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domingo, 31 de julho de 2016

GETSÊMANI

GETSÊMANI, LUGAR DE CONQUISTA EM JESUS Mc 14.32 a 42 Jesus em sua angústia orava no Getsêmani, clamando a Deus. Nesse tempo de pavor e angústia, o Mestre deu um comando aos seus discípulos: “Ficai aqui e vigiai”. Muitas vezes recebemos orientação para “despertar”, mas fazemos o que a nossa alma quer – descansar, ficar no conforto, dormir. Jesus não descansou nem quando foi para morrer por nós. Hoje o Senhor nos pede para não dormir, não relaxar, mesmo Ele estando conosco. DORMIR * Estar entregue ao sono. * Estar imóvel. VIGIAR * Estar atento. * Estar de sentinela. * Estar acordado. Jesus deu um comando e seus discípulos fizeram exatamente o contrário. 1. A CONQUISTA PELO PREÇO DA CRUZ Mc 14.41 – “... Basta! É chegada a hora...”. Os discípulos de Jesus estavam prestes a presenciar a maior conquista de todos os tempos, fruto do amor incondicional do Senhor por nós. Precisamos visualizar nossa conquista, independente das circunstâncias e nos posicionar, para termos êxito na Visão de Deus. Se não estivermos atentos, quando ela chegar não saberemos o que fazer. 2. O CUMPRIMENTO DA ESCRITURA Mc 15.28 – “E cumpriu-se a escritura que diz: Com malfeitores foi contado”. Vemos que junto a Jesus, naquela cruz, havia dois ladrões e enquanto um queria ser salvo o outro blasfemava. Da mesma forma é hoje, muitos desejam ser salvos, mas, por outro lado, muitos ainda blasfemam contra Deus. Não podemos achar que as pessoas que nos rodeiam e que ainda não conhecem a Jesus não se converterão nunca, ao contrário, precisamos abrir a nossa boca e declarar que todos eles serão salvos. Ninguém ficará de fora do projeto do Senhor. 3. PELO SANGUE DE JESUS SOMOS LIVRES PARA CONQUISTAR Mc 15.38 – “O véu do templo se rasgou-se em duas partes, do alto a baixo”. Jesus, em seu infinito amor, derramou seu sangue por nós, nos deixando livres para conquistar. Devemos demonstrar a nossa gratidão e buscar agradar ao Senhor, levando sua Palavra àqueles que ainda não a conhecem, e por isso vivem cativos. Não fique dormindo, esperando ouvir Deus lhe chamar, corra para os braços do Pai. Chegou o tempo de conquistar!

DEUS CURA FERIDAS.

Deus Cura Feridas!! Salmo 42:1 a 3: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?” Todos nós temos, em nosso corpo, marcas Raiz de amargura que contamina, às vezes, passa de geração para geração. Há famílias inteiras contaminadas com raiz de amargura, com perturbação. O Pai contaminou o filho. O filho contaminou o neto. O neto contaminou o bisneto; e são famílias amarguradas. São famílias que não conseguem ser felizes. Quem já passou dissabores e decepções com pessoas próximas, sabe o que significa Trair é uma maldade. Também. Se o cônjuge traído sempre foi fiel e fica sabendo da situação, instala-se uma dor de difícil cura. Abre-se uma ferida cheia de “pus” de ódio, tristeza, estranheza, sensação de estar casado agora com um inimigo, “sangra” muito. O que era íntimo, fica afastado; o que era confiável, fica desconfiado; o que era amigo, parece inimigo; o que era conhecido, fica estranho. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face”. Salmos 42:5 “Porque assim diz o alto, o sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e no Santo Lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos”.Is. 57:15. EXISTE CURA PARA ALMA DOENTE! “É Ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças.” Sl 103.3 “Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas.” Sl 147.3 I. Existem dois grupos de doentes da alma: 1. Os que admitem; 2. Os que ignoram; Deus Ele tem o remédio certo para nos curar. Três coisas devem-se fazer: • Entender a dor. • Expressar através do desabafo. (Jeremias 17:14) “cura-me”. • Resolver através da forma correta. Requer-se espera ou ação, deve-se pedir a direção, a intervenção de Deus e com os olhos da fé, crer na vitória

sábado, 30 de julho de 2016

ANALFABETISMO CONJUGAL

“Um dos maiores desafios que os casais de hoje enfrentam, quer sejam casados ou não, é o analfabetismo conjugal. Muitos casamentos fracassam ou deixam de atingir seu pleno potencial porque os casais nunca aprenderam o que realmente significa o casamento. O entendimento que possuem é muito superficial ou moldado pela filosofia do mundo em vez de pelos princípios de Deus, ou ambos. O relacionamento no casamento é uma escola, um ambiente de aprendizagem no qual ambos os parceiros podem crescer e se desenvolver ao longo do tempo. O casamento não exige perfeição, mas deve ser lhe dada prioridade. O casamento possui o potencial de expressar o amor de Deus no seu mais pleno nível possível na terra. Quando duas pessoas totalmente diferentes unem-se, vivem e operam como só uma, amando, perdoando, compreendendo, suportando e entregando-se um ao outro generosamente, aqueles que as observam de fora irão ver pelo menos um pouco o que significa o amor de Deus”. Tirado do livro: Proposito e o poder do Amor e do Casamento – Myles Munroe O analfabetismo conjugal acontece quando perdemos o privilegio de buscar nas Escrituras Sagrada o verdadeiro sentido do casamento. O casamento é uma aliança dada por Deus a todo que deseja se casar. Casamento é um compromisso com a pessoa amada, sendo assim, viver o amor é decidir sempre amar aquela que Deus te deu como companheira. A Bíblia diz: “Maridos, amai vossa mulher, como também em Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela”(Ef 5.25). Comentário do Pastor Nilton Marques Por que devo permanecer casado? O que é estar casado? “Não há nada pior no mundo do que um mau casamento e, ao mesmo tempo, nada melhor do que um bom casamento” Por isso pense bem antes de casar! Dialogue muito com a pessoa com quem deseja se casar para não sofrer a desilusão de viver ao lado de alguém bucólico e sem sonhos. No entanto o casamento é uma das maiores escolas de aprendizado que Deus nos deu e pode ser um lugar onde marido e esposa se refinem. A matéria bruta é gradualmente lapidada até que haja um profundo, polido e mais perfeito trabalho harmonioso, que satisfaça ambos os indivíduos. Contudo isso leva algum tempo, energia e esforço significativos Essa é uma alegria que começou no Genesis e continua perpetuando até hoje; o relato de Genesis diz que a razão do casamento é: “Por isso deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). A pergunta que vem por quê deixar pai e mãe? Por causa dessa combinação misteriosa, obrigatória, de identidade e alteridade. Depois de examinarmos, tanto quanto possível, todas as outras criaturas no mundo, Deus acaba nos apresentando uma criatura especial, que mexe com nossa imaginação e balança a nossa alma e que nos faz entender a beleza da vida. A mulher. Que toca profundamente em nós do que qualquer outra coisa. Embora a pessoa possa ser muito diferente de nós de diversas maneiras importantes, mesmo assim há algo dentro de nós que reconhece o outro como osso de nossos ossos e carne de nossa carne semelhante a nós em um nível bem mais profundo do que a personalidade. Estar casado é saber que a pessoa quem estou faz parte de mim e da minha vida até que morte nos separe. A necessidade de amar Estar casado não significa ser levado para a linha de frente do amor, mas ser mergulhado no centro do assunto. É dia-a-dia encarar a necessidade de renovar, em níveis cada vez mais profundos, com confiança e fé, aquela aterradora e impossível decisão momentânea, que somente um poderia ter feito quando o outro estava caminhado nas nuvens de tanto amor e fora de si. Não é resignação a um fado, mas a livre e espontânea aceitação de um presente, de um desafio e de um destino. É alguma novidade se as pessoas não podem agüentar a pressão? Esta pressão somente pode ser controlada pelo amor, e sempre em doses crescentes. O casamento envolve renovação diária e continua de uma decisão, uma vez que é tão imprevisível e humanamente impossível desfrutá-lo, exceto pela graça de Deus. O PERIGO DO CASAMENTO Texto: Cantares de Salomão: 2.15 No versículo 15, “apanhar” está no imperativo, é uma ordem. Deus utilizou uma palavra forte para referir-se a esse perigo em nosso relacionamento. As raposinhas são invasoras indesejáveis que invadem sorrateiramente o casamento e podem destruir a pureza de nosso amor e a preciosidade de nosso relacionamento. Um casamento saudável e feliz tem de ser protegido. Temos de estar a postos e apanhar tudo o que possa ferir a delicada e vulnerável união que estabelecemos. Qual a aparência dessa raposa? Deixe-me observar rapidamente sete delas, que podemos chamar de sinais de aviso de um casamento em perigo. Aviso no 1: O casamento enfrenta problemas quando os papeis de marido e mulher se invertem ou são desrespeitados. Deus fez o homem para ser homem, marido e pai. Um homem jamais deve pedir desculpas por ser homem. Deus fez a mulher para ser mulher. Esposa e mãe. Nenhuma mulher deve pedir desculpas por ser mulher. Pense: ninguém desempenha o papel de um homem tão bem quanto um homem, e ninguém desempenha papel de uma mulher tão bem quanto uma mulher. Homens estão sofrendo uma crise de identidade. Nos dias atuais, os homens lutam contra a própria masculinidade. O dr. Peter Karl afirma: Os homens estão desamparados e inseguros; e cada vez mais regressam ao tipo clássico do menino crescido que espera receber os cuidados maternos. Um homem sábio que se prepara para o casamento busca orientação num homem mais velho mais sábio, que seja marido e pai bem-sucedido. Uma mulher sabia procurará outra mulher para orientar-se quanto ao casamento. Aviso nº 2: O casamento enfrenta problemas quando não se alimenta de comunicação regular e genuína (a raposa do silencio). Para o casamento ser saudável e vibrante cinco áreas exigem atenção constante: comunicação, finanças, sexo, filhos e relacionamento com os familiares do cônjuge. Se algum dos quatro últimos itens enfrentar problemas, podem anotar: a comunicação foi interrompida. Caminhar juntos por uma vida toda exige que conversemos de modo regular. Aviso nº 3: O casamento enfrenta problemas quando forças ou pessoas de fora do casamento invadem o tempo importantíssimo de que os dois necessitam para ficar a sós e edificar e manter um relacionamento saudável. Há uma raposa nova nas matas que anda causando um dano muito grave nesse aspecto. Ela se chama internet. A internet está se tornando um solo fértil para o adultério, dizem os especialistas que pesquisam o padrão de relacionamentos extraconjugais. Mulheres que não trabalham fora, quando estão nas salas de bate-papo, falam sobre todas as questões pessoais que escondem dos maridos. A intensidade dos relacionamentos on-line das mulheres pode “galgar os degraus da imaginação com uma rapidez tamanha a ponto de as levar a crer que encontraram a alma gêmea. Essas relações podem chegar a um grau de intensidade que pode ameaçar o casamento, mesmo quando não há sexo. As ligações na web implicam três elementos do caso extraconjugal emocional: segredo, intimidade e química sexual. Pioneiros na área aconselha que os parceiro deve discutir sua amizade com seu cônjuge e deixe-o ler seus e-mails se ele estiver interessado. Crie uma caixa postal eletrônica em conjunto com ele para que seu amigo/a da internet não forme idéias equivocadas. Não troque fantasias sexuais on-line. Tome cuidado com quem e onde você gasta seu tempo. Isso é um bom indicador de onde está seu coração. Aviso nº 4: O casamento enfrenta problemas quando as necessidades pessoais e reais sendo supridas cada vez mais fora da relação conjugal. Tanto o homem quanto a mulher têm necessidades básicas inerentes à estrutura de seu ser. O homem, por exemplo, necessita que a esposa o admire e o realize sexualmente. A mulher necessita que o marido lhe dê afeto e diga coisa intimas. Quando não recebemos isso de nosso cônjuge, podemos ser tentados a procurar em outra pessoa. Isso é o que abre a porta para um caso amoroso. Este chega aos poucos e devagar, quase despercebido. É uma das raposas mais mortíferas que pilham nossa vinha. Se seu cônjuge não está suprindo suas necessidades, fale com Jesus. Como cristão, afirme como Filepenses 4.13. Aviso nº 5: O casamento enfrenta os problemas quando os votos do matrimonio são considerados condicionais, quando ele não é mais visto como uma aliança sagrada diante de Deus e começa-se a considerar o divorcio uma solução possível para uma situação infeliz. (raposa da fadiga) Um filho perguntou a seu pai: papai você acha que você e a mamãe vão se divorciar algum dia? Por que essa pergunta. Ele me respondeu que um de seus amigos, sempre alegre e bem falante, naquele dia chegar à escola triste e calado. Por que na escola ele ouviu de seu amiguinho que seu pai abandonou sua casa e que sua mãe estava triste. Então o pai disse para seu filho: eu sua mãe jamais se divorciariam, pois quando nos casamos estávamos bem convictos da promessa: “Até que a morte nos separe”. Esse incidente só reforçou de quanto é importante que pai e mãe permaneçam juntos, fazendo o melhor para o sucesso do casamento. Assim que se começa a cogitar a idéia de que a relação pode ser condicional, que depende da facilidade de cada um e pode-se lançar mão da porta de escape do divórcio a qualquer momento, o casamento passa a navegar em águas muito perigosas. O ser humano tende a buscar a saída mais fácil, e o divórcio é a saída mais fácil das crises matrimoniais. É preferível ao árduo e necessário trabalho de manter um casamento saudável. Aviso nº 6: O casamento enfrenta problemas quando o homem e a mulher deixam de compreender, valorizar e desfrutar a grande e significativa diferença entre um e outro. (raposa do desentendimento) Essa raposa leva-nos a segunda grande categoria de raposas: as raposas da diferença. Homem e mulher são de fato diferentes, e são diferentes em aspectos significativos. Vamos salientar seis. Ouvir é uma tarefa difícil para o homem. Contudo, isso faz a mulher feliz. Em geral os homens ficam intimidados, pois não são tão bons nessa arte quanto as mulheres. As mulheres, no entanto, consideram o diálogo importante para o coração e a alma. Os homens têm a tendência de relatar fatos. As mulheres estão muito mais interessadas em compartilhar sentimentos. Os homens sentem-se compelidos a oferecer soluções. As mulheres querem afirmação e compromisso. As mulheres são muito sutis e veladas na conversa, e os homens, infelizmente, não reagem bem insinuações. O tom da voz da mulher, a maneira de olhar e a linguagem corporal especifica podem falar mais algo do que as palavras. Homem que não percebe esses sinais não-verbais é reprovado na comunicação e será fonte de frustração para a mulher. Não temos bem certeza de por que isso ocorre, embora alguns insinuem que se deva ao encolhimento do cérebro. Homem e mulher se relacionam de maneiras diferentes no que se refere ao romance. Para os homens ele é altamente visual – é o que eles vêem. Para as mulheres, o romance é extremamente relacional e pessoal – e o que elas sentem. Homem na verdade, é uma criatura centrada na visão, é movido pelo que vê. Aviso 7: O casamento enfrenta problema quando o amor sensual do inicio não se desenvolve em intimidade verdadeiro (a raposa da estagnação da intimidade) Um jovem rapaz disse que casou com sua mulher por ela ser bonita e cheirosa, uma excelente cozinheira e dona de casa. Tinha personalidade agradável e cuidaria bem dele por muito tempo. Deixe-me falar com os homens por um minuto. Quando procuravam uma esposa, vocês pensaram: Vou casar com uma mulher feia. Quero uma de disposição sempre nebulosa, em quem eu vislumbre tempestades no horizonte. Quero alguém que não agrade abraçar nem beijar. Alguém que não saiba cozinhar nem cuidar da casa e não demonstre potencial nenhum para mudança. Duvido que qualquer homem elegesse esse critério. Sejamos francos! Vocês se casaram, ou estão pensando no casamento, exatamente pelas mesmas razões que eu. O amor emocional foi o inicio, mas o amor da alma é que nos manteve caminhando. Não podemos continuar no relacionamento da mesma forma que iniciamos. A relação tem que crescer desde o primeiro dia. Caso contrário, a raposa da estagnação entrará de modo sorrateiro e fará seu trabalho destrutivo. O amor é como uma vitrine sempre tenho que renovar. Postagem mais recente Página inicial

IMPORTA SE PECAMOS OU NÃO?

É claro que importa. E muito. Devemos entender muito bem isto. Depois de entender que nossa justificação não depende de nossas obras, alguém pode ter uma reação maldosa, brin­cando com Deus e desprezando a Cristo. “E por que não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males para que venham bens? A condenação destes é justa.” (Rm 3.8) “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Rm 6.1-2) Alguém pode querer enganar a Deus tendo a seguinte reação: “Já que não depende de meu procedimento, porque vou obedecer? Por que vou me negar, se não é pelo meu esfor­ço que sou salvo? Posso então pecar a vontade. Vou viver no pecado e usufruir da graça gratuita de Deus. Quanto mais eu pecar, mais vou ser perdoado, maior será a graça de Deus para comigo.” Esta é a reação que Paulo cita nos textos acima. Esta pessoa não engana a Deus. Engana a si mesma. Se alguém vive na prática do pecado, tem uma fé falsa, e não está justificado. “A fé que justifica é a mesma que santifica.” A obra de Cristo que produz a justificação dos pecados é a mesma que produz a libertação do pecado. Se alguém diz crer na morte de Cristo e continua vivendo na prática de peca­do, a sua fé é falsa. Como pode alguém crer que foi justificado de seus pecados e não crer que foi libertado da escravidão do pecado? A fé que justifica é a mesma que santifica. Quem não tem fé para viver uma vida santa, não tem fé para ser justifica­do dos seus pecados. Deus não nos aceita em base de nossa conduta. Mas só são justificados pelo sangue de Cristo aqueles que verdadeira­mente nasceram de novo. E aqueles que nasceram de novo não vivem na prática do pecado. “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pe­cado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1Jo 3.9). Aquele que quer viver na prática do pecado, não está em Cristo e não foi justificado de seus pecados. Há uma grande diferença, entre alguém que cai em um pecado isolado, e alguém que vive na prática do pecado. Para justificar aquele que cai e se arrepende é que Jesus morreu. E as obras, são importantes? Sim. As obras são muito importantes. Não somos salvos pela prática de boas obras, mas fomos salvos para praticar as boas obras. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glo­rie. Pois somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”. Ef 2.8-10. Qual é a importância das obras? Não temos que praticar boas obras para poder ser salvos, mas fomos salvos para poder praticar boas obras. Somos sal­vos para viver uma vida reta e sem pecado. As obras não nos salvam, mas são uma evidência de que fomos salvos. “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.” (Tg 2:17-18) A confissão dos pecados “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.” (Tg 5.16) “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1.7) O que é que nos limpa de todo o pecado? É o Sangue de Cristo. Porém, vemos que este texto estabelece condições para que este sangue opere em nós, e para que mantenhamos comunhão uns com os outros: andar na luz. A confissão é condição para a purificação. Para entender melhor este assunto deve-se estudar o en­sino específico do Andar na Luz. Paz e comunhão com Deus eternamente Confessemos nossos pecados e tomemos posse do po­der da cruz de Cristo. Provemos a abundante graça de Jesus. Desistamos de toda pretensão de sermos aceitos por nosso procedimento. Fomos lavados pelo sangue de Cristo e salvos da condenação eterna. Ninguém mais pode acusar-nos ou con­denar-nos. Aleluia. (Rm 8.31-39). Que bendita esperança: pensar que vamos passar a eter­nidade com Aquele que tanto nos ama!

DISCIPULADO É RELACIONAMENTO

Hoje em dia, há muita gente falando de discipulado. Porém, para a maioria das pessoas, discipulado é um método de reunir a igreja em pequenos grupos para estudo bíblico. Nesses casos o discipulado resume-se a uma reunião. Um verdadeiro discipulado não se compõe apenas de reuniões. Discipulado é relacionamento. É um vínculo forte, pessoal e intenso entre o discípulo e o discipulador. Assim era o discipulado de Jesus. “Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.” (Jo 1.38-39) “Então, designou doze para estarem com ele ...” (Mc 3.14) Os discípulos de João, seguindo Jesus, perguntaram-lhe: “Mestre, onde assistes?” E Jesus lhes respondeu: “Vinde e vede”. E os levou para aonde ele estava morando. Talvez eles imaginassem que Jesus, como mestre, tivesse algum lugar aonde ensinava aos seus discípulos. Como Jesus ensinava? Ele ensinava não apenas com palavras, mas com seu exemplo, sua vida – “Vinde e vede”. Aonde Jesus ensinava? Ele não tinha uma sala de aula ou salão de reunião. Ele ensinava os discípulos aonde Ele vivia. Como Jesus formou os doze discípulos? O segundo texto acima declara: Ele designou os doze para estarem com ele. Jesus não os ensinou em reuniões ou em um seminário. Formou-os fazendo-se acompanhar deles em todo tempo e em todo lugar. Eles viram Jesus fazendo tudo: evangelizando, ensinando, curando, expelindo demônios, visitando, orando, chorando, comendo, andando e dormindo. Por isso dizemos que discipulado não é reunião, é relacionamento. Como um discipulador ensina? Um discipulador ensina em todo tempo, em todo lugar, com sua vida e com a palavra. E, como um discípulo aprende? Um discípulo aprende vendo, ouvindo e perguntando. Necessitamos vencer as dificuldades da vida moderna e buscar crescer no relacionamento com os nossos discípulos. Abrir nossas casas e criar o máximo de oportunidades para estarmos juntos. Quando mais tempo juntos, mais eficaz será o discipulado. Estar juntos para orar, sair para evangelizar, estudar a palavra, visitas a “contatos”, almoços após reuniões, lazer, praia, jogos, viagens, churrascos, compras, consertos da casa, enfim o máximo de atividades que conseguirmos fazer juntos. Isto solidificará o vínculo e acelerará a formação do discípulo.

DIFERENÇAS NO CASAMENTO

Suportem-se uns ao outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Colossenses 3.13 Muitas pessoas casadas ficam apavoradas com a diferença entre si, e fazem o possível para igualá-las, chegando até a ter fisionomias parecidas e a raciocinar de forma semelhante. No entanto, muitas vezes, o colorido de relacionamento pode ser dado exatamente pelas diferenças entre os cônjuges. Com esse enfoque em mente, as diferenças detectadas e entendidas podem ser tornar fascinantes e ser utilizadas para o bem do casal. De todas as diferenças entre um casal (temperamento, personalidade, cultura, etc.), a área da comunicação é a mais importante, pois é conseqüência das outras. Em média, uma mulher tem para falar aproximadamente 25 mil palavras por dia, enquanto que a média dos homens raramente supera a 10 mil palavras! Sendo assim, vemos que a maioria dos homens utiliza suas 10 mil palavras no trabalho durante o dia e, quando chega em casa, sua esposa ainda está no início das suas. Também se conclui, que, de forma geral, os homens conversam sobre assuntos mais racionais, fatos, acontecimentos, negócios, etc. e as mulheres, sobre assunto mais emocionais, compartilhando seus sentimentos, tristeza e alegrias. Se não houver a compreensão desse fato, a comunicação pode ser seriamente afetada. Cabe acrescentar aqui que, uma área que os homens precisam de ajuda, é quanto a compartilhar emoções, sentimentos, sonhos e frustrações com suas esposas. O estudo e a observação de seu cônjuge são tarefas que perduram por toda vida. Como indivíduos, somos seres dinâmicos. Se aplicarmos os princípios de “um ao outro” em nossos casamentos, será possível desenvolvermos cada dia os princípios chaves de relacionamento: “amai uns aos outros”; “honrais uns aos outros”; “perdoai uns aos outros”; “considerai uns aos outros superiores a si mesmo”; etc. Que Deus nos ajude em nosso mútuo caminhar! Você tem conversado com seu cônjuge e ouvido o que ele tem para falar? Você respeita as características individuais do seu cônjuge?

O PERDÃO É UMA ESCOLHA

Perdão e Casamento Deus criou o relacionamento conjugal: * Uma relação única na experiência humana - Não há nenhum outro relacionamento tão íntimo e gratificante. * O casamento nos obriga a viver com outra pessoa na mais íntima união conhecida pela humanidade. * Essa intimidade pode ser intimidante. Somos obrigados a revelar o nosso verdadeiro eu, muitas vezes com medo de sermos rejeitados. * Uma vez que vencemos o medo da transparência, descobrimos que não existe relação mais maravilhosa e prazerosa. * Nessa união divina, temos a oportunidade de perdoar e amar como Deus nos ama. 1. Perdoar é uma escolha! * O perdão é maior prova de amor no casamento. * O perdão dá oportunidade ao outro de ser hoje quem não era ontem. * Perdoar liberta tanto o ofensor quanto o ofendido. Você se lembra da história da prostituta arrependida que banhava os pés de Jesus com as suas lágrimas e enxugou-os com seus cabelos (Lucas 7.36-50)? Depois que ela realizou esse ato de respeito e amor, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro a um mesmo credor. Um devia 500 denários, e o outro apenas 50. A história revela muita coisa. * A dívida do primeiro era enorme, impagável, não havia nenhuma possibilidade dele quitar a dívida. * O único meio de o devedor ser livre da dívida, era receber o perdão do credor. O credor, graciosamente, tinha que cancelar a dívida. Ao contar a história, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual dos homens será mais agradecido ao credor?" A resposta é óbvia - aquele que foi perdoado da maior quantia. Perdão gera o amor na sua forma mais plena. Quem muito é perdoado, muito ama. 2. Devemos perdoar ainda que os erros sejam repetitivos (Mateus 18.19-21). * Perdão generoso, ainda que ajam faltas reincidentes, gera amor profundo e duradouro. * Perdoar "setenta vezes sete" significa perdoar sempre. * No casamento, determinadas infrações serão repetitivas - conte com isso! * Alguns casam com uma lista pronta das coisas que seu cônjuge tem que fazer ou não fazer. As exigências podem levar o outro à borda da insanidade. * Cada pessoa tem seus hábitos, alguns irritantes, que mesmo depois de casados, são persistentes, não importa o que o outro diga ou faça! * Perdoar é essencial para o crescimento, amadurecimento e mudança do relacionamento. 3. Não contabilize erros, perdoe imediatamente (Efésios 4.26,27). Todo casal deveria ter Efésios 4.26 gravado numa placa bem visível acima da cama: "Não deixe o sol se por, enquanto você ainda está zangado." Ou parafraseando: "Perdoe ou perca o sono!" A mensagem é clara - não durma até esclarecer tudo o que tem prejudicado o seu relacionamento durante o dia. O fluxo de adrenalina que alimenta a raiva os manterá acordado. Quem adia ou deixa o perdão: * Permite que o desejo de perdoar acabe. * Permite que o coração endureça e permaneça fechado. * Permite que os afazeres do dia a dia impeçam a reconciliação. * Permite que interferências negativas. * Permite a ação do diabo. Quem não conversa e perdoa rapidamente - especialmente antes de o dia terminar faz dívidas enormes e em longo prazo. Ou você paga suas contas ou as faz em curto prazo ou pagará um juros altíssimo pela sua teimosia. * Não permite os avanços do outro. * A sua relutância acaba por incomodar o seu cônjuge que também se recusa a perguntar o que está acontecendo. * O outro simplesmente se vira e dorme. * Você não entende como o outro não se dá conta do que fez e fica mais zangado. * A calma e "cara de pau" do outro é irritante. * Você luta para conseguir dormir. Sua raiva cresce cada vez que você ouve o ronco. * No dia seguinte você acorda sentindo-se mal. A raiva não resolvida torna-se um ponto de apoio para o grande destruidor das famílias. * Ao deixar de lidar com as ofensas, você deixa de agir sobre um princípio divino para agir sobre um princípio satânico. 4. O perdão sara, fortalece, e amadurece a união conjugal! * O casamento é diferente de qualquer outro relacionamento. * Só no casamento podemos ser forjados em uma emocional e espiritual união física. * Falta de perdão interrompe essa unidade em todos os níveis * Falta de perdão perturba a unidade emocional. * Pior de tudo, rompe sua unidade espiritual. * Vocês vão parar de ler a Bíblia e orar juntos, ou praticarão as devoções como hipócritas, fingindo estar tudo bem - quando não está! * Jesus advertiu-nos para não oferecer oferta no altar, quando houver algo entre nós (Mateus 5.23-24). * Paulo nos instrui a examinar a nós mesmos antes de celebrar a ceia do Senhor (I Coríntios 11.27-29). * Esse autoexame inclui os relacionamentos horizontais em especial a relação do casamento. * Se seu casamento está em desordem, a sua capacidade de desenvolver-se espiritualmente está em perigo. * Leia Pedro 3:1-7. O que Pedro 3.7 afirma? * Quando o casal não se compreende e obedece a Palavra, suas orações são impedidas. * A unidade do casamento depende de cada parceiro. Eles perdoam continuamente para restabelecer a sua relação única. * O ato de perdoar faz o casal experimentar a graça de Deus enquanto dá um ao outro o que Deus tem graciosamente dado a cada um. * Perdoar é a única maneira de manter a saúde e a unidade da relação. 5. Aprendendo a se apaixonar de novo - a arte de manter um bom casamento! * Quando você se casou sua primeira emoção falou mais alto. * Tudo culminou com uma lua de mel maravilhosa. * Romance, paixão, celebração e prazer. * Você estava certo de que nada poderia ficar entre você e seu cônjuge. * O romance manteve as suas emoções alteradas e o amor superou os desentendimentos, a raiva, e a dor. * Ora, se a paixão e romance eram mais fortes do que as dificuldades.Está claro o que precisamos fazer? * Mantenha acesa a chama do amor. O desejo de amar deve ser mais forte do que qualquer desentendimento. * Aprenda a perdoar e buscar a cura emocional. * Cuidado para que expectativas irreais do casamento o façam vulnerável. * Não espere o romance continue como se fosse uma febre - a paixão existe - mas ela vem e vai. * Quem não é capaz de perdoar e renovar o amor fará com que o casamento torne-se emocionalmente falido, emocionalmente morto. * A maioria dos casamentos pode sobreviver a uma grande dose de estresse externo, mas poucos casamentos sobrevivem à morte emocional. * Perdão, reconciliação e luta pela unidade são essenciais para a manutenção de um relacionamento emocional saudável. 6. Confrontar-se com cuidado e carinho. * Casamento exige uma relação de responsabilidade diante de Deus e do homem. * O desejo de enfrentar um ao outro pode ser a nossa primeira linha de defesa, mas além de nos afastar um do outro, nos afastará de Deus. * Quando um dos cônjuges nota que o outro está negligenciando as disciplinas espirituais deve motivar a mudança com delicadeza e doçura. * Mas nunca use Deus e a Bíblia como uma marreta. * A impaciência e a o "pavio curto" são sinais que a vida espiritual está ficando em segundo plano. * Confronte com sensibilidade e sabedoria (Salmos 51.17, 34.18, Tiago 4.6-10). * Não evite a confrontação quando alguma coisa que vai mal precisa ser abordada (Hebreus 3.9-13). * Quem ama não permanece em silêncio quando o outro vive um padrão autodestrutivo ou prejudicial a sua família, ou a causa de Cristo. 7. A reconciliação é OBRIGATÓRIA! * O perdão é necessário em todos os nossos relacionamentos - mas o confronto e reconciliação dependem das circunstâncias e do agir do Espírito Santo. * O casamento é a exceção. Deus ordenou a unidade do relacionamento conjugal. Ele exige que os maridos e as esposas não apenas perdoem uns aos outros, mas também tomem todas as medidas necessárias para assegurar a reconciliação! * Em muitos relacionamentos, pode haver uma lacuna entre o perdão e a reconciliação. * Pode haver intervalos naturais de separação. São lacunas do tempo que nos proporcionam a oportunidade de colocar nossas emoções sob controle e gastar tempo meditando sobre o assunto para receber o toque do Espírito Santo que nos levará em direção à reconciliação. * No casamento há exigências diferentes! * O casamento envolve viver juntos para sempre. * I Coríntios 7.1-5 nos ensina a viver juntos e partilhar unidade física juntos em uma base regular para evitar a tentação, só abstendo-se de união por curtos períodos de tempo e apenas para o jejum e oração; e assim mesmo se os cônjuges estão de acordo. * O casamento não é um relacionamento casual. * Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que haja paz entre nós (I Pedro 3.11). * É preciso cultivar uma relação que reflita o tipo de inquebrável, união de amor que existe entre Cristo e Sua Igreja (Efésios 5.30-32). * No casamento, a reconciliação significa estar continuamente empenhado em proximidade, união e parceria divina. * Haverá ocasiões quando você precisa de espaço para lidar com conflitos interiores - mas, apenas o tempo suficiente para a questão ser resolvida. * Deus ordena que os casados se reconciliem - Faça o que for preciso para que o seu casamento se mantenha forte e saudável. * Siga a sua verdade - não as SUAS emoções! 8. PERDÃO - Um modelo para os seus filhos. * Seus filhos vão conviver com um mundo hostil. Relacionar-se é dolorido. Se eles não aprenderem a perdoar terão dificuldades irremediáveis. * Um dos melhores presentes que você pode dar aos seus filhos é o espírito perdoador que você exemplifica e ensina. * O casamento nos dá oportunidades diárias para incentivar e exemplificar perdão. * Use a rivalidade entre irmãos para ajudá-los o que não significa manter um registro dos erros cometidos. * Exija que eles peçam e recebam perdão. * Podem fazê-lo de má vontade, mas aprenderão o que fazer em situações de conflito. Conclusões: * Aplicar essas verdades no meio das escaramuças das crianças é essencial, porém seu impacto é quase nada diante do seu exemplo como casal. * Seus filhos precisam ver que vocês se amam o suficiente para perdoar sempre. * Ao perdoar, seus filhos terão confiança e segurança para confessar erros e perdoar. * A disposição de perdoar seu cônjuge torna-se uma ancora estável para o seu lar. * Perdão e reconciliação são testados ao máximo entre marido e mulher. * Confronto terá de ser abordado com o máximo cuidado. * Não faça questão de estar certo, é a reconciliação que deve ser buscada e alcançada em sua totalidade.

O DESEJO DE MUDAR É UMA GRANDE FORMA DE AMOR

“Ninguém pode dizer que ama se não deseja mudar” Mudar alguma coisa dentro de nós é sempre um grande desafio porque mexe em áreas que na maioria das vezes não queremos que ninguém toque. A pergunta-chave quando refletimos sobre este tema é: “Por que todos nós relutamos tanto em mudar?”. A resposta parece simples mas não é, pois, para que haja mudança verdadeira, é necessário reconhecimento (autocrítica), renúncia, perseverança, disciplina e coragem. E tudo isso só é possível se houver humildade. O casamento em si já exige mudanças significativas porque não há como manter um relacionamento a dois de forma séria vivendo como se fosse uma pessoa solteira. Certo dia, em um seminário que tratava sobre o tema “Família”, eu ouvi de um senhor casado a seguinte frase: “Como marido e como pai, sou nota 10. Eu vim até aqui apenas para acompanhar minha esposa.” Ao ouvir aquela auto-avaliação, peguei um questionário que tenho que trata exatamente sobre “O perfil do marido ideal” e pedi a ele que respondesse as 30 perguntas, explicando: “Aqui, as notas vão de 0 a 10. Se você tirar de 8 para cima, você está liberado para ficar na piscina do hotel e não vai precisar assistir a nenhuma palestra, pois estará, sim, muito bem classificado”. Quando ele terminou de responder as perguntas e conferiu a pontuação, veio até mim e disse: “Pastor, o senhor precisa orar por mim. Tirei nota 3”. Todos nós estamos em processo de cura e de libertação. Não existe uma pessoa que possa dizer: “Eu não preciso melhorar em nenhuma área”. O primeiro passo a ser dado para que haja mudanças necessárias é reconhecer onde precisamos mudar. Minha esposa, Rousemary, e eu aprendemos logo no início da caminhada conjugal, há vinte e quatro anos atrás, que o segredo para se construir um casamento duradouro e feliz é manter-se aberto às mudanças. 1. O casamento pode nos libertar de nós mesmos Quando uma pessoa se casa, ela acaba levando consigo hábitos negativos, como traumas da infância e vícios, além de uma bagagem emocional e espiritual adquirida e desenvolvida na família de origem. Dentro dessa “mochila” que cada um traz da casa dos pais muita coisa boa que deve ser preservada e outras tantas ruins que devem ser eliminadas. Isso faz parte do processo de libertação. A forma de como você foi criado dentro seu núcleo familiar, ou seja, a sua referência paterna e materna e o que você ouviu e viu desde criança, passando pela adolescência, acabou moldando sua forma de pensar e de agir. Se a família de origem era disfuncional e o padrão que se tinha para seguir era ruim, isso foi internalizado como valores que determinam o comportamento. Eis a razão porque na “escola” chamada “Casamento” ambos, marido e mulher, têmque substituiro que foi aprendido de forma “errada” por aquilo que é considerado certo, justo e honesto. O comportamento e o estilo de vida de uma pessoa só mudam quando há mudança de mentalidade. Tudo começa a partir da forma de como pensamos. Não há um homem ou uma mulher que possa dizer: “Eu me casei com uma pessoa completamente liberta, curada e perfeita.” O casamento é a união entre duas pessoas cheias de imperfeições, pecadoras e limitadas. Sabemos que durante o namoro, o período de noivado e também no início do casamento, o casal vive um tipo de amor-sonho. Ambos não enxergam a realidade, mas cada um projeta no outro aquilo que idealizou ou sonhou como parceiro(a) ideal. Quando estou proferindo minhas palestras, costumo dizer aos casais que todo quadro à distância é perfeito, porém, ao aproximarmos dele, percebemos algumas imperfeições na obra do artista. O casamento traz à tona aquilo que à distância estava escondido. Na proporção em que cresce a familiaridade entre o casal, vão também surgindo os defeitos, as manias e os hábitos negativos. Quando isso acontece, é imprescindível a participação do cônjuge no processo de libertação e cura.

O NOME AMOR

Muitas pessoas têm o coração bloqueado. Não conseguem se abrir ao amor de Deus e à ação do Espírito Santo. Este bloqueio é causado, muitas vezes, por revoltas que ficaram guardadas no coração. O grande erro é pensar que é justo nos revoltarmos contra pessoas e situações. É um grande erro! Mas de onde vem a revolta? Ela vem do diabo; ele é o seu autor! Ele se revoltou com Deus e consigo mesmo porque, por orgulho, perdeu tudo. Ele é o revoltado contra tudo e todos, e seu objetivo é nos transmitir o vírus da revolta. Além de compreender a verdade, é preciso renunciar ao mal. Se o que você sente não é ódio, mas “apenas” raiva, rancor, ressentimento, mágoa ou decepção, não pare no “apenas”! Diga: Não me revolto mais, não tenho mais raiva, não o odeio mais. Ao contrário: eu amo você! Mesmo que esse “eu amo você” doa em seu coração machucado, decida-se a não se revoltar mais! A exemplo de Paulo, podemos dizer: “Hoje tenho um nome novo, esse nome é Vontade de Deus”. E como a vontade de Deus é que você ame, você tem agora um nome lindo: Amor. Você vive para amar; não mais para odiar e se revoltar. Assuma este novo nome! Em todas as línguas o verbo amar é lindo, é o próprio nome de Deus. Deus é amor em ação! Você é a imagem e semelhança de Deus; você é filho. Por isso, você ama e foi criado para amar e não para odiar. Você decidiu ser um nome novo! Não é ódio, nem revolta. É amor! Você recebe hoje um nome novo, o mais lindo, o próprio nome de Deus: você se chama amor!

sexta-feira, 29 de julho de 2016

O AMOR É UMA DECISÃO

Em nossa vida, constantemente precisamos tomar decisões: se vamos a um passeio ou à Missa, se permanecemos neste emprego ou buscamos outro, se usamos esta ou aquela roupa etc. Desde as mínimas coisas até grandes decisões, como a resposta a determinada vocação, em tudo devemos nos posicionar, fazer uma ‘cisão’, uma quebra, um rompimento com algo para assumir outro. A Santíssima Trindade, por ser uma comunidade de amor, vive em perfeita harmonia nas decisões tomadas e assumidas. O Pai, com o Espírito Santo, decidiu enviar o Filho. O Filho, naquele momento ‘sem momento’, decidiu se apresentar ao Pai dizendo o eis-me aqui, envia-me, e sua aceitação levou-o até o sim da cruz e o sim que se perpetua na Eucaristia em todos os tempos. Jesus tomou decisões e nos ensina a fazê-lo. O Filho, junto com o Pai, decidiu enviar o Espírito Santo para nos santificar. A Palavra de Deus já nos alerta: Que o vosso sim seja sim e o vosso não seja não, porque se não és frio nem quente vou vomitar-te. Assim, o cristão se torna alguém que sabe o que quer e busca ser conseqüente com o que assume. O amor, eixo em torno do qual gira toda a vida humana e cristã, também é questão de decisão. Sou eu que escolho se quero ou não amar, a quem quero amar e como será o meu amor. As vezes, no atendimento às pessoas que batem à porta do nosso mosteiro pedindo orações ou conselhos, fico comovida ao escutar histórias verdadeiramente dramáticas, mas onde percebo, no meio de tanto sofrimento e ingratidão a dedicação e um amor total e incondicional de alguma pessoa. Quantas esposas que acolhem e aceitam seus esposos ingratos, alcoólatras, infiéis, agressivos e os amam a ponto de conseguirem de Deus sua conversão e libertação! Por outro lado, também quantos esposos abandonados, traídos e humilhados por suas esposas, mas que continuam fiéis a um sim pronunciado um dia! Quantos pais que insistem em amar seu filho que só traz desgosto e sofrimento!… E cobrem tudo com o amor, defendendo a pessoa amada com unhas e dentes. São pessoas que simplesmente decidiram amar. E muitos milagres acontecem como conseqüência deste amor. Quando amo devo agir com a consciência de estar fazendo uma opção de vida. Não estou vivendo um sentimento que irá trazer-me apenas prazer ou alegria. Irei assumir toda a pessoa, com seus limites, seus defeitos, suas quedas, seus fracassos, mas também suas vitórias e triunfos. Aliás, é na hora da desgraça que se prova o verdadeiro amor. Penso que muitos relacionamentos inclusive no matrimônio não se aprofundam nem perseveram por falta desta decisão de amar até o fim, para além dos sentimentos. Deus nos ama assim. Ele é fiel porque se decidiu a estar conosco sempre e nos ama em todo tempo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, sempre! Quando Jesus decidiu ser amor entre nós, assumindo nossa humanidade e nos ensinando a ser humanos, todas as conseqüências foram assumidas juntamente, inclusive a cruz e a morte. Amar é dar a vida, e dar a vida não é sentimento, é ato de decisão. Quando amo alguém estou vivendo este mistério que Jesus vive na Eucaristia a cada momento. Ele está ali, no sacrário e em quem o recebe, independentemente da forma como é acolhido e venerado. É o mesmo para aquele que o ama intensamente como para aquele que o recebe com indiferença, em pecado ou para aquele que nem o quer receber. Ele continua o mesmo Amor que se dá na pura gratuidade. E este amor gratuito é que nos constrange a pagar amor com amor e a mudar nossas vidas. Santa Teresa de Ávila, em seu livro Castelo Interior ou Moradas, descrevendo o itinerário espiritual da pessoa que se entrega à oração, diz várias vezes como se sentia pequena e como que ‘esmagada’ diante de tudo que Deus lhe fazia, de todas as graças que recebia do Senhor. Amor gera amor, dizia ela em outro lugar e era firme na formação das carmelitas descalças para serem pessoas decididas, pessoas de determinada determinação, na linguagem teresiana. Quando a pessoa que Deus coloca em nossa vida para que a amemos não nos agrada, quando temos de enfrentar lutas de nossa natureza, quando o outro se torna um peso, ou ele tem o dom de desagradar-me em tudo na expressão de Santa Teresinha então sim, estarei diante de uma excelente oportunidade para viver o verdadeiro amor, o amor gratuito que Jesus me pede e ensina. Seja nosso amor para com cada pessoa este ato de decisão que nos leve a perseverar até o fim, ou seja, até a consumação de nossa vida no céu, onde tudo será amor, pois na tarde da vida seremos julgados pelo amor (São João da Cruz). Irmã Maria Elizabeth da Trindade, OCD Form 2011

CICATRIZ

Quando decidimos agir, alguns excessos acontecem. Diz um velho ditado culinário: “para fazer uma omelete é preciso quebrar o ovo”. Quando decidimos agir, é natural que surjam conflitos inesperados. É natural que surjam feridas no decorrer destes conflitos. As feridas passam: permanecem apenas as cicatrizes. Isto é uma bênção; estas cicatrizes ficam conosco o resto da vida, e vão nos ajudar muito. Se em algum momento – por comodismo ou qualquer outra razão – a vontade de voltar ao passado for grande, basta olhar parra elas. As cicatrizes vão nos mostrar a marca das algemas, vão nos lembrar os horrores da prisão – e continuaremos caminhando para frente

FERIDAS QUE NÃO CICATRIZAM

Andei procurando por fósseis da nostalgia. Encontrei preservado o que deveria ter sido destruído no passado, e destruído o que poderia ter ficado preservado até agora"(Mery Medeiros). Existem feridas, ou seja, dores que carregamos em nossos corações daquilo que vivenciamos em nossa infância, lembranças do que poderia ter sido melhor ou diferente e sentimentos de impotência pelo que foi perdido no passado. O QUE SÃO OS TRAUMAS DE INFÂNCIA? Segundo Alexandre Salvador, membro da Sociedade Paulista de Psicanálise, o trauma é a incapacidade do sujeito de superar determinados acontecimentos de sua vida, pois as cargas que foram impostas em certos eventos causaram impactos emocionais mais intensos do que o indivíduo poderia suportar. Esses traumas podem impedir o crescimento da pessoa em muitos sentidos da vida, devido ao fato de inibir as energias para se viver uma vida plena. Exemplos de traumas: 1. Morte repentina do pai, mãe ou algum parente muito próximo à criança; 2. Acidentes de trânsito intensos com pessoas feridas; 3. Separação dos pais; 4. Brigas e xingamentos constantes dos pais; 5. Afastamento dos pais, ou seja, falta de afeto de um ou de ambos os pais; 6. Surras ou gritos constantes com a criança; 7. Ofensas de colegas da escola e/ou professores; Entre outros tipos de acontecimentos que podem ter ocorrido na infância e desencadeiam "travas" ou insegurança no indivíduo. O enfraquecimento do EU Os conflitos internos que podem acontecer a pessoas com traumas, muitas vezes podem passar despercebidos até mesmo pela própria pessoa que está vivenciando o trauma, dessa forma, a observação e conversa de alguém muito próximo a essa pessoa pode ajudar muito nessa percepção. A neurose causada por essa ferida, gera um enfraquecimento do EU nas pessoas, ou seja, uma desordem de autocensura entre os desejos próprios e as ideias colocadas pelas pessoas externas (família, amigos, colegas). Essas "travas" aparecem nos momentos mais inesperados do dia a dia, e questiona-se: Por quê? De onde vem esses medos e receios? Medo de ser feliz, medo de amar, medo de se entregar, medo de ceder, entre outros. Alguns comportamentos presenciados na infância pela criança podem sim determinar as escolhas que ela fará no futuro, especialmente no que se refere ao seu cônjuge. Mas podemos escolher ficar presos e amarrados ao passado, ou redescobrir um futuro muito mais iluminado, mais bonito, mais paciente, com um amor verdadeiro e puro, aquele amor sincero que nos permite crescer juntos, o amor doação. PLANTANDO NOVAS SEMENTES Precisamos recriar momentos, compreender as circunstâncias já passadas, esquecer alguns fatos, perdoar algumas falhas, redescobrir novas possibilidades, enfrentar os medos e anseios. Para que tenhamos a capacidade de fazer essas coisas, não podemos lidar com os problemas de forma superficial, apenas fingindo que não estão ali, ou então mascarando nossas dores com medicações. Se os problemas são profundos nossa intervenção precisa ser tão ou mais profunda. Uma pessoa com medo de aranhas, precisa aprender a matá-las para que esse medo desapareça. Alguém com medo de amar, precisa se entregar de corpo e alma para outra pessoa. Corre-se o risco da aranha picar, mas a vida é para ser vivida. O AMOR TUDO CRÊ Conforme ensina Alexandre Salvador, as sequelas mais comuns que permanecem em adultos com traumas são: achar que está sempre desamparado; medo de ser abandonado; medo de ficar sozinho; torna-se uma pessoa insegura; tímida e com medo de arriscar. Se você ama alguém que sente algum desses tipos de traumas, ajude-o a ser mais resiliente, ou seja, a recuperar sua capacidade de vencer obstáculos, de lidar com seus problemas e encontrar soluções saudáveis. O amor, o carinho e a atenção da família e amigos é essencial para o fortalecimento do EU. Normalmente surge-se a necessidade de terapia para que o indivíduo consiga organizar aquilo que ficou enfraquecido no decorrer da vida.

EGOISMO O FRIO QUE VEM DE DENTRO

Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (1João 4.20) Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de sobreviverem. O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo: - "Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais. O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: - "Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso, nem pensar". O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento nos ensina. Seu pensamento era muito prático: - "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado. O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: - "Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha." O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil. O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Sua reflexão: - "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos". Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente, apagou-se. No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna, encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: - "O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro". Por vezes, vivemos fechados em nossos mundos, com a desculpa de proteção contra a violência e maldade que, deixamos de desfrutar as coisas boas resultantes de eventuais relacionamentos e não praticamos o mandamento maior que é o amor. É imprescindível que nosso próximo possa sentir que o amor não é algo teórico, mas que é real na prática, no dia a dia. Nossa responsabilidade como filhos de Deus é compartilhar com os demais, em todos os momentos, o amor e a graça que sempre experimentamos da parte de nosso Senhor. Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. (1João 4.7-12)

CULTO OU PALESTRA DE AUTO AJUDA?

São sinônimos de culto: adoração, homenagem, veneração, reverência, admiração, preito ou ilustrado. Quando eu era criança minha mãe dizia: Filho vamos à igreja cultuar a Deus. Com o passar do tempo essa palavra foi perdendo o sentindo para a maioria das pessoas, principalmente para os ministros que deveriam ensinar e direcionar o povo a realmente cultuar a Deus. Por quê? É só refletirmos sobre o que acontece na maioria das reuniões que denominamos culto. Em conversa com um amigo após uma reunião em determinada igreja que estávamos visitando, ele me disse: Cláudio o culto hoje foi maravilhoso! Eu disse a ele: Culto a quem? E complementei! A palestra motivacional e autoajuda foi muito boa. Tudo que aconteceu nesta reunião foi direcionado ao homem e ao bem estar do homem nesta vida. Mais parecia com uma palestra que um culto a Deus. Vitória, vitória e mais vitória! Essa foi à palavra que mais ouvimos. Vejo milhares de lideres nos dias de hoje criando ferramentas para atrair e reter pessoas, e esquecem de atrair e reter a presença de Deus. Templos cheios de pessoas vazias! O que é mais importante para as igrejas? Ter Deus ou ter pessoas? Esquecemos que quando estamos em Deus e fazemos a sua vontade, ELE acrescenta aqueles que vão sendo salvos (Atos 2:47). Percebemos que estamos em sentido oposto ao da Palavra de Deus quando analisamos o cronograma das reuniões em nossas congregações. Cito: Segunda-Feira: Reunião dos Empresários Terça-Feira: Seu Milagre Quarta-Feira: Libertação Quinta-Feira: Unção da Conquista Onde está a reunião de culto a Deus? A adoração espontânea que toca o coração do Pai? Não cabe em nossa agenda! A grade para esse semestre já está fechada. Deus terá que esperar! Seria cômico se não fosse verdade, mas grande parte daqueles que se diz de Deus, não o conhecem, e essa é a prática da maioria. Não precisamos dizer para as pessoas que elas terão vitória, porque se atraímos a presença de Deus e levamos as pessoas a terem um nível de relacionamento pessoal com Jesus é produzido um ambiente onde existe: cura, provisão, revelação, porque o próprio Deus está presente. Entendemos que somos filhos, e que a casa do Pai é o nosso lar. Posso abrir a geladeira e pegar o que necessito! O mundo e o que ele oferece não tem valor, porque eu encontrei o verdadeiro Tesouro.

O PÃO

"Ao faminto pertence o pão que você coloca na despensa". Na escola com Jesus, -- O pão Quando espera pelo "pão nosso de cada dia", Jesus está pedindo o que ele precisa e o que nós precisamos: o pão, ao mesmo tempo um alimento necessário para a nossa subsistência e um símbolo de tudo o que carecemos para viver, como casa, escola e hospital. Quando nós esperamos pelo "pão nosso de cada dia", estamos admitindo a nossa fragilidade e lembrando a nós mesmos que precisamos de pão todos os dias para continuar vivos. Jesus pede "o pão nosso de cada dia" porque sabe que é amado por Deus e Deus cuidará dele e de nós. Nós pedimos "o pão nosso de cada dia" porque estamos seguros do mesmo amor para conosco. Quem pede o pão de cada dia reconhece a sua incapacidade para resolver todos os problemas, a começar pelo mais simples, e confessa com alegria a sua dependência de Deus. Quem pede o pão trabalha pelo pão, mas sabe que é Deus quem o dá. Somos capazes de trabalhar pelo pão, mas não somos capazes de obtê-lo se o Pai não no-lo entregar a cada dia. Pedir o pão é pedir o essencial e reconhecer que necessitamos apenas do que é essencial. Quem pede o pão não se curva ao egoísmo e à ganância que latejam no seu coração. Pedir o pão é desejar não acumular, mas ter o indispensável para a vida a cada dia da vida. Quem pede o pão a Deus sabe de onde vem: vem da terra que dá o grão, a água e o sal, que as mãos moem, amassam e dão forma. Quem ora pelo "pão de cada dia" se compromete em cuidar da terra, providência de Deus para o nosso sustento. Quem ora pelo "pão nosso" quer tê-lo para si e se dispõe a oferecê-lo a quem não o tem.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

DOM

Todo mundo recebe um dom. Estes dons vem em diferentes doses e combinações. “A cada cristão” a Escritura diz “é dado algo a fazer, que mostre como Deus é.” (1 Coríntios 12:7 MSG) Nossa herança é igual e baseada na graça. Mas nossas responsabilidades são desenhadas especialmente para nós. Não há dois flocos de neve iguais. Não há duas impressões digitais iguais. Então por que dois dons seriam iguais? Não há de se admirar que Paulo disse “Procurem compreender qual é a vontade do Senhor.” (Efésios 5:17 NVI) Você compreende o que seu Mestre deseja? Você sabe o que faz de você – você? Você já identificou as características que separam você de cada outro ser humano que inalou oxigênio? Você tem um “hectare” para desenvolver, um campo na vida. Escritura nos lembra “Cada um examine com cuidado a si mesmo e a maneira segundo a qual está cumprindo a missão que recebeu e dedique atenção total a ela.” (Gálatas 6:4 MSG). Seja você mesmo!

COERENTE

O desejo não é coerente. Ele apenas quer. A felicidade, por exemplo, sabe que precisa ponderar, mas ela descerá aos pântanos pensando caminhar na montanha. O temperamento não é coerente. Ele apenas grita. A raiva, quando extrema, sabe que não deve se vingar, mas ela se esconderá atrás da justiça para se justificar. O sonho não é coerente. Ele apenas voa. Em nome do seu projeto, quem está no alto julgará como inferior quem não tem asas. Desejo, acalme-se. Não pare de querer mais, mas não se perca na curva, não caia na lama. Se for preciso, desça da escada antes de cair. Se for necessário, fique em casa em lugar de sair. Temperamento, controle-se. Não negue o que você crê. Não faça o que você reprova. Você não ama a a vida? Então, não mate. Sonho, modere-se. Não pare de voar, embora tenha que diminuir a altura ou baixar a velocidade. Se quer realizar, saiba que nada conseguirá sozinho. No tremendo desafio da coerência, deseje que seu temperamento não o leve para longe de si mesmo ou para longe de Deus. Que o seu desejo o aproxime das pessoas e de Deus, em lugar de o afastar. No temperamento pulsam a vida e a morte. Você celebra a vida? Não a destrua. No ousado compromisso da coerência, decida que buscará o seu sonho, que talvez implique em recuar, ajoelhar-se, reconhecer o erro, verbos que capacitam para voos realmente livres. No dramático esforço da coerência, organize a sua vida para que seu desejo seja pastoreado, de modo a que seja firme mas respeitoso, forte mas sereno, rico mas sem gerar danos aos outros e você mesmo. Para ser digna, a sua vida precisa ser coerente.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

AS DUAS MOEDAS

Existe um assunto que gera polêmica desde os tempos de Paulo até os dias de hoje. Mas é um assunto complexo e delicado porque nos nossos dias tem se tornado motivo de escândalo e divisão. O título desta mensagem diz alguma coisa sobre o que se trata. Moeda. Dinheiro, o tema mais polêmico nos últimos tempos na igreja. Existem dois lados da moeda. Existem discussões a respeito, e sempre me perguntam o que acho disso. Cobrar ou não cobrar para pregar o evangelho? Se a pessoa cobra algum valor é criticada, mas se a pessoa não cobra não é valorizada, e muitas vezes desonrada por aqueles que organizam os eventos. Vamos ver o que pensa o apóstolo Paulo: I Coríntios 9 – Os Direitos de um Apóstolo 1) Não sou livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Não são vocês resultado do meu trabalho no Senhor? 2) Ainda que eu não seja apóstolo para outros, certamente o sou para vocês! Pois vocês são o selo do meu apostolado no Senhor. 3) Esta é minha defesa diante daqueles que me julgam. 4) Não temos nós o direito de comer e beber? 5) Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente como fazem os outros apóstolos, os irmãos do Senhor e Pedro? 6) Ou será que só eu e Barnabé temos direito de receber sustento sem trabalhar? 7) Quem serve como soldado à própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não bebe do seu leite? 8) Não digo isso do ponto de vista meramente humano; a Lei não diz a mesma coisa? 9) Pois está escrito na Lei de Moisés: “Não amordace o boi enquanto ele estiver debulhando o cereal”a. Por acaso é com bois que Deus está preocupado? 10) Não é certamente por nossa causa que ele o diz? Sim, isso foi escrito em nosso favor. Porque “o lavrador quando ara e o debulhador quando debulha, devem fazê-lo na esperança de participar da colheita”. 11) Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais? 12) Se outros têm direito de ser sustentados por vocês, não o temos nós ainda mais? Mas nós nunca usamos desse direito. Ao contrário, suportamos tudo para não colocar obstáculo algum ao evangelho de Cristo. 13) Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? 14) Da mesma forma, o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho. 15) Mas eu não tenho usado de nenhum desses direitos. Não estou escrevendo na esperança de que vocês façam isso por mim. Prefiro morrer a permitir que alguém me prive deste meu orgulho. 16) Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho! 17) Porque, se prego de livre vontade, tenho recompensa; contudo, como prego por obrigação, estou simplesmente cumprindo uma incumbência a mim confiada. 18) Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo. 19) Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas. No verso 14 vemos claramente a ordem do Senhor: “aquele que prega o evangelho, que viva do evangelho”. Então vemos que é totalmente lícito receber uma contribuição da igreja, ou denominação para a qual estamos trabalhando. Os pregadores itinerantes (me coloco no meio) deixam família, casa, conforto, para ir a outros lugares e levar uma palavra de Deus ou uma “ministração” que irá abençoar o coração daquele povo que o recebe. Esses ministros muitas vezes voltam para casa de mãos vazias, envergonhados diante da família por não trazer o mantimento para suprir as necessidades da casa. Isso é de Deus? Eu sei por experiência própria que o Senhor supre as necessidades daqueles que o servem. Mas é correto despedir um servo de Deus de mãos vazias depois que ele dedicou dias para servir em determinado lugar? Eu garanto que já vi acontecer isso muitas e muitas vezes. Eu chamo isso de desonrar o servo de Deus. Parece que sempre foi um tema controverso, pelo jeito com que Paulo trata do assunto. Eu sei que existem cachês muitas vezes exagerados, mas também sei que muitos desses ministros já passaram humilhação e foram maltratados. Como poderíamos chegar a um equilíbrio? Será que isso é possível? Eu creio que sim, mas precisa haver um esforço de ambas as partes. De quem convida, e de quem é convidado. Eu prefiro não cobrar; mas deixar bem claro que preciso da oferta dos irmãos. Porque afinal de contas é um trabalho como qualquer outro, e muitas vezes bem cansativo; envolvendo viagens, estadias longe de casa, longos cultos, aconselhamentos, e muitas vezes voltamos para casa bem cansados. Eu creio que os ministros precisam ser valorizados; mas entenda bem, não super valorizados, como se uns fossem mais importantes que outros. Mas dar o valor devido, serem tratados como mensageiros do Senhor.

A TERRA PROMETIDA

Não é um território físico, é uma realidade espiritual. Não é propriedade, mas um estado da mente e do coração. Escritura o chama de uma vida na qual “somos mais que vencedores por meio de Cristo que nos ama” (Romanos 8:37). Paulo descreve como uma vida na qual “nós não desanimamos” (2 Coríntios 4:16). Uma vida na qual a nossa alegria “transborda em todas as tribulações” (2 Coríntios 7:4). No plano de Deus, na terra prometida de Deus, nós ganhamos mais do que perdemos; perdoamos tão rápido quando somos ofendidos; e damos tão abundantemente quanto recebemos. Podemos tropeçar, mas não entramos em colapso. Podemos lutar, mas desafiamos o desespero. Vangloriamos somente em Cristo, confiamos somente em Deus, e dependemos inteiramente no poder dEle. Gozamos de fruto abundante e fé crescente. Vivemos a vida prometida!

A MELHOR ORAÇÃO É AMAR

A oração do Pai Nosso é uma oração de amor. Do princípio ao fim, ela é cheia de amor e ternura procedentes do nosso Pai Santo (Mt 6.9-13). O Senhor Jesus, nesta oração, revela a santidade, a proteção, a provisão, o perdão e a soberania do Pai. A nossa oração deve refletir o caráter de Deus em nós, Seus filhos tão amados! Como filhos de Deus devemos ser seus imitadores, andando sempre em amor como Cristo nos amou e a Si mesmo se entregou por nós em oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave (Ef 5,1,2). Oração não é reza, ladainha, mas fruto de um coração obediente, amoroso, puro, sincero, perdoador, gracioso, bondoso, doador, sensível, compassivo. Ela é resultado de um coração cujo centro é o Senhor Jesus. Isto significa a supremacia de Cristo em nossas vidas – em tudo o que somos e temos. Esse tema nos sugere lições muito preciosas. Que nós as vejamos com um coração cheio do temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria (Pv 1.7). A MELHOR ORAÇÃO É AMAR, NÃO RESISTINDO AO PERVERSO, MAS AGINDO COM A MANSIDÃO DE CRISTO, vv.38-41). Não é olho por olho e nem dente por dente. Não é revidar, mas responder o agravo com o amor, a humildade e a mansidão de Cristo, v.38. O Mestre sempre nos ensinou a amar. Sabemos que o amor não exige reciprocidade. O autentico amor dar de si sem esperar retorno. O amor de Cristo em nós nos leva a agir com a Sua mansidão, vv.39-41. Ele mesmo disse: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração”, Mt 11.29. Jesus é sempre uma inspiração para as nossas orações. Além de Mediador, Ele é o espirito, o motivo e o sentido da oração. O Senhor sempre orava ao Pai, revelando a Sua dependência dEle. Todo o Seu ministério foi marcado pela oração. A MELHOR ORAÇÃO É AMAR, DOANDO COM AMOR, v.42. A doação em amor é uma prova segura de uma oração que funciona. Oração não é retórica, mas deve consubstanciada com práticas solidárias. A oração é dinâmica e age sempre com base no amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta, 1 Co 13.4-8). A doação é uma demonstração de desprendimento. Ela deve ser marcada pelo exercício da piedade. Doar significa agir com misericórdia e com graça. Como podemos orar se negamos ajuda a alguém? Se o verdadeiro jejum significa deixarmos de comer para doarmos ao próximo, então a oração sempre trabalha para o bem do próximo. Paulo nos ensina que a piedade para tudo é proveitosa, 1 Tm 4.8. A MELHOR ORAÇÃO É AMAR, AMANDO OS NOSSOS INIMIGOS, vv.43-48. Não somos de uma tradição religiosa à semelhança dos religiosos judeus, mas pertencemos ao Reino de Deus, 43. Somos súditos do Rei. É bom lembrarmos que os verbos amar e orar estão no modo imperativo, v.44. São ordens expressas do Senhor para os Seus filhos obedientes. Não há na oração espírito de revanche, de violência ou qualquer atitude carnal. A oração é a conjugação do verbo amar em todos os tempos e modos. Esta verdade nos ensina que o amor deve ser vivido em todo o tempo em todos os nossos relacionamentos, em todos os nossos atos. O nosso Pai se agrada de um coração amoroso, quebrantado e contrito (Sl 51.17). O exercício do amor é próprio da nossa a nossa condição de filhos de Deus em Cristo Jesus, v.45. Somos filhos de um Deus que nos ama com amor extravagante. Graças a Deus pelo Seu dom inefável em Cristo Jesus! (2 Co 9.15). A oração não é meritória, mas expressão da graça e da misericórdia de Deus oferecidas diariamente a nós em Cristo Jesus. Não é amando simplesmente os que nos amam, vv.46,47. O amor que recebemos de Cristo, deve ser praticado em nosso dia a dia na vida cristã. Como filhos de um Deus de amor, devemos viver como tais. Não adianta gritar, ir para o monte, fazer jejum, se não amamos o nosso próximo como a nós mesmos. A oração não deve ser retórica, apenas de palavras, mas notória em atitudes e atos de amor, de compaixão. Se meditarmos em Isaias 1.12-18, veremos que o Senhor estava cansado, estafado da incoerência do povo. Não havia lógica entre o culto e a vida. Entre o que se falava e se vivia. Em Romanos 12.1,2, o apóstolo Paulo nos ensina que devemos oferecer os nossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus como um culto racional, lógico com a coerência de Cristo. Não nos esqueçamos: A melhor oração é amar com o amor de Cristo em nós para a Glória de Deus, nosso Pai.

terça-feira, 26 de julho de 2016

ESTRESSE

Para você vencer o estresse, deixe Deus ser o Senhor da sua vida espiritual, emocional, física e material. Entregue todas as suas preocupações ao Todo-poderoso. Ele o susterá e jamais permitirá que você fique abalado ou desorientado, sem saber o caminho certo a seguir (leia o Salmo 55.22). Atualmente, a palavra estresse tem sido excessivamente mencionada. Ele é o vilão destruidor da saúde física, emocional e até espiritual para algumas pessoas. Hoje, existem muitos artigos, textos, documentários e muitas entrevistas que dedicam grande parte do seu espaço a conscientizar as pessoas sobre os efeitos maléficos do estresse, além da urgência e da importância de encontrar as soluções para tal problema. O estresse é de fato um mal dos tempos atuais e da vida agitada nos grandes centros urbanos ou uma possibilidade natural do ser humano, quando exposto a determinadas situações? O estresse existe independente da época e do lugar. Esta é a chave da questão: o ser humano reage aos acontecimentos da vida de acordo com os fatos, as circunstâncias e a sua subjetividade — o seu padrão interno de reação, o qual varia de pessoa para pessoa, conforme a história de vida de cada uma. Percebemos pessoas altamente irritadiças, intolerantes e raivosas frente a situações corriqueiras, e outras serenas e ponderadas diante de situações limites. O que faz esta diferença? Há múltiplos fatores envolvidos, desde biológicos até a elevação de propósitos, significados e sabedoria. Acredito firmemente que podemos determinar padrões saudáveis de vida espiritual, emocional, física e material, ainda que contrarie a “maré”, o ritmo e os valores do mundo moderno. Para ilustrar isso, comentarei um episódio que aconteceu este mês enquanto eu aguardava no aeroporto o meu embarque. Quando cheguei à sala vip, deparei-me com uma senhora aos gritos, nervosa, reclamando. Ela havia optado por fazer escala no Rio porque desejava viajar em um avião no qual a cadeira inclina 180 graus. Como ela reclamou, falou alto, resmungou revoltada, fiquei observando-a. Quando aquela senhora foi ao toalete, eu a segui. No banheiro, ela lavava as mãos, nervosa e reclamando. Perguntei-lhe calmamente: “Como é o seu nome?” Dali para frente, iniciamos uma conversa, e comecei a acalmá-la. Disse-lhe que a viagem seria maravilhosa e que seus pés não ficariam inchados, pois esta era sua maior preocupação. Falei também que Deus estava conosco e que tudo daria certo. Naquele momento, eu estava com uma amiga cristã, que gosta de cantar. Sabe o que aconteceu? Ao sairmos do toalete, esta se sentou junto a um bonito piano preto, que enfeitava a sala vip do aeroporto, e começou a tocar músicas lindas. Nós a aplaudimos. Aquela senhora que acalmei disse: “Poxa, como estou tranqüila, graças a Deus e a vocês duas! Sei que a viagem será ótima”. E realmente foi. Aquela mulher dormiu a viagem inteira. Essa experiência mostra-nos como muitas pessoas sofrem por antecedência, só porque algumas vezes seus planos não saem como desejavam. Foi bom o estresse daquela senhora, porque pude falar de Deus, que tocou no coração aflito dela.

RUÍDO

Quando um oleiro cria um pote, ele verifica a solidez tirando do forno e dando uma batida. Se o pote “entoar”, está pronto. Se o pote der um “ruído surdo”, volta ao forno. O caráter de uma pessoa é também avaliado por meio de batidas. Batidas são aquelas inconveniências irritantes que provocam o pior em nós. Elas nos pegam de surpresa. Não são grandes o suficiente para serem crises, mas se você tiver o suficiente delas, tome cuidado! Será que eu entoo, ou dou um ruído surdo? Jesus disse que da natureza do coração de um homem procede a sua fala (Lucas 6:45). Não há nada como uma boa batida para revelar a verdadeira natureza de um coração. Se você tiver uma tendência de dar um ruído surdo mais do que entoar, tome coragem. Lembre-se, nenhuma batida é desastrosa. Todas as coisas cooperam para o bem se estivermos amando e obedecendo a Deus.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A SABEDORIA

“Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.” Eclesiastes 07:12. Caminhar com uma pessoa insensata é o mesmo que medir forças com o desconhecido, nunca se saber o que este vai fazer; Encontrei a razão, abracei a prudência, me entreti com a inteligência, busquei o saber, logo, ganhei sabedoria, então, voei; O homem sensato busca em Deus, respostas, mas o louco em tudo se precipita, e se prende em suas atitudes; Confiar em homens é o mesmo que fazer um laço, colocar na entrada da porta e se esquecer, se houver uma desavença, no primeiro passo que der, saberá que está horrivelmente preso; A sabedoria é uma coluna feita como barras duplas de ferro, contraposta a insensatez; quem nela se acosta, se firma nas tempestades e se distancia da morte; Como o lagar que se pisa uvas é coração do homem insensato, mesmo que ele não esteja de acordo, mas sempre será pisado por alguém; quem não pensa correto, cai facilmente em armadilhas; Quer conhecer o homem? Não lhes dê poder, basta apenas dizer-lhe verdades que este não deseja ouvir; Mais sombrio que ambientes escuro e fechado é a sombra do malfeitor, quem fica debaixo dela, tem seus dias já contados; Como as palavras na boca de um bêbado é a sabedoria para que não quer ouvir a verdade, ficará truncada, embreadas, e distorcida; O cantar está para a alma, como o pássaro para o ar, quanto mais envolvimento houve, livre se pode ficar; Falar para o homem iracundo que ele não está certo, corre-se o risco de ser acoitado para o chão, e ser acamado em hospitais; Mais vale não ter dinheiro e saber acalentar um coração triste, até ver o sorriso surgir; ao ter muita fortuna e entristecer os corações, fazendo lágrimas descerem ; As palavras dos Amigos são como ancoras, os verdadeiros alavanca e firma, os falsos lança para baixo, e prendem; Mas vale ser sábio do que rico, sem sabedoria o rico empobrece, com sabedoria o pobre enriquece; Saber que algo é errado e persistir em fazer, é como brincar com uma cascavel no deserto, corre-se o risco de ser picado, envenenado; e morrer; Os estudos capacita o homem, a inteligência faz ele crescer, mas o homem insensato em um só momento, ponha tudo a perder; Quem se apressar por falar nunca soube o valor que possui o silêncio, os insanos quando o tem, despreza, mas os sábios dele se aproveita para granjear mais conhecimento; Querer entender o agir de Deus é como arremessar-se da janela de um avião em pleno voo sem proteção, permanecer vivo só se o próprio Deus interferir na opção; Descansar é bom, quando o quer urge já estiver sido feito; o tempo não espera quando a necessidade o chama; Deus fez o peso e a medida, portanto, é melhor medir correto, para na hora da verdade, não ficar pesado, e ter que sair envergonhado; A Sabedoria é como um belo vestido de noiva, quem dela se veste, é invejado, ovacionado, respeitado, admirado e desejado; A chuva está para o frio, quanto o vento para a tempestade, as dificuldades sempre tende a aumentar, para os que dificultam tudo; Amar é o enlace que envolve os que vivos estão, mas os pobres de espirito sempre seguirão na mesmice, porque nunca realmente amarão; Certo é: Temer a Deus é o essencial para todo o homem.

O QUE O AMOR PODE FAZER

"Eu digo a todos que adoção não é para os fracos de coração". Quando Tereza foi levar ao hospital o filho, notou um bebê no colo da mãe e se impressionou. Quando os dois se afastaram, Tereza disse à atendente que ficara incomodada com tanto sofrimento. Então, ficou sabendo da história. O menino, na verdade, estava de volta ao hospital. Na primeira vez, ficara oito meses. Agora precisava ser internado outra vez. Ele fora hospitalizado quando tinha três meses de idade. Espancado pela mãe, foi socorrido, mas, apesar dos cuidados, perdeu a visão e a coordenação dos movimentos. Além de chorar muito, Tereza decidiu orar pelo bebê de 11 meses naquela época. Levou as mulheres da sua igreja a fazer o mesmo. Outras pessoas se mobilizaram e o menino Geraldo encontrou um abrigo provisório. A mãe perdeu a guarda. Tereza e outras mães e avós o visitavam e o atendiam, enquanto pediam a Deus que lhe enviasse pais que o amassem. Neste ínterim, um casal sem filhos, de outro estado, entrou no programa federal de adoção. No momento oportuno, os foi-se foram convidados a conhecer o Geraldo, quase um vivo-morto, com dificuldade respiratória crónica, incapaz de dar carinho e sem indicação de um bom futuro. Como o verdadeiro amor não depende de reciprocidade, Beatriz e Antônio amaram o bebê de quem praticamente tudo fora retirado. Levaram-no para casa e lhe deram um novo nome: Antônio Jr. Tereza e as mulheres que cuidaram dele ficaram felizes porque Geraldo, agora António Jr, encontrou um lar. Quando alguém se importa com o outro, as histórias de muitas pessoas começam a mudar. Sejam felizes,

DIMENSÕES DA DOR DE CRISTO

O objetivo deste artigo é entender o sofrimento decorrente da dor pela qual passou nosso Senhor Jesus e identificar os fatores psicológicos (emoções, atitudes e comportamentos) que intensificam a percepção da dor desse homem de dores. A dor física de Jesus foi apenas a ponta do iceberg. A dimensão desta foi muito além da descrição do flagelo físico, se estende ao campo emocional e espiritual. Pode-se afirmar que o processo de dor vivenciado por Jesus foi composto por quatro dimensões, de acordo com a complexa concepção de Melo (2003) acerca da dor: “dor física, dor emocional, dor social, dor espiritual”. Partindo desse pressuposto, analisar-se-á o sofrimento e a dor de Jesus em seus aspectos físico, psicológico e espiritual. Os quatro evangelhos descrevem o sofrimento e crucificação de Jesus. Tendo sido julgado, mesmo inocente foi condenado: “Então soltou-lhes Barrabás, e tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado. E logo os soldados do governador, conduzindo Jesus ao Pretório, reuniram junto dele toda a coorte. E despindo-o, o cobriram com uma capa escarlate; E tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lhe na cabeça, e em sua mão direita, uma cana; e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela na cabeça. E depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado (Mt 27.26-31). Sua condenação foi seguida da aplicação da pena sem dar-lhe o direito de se preparar para o que iria passar. Havia uma lei romana do tempo de Tibério para que as execuções de penas aos condenados fossem adiadas em pelo menos dez dias depois da sentença (Suetônio, em Tibério, cap.25 apud Mathew Henry p.377). No entanto, a Jesus nenhum minuto se deu. O sofrimento de Jesus pode ser medido pela dimensão de sua dor e, para se fazer isso, é preciso que exista uma compreensão do processo da dor que é um fenômeno muito complexo resultante de uma interação entre o físico e o psíquico e sua intensidade será definida tanto pelo dano físico como também pelo psicológico. Em outras palavras, a intensidade da dor é influenciada tanto por estímulos sensoriais, quanto pelo pensamento e pelo afeto. No caso do sofrimento de Jesus, sua dor física teve sua origem nos nociceptores (receptores sensoriais) periféricos que foram estimulados por lesão resultante de atividade mecânica aplicada ao seu corpo. Visto que os nervos periféricos possuem funções altamente especializadas em uma parte específica do corpo, os sintomas apresentados podem ser variados quando são danificados: formigamento e/ou parestesia (sensação de formigamento), sensibilidade ao toque e fraqueza muscular. A dor física infringida sobre Jesus teve seu início com a flagelação, tipo de castigo em que era usado um chicote feito de várias tiras de couro nas quais eram incrustrados pedaços de ossos ou chumbo nas extremidades. Esse castigo era tão cruel que nenhuma pessoa de cidadania romana poderia sofrer esse flagelo (bíblia de estudo arqueológico NVI, p.1614). O condenado era preso a uma coluna pouco elevada ou baixa, e, sem roupa na parte superior do corpo e com as mãos amarradas de modo a expor suas costas, recebia os golpes com toda a força dos lictores (homens vigorosos), cujo número variava de dois a seis indivíduos. Inicialmente, as chicotadas rasgavam a carne e rompiam os vasos sanguíneos e os ferimentos podiam ser estendidos à barriga e ao rosto como consequência das tiras enroscadas nessas regiões. Muitos dos flagelados eram tirados quase mortos das colunas e, quase sempre não resistiam aos ferimentos (enciclopédia da vida de Jesus, p.968). Nesse flagelo cumpriu-se a profecia contida no livro dos Salmos 129.3: “Os lavradores araram sobre minhas costas”. Os soldados teceram-lhe uma coroa de espinhos. Se quisessem apenas tripudiarem sobre sua estrutura psicológica poderiam ter feito uma coroa de palha, mas não, queriam que sua dor transpusesse o campo emocional e literalmente se tornasse uma dor física, apanharam alguns ramos de arbustos espinhosos e teceram essa coroa. Não satisfeitos, com a própria cana que lhe deram golpeavam-no na cabeça provocando perfurações e grandes cortes na fronte e couro cabeludo de Jesus. O último estágio de sua dor física foi o momento da crucificação. “Levaram-no como a um cordeiro encaminhado à matança, como um sacrifício ao altar (Mathew Henry, p. 378) ”. Chegaram ao Gólgota, local próximo à Jerusalém. Ali, pregaram suas mãos e pés, que são locais de muitas inervações, causando lesões no nervo mediano infringindo a Jesus uma dor lancinante e aguda. Com esse tipo de ferimento um homem pode facilmente perder a consciência. Levantaram a cruz com Ele preso a ela e o solavanco agravou a lesão dos nervos das mãos e pés despertando dores dilacerantes. A dor emocional levou Jesus à angústia, medo da morte e do sofrimento, e essa iniciou quando esteve orando no Getsêmani. Ali, antecipadamente sentiu a agonia e o sofrimento pelo qual seria submetido. Devido ao seu abatimento moral, um grande medo e sua profunda emoção (evidente na expressão “Pai se queres afasta de mim esse cálice) desencadeou-se no organismo de Jesus um fenômeno muito raro chamado hematidrose, isto é, Ele suou sangue. Os pecados de toda a humanidade sobre seus ombros se tornou um fardo psicológico e essa tensão provocou o rompimento dos vasos capilares sob as glândulas sudoríparas misturando o sangue com o suor. O que iniciara no jardim, agora se estendeu ao suplício até a crucificação. Amou a todos indistintamente. Ainda assim, virou peça de tabuleiro de um jogo, psicologicamente cruel, feito pelos soldados romanos. Vestiram-no como um rei caricato: vestiram nele um manto vermelho, lhe puseram uma coroa de espinhos e colocaram em sua mão uma vara como cetro. Nesse jogo praticado pelos soldados, cada vez que o dado era lançado, o prisioneiro se movia em um quadro do jogo gravado no chão e, para diversão dos soldados, este sofria insultos e agressões físicas (Bíblia de Estudo Arqueológico, p.1614). Foi pelas pessoas que Jesus amava que Ele veio ao mundo: “Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11) ”. No entanto, mesmo sendo extremamente sociável, isso não o poupou da dor social. Muito pelo contrário, torturavam-no naquele momento. Um dos amigos e discípulos mais íntimo o negou e os outros se dispersaram. Agora os papéis se inverteram. O homem que outrora fora aclamado e admirado pela maioria, agora era desprezado. Aquele que sempre estivera rodeado de um grande número de pessoas, agora sentia-se no isolamento. Trazia em seu coração a dor da preocupação com aqueles a quem amava, ali representado pelas lágrimas da mãe aos pés da cruz. Jesus trazia sobre si os pecados da humanidade: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaias 53.5). Ele era o “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 3.16) ”. Ele sentiu, pela primeira vez, a dor espiritual de ser desligado do pai, mesmo sem pecado, padeceu a dor da divisão “…as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus (Isaias 59.2) ”. Ao sentir a dimensão dessa dor Ele bradou em alta voz o trecho do livro de salmos 22.1, escrito cerca de mil anos antes: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? (Mateus 27:46) ”. Subentende-se que a verdadeira dor no sofrimento de Jesus no processo da crucificação vai além da dor física, foi a dor que o levou a separação do pai. Sentiu-se abandonado por Deus. Diferentemente de quando sua alma se perturbou pela primeira vez e ouviu uma voz do céu que o consolava (Jo 12.27,28) e até mesmo da ocasião do jardim, quando um anjo apareceu e o confortou. É de admirável significado a tolerância de Jesus a todo essa dor e sofrimento. Dentre outras opiniões, destaco que um dos elementos que pode ter influenciado sua tolerância foi o entendimento do significado de sua dor. Ele tinha plena consciência dos motivos de sua flagelação e morte, o imenso amor do Pai pela humanidade caída que precisava de redenção. Nunca se tivera tanto entendimento da expressão do profeta quando afirmara que Ele seria um homem de dores. O próprio Cristo se sujeitou a esse processo de dor por compaixão. Cerca de 700 anos antes o profeta assim falou: “Dei as costas aos que me ferem” e ainda “pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 50.6; 53.5). “Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria por coroa. (Jó 31.36)”. No livro de João 12.32, o próprio Jesus predisse que padeceria morte de cruz. Além disso, em salmos 22 e Isaías 53 temos uma visão precisa de seu sofrimento. Seu sofrimento e suas dores não foram em vão. Por não retroceder e nem se render diante da dor, mas suportá-la, hoje há esperança para a humanidade. Basta que o homem reconheça sua condição de pecador e que necessita de ser religado à Deus e, que para isso, precisa aceitar e confessar publicamente que Jesus é o Senhor e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dos mortos para, então, ser salvo.
Dúvidas: Salvo, ou Não? Pr. David J. Merkh "Será que realmente sou crente? Será que fui sincero quando aceitei Jesus? Será que entendi o que estava fazendo?" Você já fez estas perguntas? Eu, sim. Houve uma época na minha vida em que convidava Jesus para entrar no meu coração todas as noites "só para ter certeza." Não agüentava aquela inquietação de dúvidas quanto ao meu destino eterno. Temia o inferno, e não queria arriscar a possibilidade de um dia ir lá. Agora reconheço que a dúvida pode ser um amigo que fortalece a minha fé, ou um inimigo usado por Satanás para paralisar a vida cristã e neutralizar meu testemunho "na praça". Como testemunhar de salvação em Jesus se somos anestesiados pela dúvida? Era uma vez que eu pensava que eu fosse o único que passava pelas nuvens pretas de dúvida. Agora sei que muitos, se não a maioria dos jovens, experimentam dúvidas quanto a sua salvação. Mas como lidar com dúvidas? É pecado duvidar? O que que a Bíblica diz sobre o assunto? 1. Dúvida não é necessariamente pecado. Em muitos círculos evangélicos, "duvida" quase se virou palavrão. É vergonha admitir que às vezes você tem dúvidas. Mas creio que pior do que ter dúvidas na vida cristã é nunca ter dúvidas. Nunca duvidar significa nunca questionar; nunca questionar é ter uma mente fechada, que foge de desafios, e finge que não há questões não resolvidas. Revela uma fé fraca, superficial, não-testada. Uma vez confrontada honestamente, a pedra de dúvida no sapato da fé pode ser transformada no alicerce de uma vida cristã sólida. É interessante que Jesus não condenou a dúvida sincera. Isso porque "dúvidas criam a montanha que fé pode mover." Condenou, sim, a dúvida arrogante de incrédulos como os fariseus, mas não o questionamento de corações sinceros, embora confusos. Mas dúvidas não resolvidas são perigosas. Devem ser confrontadas e derrotadas à luz da palavra de Deus. Mas como? 2. Na hora de dúvidas, confie na Palavra de Deus. Um dos exemplos clássicos de uma pessoa abalada pela dúvida no NT foi João Batista. O grande embaixador do Rei Jesus, o "Indiana Jones" do NT, vacilou quando ele se encontrou no cárcere, preso por Heródes por mais de 1 ano. Imagine aquele "homem de campo" trancado numa cela pequena, sem poder fazer nada para o reino. Devia ter ficado louco para saborear sua famosa sopa de gafanhoto . . . doido para deliciar outra vez o mel silvestre. Se Jesus realmente era o Rei, o Messias, o "Cordeiro que tira o pecado do mundo", então como podia deixar seu precursor, o embaixador do Rei, naquele buraco fedido? João vacilava, e mandou perguntar a Jesus, "És tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro?" Em outras palavras, João balançava na sua fé. "Será que errei no meu ministério? Será que tudo foi à toa? Será que me enganei?" Mas Jesus não o condenou, nem respondeu diretamente à sua pergunta, mas mandou João conferir a palavra de Deus! Jesus citou dois textos do VT, Is. 35:3-6 e Is. 61:1,2, que certamente João conhecia de cor: " Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho." Jesus fez João encarar objetivamente e não emocionalmente fatos da Palavra de Deus. Na hora de dúvida, voltemos à Palavra. Quando eu era jovem, precisava resolver a questão das minhas dúvidas de salvação. Entendi que ninguém está acima das dúvidas. Também vi como Satanás, o Acusador, havia paralisado a minha vida cristã pelas dúvidas. Resolvi a questão quando enfrentei os fatos da Palavra de Deus. Meu problema? Estava olhando para mim--os meus sentimentos, a minha sinceridade, o meu entendimento. Mas o evangelho não baseia-se em mim, mas em Jesus. A questão é se ele foi sincero quando morreu na cruz por mim, se ele de fato ressuscitou dos mortos, se Deus aceitava o sacrifício dele no meu lugar. A Bíblia diz, "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (At. 16:31). Cada vez que enfrentava dúvidas, só precisava me perguntar, "Eu creio que Jesus morreu e ressuscitou por mim? Eu creio nas promessas objetivas da Palavra, ou confio nos meus sentimentos instáveis?" Mais importante do que saber o dia e a hora que você aceitou Cristo como Salvador, é a pergunta, “Você crê HOJE em Jesus?” A resposta sim significa: Caso fechado. 3. Na hora de dúvidas, confie na Pessoa de Deus. Boa parte do problema de dúvida é que temos um conceito errado de Deus, como se Ele fosse um Bravo no céu que queria esconder a salvação. Muito pelo contrário! Deus fez tudo para colocar a redenção ao nosso alcance. Não engana os seus filhos, como se a nossa salvação fosse uma brincadeira cósmica de "esconde-esconde". Na hora de dúvida, precisamos confiar no caráter de um Deus bom, cheio de graça, bondade, amor e misericórdia que deseja que ninguém pereça, mas que todos sejam salvos. "Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?" (Rm.8:31,32). Mas é fácil esquecermos do amor de Deus quando passamos pela escuridão de dúvida. Outro discípulo de Jesus, Tomé, também experimentou o lado escuro de desconfiança do caráter de Deus. Jesus havia aparecido depois da ressurreição para todos os outros discípulos, mas não a Tomé, que estava ausente na ocasião. Tomé recusava acreditar, a não ser que tocasse mas feridas de Jesus (Jo. 20:24,25). Duvidava da ressurreição. Seu coração queria crer, mas o desastre da crucificação do seu Amigo foi demais para ele. E mesmo se Jesus tivesse ressuscitado, por que não apareceu a ele também? Talvez Tomé se imaginava ser o primeiro vítima de "Esqueceram de Mim". Foi então que Jesus, pela Sua graça e misericórdia, foi ao encontro do Seu discípulo caído na dúvida. Jesus apareceu aos discípulos pela segunda vez, mas esta vez com o único propósito de resolver dúvidas de Tomé (Jo. 20:26,27). Foi então que as trevas de dúvidas foram dissipadas pelo sol brilhante do amor e da graça do Salvador. Tomé, novamente ciente do incrível amor e compaixão do seu Amigo, derreteu perante Jesus. O homem com as maiores dúvidas virou o homem que fez a declaração mais clara de fé na divindade de Jesus no NT : "Senhor meu, e Deus meu!" (Jo. 20:28). É assim com nossas dúvidas. Podem ser as rochas que naufragam a nossa vida espiritual, ou as pedras do alicerce de uma fé inabalável. Basta confiar na Palavra de Deus, e suas promessas de salvação incondicional para aquele que crê. Basta olhar para a Pessoa de Deus que oferece a salvação de graça pelo Seu grande amor. A nossa salvação não depende da nossa sinceridade, mas da sinceridade de Jesus quando Ele morreu na cruz. Depende das promessas de um Deus bom que prometeu "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo." Você crê?

FÉ EVENTUAL

“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é santo: Habito num lugar alto e santo, e também com o contrito e humilde de espírito, para vivificar o espírito dos humildes e o coração dos contritos.” (Isaías 57.15) Este versículo nos faz lembrar a visão que o mesmo profeta teve quando ainda jovem, no templo de Jerusalém. Na ocasião os serafins clamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Is.6.3). A visão foi tão sublime que Isaías pensou que iria morrer, por ser um homem impuro. Para que pudesse permanecer na presença de Deus, teve que ser purificado com uma brasa do altar. No versículo acima, entretanto, temos um avanço em relação a essa visão da juventude do profeta. A casa do Senhor não é mais o templo de Jerusalém. Deus é Alto e Sublime e habita num lugar alto e santo, mas agora o seu templo terreno é o coração do contrito e do humilde de espírito. No grande sermão que proferiu pouco antes de ser apedrejado e morto, Estêvão disse que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas” (At.7.48), e Paulo repetiu essa verdade (At.17.24). Ao longo dos séculos perdeu-se o sentido da palavra “igreja” como a assembleia dos santos, e incorporou-se o sentido de “igreja” como o local onde os crentes se reúnem. Ao mesmo tempo criou-se uma cultura de religiosidade em que o culto somente acontece nesse lugar chamado “igreja”. Hoje em dia cada vez mais os cristãos vivem uma fé compartimentada, que só é exercida em determinado dia, hora e local. É uma fé eventual, porque só acontece nesses eventos. Mas o verdadeiro Deus não se limita a compartimentos, e o verdadeiro crente não usa uma agenda para marcar local e hora para encontrar-se com Deus. O apóstolo Paulo afirma que somos o santuário do Deus vivo, Deus habita em nós e anda entre nós (2Co.6.16). Estamos sempre na sua presença, queiramos ou não. Por isso é melhor não ignorá-lo. Pelo contrário, haja temor em nosso coração por saber que Deus anda entre seu povo. Nosso relacionamento com Deus será muito melhor, e se dará em um nível muito mais alto, se tivermos um coração contrito e um espírito humilde, isto é, se tivermos a consciência de que somos templos do Senhor 24 horas por dia.z

domingo, 24 de julho de 2016

O QUE É VAIDADE?

O que é vaidade? Vaidade é pecado? Graça e Paz do nosso Salvador Jesus Cristo! Há 31 anos convivendo com diversos irmãos cristãos (desde que nasci), posso afirmar que já ouvi muitas vezes a palavra “vaidade”. No próprio dia a dia não é raro se ouvir frases do tipo: a fulana de tal é “vaidosa”. No entanto, há vários anos tenho observado que nem sempre as pessoas utilizam o termo “vaidade” com a devida propriedade, ou seja, não são raras as vezes que as pessoas usam a palavra “vaidade” sem saber o significado deste termo (secular e bíblico), e, por isto, acabam usando o termo vaidade indevidamente. Afinal, o que significa o termo vaidade? Vaidade, segundo o Grande Dicionário Enciclopédico Brasileiro (Novo Brasil Editora, 1979, V. 5, p. 1567) é a “Qualidade do que é vão, sem solidez nem duração, inútil, fatuidade, vanglória, ostentação, presunção, futilidade, coisa vã.” O dicionário bíblico Ebenezer nos trás três significados para o termo vaidade, nestes termos: “1) Desejo exagerado de atrair a atenção. 2) Deus falso (1Sm 12.21). 3) Ilusão (Ec 1.2).” Consoante ensina Orlando Boyer (Pequena Enciclopédia Bíblica - Instituto Bíblico das Assembléias de Deus, 8. ed., 1985, p. 764), vaidade é a “Qualidade de ser vão, inútil, sem solidez, sem duração.” Segundo a nota de rodapé da Bíblia de Estudo de Genebra referente a Eclesiastes 1.2, em explicação ao termo vaidade (1999, p. 769): “A palavra, no hebraico, significa “sopro” ou “neblina” e, por isto, aquilo que é “inútil”, “fútil” ou “não substancial”. Conforme artigo escrito na internet pelo Pb. Adarlei, "No Antigo Testamento, escrito em hebraico, "vaidade" vem de duas palavras, hebel (aparece 71 vezes) e shaw' (aparece 52 vezes). O significado básico de hebel é "vento" ou "sopro" e, nos contextos em que aparece, geralmente traz a idéia de "vazio", "oco", "sem sentido". É também usada para indicar o abandono ao Deus verdadeiro e à busca de ídolos que não podem satisfazer necessidade alguma, simplesmente pelo fato de não existirem. Quanto à palavra Shaw', é inquestionável que o sentido básico é o de "vacuidade". Segundo o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, "O vocábulo designa tudo aquilo que é impalpável, irreal e sem valor, quer na esfera material quer na moral. É, por conseguinte, uma palavra que designa ídolos (da mesma maneira como hebel, 'vaidade', também é uma designação de ídolos [sem valor]). Salmos 24:4, pode, então, ser traduzido assim: 'aquele que não ergueu a mente a um ídolo'." No Novo Testamento, escrito em grego, mátaios é o termo que representa "vaidade". Ela e seus cognatos aparecem cerca de 14 vezes. Também significa "vazio", "inútil", "fútil", "sem valor", "incapaz" e não se refere a nenhuma proibição quanto ao uso de jóias, roupas ou ornamentos. Pode-se concluir que, quando a Bíblia fala de "vaidade", seu significado é sopro, algo vazio, sem sentido, algo que é transitório, que é efêmero. É "correr atrás do vento". É colocar esperança naquilo que é vão, perecível." (Disponível em: http://adguarulhos.sites.uol.com.br/artstg05.html) São muitos os versículos bíblicos que usam o termo “vaidade”, sendo que o mais conhecido deles é Eclesiastes 1.2, escrito pelo sábio Salomão em sua velhice: “Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Almeida Corrigida Fiel). Em outra versão da Bíblia, este mesmo texto está escrito da seguinte forma: “"Que grande inutilidade!", diz o Mestre. "Que grande inutilidade! Nada faz sentido!”(N.V.I.). Neste versículo, Salomão usa o termo vaidade no sentido de algo sem duração, passageiro, inútil, vão. O livro de Eclesiastes está recheado do termo vaidade neste mesmo sentido utilizado em Eclesiastes 1.2. A Bíblia Vida Nova, editada pelo Dr. Russel Shedd (Ed. Vida Nova, 1980, p. 678), explica em sua nota de rodapé, referindo-se a Eclesiastes, que "A vaidade das coisas terrenas e a inutilidade dos esforços humanos em se conseguir a felicidade verdadeira (...) pode ser explicada como futilidade, inanidade, insignificância" . A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD, 1995, p. 876), em explicação ao Verísculo 2 de Eclesiastes 1, fala sobre o objetivo de Salomão ao escrever o referido texto: "No reinado de Salomão , Israel viveu sua época áurea, mas o rei desejava que as pessoas entendessem que o sucesso e a prosperidade não duram para sempre (Sl 103.14-16; Is 40.6-8; Tg 4.14). Toda realização humana um dia desaparecerá, e devemos guardar isto em mente, a fim de vivermos sabiamente. Se não o fizermos, também nos tornaremos orgulhosos e auto-suficientes, quando formos bem sucedidos, ou extremamente desapontados, quando fracassamos. O objetivo de Salomão foi mostrar que os bens terrenos e as realizações são, em última análise, sem sentido. Somente a busca a Deus traz a verdadeira satisfação. Devemos honrar a Deus em tudo que dizemos, pensamos e fazemos" . De uma forma um pouco diferente de Eclesiastes 1.2, dependendo das versões da Bíblia, em alguns outros versículos a palavra vaidade é utilizada no sentido de vanglória, soberba, exaltação e futilidade, conforme comparações entre versões bíblicas: Efésios 4.17 (N.V.I.): “Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na futilidade dos seus pensamentos.” (grifo nosso) Efésios 4.17 (Almeida Corrigida Fiel): “E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente.” (grifo nosso) 1 Timóteo 3.6 (Almeida Revisada): “não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo.” (grifo nosso) 1 Timóteo 3.6 (Católica): “Não pode ser um recém-convertido, para não acontecer que, ofuscado pela vaidade, venha a cair na mesma condenação que o demônio.” (grifo nosso) Filipenses 2.3 (Almeida Corrigida Fiel): “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (grifo nosso) Filipenses 2.3 (N.V.I.): “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.” (grifo nosso) 2 Coríntios 12.7 (N.V.I.): “Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.” (grifo nosso) 2 Coríntios 12.7 (Católica): “Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade.” (grifo nosso) A pergunta que não quer calar é: Vaidade é pecado? Depende do sentido que for atribuído à palavra vaidade! Neste ponto, vale a pena destacarmos pelo menos três variáveis interpretativas: 1) Vaidade, no sentido mais bíblico da palavra, conforme o grego e o hebraico, ou seja, no sentido de algo vazio, passageiro, sem duração, inútil, não pode ser considerada como pecado, pelo menos em princípio, pois conforme está escrito em Eclesiastes 1.2, TUDO É VAIDADE, (ou seja, os bens materiais, a beleza, o conhecimento, a vida terrena, a sabedoria, os relacionamentos, tudo um dia irá se acabar, pois TUDO É PASSAGEIRO, tudo é "vão", tudo é vaidade); 2) Numa segunda análise interpretativa do termo vaidade (1Sm 12.21, Salmos 31.6, 1 Reis 16.13,26, Salmos 4.2, Deut. 32.21), pode-se afirmar que, se as coisas terrenas e passageiras (vaidades) forem o nosso alvo e a nossa prioridade, se estivermos idolatrando algo ou se deixarmos Deus em segundo plano ou se nos esquecermos dEle, estaríamos errando o alvo, que é o de vivermos para a Glória de Deus, tendo Ele como prioridade (devemos amar a Deus sobre todas as coisas e não podemos ter outros deuses diante de Deus). Se a palavra vaidade for utilizada neste sentido, estaríamos falando de algo pecaminoso; 3) Se o termo vaidade for utilizado no sentido de soberba, presunção, vanglória e exaltação (sentido este que é utilizado em alguns versículos da Bíblia, dependendo da versão), estaríamos falando de algo repreensível e que também pode ser considerada como pecado (vaidade), conforme Marcos 7.21-23 e 1 João 2.16. E o ato da pessoa se embelezar, se arrumar e usar jóias constitui vaidade (no sentido pecaminoso da palavra vaidade)? O termo "vaidade", na Bíblia, não é encontrado, em nenhum momento, sendo associado ao uso de jóias, maquiagens ou embelezamento. Todavia, a resposta não é tão simples, pois, para se saber se uma pessoa está sendo "vaidosa", no sentido pecaminoso da palavra, seria necessário analisar a mente e as intenções da mesma, ou seja, pode ser que a pessoa esteja pecando e pode ser que não, dependendo de cada caso, mas só quem pode responder esta pergunta individualmente é Deus, que conhece a mente e as intenções do ser humano! Se uma pessoa se enche de jóias e se embeleza com a intenção de se sentir superior aos demais, com a intenção de atrair para si toda a atenção, com o coração cheio de exaltação e soberba, amando mais as coisas materiais e vãs do que a Deus, é óbvio que a pessoa estará pecando, pois Deus não se agrada disto! Não obstante, o que deve ser destacado é que não só o uso de jóias ou o embelezamento, mas qualquer coisa pode encher a pessoa de soberba e idolatria e fazê-la pecar (qualquer coisa mesmo, ou seja, uma casa, um carro, uma motocicleta, um vestido, um terno, um sapato, uma gravata, uma mobília, a beleza própria, a conta bancária, o grau de instrução, um emprego, uma função, um grau eclesiástico, um esposo, uma esposa, um filho, etc.), mas isto depende de cada um! É possível uma pessoa estar usando jóias de ouro e diamante, andar com um carro caríssimo, usar roupas caras e não estar com o coração naquilo, estar desapegada destas coisas materiais, sem estar com nenhum sentimento de orgulho ou soberba, assim como é possível uma pessoa encher o coração de orgulho, soberba e idolatria ao praticar coisas simples como usar uma roupa bonita, ao comprar um carro usado, ao entrar na faculdade, etc. Portanto, jamais julgue as pessoas baseando-se no seu ponto de vista e nos seus sentimentos, pois cada ser humano é diferente um do outro (P. ex.: se eu estivesse usando aquilo ou se eu comprasse tal coisa, eu me sentiria de tal forma, portanto, aquela pessoa deve estar se sentindo de tal forma - Errado !!!). Alguns podem dizer: Ah, mas o uso de jóias é desnecessário, e o que é desnecessário é vaidade! Amados, não sejamos hipócritas ou insensatos, pois muitas coisas são fúteis e desnecessárias, e nem por isto nós cristãos deixamos de comprar, usar ou fazer, tais como: a) usar gravata (a gravata só serve para embelezar); b) usar prendedor de gravata (que é uma jóia também); c) usar abotoaduras (que também é jóia e só serve para embelezar); d) usar roupa nova ou cara (pra quê comprar roupa nova ou cara, quando temos roupas usadas que ainda estão boas ou se temos a opção de comprar roupas novas e mais baratas que cumprem o mesmo papel das caras ou "de marca"?); e) comprar automóvel novo e caro (pra quê comprar um automóvel novo e caro se um bom automóvel usado ou um automóvel novo e mais em conta desempenha a mesma função?); f) embelezar templos (só tem fins estéticos); g) fazer a barba (só tem fins estéticos); h) fazer depilação (algumas depilações só servem para melhorar a estética); i) fazer penteado (estando o cabelo limpo, pentear o cabelo só serve para embelezar); j) usar roupa combinando (só serve para embelezar, pois o papel das roupas é esconder a nossa nudez e nos aquecer no frio); k) pintar a casa e embelezá-la (a casa tem a função de nos dar segurança, abrigo contra o frio e o sol escaldante, descanso e privacidade, o que vai além disto pode ser considerado desnecessário); l) viajar à passeio e várias outras coisas. Deve ser relembrado ainda que, biblicamente falando (de acordo com os textos originais em hebraico e grego), o termo vaidade não tem relação com o uso de jóias, enfeites, roupas, maquiagens ou com o ato de se embelezar. Na bíblia, a palavra vaidade não está associada ao ato de se embelezar, e foram os homens, não a Bíblia, que criaram o errado conceito de que se embelezar ou usar jóias é vaidade (independente de qualquer circunstância). Se ouro, pedras preciosas, metais preciosos e jóias fossem pecado e vaidade, no céu não poderiam ter coroas (Ap. 3.11; 14.14), ouro, pedras preciosas, etc (Ap. 21.18-21). Amados, Deus abomina a hipocrisia e o julgamento temerário! Pare de ficar julgando as pessoas pela aparência! Antes de querer apontar o dedo e de murmurar, olhe para si mesmo: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.” Lucas 6.37 "E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7.3-5 “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” João 7.24 “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” 1 Samuel 16:7 “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” Mateus 23.28 “Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,” 1 Pedro 2.1 Podemos ter bens materiais, ter uma boa profissão, ter uma boa família, ter um bom grau eclesiástico, ter boas roupas, ter beleza estética aos olhos humanos, ter influência, ter algum tipo de poder ou autoridade humana, mas não devemos nos deixar ser levados por estas coisas, que são terrenas e passageiras! O nosso coração não pode estar preso às coisas deste mundo (Mateus 6.21)! O principal bem que temos e que devemos preservar em nossas vidas é Deus, que nos proporciona Salvação por meio do nosso amado Jesus Cristo, e que nos presenteou com a presença do Espírito Santo, isto sim é eterno! Deus quer ser prioridade em nossas vidas! Deus quer que tenhamos um coração puro! Deus quer que sejamos humildes, independentemente daquilo que usamos ou possuímos! Deus não quer que sejamos orgulhosos ou soberbos! Deus não quer que sejamos avarentos! Deus quer que glorifiquemos a Ele por tudo o que Ele nos dá, conforme ensina a Palavra de Deus: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” (Mateus 22. 37, 38) “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.” 1 Timóteo 1.5 “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3 “Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” Tiago 4.6 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” 1 João 2.15 “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” Lucas 12.15 “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo;” Efésios 5.20 Amados, a Bíblia nos ensina que a beleza passa, que os bens materiais passam, que a nossa vida terrena passa, que todas estas coisas que os nossos olhos carnais vêem passam, e que, por isto, devemos estar atentos não a estas coisas, ao contrário, devemos estar atentos nas coisas que não se vêem, que são eternas e muito mais importantes: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” 2 Coríntios 4:18

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...