. Obrigado porque Tu vais adiante de mim. Em nome de Jesus, amém!”

RECONSTRUIR

Que tarefa fascinante, extraordinária é juntar tudo de novo. Reconstruir, refazer, recomeçar. É uma nova vida que se faz! Que material precioso é a vida humana! Pode fracassar, cair, levantar, fazer-se em pedaços. Mas você pode se recuperar de novo, reconstruir, reerguer-se. Estou pensando em Maria Madalena, no filho pródigo, na mulher de Samaria, no ladrão na cruz. Vidas quebradas, despedaçadas, que foram reconstruídas pelas mãos do Senhor. Não diga que a sua vida foi destruída. Não fique maldizendo a sua sorte. Deixe Jesus ajuntar os pedaços de sua vida para reconstruí-la novamente.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

VIDA

A vida não tem mais sentido para você? Está cansado de lutar, de sofrer, e não deseja mais viver? Está magoado com a vida, com as pessoas e com você mesmo, chegando até a duvidar do amor de Deus? Amigo leitor, não fixe o olhar em você, e muito menos nas pessoas que o magoaram. Olhe para cima. De lá vem o socorro. Vem a esperança. Vem a força para viver, quando o desejo é morrer. Vem porque Deus o ama, e porque você precisa de Sua força. Vem, porque Ele jamais deixa de lado aquele que em desespero pede Sua ajuda, porque Ele mesmo lhe diz: “Venha a Mim, você que está cansado e sobrecarregado e Eu o aliviarei. Já paguei o preço na cruz do calvário demonstrando todo o Meu amor por você.”

PESSOAS COMUNS

“O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6:8). Você despertou hoje para um dia comum. Nenhum mordomo preparou o seu banho. Nenhuma camareira separou as roupas para você usar. Você não comeu ovos especiais e seu suco de laranja não foi feito com frutas espremidas na hora. Mas, tudo bem; não há nada de especial em relação ao seu dia. Ele é igual a qualquer outro dia. Um dia comum. Então você foi até a garagem e entrou no seu carro comum. Esse carro comum levou você ao seu trabalho comum. Você o leva a sério, mas nunca o chamaria de extraordinário. Você leva uma vida comum. Pontuada por casamentos ocasionais, mudanças de emprego, troféus de competições esportivas e formaturas – alguns poucos destaques – mas basicamente uma rotina que você compartilha com a maior parte da humanidade. E, como resultado, você poderia usar algumas dicas. Você precisa saber como ser bem-sucedido sendo comum. Ser comum tem seus perigos, você sabe. Um rosto na multidão pode se sentir perdido. Você tende a pensar que é improdutivo, imaginando se conseguirá deixar qualquer contribuição duradoura. E você pode se sentir insignificante. Os comuns têm alguma importância no céu? Deus ama as pessoas comuns? Deus responde a essas perguntas de uma maneira bastante incomum. Se a palavra comum é uma ótima descrição sua, anime-se: você está em boa companhia. Ela também descreve a Cristo. Ore comigo: “Salvador precioso, nossa vida parece medíocre e bastante comum. Temos dúvida se somos importantes para o Teu reino. Mas Tu vieste e viveste entre as pessoas mais pobres e mais humildes deste planeta para enviar a mensagem de que o que importa são as pessoas, não as carteiras ou o prestígio. Tu Te importas com o comum, e isso nos inclui”.

domingo, 10 de dezembro de 2017

DEUS É CONTIGO

Diz a Bíblia: “E o Senhor teu Deus é contigo”. Você já pensou no significado dessa afirmação? Se você está desanimado, cansado de viver, se nem tudo está dando certo… pare para pensar e medite nestas palavras da Bíblia: “Esforça-te… tem bom ânimo… o Senhor teu Deus é contigo”. Com fé e confiança entregue seus problemas ao Senhor, e Ele o ajudará a encontrar a melhor solução. Ele o ajudará porque… repito: “O Senhor teu Deus é contigo”. Ele não se esqueceu de você. Ele o aguarda. Em Seu olhar não há perdidos.

NO LIMITE

Amigo ouvinte, se sua situação é desesperadora, se você está no limite de suas forças e não sabe mais o que fazer, então ouça o que Deus tem a lhe dizer neste momento: “Meu filho, você não foi criado para viver angustiado e atormentado. Você foi criado para ser feliz. Eu o amo e estou pronto a ajudá-lo, a sustentá-lo, a fortalecê-lo. Portanto, conte comigo, pois para Mim não há impossibilidades. Eu estou com você hoje, agora, e sempre!! Confie em Mim e seja feliz!”

sábado, 9 de dezembro de 2017

AMANHA

Por mais longa que seja a noite, ela dará lugar a um novo dia, e após a tempestade, o sol volta a brilhar. Aprenda a lição que nos ensina a natureza, pois assim é nossa vida. Há momentos de dor, de infelicidade, de amargura, mas você não deve se desesperar; porque essa situação não é permanente. Ouça o que a Palavra de Deus diz: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Portanto, não se desespere. Esses momentos passarão e você ainda viverá dias melhores, porque Deus o ama e quer vê-lo feliz.

ELE NÃO ESQUECE DE VOCE

De quando em vez ouço o seguinte desabafo: “Tudo vai mal. Ninguém me compreende e Deus se esqueceu de mim“. A esse respeito Jesus contou a história da ovelha perdida. Após um dia de penoso trabalho, um pastor voltava do campo conduzindo as ovelhas para o curral, quando sentiu falta de uma delas. Fechou a porta do curral deixando as 99 em segurança e saiu a procura da ovelha perdida. Após diligente busca, encontrou-a prestes a cair no precipício. Ajoelhou-se, tomando-a em seus braços fortes e levou-a de volta para junto das outras. Esse é o retrato de Jesus, o nosso Bom Pastor. Se você lhe permitir, Ele o tomará em Seus braços porque Ele o ama, e jamais se esquece de você.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

TEMPESTADES

“Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações” (II Coríntios 1:10-11). O barco se inclinava e era arremessado de um lado para outro. A chuva caía do céu noturno a cântaros. Relâmpagos cortavam a escuridão como espadas de prata. Os ventos golpeavam as velas, deixando o barco dos discípulos, “a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas” (Mt 14:24). Seria essa uma descrição precisa, talvez, do estágio em que você se encontra na vida? Talvez tudo o que precisamos fazer seja substituir alguns substantivos… No meio de um divórcio, golpeado pela culpa. No meio de uma dívida, golpeado pelos credores. Os discípulos lutaram contra a tempestade por nove frias e molhadas horas. Por volta das quatro horas da manhã, o inacreditável aconteceu. Eles viram alguém caminhando sobre a água. “’É um fantasma!’ E gritaram de medo” (Mt 14:26). Eles não esperavam que Jesus fosse até eles daquela maneira. Nós também não. Esperamos encontrar Jesus nos devocionais matutinos e na ceia da igreja. Nunca esperamos vê-Lo no meio de um processo legal, da execução de uma hipoteca ou numa guerra. Nunca esperamos vê-Lo numa tempestade. Mas é nas tempestades que Ele realiza Sua obra mais refinada, pois é nas tempestades que Ele tem nossa mais dedicada atenção. (ML)

CANÇÃO

“Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Salmo 84:11, ARA). O Salmo 84 transborda de regozijo pela graça de Deus. Assim como outros salmos, ele foi composto para ser acompanhado por música. Nos tempos modernos, as palavras desse salmo se tornaram um lindo solo em inglês. “Quão amáveis são os Teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!”, exclama o salmista. “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!” (v. 1, 2, ARA). Que contraste com a maneira que geralmente vamos adorar o Senhor! Arrastamo-nos para fora da cama, procuramos um lugar ao fundo da igreja e reclamamos se o pregador passa do meio-dia. No momento, porém, em que a graça de Jesus inundar o coração, no instante em que reconhecermos que Ele nos libertou e O amarmos com todo o nosso ser, ansiaremos por toda oportunidade de adorar e orar. A religião não será um fardo, um peso; ela brotará do coração. Chegou a hora de adorar a Deus em espírito e em verdade, como disse Jesus (Jo 4:24). Chegou a hora de parar de brincar, de ficar em cima do muro que nos separa do mundo e deixar que Deus seja o Senhor de nossa vida. “O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os Teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!”, prossegue o salmista (v. 3, ARA). Ele gostaria de ser um pássaro que faz do Templo o seu lar, sempre perto da presença de Deus. “Pois um dia nos Teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade” (v. 10, ARA). Podemos dizer o mesmo? Qual é o nosso lugar favorito, nossa atividade favorita? É Jesus a pessoa favorita em nossa vida, Seu nome a palavra mais preciosa que sai de nossos lábios, o ato de adorá-Lo a atividade que mais ansiamos realizar? Ele ainda é o nosso sol e o nosso escudo. Devemos estar certos disso. Em Sua luz enxergamos a luz e caminhamos na luz; em Seu calor a vida espiritual cresce vigorosa. Como nosso escudo, Ele nos guarda, protegendo-nos amorosamente porque pertencemos a Ele. “Eu sou o teu escudo”, Ele disse a Abraão (Gn 15:1, ARA) e diz a nós também. Hoje Ele nos oferece graça e glória — a graça para cada situação e a glória da Sua presença. E tudo o que for bom Ele nos concederá.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

DESFILADEIRO

“Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz” (Miquéias 7:8). Você já esteve no desfiladeiro da morte? Já foi chamado a ficar junto da linha tênue que separa os vivos dos mortos? Já ficou acordo, à noite, ouvindo as máquinas bombearem ar para dentro e para fora de seus pulmões? Já assistiu à doença corroer e atrofiar o corpo de um amigo? Já ficou para trás no cemitério, muito tempo depois que os outros partiram, olhando incrédulo para o caixão com o corpo que continha a vida de alguém que você não acredita que morreu? Se assim for, esse desfiladeiro não lhe é estranho. Você já ouviu o sibilo de seus ventos. Já ouviu as perguntas dolorosas “por quê?” e “Para quê?” ricochetearam sem resposta pelas escarpas. Já chutou pedras da beirada e esperou pelo som da queda, que nunca chega. Se Deus é Deus em qualquer lugar, Ele tem de ser Deus perante a morte. A psicologia popular pode lidar com a depressão. A conversa motivacional pode lidar com o pessimismo. A prosperidade pode tratar da fome Mas somente Deus pode lidar com nosso dilema final: a morte. E somente o Deus da Bíblia tem a coragem de ficar à beira do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele tem de ser Deus perante a morte. Do contrário, não é Deus em lugar algum. Ore comigo: “Senhor Deus, quando eu me vir perante o desfiladeiro da morte, quero me lembrar de que Tu és Deus em qualquer lugar. Estás no controle de todas as coisas. Nem sempre estou preparado para receber respostas para minhas perguntas. Algumas coisas vão muito além de minha compreensão. Ajuda-me a aceitar Tua soberania e lembrar que ela é permeada por Teu amor. Em nome de Jesus, amém!”

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

ELE ESTEVE

“Foi por isso que Ele teve de assumir a vida humana de forma integral. Então, quando se apresentou diante de Deus como sacerdote principal, para tirar os pecados da humanidade, Ele já havia experimentado toda a dor” (Hebreus 2:17-18 AM). Jesus foi criado numa nação desprezada, entre pessoas oprimidas, numa cidade obscura. Ele viveu numa casa simples. Foi um trabalhador comum, com aparência comum. Ele já esteve lá. Você é pobre? Jesus sabe como você se sente. Você está no último degrau da escala social? Ele entende. Já se sentiu usado? Cristo pagou impostos a um imperador estrangeiro. Ele já esteve lá. Ele entende o que significa obscuridade. Mas e se a sua vida não for obscura? E se você tem uma empresa para gerir ou uma classe para liderar? Ainda assim Jesus compreende? Certamente. Ele recrutou e supervisionou sua própria organização. Setenta homens e mais uma grande variedade de mulheres O procuravam em busca de liderança. Você faz orçamentos, lidera reuniões e contrata pessoas? Cristo sabe que a liderança não é fácil. Seu grupo incluía um zelote que odiava romanos e um coletor de impostos que trabalhava para eles. A mãe de dois de Seus principais homens exigiu tratamento especial para seus filhos. Jesus sabe como é o estresse da liderança. Ore comigo: “Senhor Jesus, Tu não ficaste do lado de fora de nosso mundo; Tu entraste nele. Não olhaste apenas para a louca confusão da vida; Tu entraste nela. Tu viveste uma vida comum que refletiu o Teu amor pelas pessoas simples e comuns. Descansamos seguros no conhecimento de que Tu sabes como nos ajudar porque vieste entre nós”.

CONSUMIDOS

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” Lamentações 3:22-23 Não importa o que você fez no passado, ou no dia de hoje, Deus te ama mesmo assim. Só Ele conhece teu coração e sabe o que você guarda ai dentro no teu íntimo. Jesus morreu no teu lugar, para perdoar o teu pecado e Ele te convida para deixar tua culpa de lado, entregue teu sentimento aos pés da cruz e receba do amor do Pai. Deus é fiél e nos dá oportunidade para recomeçar, pois a cada manhã tudo se renova. Confissão: Amado Pai, obrigado pelo Seu amor, que é incondicional. Não importa o que fazemos ou deixamos de fazer, o Senhor sempre vai nos amar. Não importa quem somos ou quem deixamos de ser, o Senhor nos ama mesmo assim. O Senhor nos amou primeiro, enviou a Jesus, seu único filho, para dar a própria vida, como prova do Seu amor por todos nós. Afasta de mim todo sentimento de culpa, vergonha e derrota, afasta toda imagem negativa que eu tenho de mim mesmo. Não há outro acima de ti, tu és a razão do meu viver. Te amo Jesus.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

NÃO HA AMOR MAIOR

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13). O que levou Jesus a morrer por você e por mim? Foi Seu amor por nós. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. Além disso, Jesus ainda ofereceu Sua vida por Seus inimigos, por aqueles que O odiavam e até pelos que O mataram. Deu a Si mesmo por você e por mim. Seu amor é imutável. “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João13:1). Embora soubesse qual discípulo O trairia, Ele ainda amava a Judas. Foi o amor de Cristo que comoveu o coração de Pedro e o trouxe de volta, penitente. É impossível compreender um amor incomparável como esse. Certa vez as cataratas do Niágara cessaram de fluir por causa de um congestionamento de gelo no rio. O arco-íris esmaeceu e o trovejar das águas se aquietou. Mas nunca houve um momento no qual o amor de Deus para com Seus filhos tenha deixado de fluir, porque Seu amor por você é maior do que o amor de sua mãe ou de seu pai. Não há pais no mundo que tenham amado seus filhos tanto quanto Deus ama a você e a mim. Pensar em oferecer um dos meus filhos para salvar um amigo – não consigo compreender ou penetrar essa ideia! Ainda assim, Deus amou tanto nosso mundo pecaminoso que fez algo ainda maior. Sacrificou Seu Filho, Seu único Filho. Não entendo esse tipo de amor. Você entende? Uma coisa que tem me ajudado é minha experiência com minha própria família. Amei meus filhos antes que eles soubessem qualquer coisa sobre o meu amor, e é assim que acontece com o amor de Deus por nós. Ele nos amou antes que pensássemos em amá-Lo. “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I João 4:10). Deus o ama! Ele o ama tanto que deu, e Seu Filho deu também. Ele planejou muita coisa para você, se você tão-somente aceitar esse amor. No início Deus poderia ter impedido a entrada de qualquer tipo de pecado, mas então as pessoas no mundo não teriam tido uma escolha. Nosso destino eterno ainda depende de nossa própria escolha. Se alguém se perder, não terá sido porque Deus não o amou, mas o resultado de ter resistido ao amor tanto do Pai quanto do Filho.

O SISTEMA SOLAR

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Efésios 2:8-10). Graça, fé e obras. Quanto se discutiu, e ainda se discute, a respeito desses termos. Somos salvos pela graça e pelas obras, ou apenas pela graça? Se for apenas pela graça, então onde ficam as obras? E que dizer da fé? É algo pelo qual podemos receber crédito? Realmente é tentador pensar que a graça, a fé e as obras formam um triângulo – um triângulo com um lado (graça) mais longo do que os outros, mas ainda assim um triângulo. Tentador, mas errado. Num triângulo, a soma de dois lados será maior do que o lado restante. Mas isso não é verdade aqui. A combinação de fé e obras nem sequer se iguala à grandiosidade da graça. Devemos pensar nessa questão como um sistema solar divino, sendo a graça o Sol e a fé e as obras planetas separados que giram em torno desse grande astro. Há apenas um Sol, pois existe apenas um Sol da justiça (Ml 4:2). No universo da salvação não há espaço para a glória humana; a glória que não vem de Cristo não pode ser a glória refletida por Ele. Unicamente a Sua graça – ilimitada, imensurável, ampla e gratuita – nos concede a esperança da vida eterna. Recebemos a salvação como um presente, não por mérito pessoal. Para outra analogia, leia a linda declaração de Ellen White: “Este vestido [a veste da justiça de Cristo] fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana” (Parábolas de Jesus, p. 311). Nenhum fio – nem um sequer! Não podemos nos gabar de absolutamente nada. A fé é um planeta do sistema solar divino. A fé não vem de nós mesmos para que não sejamos tentados a nos orgulhar disso. A fé em si é um do Deus da graça, um dom que nos capacita a dizer sim à graça quando todos ao nosso redor escolhem dizer não. No sistema solar divino também existe outro planeta – as obras. Assim como a fé, as obras provêm do Sol da graça, Jesus. Ao dizer sim para Ele, Sua luz brilha sobre nós e em nós, transformando-nos, renovando-nos, recriando-nos à Sua imagem. Ele reflete a glória de Deus: assim, ficamos cada vez mais semelhantes a Ele. O sistema solar divino possui três elementos – o Sol da graça e os planetas da fé e das obras.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

MISERICÓRDIA

“O Filho do homem […] não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20:28). Jesus se ajoelha diante de um de Seus discípulos. Ele desata uma sandália e gentilmente ergue o pé e o coloca na bacia, cobre-o com água e começa a banhá-lo. Um a um, um pé sujo atrás do outro, Jesus segue pela fila inteira. Horas antes da própria morte, a preocupação de Jesus é singular. Ele quer que Seus discípulos saibam quanto Ele os ama. Mais do que remover sujeira, Jesus está removendo dúvida. Jesus sabe o que acontecerá com Suas mãos na crucifixão. Aqueles 24 pés não passarão o próximo dia seguindo seu Mestre, defendendo sua causa. Aqueles pés correrão atrás de um abrigo diante do brilho de uma espada romana. Ele sabe que, pela manhã, enterrarão a cabeça de vergonha e olharão para os pés com desgosto. E, quando o fizerem, Ele quer que eles se lembrem de como dobrou Seus joelhos e lavou-lhes os pés. Quer que eles percebam que aqueles pés ainda estão limpos. “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá” (Jo 13:7). Notável. Ele perdoou os pecados deles antes mesmo de eles os terem cometido. Ele ofereceu misericórdia antes mesmo de eles a procurarem. Ore comigo: “Senhor Jesus, Tua infinita misericórdia foi derramada em minha vida. Assim como perdoaste uma dívida que eu jamais poderia pagar, decido perdoar a dívida dos outros”.

DEUS GLORIOSO

“O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo” (Êxodo 33:11). Moisés faz um pedido a Deus: “Peço-Te que me mostres a Tua glória” (Êx 33:18). Por que Moisés queria ver a grandeza de Deus? Faça a você mesmo uma pergunta similar. Por que você olha para o pôr do sol e pondera sobre o céu de uma noite de verão? Por que você busca um arco-íris na névoa ou olha para as belezas naturais? Como explicamos nossa fascinação por visões como essas? Beleza? Sim. Mas a beleza não aponta para um maravilhoso Alguém? A imensidão do oceano não sugere um Criador imenso? O ritmo de migração das aves ou das baleias não aponta para uma mente brilhante? E não é isso o que desejamos? Um Criador maravilhoso? Um Criador imenso? Um Deus tão poderoso que pode comissionar os pássaros e comandar os peixes? Cruzamos uma linha quando fazemos tal pedido. Quando nosso desejo mais profundo não está nas coisas de Deus ou não é um favor de Deus, mas sim o próprio Deus, cruzamos um limite. Menos foco em nós, mais foco em Deus. Menos de mim, mais dEle. Ore comigo: “Senhor gracioso, tal como Moisés, desejo ver Tua grandeza e Tua glória. Quero Te conhecer melhor, Senhor. Quero me concentrar menos em mim mesmo e mais em Ti. Em nome de Jesus, amém!”

domingo, 3 de dezembro de 2017

LIVRE

Muitos de nós vivemos com um temor secreto de que Deus está bravo conosco. Em algum lugar, em algum momento, em alguma igreja, ou algum show de televisão convenceu-nos de que Deus tem um chicote atrás das cosas e uma palmatória no bolso, e que Ele irá nos agarrar quando tivermos ido longe demais. Nenhum conceito pode ser mais errado! O Pai do seu Salvador o ama muito e quer apenas partilhar o Seu amor com você. Você poderia usar o ar fresco do perdão de Deus? Gostaria de viver novamente sob a aprovação de Deus? Como você o faz? Admitindo genuinamente a Deus que você errou, sabendo que Ele o ama mais do que odeia seus erros. E sabendo que Ele perdoará esses erros.

VIDA TRANSFORMADAS

Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5:17). Pessoas podem ser transformadas. Essa é uma verdade que atravessa as Escrituras desafiando o determinismo. Veja o exemplo de Judá, filho de Jacó, no fim de Gênesis. Judá foi um dos que maquinaram a morte de José. Embora não fosse o mais velho, ele aparece como líder entre seus irmãos. Poderia tê-los dissuadido do grande pecado que estavam para cometer, mas ele se omite. José é lançado em um poço e vendido para o Egito. Com calculada frieza, todos eles, com a aprovação de Judá, mentem para o pai, com uma túnica encharcada em sangue falso. Considere agora Judá e seus irmãos, na presença de José, quando os fios de uma história que parecia encerrada aparecem em uma nova trama. José é uma conhecida autoridade do Egito. Para testá-los, ele aprisiona Benjamim, seu único irmão da mesma mãe. Judá se adianta para representar os outros que estão aterrorizados. Fala de seu envelhecido pai e revela quanto ele ama o filho mais novo, cuja mãe morrera em seu nascimento. Descreve o custo emocional que fulminaria o patriarca se o filho mais jovem não voltasse. Judá usa a palavra “pai” catorze vezes, em dezesseis versos (Gn 44:19-34). A eloquência de seu apelo é comovente. Ele menciona a idade avançada do pai, mantido vivo como que por uma linha tênue. Propõe substituir o jovem (v.33), como um tipo do próprio Messias, que viria de sua linhagem. O que transformara sua vida? Antes insensível, agora desesperadamente tenta evitar um novo golpe sobre o pai. A ação do Espírito Santo o tornara substancialmente amadurecido, sábio e compassivo. Ele próprio sofrera a dor da perda de um filho (Gn 38:6-10). Ele entendeu o que suas ações de 20 anos antes haviam causado. Ele sabia que seu pai ainda demonstrava favoritismo, amando Benjamim mais do que amava ele e os outros irmãos. Mas isso não provoca mais sua ira. Ele sabia que nunca iria mudar o pai. Ele apenas tinha poder sobre as próprias ações. Judá aprendera a perdoar e amar seu pai, colocando as necessidades dele em lugar das duas. Judá era um novo homem, e isso teve poderoso efeito sobre José, que começou a perceber como Deus estivera guiando cada detalhe de eventos confusos. Querido ouvinte, não importa quem você seja hoje, você pode ser transformado em uma nova criatura, uma pessoa inteiramente nova.

sábado, 2 de dezembro de 2017

PLASTICA DO CARATER

Se você não guardou a imagem e semelhança de Deus, se você se extraviou, se você se corrompeu, se você se meteu em muitas complicações, se você perdeu o pudor, se você se acostumou com a sujeira, se você é dependente de álcool e droga, se sua vida sexual é contrária à natureza, se você perdeu a graça e a beleza de tudo, se você desceu todos os degraus da degradação, se você se acha perdido, se você se encontra no fundo do poço, se você não tem mais caráter – leia este texto: “Venham, vamos discutir o assunto até o fim! Por mais fundas e feias que sejam as manchas dos pecados que vocês cometeram, Eu posso limpar essas manchas completamente! Vocês ficarão limpos e brancos como a neve que acabou de cair. Mesmo que seus pecados sejam vermelhos como sangue, Eu os deixarei brancos como cal!” (Isaías 1:18, A Bíblia Viva). Ao contrário do que escreveu o pessimista brasileiro Millôr Fernandes, de que só há plástica no rosto, no seio, nas nádegas, na careca e na papada “e nenhum Pitangui para inventar uma plástica de caráter” – existe, sim, um Deus que faz plástica no caráter. Não há termos de comparação entre Deus e o Dr. Pitangui. Deus conhece o modelo original e o seu grande propósito é transformar não só o caráter, mas o homem todo de glória em glória até ser semelhante a Ele, igual ao corpo glorioso do próprio Jesus (II Coríntios 3:18, Filipenses 3:21 e I João 3:2).

UM TRAPACEIRO REDIMIDO

“Mas Deus demonstra Seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8). Jacó foi o trapaceiro profissional dos patriarcas. Por duas vezes ele escondeu o jogo de seu irmão, Esaú, a fim de escalar a árvore genealógica. Trapaceou o próprio pai para garantir um presente que, de outro modo, jamais teria recebido. Mais tarde, engambelou o sogro tomando-lhe seu melhor rebanho e, quando ninguém estava olhando, pegou esposas, filhos e bens, e caiu fora. Para ele os fins sempre justificavam os meios. Sua consciência estava calejada o bastante para deixa-lo dormir, e seus pés eram rápidos o suficiente para mantê-lo sempre um passo à frente das consequências. Ainda assim, nós o vemos no hall da fama dos heróis da fé, em Hebreus 11:21. Como isso aconteceu? Foi um processo longo e doloroso para ele e sua família. Mas, do sujeito que impôs condições em Betel (“Se Deus estiver comigo […] então o Senhor será meu Deus” [Gn 28:20-21]), ele se transformou no homem maduro que teve um encontro com Deus, recebeu um novo nome – Israel (Gn 32:28) – e, por fim, edificou em Canaã um altar para “Deus, o Deus de Israel” (Gn 33:20, RA). Jacó é a prova de que ninguém está fora do alcance do poder redentor e transformador de Deus.

SALVADOR

“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo” (Romanos 7:18). Há tempos atrás, li em alguma revista, a história dum violento e cruel assassino, “o rei dos criminosos”. Certo dia, no presídio, pediu um livro para ler. Como não acharam o que queria, o capelão lhe indicou a Bíblia: – “E esse livro, você já leu? Vale a pena ler”. – “Se você soubesse quem sou, não me perguntaria isso. Esse livro nada tem a ver comigo”, respondeu. – “Conheço bem a sua fama, por isso lhe dou a Bíblia; ela o ajudará”. – “Não me ajudará, pois já não tenho mais sentimentos”, insistiu o preso; e, esmurrando a porta, gritou: “Meu coração é tão duro como este ferro; nada nesse livro pode me tocar”. – “Você quer um coração novo?”, perguntou o capelão, lendo, em seguida, Ezequiel 36:26. Admirado com o que ouviu, o homem leu o texto várias vezes. No dia seguinte, confessou que nunca imaginara que Deus pudesse lhe falar tanto e, naquela mesma noite, lhe dar um novo coração. E seguiu a história com experiências vividas por um homem regenerado… Um grande pecador encontra um grande Salvador! Foi atingido pela infinita graça de Deus que é suficiente para apagar grandes ou pequenos pecados. Louvemos ao Senhor por “Suas misericórdias que são a causa de não sermos consumidos… não têm fim, renovam-se cada manhã” (Lm 3:22,23).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ARREPENDIMENTO

“Mas reconheça o seu pecado; você se rebelou contra o Senhor, o seu Deus, e ofereceu os seus favores a deuses estranhos, debaixo de toda árvore verdejante, e não me obedeceu”, declara o Senhor (Jeremias 3:13). Não há nada mais pesado que o pecado. Só percebemos isso quando sentimos seu peso esmagar nossa alma. Só entendemos quanto ele é destrutivo quando nos despedaçamos contra a parede que ele ergueu entre Deus e nós. Por isso, é sempre melhor confessar o pecado assim que nos damos conta dele e purificar nosso coração de imediato. A Bíblia nos alerta: “Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração” (Tg 4:8). A confissão tem por objetivo apresentar o pecado diante de Deus. Ao confessá-lo, você não está dizendo nada que Deus não saiba. Ele conhece todas as coisas, mas deseja que você se conscientize de que errou o alvo. Confessar, porém, não é apenas desculpar-se. O pedido de desculpa nem sempre é acompanhado de um coração arrependido, e muitas vezes não passa de formalidade. A verdadeira confissão acontece quando alguém admite o erro cometido e arrepende-se de tê-lo feito. Em suas orações, fale de suas fraquezas para Deus e peça que Ele o ajude a realizar mudanças onde elas são necessárias. Deseje purificar seu coração conforme Ele ordenou em Sua Palavra. Peça-lhe que abra seus olhos para o que você precisa ver a fim de admitir seus pecados, confessá-los e deles se arrepender.

DEUS PERDOU VOCE.

Li, algum tempo atrás, que os cientistas descobriram que a parte mais profunda do oceano está além da costa da Ilha de Guam, no Pacífico. 11.033,17 metros de profundidade! Isso tem um profundo significado para os cristãos. Especialmente para mim. A Bíblia garante que Deus lança nossos pecados nas profundezas do mar. Ou seja, os pecados confessados estão tão distantes quanto os mais de onze quilômetros abaixo da superfície. Isso conforta meu coração e ao mesmo tempo me intriga. Conforta, pois confio no perdão do céu. E intriga porque não consigo entender como aquele que confessa o pecado a Deus resiste em aceitar esse gesto de misericórdia oferecido por Ele. Quando carregamos um contínuo sentimento de culpa por atos errados (já confessados) não estamos crendo verdadeiramente na garantia de que Deus cumpre o que promete. Se esse é o seu caso, lembre-se: Deus perdoa e esquece, por que, então, você insiste em lembrar? Eles estão “lá”, inclusive os meus, “no fundo do mar”. O Maior interessado já esqueceu. Perdoou. Ele sempre faz a obra completa! “Perdoe-se”. Aceite o perdão divino e seja uma nova criatura!

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PERDOA A SI MESMO

“Quando nosso coração nos faz sentir culpados, ainda assim podemos ter paz diante de Deus. Ele é maior do que nosso coração e sabe todas as . Compreendemos o perdão de Deus; chegamos até mesmo a perdoar os outros; mas, quando se trata de perdoar a nós mesmos, somos como aquele credor da parábola: rigorosos e austeros com nós mesmos. Tornamo-nos nosso próprio juiz e nos sentenciamos de maneira inflexível. É como naquelas histórias em que aparecem monstros que estão hibernando e, quando menos se espera, despertam e saem destruindo tudo o que encontram pela frente. Eles se assemelham mais ou menos a esses sentimentos de culpa por alguma coisa que fizemos e da qual ainda não nos perdoamos. Quando menos esperamos, o “monstro” desperta e aparece para ameaçar nossa paz e tirar nossa alegria. Pergunte a psicólogos, pastores, capelães de penitenciárias: Qual é o grande fardo que as pessoas levam? Isso mesmo: não conseguem se esquecer do mal que fizeram. Será que temos coragem de olhar para o passado, chamar o pecado pelo nome, sem querer nos inocentar do que fizemos? Temos a dolorosa convicção de que Deus esperava outra coisa de nós? Ao ficar frente a frente com aquilo que fez, você está pronto para pedir perdão e perdoar a si mesmo? Se insistirmos em não perdoar a nós mesmos, estaremos demonstrando acreditar que o poder dos nossos pecados é maior do que o poder de Deus. Que a morte de Jesus e Sua expiação não foram suficientes para nós. Que Ele não pode fazer tudo. Que necessita da minha ajuda. De que pecado ou erro você ainda não foi capaz de se perdoar? Por que não se entregar à graça de Deus e permitir que Ele o libere desse peso, e dizer: “Senhor, ajuda-me a aceitar Tua graça”? Nossa convicção deve ser: “Deus me perdoou e pela Suas graça eu também me perdoo”. Hoje você pode orar: “Senhor, me disseste que estou totalmente perdoado, e hoje eu admito que nunca me perdoei por …………… (Mencione o pecado que está sempre voltando à sua mente). Agora mesmo eu escolho não apenas crer no que disseste, mas também perdoar a mim mesmo. De uma vez por todas, quero me sentir livre deste fardo”.

NECESSIDADES

O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. FILIPENSES 4.19 É da vontade de Deus que todas as nossas necessidades sejam supridas. Todas elas! Filipenses 4.19 inclui todas as suas necessidades (todas mesmo!), quer sejam espirituais, físicas, materiais ou financeiras. Creia nisso! Caso alguém imagine que Deus não Se preocupa com nossas necessidades financeiras, este versículo está colocado em um contexto que considera as questões materiais e financeiras. Leia-o, e você verificará que os filipenses levantaram uma oferta em dinheiro e bens para enviar a outros cristãos. Paulo dizia-lhes: “Porque vocês têm dado aos outros e os têm ajudado, meu Deus suprirá todas as suas necessidades”. Portanto, Paulo falava a respeito de questões materiais e financeiras. Podemos orar com ousadia, pedindo condições financeiras para pagar nossas obrigações! Suprir todas as nossas necessidades é da vontade de Deus! Confissão: “Quando oro a respeito de questões financeiras, oro de conformidade com a Palavra de Deus – a Sua vontade. Logo, creio que Deus me ouve. É assim que fala a Sua Palavra. Se eu sei que Deus ouve tudo que peço, sei que recebo aquilo que Lhe tenho pedido. Conforme a Palavra de Deus, recebi a minha petição. Dou graças a Deus por isso!”

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PERDOADOS

“Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9 Paulo, falando de sua própria experiência no grande conflito, disse que havia uma luta dentro de sua consciência: o seu homem espiritual lutava contra o homem físico e vice-versa. É que a velha natureza, ainda dentro dele, gostava de pecar. Ele se achou um miserável. (Romanos 7:18-24). Temos a mesma luta? Então compreendemos por que a Bíblia diz que todos pecaram, que nossa justiça é como trapos de imundícia e que ninguém pode operar sua própria salvação, assim como o leopardo não pode mudar a cor da sua pele. Quer dizer, estamos espiritualmente mortos e, logicamente, o físico também. A morte espiritual permanente resultará na morte eterna. Qual a saída para tão difícil situação? Voltar a Deus e reatar nossas relações com Ele mediante Seu Filho Jesus. Ele está ansioso que O busquemos e desejoso de nos perdoar e “purificar de toda injustiça” se confessarmos nossos pecados. Então Ele virá ao nosso coração por meio do Seu Espírito. Sentimos Sua influência e desejo de sermos entes espirituais; nossa mente, ou coração, se transforma e começamos amar a Deus e aos homens. Isto se chama conversão. Devemos converter-nos cada dia, várias vezes por dia. Não é aconselhável viver pecando o mesmo pecado cada dia; o poder espiritual poderá ser assim neutralizado. Aconselhou o apóstolo João: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.” Sim, é melhor não pecar, mas como isso é quase impossível, e João o sabia, ele continua: “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados…” (I João 2:1). O pecado é um desvio do caminho certo e sempre que pecamos nos desviamos de Deus; a conversão é deixar o desvio perigoso e voltar ao caminho original, a Deus! Qualquer um de nós necessita converter-se, voltar para Deus quando peca. Podemos ser bons membros de igreja, fiéis em tudo, mas se pecamos, ainda que secretamente, precisamos converter-nos e voltar a Jesus, o único que com Sua justiça pode cobrir nossa vergonhosa condição de pecador. Mas só o faremos se o amor a Deus estiver bem dentro do nosso coração. Por isso é muito importante sabermos que Deus nos ama para que O amemos e O busquemos. Só Deus nos pode justificar. Ele o faz por meio de Jesus. Por isso necessitamos ir a Jesus. Ele deve ser o Meio, o Centro, o Primeiro e o Último em nossa vida espiritual e física. Estamos convertidos sempre que O temos em nosso coração.

VERDADEIRAMENTE LIVRE

Se confessarmos os nosso pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9). “O poço da graça de Deus deve ter um fim”, pensamos. “Uma pessoa pode pedir perdão apenas determinado número de vezes”, contesta nosso senso comum. “Saque um número grande demais de cheques de misericórdia e, mais cedo ou mais tarde, um deles será devolvido por falta de fundos!” O diabo adora essa linha de pensamento. Se ele puder nos convencer de que a graça de Deus tem fundos limitados, chegaremos à conclusão lógica. A conta está vazia. Deus trancou a porta que leva à sala do Seu trono. Bata quanto quiser; ore quanto quiser. Não há acesso a Deus. Nada alimenta mais o medo do que a ignorância em relação à misericórdia. Posso ser franco? Se ainda não aceitou o perdão de Deus, você condenado a sentir medo. Nada pode livrá-lo da corrosiva percepção de que desconsiderou seu Criador e desobedeceu às Suas instruções. Nenhuma pílula, nenhuma conversa estimulante, nenhum psiquiatra nem posso alguma pode acalmar o coração do pecador. Você pode amortecer o medo, mas não consegue removê-lo. Somente a graça de Deus pode fazê-lo. Tendo recebido o perdão de Deus, viva perdoado! Quando Jesus liberta, você fica verdadeiramente livre.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

DIFERENÇAS

Pense bem, seria muito melhor se todas as pessoas pensassem e agissem do mesmo jeito, não é? Não, não seria. Imagine um mundo em que, mesmo as pessoas sendo diferentes fisicamente, pensassem e falassem as mesmas coisas, tivessem as mesmas ideias e sonhassem os mesmos sonhos? Se a raça humana fosse assim, seria horrível viver, porque todas as pessoas seriam autosuficientes, afinal para que se relacionariam com outras se fossem exatamente iguais? Nesse cenário, predominaria a arrogância e a falta de respeito. As pessoas seriam "descartáveis", porque qualquer uma serviria e ninguém teria nada de especial. E ainda perguntamos: "Por que as pessoas não pensam igual a mim?", enquanto deveríamos agradecer a Deus por ter nos feito assim. Ele pensou em todos os detalhes de cada ser humano, tanto as características físicas como as que definem a personalidade. Deus nos fez únicos. Então, onde está o problema? Parece que está nos relacionamentos. Como pessoas totalmente diferentes podem se relacionar de forma pacífica e equilibrada, a fim de que todos os envolvidos sejam beneficiados? Memorize esta pergunta. Grupos são formados sempre a partir de objetivos comuns entre as pessoas, por isso vemos grupos de jovens que se vestem da mesma maneira, grupos de adultos que se reúnem para uma atividade comum e assim por diante. Porém, nenhum grupo sobreviveria se não existissem as diferenças. Se todos os seus amigos fossem iguais a você, eles não acrescentariam nada em sua vida, não haveria expectativas, você não seria surpreendido nem mesmo em uma piada. Aprenda isto: somente as diferenças permitem que as pessoas sejam valorizadas por sua individualidade. Assim, todas as pessoas de um grupo possuem o seu valor, o que as torna únicas e potencialmente transformadoras. Se não houvessem as diferenças, não seria possível compreender o valor de cada pessoa. Obviamente, as diferenças sempre gerarão conflitos e o objetivo nunca deve ser eliminá-las, mas sim amá-las. Relembrando a pergunta, como pessoas totalmente diferentes podem viver harmoniosamente? Pelo amor. Em Romanos 12:3-5, a Palavra de Deus ensina que não devemos pensar de nós mesmos acima do que convém para que não nos tornemos arrogantes. Além disso, os versículos 4 e 5 dizem a respeito da vida em como igreja de Cristo: "Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros". É necessário que suportemos uns aos outros em amor com humildade e mansidão (Efésios 4:2), amando as diferenças. Você deve ter aprendido nas aulas de física que os polos semelhantes se repelem e os polos contrários se atraem. Da mesma forma, as diferenças nos complementam e fazem-nos crescer em amor.

LIBERDADE

Para milhões de pessoas, nenhuma palavra soa tão bem quanto "liberdade". Nos comerciais de televisão, anuncia-se que a compra de um automóvel ou uma viagem àquele destino paradisíaco trarão a liberdade de que o telespectador tanto precisa. Datas festivas, como a da independência de um país, também são saudadas como símbolos de liberdade, e boa parte dos hinos nacionais a mencionam. Políticos, homens de negócios, publicitários, vendedores, chefes militares – todos sabem como usar essa palavra para chamar a atenção de seus públicos e atrair interesse. Sim, poucas palavras são tão comuns e, ao mesmo tempo, carregam tamanho significado. A palavra liberdade também é encontrada diversas vezes nas Escrituras e na tradição cristã. Qualquer crente que conheça minimamente a Bíblia já se deparou com versículos que dizem coisas como "a verdade vos libertará" (João 8.32) e que "é para a liberdade que Cristo vos libertou" (Gálatas 5.1). Logo, liberdade não é um tema apenas patriótico ou humanitário; é, também, um valor presente no Evangelho. Infelizmente, muitas pessoas confundem dois conceitos de liberdade bastante distintos. O conceito bíblico é bem diferente do significado cultural do termo, apesar de serem facilmente confundidos. E nenhum desses é o mesmo que "livre-arbítrio". Isso pode ser confuso para o cristão comum que deseja saber o que é a verdadeira liberdade. Seria a prerrogativa de ter escolhas? Seria a ausência de limites e restrições? Ou é o poder de fazer o que se deseja? E em que sentido Cristo nos liberta, e em que isso difere daquilo que a mídia, constantemente, nos promete? No âmago do Evangelho cristão repousa uma incômoda verdade: a de que, para sermos livres, precisamos abrir mão de tudo o que a cultura secular nos oferece como fonte de liberdade. O Evangelho, ao que parece, requer uma distinção entre o prazer da verdadeira liberdade e a simples posse do chamado livre arbítrio. Não que o livre arbítrio ou a independência da tirania seja algo ruim; apenas, nenhuma dessas coisas representam a verdadeira liberdade. Esta, segundo o Evangelho, se encontra na obediência. E não é exatamente essa a imagem retratada na cultura popular. Agostinho, o grande pai da Igreja, ensinava que a liberdade verdadeira não se trata de poder para escolher ou falta de restrições, mas sim, de sermos aquilo que fomos chamados a ser. Os seres humanos foram criados à imagem de Deus; a liberdade verdadeira, portanto, não é encontrada ao nos distanciarmos dessa imagem, e sim, se a vivenciarmos. Quanto mais nos conformamos à imagem de Deus, mais livres nos tornamos – em contrapartida, quanto mais nos distanciamos disso, mais perdemos nossa liberdade. De uma perspectiva cristã, então, a liberdade – paradoxalmente – é um tipo de cativeiro. Martinho Lutero foi quem expressou essa verdade da melhor maneira, desde o apóstolo Paulo. Em seu tratado de 1520, A liberdade de um cristão, o reformador sintetizou a ideia em poucas palavras: "O cristão é o senhor mais livre de todos e não está sujeito a ninguém; o cristão é o servo mais obediente, e está sujeito a todos". Em outras palavras, de acordo com Lutero, por causa do que Cristo fez e por causa de sua fé no Salvador, o cristão se tornou completamente livre da escravidão da lei. Ele não precisa fazer nada. Por outro lado, em gratidão pelo que Jesus fez por ele e nele, o cristão está preso no serviço a Deus e ao próximo. Ele tem a oportunidade de servi-los com alegria e liberdade. Logo, quem não entende o significado dessa oportunidade simplesmente não experimenta a alegria da salvação. Foi isso que Lutero quis dizer. OBEDIÊNCIA E SERVIDÃO Pulando do século 16 para o 20, e de um reformador do magistério para um teólogo anabatista radical, temos John Howard Yoder escrevendo, em A política de Jesus, acerca de "subordinação revolucionária". Segundo ele, não é possível encontrar a verdadeira liberdade focando em nossos próprios direitos, mas sim, entregando-os livremente, sendo servos de Jesus Cristo e do povo de Deus. Tudo isso, claro, é bastante difícil para ocidentais do século 21 engolirem. Somos herdeiros do Iluminismo, vítimas de uma lavagem cerebral feita pela ênfase da modernidade no individualismo e na liberdade. Somos bombardeados, desde a infância, com a mensagem de que a liberdade significa autoafirmação, reivindicação de nossos direitos, ausência de restrições e senhorio sobre nós mesmos. A maior virtude defendida pela sociedade contemporânea é a de "ser verdadeiro consigo mesmo". Em outras palavras, é como se cada um dissesse, o tempo todo: "Não me limite!". Acontece que nenhuma verdade é mais difundida nas Escrituras e na tradição cristã do que a de que a verdadeira liberdade se encontra na obediência e na servidão. E, ao mesmo tempo, nenhuma verdade está mais em desacordo com a cultura moderna. Nesse ponto, nos encontramos diante de duas alternativas: a mensagem do Evangelho a respeito da verdadeira liberdade versus a mensagem cultural da autonomia e do "vivo como quero". O contraste que há entre a verdade do Evangelho e seu substituto satânico começa a se desenrolar em Gênesis, na história da criação e da queda. De acordo com Gênesis 2, Deus deu liberdade aos primeiros seres humanos: "De toda árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás". Condicionados como estamos pela modernidade e sua obsessão por autonomia, nossa primeira reação é o questionamento: "Como isso pode ser liberdade?" - afinal, para nós, liberdade com limitação não é liberdade. Sabemos, entretanto, como esse tipo de liberdade foi compreendida por Adão e Eva, assim como por toda a raça humana. Trata-se de uma história de vergonha, alienação, inimizade e morte – em suma, a antítese absoluta da liberdade. Em Paraíso perdido, John Milton parodiou a raiva da humanidade por causa de suas limitações na declaração de Lúcifer: "Melhor reinar no inferno do que servir no céu!". Fica a questão: Quando Adão e Eva estavam mais livres? No Jardim do Éden, quando podiam comer de todas as árvores, exceto uma? Ou depois, quando perderam o Paraíso e ficaram "livres" para comer de tudo o que quisessem? As implicações do ocorrido no início são inevitáveis: a verdadeira liberdade é encontrada apenas através da obediência a Deus e da comunhão que a acompanha. Já sua perda se dá com a autoafirmação, o desejo idólatra de cada um governar seu "pedacinho de inferno", em vez de desfrutar das bênçãos do favor de Deus. Toda a narrativa bíblica pode ser lida como um drama sobre a liberdade e sua perda através do desejo e da tentativa do ser humano de aproveitar uma autonomia irrestrita. Tome-se como exemplo as frequentes rebeliões de Israel e sua consequente perda de proteção divina; ou a atitude de Davi diante de sua redescoberta da alegria na obediência às leis de Deus; e também os chamados de trombeta dos profetas para que Israel e Judá guardassem a lei do Senhor – e a subsequente perda da liberdade do povo, por ter insistido em fazer as coisas à sua maneira. Em nenhum outro trecho bíblico esse contraditório tema ficou mais claro do que no Novo Testamento. Jesus disse a seus discípulos: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á". E, mais uma vez, ele disse aos que o seguiam: "Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo" (Mateus 20.26-27). É verdade: o apóstolo Paulo falou diversas vezes sobre nossa libertação, em Cristo, de uma obrigação externa, ou seja, da lei. A confiança em Jesus é, de acordo com ele, a única base para um relacionamento correto com Deus. Por outro lado, ao longo de suas epístolas, ele nos aconselha a abrir mão de nossos direitos e liberdades em prol da propagação do Evangelho e da proteção da consciência das outras pessoas. Paulo encontrou a verdadeira liberdade ao abrir mão de seus direitos: "Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais" (I Coríntios 9.19). AMOR SACRIFICIAL O tema da liberdade através da obediência e servidão é tão predominante no Evangelho que é difícil deixá-lo passar despercebido. No entanto, isso, muitas vezes, acontece devido à ênfase dada à autonomia por nossa cultura. Então que tipo de obediência traz a liberdade verdadeira? Em primeiro lugar, e contrariamente à opinião popular, não se trata de uma obediência imposta. Não se trata de obedecer à vontade de Deus porque tememos as consequências da desobediência. A obediência ao Evangelho é sempre voluntária. No momento em que a obediência a Cristo se torna penosa, ou mero conformismo relutante, não é mais a obediência do Evangelho. Somente quando a obediência é prazerosa, resultado de gratidão, ela proporciona liberdade verdadeira, a que vem quando somos aquilo que fomos criados para ser. Em segundo lugar, a obediência que traz liberdade verdadeira é motivada pelo amor sacrificial. Yoder descreve profeticamente esse tipo de servidão como "subordinação revolucionária", onde cada crente busca o bem dos outros sem tentar fazer valer seus próprios direitos. Em uma comunidade onde todos vivem dessa forma, em gratidão a Jesus Cristo, capacitados pelo seu Espírito, a verdadeira liberdade é abundante. Então, qual a relação de tudo isso com o e tem como livre arbítrio? Liberdade, então, não significa nada além de livre arbítrio? É claro que não. Se, por "liberdade" queremos dizer a liberdade do Evangelho – na servidão, tornamo-nos aquilo que Deus deseja de nós, na obediência a Cristo e em nossa transformação à sua imagem, algo bem mas profundo que o simples exercício do livre arbítrio. Isso é algo em que arminianos – e que creem que o homem é livre para escolher – e calvinistas, que acreditam na escravidão da vontade e soberania absoluta de Deus, poderiam concordar. Os arminianos evangélicos acreditam que a verdadeira liberdade transcende o livre arbítrio, que, nessa análise, seria simplesmente da capacidade dada por Deus para escolhermos a verdadeira liberdade, oferecida pela graça, ou a rejeitarmos devido à nossa obstinação egocêntrica. Nem todos os cristãos creem no livre arbítrio. Lutero era um deles. Mas não é essa a questão. Quer alguém creia ou não, a liberdade verdadeira é outra coisa, e não contradiz o livre arbítrio; ela simplesmente o transcende. Todos os cristãos concordam que a autêntica liberdade, aquela que procede da obediência a Cristo e da conformidade à sua imagem, é um dom de Deus que iremos desfrutar plenamente quando formos glorificados com ele. É sobre isso que Paulo fala em Romanos 7: aqui na terra guerreamos entre a "carne" – a natureza caída – e o Espírito, dom de Deus, que habita em nós. Nesse ínterim, enquanto aguardamos nossa plena glorificação, crescemos em liberdade apenas ao trocarmos uma atitude de submissão à lei por um novo coração que se deleita em obedecer a Cristo. Pela graça de Deus, e com a ajuda de seu Espírito, podemos perceber uma liberdade ainda maior do pecado e da morte. Mas a liberdade em sua plenitude só vem após nossa ressurreição. Teólogos chamam de "santificação" o processo pelo qual se experimenta gradualmente a autêntica liberdade antes da morte. Há muitas opiniões divergentes a respeito de quão intensa e completa tal liberdade pode ser antes da ressurreição. Todos, porém, concordam que a liberdade verdadeira é um dom que recebemos aos poucos, ao longo da vida. Paulo foi claro em sua carta aos crentes de Filipos: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". A salvação, em outras palavras, é tanto dom quanto missão. O "porque" usado por Paulo indica que o dom está na base da missão. Somos chamados, em um exercício de livre arbítrio, a obedecer e servir. Trata-se de uma decisão nossa. GRAÇA x LIVRE ARBÍTRIO Por outro lado, sempre que experimentamos essa liberdade maior que vem da obediência genuína e somos conformados ao caráter de Cristo, nos tornando servos verdadeiros, reconhecemos que é tudo devido à obra de Deus em nós. É esse o paradoxo da graça e do livre arbítrio. A graça de Deus, que deseja nos conceder a liberdade, está presente, desde o momento da nossa conversão. A graça nunca nos falta, nem precisa ser reforçada. Mas pode, no entanto, ser bloqueada por atitudes e hábitos indevidos, ressentimentos e atitudes egoístas. Cabe a nós encontrá-los – com a ajuda do Espírito, é claro – e trabalhá-los através de um processo de arrependimento e submissão. O livre arbítrio, assim, é uma condição necessária a esse processo, mas não o resultado final. Tal processo não leva à autonomia absoluta, mas sim, a uma liberdade crescente do jugo do pecado e da morte. Já estamos livres da lei e da condenação; portanto, a liberdade para nos tornarmos o que Deus planejou é trabalho dele e nosso também – a glória, porém, é toda do Senhor. O Evangelho é uma boa nova incondicional. Não precisamos fazer algo ou obedecer a alguém; isso seria horrível. Não; o Evangelho trata-se, de fato, de poder fazer algo, o que é sempre positivo. Trata-se do que podemos ter à medida que permitimos, de bom grado, que Deus, através do seu Espírito, faça sua obra em nós: a certeza da vitória sobre o pecado e a morte. Apenas quando abraçarmos essa vitória – e renunciarmos a todas as reivindicações para governar nossas próprias vidas – é que seremos verdadeiramente livres.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

PORTA DE SAÍDA

A Palavra de Deus ensina que os crentes formam a família de Deus. O Corpo de Cristo, no modelo bíblico, deve perseverar na caminhada cristã em unidade de espírito e em amor, assim como os fiéis da Igreja primitiva estavam unidos em torno da doutrina dos apóstolos, do partir do pão e da oração, conforme o relato de Atos 2.42. Dessa forma, quem é salvo por Cristo e, assim, pertence à família da fé, o organismo místico que congrega aqueles que um dia foram lavados pelo sangue do Cordeiro, precisam permanecer unidos para funcionarem adequadamente. Nunca se viu uma orelha ou um pé andando por aí, sozinhos, porque se cansaram do corpo do qual faziam parte! A própria parábola da ovelha perdida, registrada em Lucas 15, demonstra que a vontade do Senhor é de que nem um crente sequer fique separado do rebanho. A Carta aos Hebreus ainda admoesta o cristão a não abandonar a sua igreja local, como era o costume de alguns já naquela época. No entanto, o que temos observado nos arraiais evangélicos é algo bem diferente disso. Já é comum encontrarmos, em nossas igrejas – ou melhor, fora delas –, crentes que se cansaram de ser corpo. Os mais variados motivos são alegados; alguns dos quais, muito razoáveis, como fadiga espiritual, cansaço com modelos eclesiásticos pesados e opressores demais, frustração com a falta de resultados da espiritualidade na vida prática etc. Há quem, ainda, alegue motivos de ordem pessoal, como a intenção de se dedicar mais a projetos próprios ou o desejo de congregar em grupos mais restritos e homogêneos, longe do burburinho eclesiástico. Não há como deixar de fazer juízos de valor acerca de cada uma dessas afirmativas, mas é preciso, para ser justo, avaliar algumas delas à luz do Evangelho e da própria trajetória recente do movimento evangélico no Brasil. Houve um tempo em que a conversão era tratada como um assunto sério. Tornar-se crente implicava em renúncia. O recém-convertido era estimulado a dar espaço à ação do Espírito Santo em sua vida e abandonar a prática deliberada do pecado. O crente era conhecido como o sujeito que abandonou a bebida, o fumo e a dissolução para viver em novidade de vida, de acordo com os ensinos da Palavra de Deus. E esse processo passava, necessariamente, pela igreja. Essa ruptura com o mundo gerava no indivíduo uma noção arraigada de pertencimento ao grupo pelo qual conhecera o Evangelho. Pelo batismo, o novo crente se vinculava a uma família de fé – a igreja local – e nela construía, ou reconstruía, a sua vida. Era na igreja que ele conquistava amizades profundas e duradouras. As atividades eclesiásticas ocupavam boa parte de sua agenda, e uma das prioridades essenciais era participar dos cultos, colaborar e submeter-se, em amor, às lideranças e desenvolver ministérios voltados para a congregação. Assim, a pessoa, juntamente com sua família, passava anos e até décadas numa mesma denominação, o que gerava uma inarredável identidade confessional. "Sou batista"; ou "sou assembleiano"; ou, ainda, "pertenço à Igreja Quadrangular", era o tipo de resposta que um evangélico dava acerca de sua confissão. Havia identidade com o grupo. A igreja era uma extensão da vida do indivíduo, importante e relevante referência pessoal. Isso está cada vez mais raro. Nos últimos anos, é possível constatar muita gente se tornando evangélica sem se converter. Busca-se uma igreja ou leva-se para ali uma oferta financeira ou o dízimo em busca apenas de uma recompensa material. As novas igrejas neopentecostais, justamente o grupo religioso que mais cresceu no país nas últimas décadas, redefiniram a conversão. Ser salvo, hoje, não significa ser salvo do pecado, do inferno, da inimizade com Deus, mas sim, ser salvo da dívida, da doença e da pobreza para uma vida de prestígio e sucesso financeiro. Assim, o crente, transformado em consumidor, circula de igreja em igreja em busca dos melhores produtos – e exige ser atendido imediatamente, como um cliente zeloso que paga a fatura e quer levar o produto. Não existe mais interesse e nem tempo para se construir um projeto de vida espiritual a médio e longo prazos. O crente moderno tem pressa em ser atendido. Se não o for num lugar, partirá em busca de outras opções. Com isso, a experiência do sagrado passa a ser múltipla, ao invés de ligada a um ou, no máximo, poucos grupos eclesiásticos ao longo da vida. "Os migrantes religiosos geralmente recusam laços de pertença definida, e apegam-se a crenças e práticas que lhes parecem melhor adequar-se a si e ao estilo de vida que escolheram", diz o professor Alessandro Bartz, da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo (RS). E, diante do fracasso das soluções mágicas, um grande contingente acabas abandonando tudo, passando a engrossar as estatísticas dos desviados da fé. PORTA AFORA As próprias igrejas, muitas e muitas vezes, se encarregam de empurrar seus membros porta afora. Não há prestação de contas à congregação, tanto das questões financeiras quanto morais, e a enorme distância entre o pastor e a ovelha é uma constante. O fiel não encontra na igreja aquele ambiente acolhedor para suas angústias e carências espirituais; ao contrário, o ambiente é competitivo, com membros passando a perna uns nos outros em busca de cargos e notoriedade, e isso acontece também devido a modelos adoecidos de liderança. Além disso, não há propostas estimulantes e falta uma mensagem relevante, que ofereça alternativas interessantes àquilo que os membros, sobretudo os mais jovens, encontram fora da igreja. Assim, o culto se torna um ajuntamento chato e sem sentido, com a repetição de liturgias e jargões desprovidos de sentido prático e de uma espiritualidade genuína. Ao mesmo tempo, o crente sofre o assédio do hedonismo, vertente filosófica da era pós-socrática que professa que o prazer é o bem supremo da vida. Alguém já disse que três coisas movem a sociedade brasileira: sexo, cartão de crédito e drogas. Muitos crentes não escapam disso. Surgiu no seio da Igreja Evangélica brasileira uma geração que não tem mais qualquer disposição para sofrer pelo Evangelho. A busca da gratificação imediata ocupa um espaço considerável na agenda de muitos. As próprias músicas cantadas hoje demonstram tal atitude. Uma delas diz: "Sei que hoje é meu dia, chegou a minha vez". Verbos e termos importantes da fé cristã – como esperar, sofrer, compartilhar, humilhar-se e arrepender-se – foram substituídos por outros, mais de acordo com os tempos em que vivemos: conquistar, vencer, tomar posse e determinar. O grupo dos desigrejados não para de se avolumar, também, porque uma grande parte da Igreja brasileira perdeu o interesse pelo ensino da Palavra de Deus. O livro A cabana, best-seller de William P.Young, fala com desdém sobre a Escola Bíblica dominical, centenária instituição cristã que deveria estar na base de qualquer igreja que se confessa cristã. Hoje, no entanto, tudo o que muitas igrejas precisam é de um salão com dois banheiros. Não há preocupação em montar uma estrutura de ensino para se atender crianças, adolescentes, jovens e adultos em suas necessidades de conhecimento da Palavra. Geralmente, são muitos cultos por dia, algo que impossibilita o ensino sistemático e consistente da Bíblia. Existe hoje, no Brasil, uma Igreja Evangélica que não conhece mais a sua história, suas origens e sua teologia. Esses herdeiros da Reforma Protestante desconhecem por completo suas doutrinas, tais como a justificação pela fé, a eleição, a regeneração e a graça salvadora. Por isso, sua crença é débil, sem fundamentação nas Escrituras e na tradição cristã, e faltam-lhe alicerces seguros. Por outro lado, mesmo naquelas denominações onde o estudo da Palavra e a mensagem são consistentes, outras situações são alegadas pelos membros para se afastarem delas: são as contrariedades, decepções ou conflitos comuns a qualquer agrupamento humano, e não deixaria de ser assim nas igrejas, formadas que são por seres humanos. Porém, não era assim há tempos atrás. Se algo não ia bem numa igreja – se o fiel fosse maltratado pelo pastor ou por algum irmão, ou se suas expectativas não se cumpriam, ele aguardava, e por muito tempo, em oração e resignação. Sua esperança era de que Deus "faria a obra", mudando as coisas, transformando os corações e promovendo o reencontro. Ao mesmo tempo, o crente insatisfeito insistia em permanecer na igreja, colaborando, na medida do possível, para a melhoria das coisas e a escolha de prioridades que lhe pareciam mais acertadas. Ele sabia esperar. Suas raízes estavam fincadas ali e não era qualquer luta que o removeria do lugar onde Deus o colocara. OVELHAS SOLITÁRIAS É pena que a mentalidade evangélica tenha mudado tanto, e para pior. Milhões de evangélicos hoje, no Brasil, e principalmente nos grandes centros urbanos, estão, constantemente, circulando de igreja em igreja. Não criam raízes, não conseguem cultivar relacionamentos e são avessos aos compromissos que naturalmente surgem do relacionamento entre o fiel e sua igreja: a frequência aos cultos, a colaboração financeira, o envolvimento nas atividades congregacionais e o engajamento nos projetos da comunidade. Há muita gente, hoje, que prefere visitar uma mega-igreja de vez em quando e simplesmente diluir-se na multidão. Ali, a pessoa entra e sai sem ser notada ou cobrada de alguma coisa. E quanto àqueles que preferem o chamado "Cristo em casa", ou seja, uma vivência de fé circunscrita ao próprio indivíduo, à sua família ou, no máximo, a um pequeno grupo de amigos que pode ser tudo, menos igreja? Para estes, congregar em uma igreja é algo arcaico e desestimulante. Preferem uma vida de crente não praticante, restringindo sua espiritualidade a práticas devocionais isoladas, sem a boa e enriquecedora troca de experiências e testemunhos, sem discipulado, sem orientação pastoral. Para estes, o risco do esfriamento completo da fé é mais elevado – afinal, ovelha, sozinha, é presa mais fácil para o lobo.

CONFRONTE

 CONFRONTE! "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto" (Prov 27:5) Há uma impressão equivocada sobre o cristão a respe...