Total de visualizações de página

segunda-feira, 30 de junho de 2014

VOCE SABE O QUE É SER PASTOR

Ser pastor… Ser pastor em primeiro lugar é ser humano. Alguém que vive os mesmos dilemas que qualquer membro da comunidade cristã vivencia. É viver a vida com graça, a manifestar a graça do Senhor, mesmo quando as circunstâncias são adversas. Ser pastor é ter a consciência de que foi escolhido por Deus, para fazer parte do grupo que exerce o mais excelente ministério (1 Tm 3.1). É fazer parte do grupo que desiste dos seus sonhos profissionais e de sua carreira para sonhar os sonhos que o Senhor tem traçado para sua própria vida. Ser pastor é doar-se aos demais. É ser uma pessoa aberta e sempre acessível aos seus irmãos e também ao seu próximo. Isto implica muitas vezes ter que abdicar de horas de sono. É necessário em muitos casos, vencer o seu cansaço para poder ajudar alguém ou até mesmo ter uma palavra amiga para uma pessoa aflita ou alguém que está em sofrimento. Ser pastor é ser mensageiro de Deus. Anunciador das boas novas. É ser uma voz que clama com ousadia. Muitas vezes, a mensagem será dura, outras promoverá conforto e consolo. Muitos compreenderão os seus pecados e render-se-ão aos pés do Salvador. Ser pastor é ser voz e nada, além disto. Ser pastor é ser guia. O pastor segue o caminho antes dos demais. Orienta os seus irmãos e mostra-lhes qual o caminho que deve ser seguido. Isto significa que, enquanto todos estão em segurança, muitas vezes o pastor está a percorrer o pântano tenebroso para poder conduzir o rebanho ao qual serve em segurança (Sl 23.4). Ele não abandona os seus, está presente na hora da angústia a guiá-los em segurança. Ser pastor é chorar em silêncio. É sofrer sozinho. É ser alguém que tira forças de onde muitas vezes parece que já não existe nenhuma para poder fortalecer os que em sofrimento lhe procuram. É ser consolado pelo consolo e conforto que vê que promoveu na vida dos seus irmãos. É alegrar-se na vitória daqueles que ele tanto ama. Ser pastor é ser membro de uma família. É ser marido, pai, amigo e pastor dos mesmos. É ser presente, mesmo quando o tempo parece ser tão pouco. É ter a coragem de parar para poder ser pai e marido. É simplesmente ser. Ser pastor é fundamental e acima de tudo, é ser um cristão salvo pela graça do Senhor Jesus. É alguém que compreendeu que sua vida não faz sentido sem a comunhão e intimidade com o Senhor e o seu povo. De um pastor que procura no dia-a-dia ser um pastor segundo a vontade do Senhor!

domingo, 29 de junho de 2014

O TEMPO E A RESPOSTA

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar, (Eclesiastes 3.7). Nem toda pergunta deve ser respondida, nem toda resposta deve ser imediata. Você já se imaginou quantas perguntas e respostas você emite e ouve por dia? Parece que o que mais fazemos durante o nosso dia é perguntar e responder, pois faz parte do nosso cotidiano e é impossível ser diferente, mas, tem indagações que nos são feitas que não merecem respostas, são perguntas capciosas ou cínicas cuja a resposta seria redundante ou ineficaz. Existem as pessoas que querem aparecer através da resposta de alguém, isso pode ser observado na pergunta do jovem rico, E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? (Lucas 18.18). Parece ser uma pergunta comum, de quem se sente um grande pecador querendo o perdão de Deus para ter uma vida santificada, porém, após Cristo perguntar o que dizia a Lei sobre o assunto, teve por resposta do inquiridor que já fazia desde criança o que estava na Lei, daí se pergunta se ele já cumpria os mandamentos então porque foi até Cristo? Na verdade o que ele queria era a confirmação pública por parte do Messias que ele era um homem santo e piedoso, o que queria aquele moço era notoriedade, apesar de ser um príncipe em Israel. No caso do jovem rico, Jesus lhe respondeu, mas houve caso em que o Salvador silenciou, E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal. E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia, (Lucas 23.8-9). Herodes queria um circo, mas, Jesus não lhe deu o show esperado. Até hoje vemos os descendentes de Herodes entre nós, pessoas que gostam de circo, de preferência pegando fogo, então surgem com suas perguntas premeditadas para ver se extraem de nós algum subsídio para depois dar risadas, querem diversão, não são pessoas sérias, não estão interessados no crescimento do Reino de Deus, mas, em espetáculos circenses. Para encerrar ainda há os que nos fazem perguntas para através delas nos condenar, usando nossas respostas contra nós, e muitas vezes deturpando nossas palavras, essas pessoas querem na verdade nos destruir, nada mais que isso, vejamos um caso bíblico, E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos? (Marcos 12.14). Tal como o jovem príncipe, os fariseus e os herodianos chegaram elogiando a Cristo, mas, em seguida lhe fizeram uma pergunta comprometedora, cujo objetivo era entregá-lo a Cesar por crime de sonegação de imposto ou lhe deixar em maus lençóis com os judeus por apoiar o império romano. A sábia resposta de Jesus desarmou os seus inimigos, Então ele, conhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que a veja. E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E eles lhe disseram: De César. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele, (Marcos 12.15-17). Para os que precisam dar respostas sobre algo que está sendo inquirido digo que para certas questões a melhor resposta é o silêncio, pois o tempo dará reposta ao imbróglio. Para os que buscam respostas. Se vai perguntar, então não pergunte a uma só pessoa, ouça os dois lados. Aconselho que não julgues os acontecimentos antes do tempo, cuidado com as aparências, pois elas enganam, não desconfie e nem confie totalmente, investigue bem antes de se posicionar, evite tomar partido quando você não está a par de todos os fatos, fazendo assim, evitarás ser injusto e não sofrerás a vergonha do juízo precipitado.

sábado, 28 de junho de 2014

MARATONA CRISTA

Ser cristão não pressupõe uma vida repleta de alegrias e alheia às tribulações. Muitas pessoas têm o errôneo entendimento de que seguir a Cristo é viver num mar de rosas. O próprio Jesus disse que enfrentaríamos problemas e que passaríamos por dificuldades ao longo de nossa caminhada por este mundo (João 16.3). Isso não quer dizer, no entanto, que nossa vida deva ser repleta somente de dificuldades e perseguições. Por sua imensa compaixão, Jesus nos assegurou bênçãos, alegria e paz. A Bíblia nos mostra que quando estamos no centro da vontade do Pai, as tribulações têm efeito positivo, porque nos ensinam a depender de seu precioso amor. A palavra tribulação significa sofrimento, aflição e adversidade. Também representa tormento e amargura. “Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados” (Isaías 38.17). Como filhos de Deus, temos paz com ele através de Jesus Cristo. Fomos justificados, tendo livre acesso à paz e às bênçãos divinas. Porém é muito fácil oferecermos louvor e ações de graças quando tudo está estável. Adorar na calmaria é simples! A Palavra de Deus nos ensina que também devemos dar glórias nas dificuldades, sabendo que a tribulação produz paciência. A paciência nos ajuda a suportar as dores e os infortúnios com resignação. É uma atitude que expressa nossa compreensão da vontade de Deus. Mesmo sendo uma difícil lição, devemos praticar a paciência em nosso lar, depois praticá-la na igreja local, no tratamento com nossos irmãos em Cristo e até com as pessoas que nos querem mal. “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis” (Romanos 12.12-14). A tribulação também produz experiência. Assim como um soldado que só adquire experiência no campo de batalha, a experiência cristã demanda tempo na presença do Senhor, adorando-o e servindo-o. Isso porque não se adquire experiência no momento da conversão. Essa experiência consiste na prática dos preceitos cristãos, na medida em que se obtém conhecimentos necessários para uma vida vitoriosa em Cristo. Há cristãos que não passam na prova da experiência porque são induzidos a pular etapas quando novos na fé. Assim, eles não adquirem o conhecimento e a maturidade espiritual, imprescindíveis para encarar os problemas de frente. Ao invés disso, murmuram contra Deus e chegam até mesmo a desistir da caminhada cristã. Em virtude disso, é imprescindível a prática da paciência para aprender as lições da experiência. Siga o exemplo de Davi: “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Salmo 40.1). Para suportar as tribulações é preciso ter fé. Certa vez, quando estava dando aula para um grupo de adolescentes, expliquei para eles que a fé em Cristo pressupõe três elementos essenciais: sensibilidade, esperança e perseverança. Sensibilidade. Presenciei situações de pessoas que não tiveram a sensibilidade suficiente para receber as bênçãos dos céus. Elas não estavam sensíveis à voz do Senhor. Estavam tão incrédulas que foram incapazes de sentir o mover de Deus. Ter sensibilidade é estar atento ao chamado do Pai. É não criar barreiras internas para a ação sobrenatural do Senhor. Dentre outras razões, a falta de sensibilidade é também um dos impedimentos que obstam o agir de Deus na vida do cristão. Quando nosso coração não está sensível, deixamos de acreditar que o milagre existiu e damos lugar à dúvida, outro fator que impede que contemplemos o Reino de Deus nesta terra. Abra seu coração e se permita depositar plenamente sua confiança no Senhor. Esperança. O apóstolo Paulo escreveu: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5.3-5). Esperança é a atitude de aguardar algo que se deseja e não simplesmente desistir no meio da jornada. O cristão deve esperar, confiando que Deus cumprirá todas as promessas que fez. Nos momentos de angústia não podemos perder a esperança. É um componente essencial da fé. Sem esperança, não há fé. Jó foi um exemplo de como um servo de Deus pode ser vitorioso nas tribulações. O patriarca perdeu seus filhos e toda sua riqueza em um só dia. Mesmo diante da adversidade, lançou-se em terra e adorou ao Senhor. “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou” (Jó 1.20). O relacionamento com Deus não é mera teoria, mas realidade para aqueles que o buscam e esperam o cumprimento de suas promessas. “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jeremias 1.12). Nosso Pai Celestial nunca falha (Isaías 43.13) e está sempre pronto para conceder o desejo do nosso coração (Salmo 37.5), mediante sua perfeita vontade. Perseverança. As lutas e tribulações fazem parte da vida cristã do mesmo modo que as bênçãos divinas. Jesus disse que no mundo (vida secular) teremos aflições, mas que devemos ter perseverança, pois ele venceu o mundo. As tribulações servem como aperfeiçoamento do caráter cristão. Durante os Jogos Olímpicos, vemos diversos atletas de diferentes países competindo por uma medalha de ouro. Alguns desses atletas recebem altíssimos patrocínios e gozam de uma vida financeiramente estável. Porém muitos que ali estão não possuem sequer condições para se manterem em seu próprio país de origem. Esses últimos, entretanto, são os que recebem mais atenção da mídia quando conquistam uma medalha. O motivo? Perseverança. Os atletas que possuem os melhores equipamentos, a melhor estrutura, os melhores patrocinadores não chamam tanto a atenção quando conquistam a medalha porque, de certo modo, já se era esperado que eles ganhassem, e chegassem ao lugar mais alto do podium. Os verdadeiros heróis são aqueles que conseguem ultrapassar as barreiras do preconceito, do racismo, da quase miserabilidade e conquistam a medalha de ouro. Os heróis não vivem em casas luxuosas e gozam de uma vida de fartura. Os heróis (de verdade) vencem inimigos muitos mais poderosos do que seus oponentes. Do mesmo modo acontece na grande maratona cristã que perfazemos a cada dia. É preciso perseverança para vencer os obstáculos da vida e alcançar o grande prêmio: a coroa da vitória em Cristo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

ANJO OU DEMONIO?

Um dia somos anjos, amigos, conselheiros, homens de Deus, amorosos, há até os que nos chamam de pai e nos pedem a benção, noutro dia somos demônios, sem visão, maus administradores, arrogantes e anti-social. Como a visão das pessoas mudam, quando seus interesses pessoais não são contemplados, quando ao invés de um sim, recebem um não, quando suas aspirações são ameaçadas. Um líder é ovacionado pelos os que são por ele consagrados ou empossados em diretoria ou igreja, enquanto ele estiver sinalizando com "sim" será sempre bem visto e elogiado, mas, quando esse mesmo líder tiver que dizer um "não" ai, aquele que outrora disse Hosana, vai agora dizer crucifica-o. Estejamos preparados para essa nova realidade de um corpo ministerial frágil, melindroso e às vezes interesseiro. Aquele que hoje carrega a tua pasta poderá ser o mesmo que encabeçará uma rebelião contra ti, contra a igreja e teu ministério, a razão já foi dita, basta dizeres "não" quando ele esperar um "sim". Logicamente, que há exceções, e elas são muitas, mas não podemos fechar os olhos ao que hoje está acontecendo em muitas igrejas. Por isso, pensem bem, antes de separar e consagrar alguém ao ministério. A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro, (1 Timóteo 5.22).

quinta-feira, 26 de junho de 2014

QUANDO DEUS NÃO É SUFICIENTE

“Fizeste-nos para ti, Senhor, e o nosso coração permanece inquieto enquanto não encontra repouso em ti” (Agostinho, Confissões). “Há um vazio no coração do homem do tamanho de Deus que não pode ser preenchido por qualquer coisa criada, mas somente por Deus, o Criador, conhecido através de Jesus” (Blaise Pascal, Pensées). Então, vieram ter comigo alguns dos anciãos de Israel e se assentaram diante de mim. Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniquidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem? Portanto, fala com eles e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tem tal tropeço para a sua iniquidade, e vier ao profeta, eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos; para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos (Ezequiel 14:1–5). O coração novo que temos em Cristo está ainda em processo de aperfeiçoamento, e quando Deus, de forma funcional, “não é suficiente”, nossas ansiedades e medos tomam conta, e então, saímos em busca de deuses projetados e pseudosalvadores. O que isso significa? No início de Ezequiel 14, podemos escutar a conversa fascinante que ocorreu entre o profeta e Deus. Eis o contexto: Ao invés de apresentar e contar a história de redenção de Deus às nações, Israel havia sido gradualmente atraída para a adoração dos deuses das nações vizinhas. O impulso de Israel à idolatria não aconteceu porque o povo ficou entediado com a liturgia de seu templo, encantado com a música das bandas de adoração nos templos pagãos, ou impressionado com a oratória do novo profeta cananeu que tinha acabado de se mudar para o bairro. Ninguém em Israel saiu em busca de um novo culto de adoração, mas de novos deuses que os servissem. O centro de sua adoração mudou de Deus para si mesmos. Eles começaram a adorar a adoração mais do que adoravam a Deus—isto é, o seu relacionamento com Deus se tornou utilitário ao invés de doxológico. Quando a glória do único Deus vivo deixa de ser a nossa principal paixão na vida, a adoração se torna um veículo pragmático para realização de duas missões na vida: provisão e proteção. Ao invés de viver para a glória de Deus e buscá-lo para suprir nossas necessidades, passamos a existir para a nossa glória e a buscar deuses que satisfarão nossas exigências. E como Deus reage a isso? Três fases se destacam para mim nessa passagem crucial—cada uma delas enfatiza o quão obstinadamente Deus nos ama em Cristo e quão incansavelmente ele busca o afeto de nossos corações. O lamento de Deus: “Estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração”. Nós somos bem capazes de levantar ídolos físicos em qualquer lugar. Mas quer seja um bezerro de ouro no pátio ou um carro novo na garagem, a principal habitação da idolatria é o coração do homem. As obras de nossas mãos ou as palavras de nossas bocas fluem simplesmente do que está acontecendo nos santuários de nossos corações. O clamor de Deus, e mandamento, para nós é sempre “Dá-me, filho meu, o teu coração” (Provérbios 23:26). Ele terá os nossos corações, porque somente Deus é merecedor disso. A promessa de Deus: “eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos”. Apesar de sua paciência ilimitada, o amor de Deus por seu povo o impele a agir com poder e, se necessário, de forma dolorosa. Como Deus nos responde segundo a nossa idolatria? Deus permite que nós experimentemos as consequências sempre destrutivas resultantes da confiança nos ídolos. Somente quando os nossos ídolos falham conosco, é que nós começamos a entender a futilidade e a insanidade da idolatria (Isaías 44). A idolatria carrega um poder de cegar e escravizar. Apenas um poder tão grande quanto a graça de Deus pode acabar com os enganos e destruir as armadilhas da idolatria. A esperança de Deus: “Para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos”. Conforme eu tenho sido guiado, e às vezes arrastado, no processo de transformação realizado pelo evangelho, poucas palavras de esperança têm tido tanto significado para mim quanto essas. Por que, às vezes, Deus torna a vida dolorosa para nós? Por que Deus escreve histórias que nós nunca escreveríamos; segue uma linha do tempo que nós nunca escolheríamos; e responde as nossas orações de tal maneira que nós pensamos que ele está nos rejeitando? Ele nos dá a resposta: “Para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos”. Ninguém nos ama como Deus em Jesus—mesmo que seja necessário nos levar ao cativeiro da Babilônia para nos convencer disso. O ciúme de Deus por nosso amor é o maior elogio que ele poderia nos fazer, e também o presente mais caro que ele poderia nos dar. Custou caro para Deus porque exigiu a vida e a morte do seu filho; custa caro para nós também porque significa que o amor de Deus nunca nos abandonará. Isso pode se tornar bem perturbador e confuso. Às vezes nós proclamamos: “Nada vai me separar do amor de Deus”, sem perceber tudo o que está implícito em tal declaração. O Deus de amor não tolerará o nosso amor pelos ídolos. Aleluia, e prepare-se.

O CRISTÃO E A AGUIA

O profeta Isaías, ao se referir à grandeza de Deus e à confiança que nEle deve ter o homem, diz: “Os que esperam no Senhor, adquirirão sempre novas forças, tomarão asas como de águia, correrão e não fatigarão, andarão e não desfalecerão.” Isaías 40:31 É muito singular que o Profeta compare os que confiam no Senhor às águias. É que elas têm uma forma toda especial de enfrentar as tempestades. Quando se aproxima uma tempestade as águias abrem suas asas, capazes de voar a uma velocidade de até noventa quilômetros por hora, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que acima das nuvens escuras e das descargas elétricas, brilha o sol. Nessa luta terrível elas podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. Confiança que traduz certeza é o seu lema. Para além da tormenta, brilha o sol, e o sol elas buscam. Na morte, as águias também dão excelente lição de confiança. Como todos os seres vivos, elas também morrem um dia. Contudo, alguma vez você já se deparou com o cadáver de uma águia? É possível que já tenha visto o de uma galinha, de um cachorro, de um pombo. Quem sabe até de um bicho do mato nessas extensas estradas de reserva ecológica. Mas, com certeza nunca encontrou um cadáver de águia. Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Localizam o pico de uma montanha inatingível, usam as últimas forças de seu corpo cansado e voam naquela direção. E lá esperam, resignadamente, o momento final. Até para morrer, as águias são extraordinárias. Quando, por ventura, você se deparar com um momento difícil, em que as crises aparecem gerando outras crises, não admita que o desânimo se aposse das suas energias. Eleve-se acima da tempestade, através da oração. Pense que Deus é o autor e o sustentador de todo o bem. Pequenos dissabores que estejam atingindo você são convites a reexame dos empecilhos que enchem a estrada da sua vida. Discórdia é problema que está pedindo ação pacificadora. Desarmonias domésticas são exigência de mais serviço aos familiares. Doença é processo de recuperação da verdadeira saúde. Até mesmo a presença da morte não significa outra coisa senão renovação, e mais vida. Pense nisso: Sempre que as aflições visitem seu lar em forma de enfermidade ou tristeza, humilhação ou desastre, não se entregue ao desalento. Recorde que, se você procura pelo socorro de Deus, o socorro de Deus também está procurando alcançar você! Se a tranqüilidade parece demorar um pouco, persevere na esperança, lembrando que o amparo de Deus está oculto ou vem vindo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

TRIBUNAL DOS OBREIROS

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará", (Gálatas 6.7). É triste ver obreiros procurando uma igreja que melhor lhe sirva, quando foi chamado para servir a igreja. Mas, triste ainda é quando ao invés de assumir a responsabilidade do seu ato, prefere dizer que fez ou vai fazer por causa da Eva. Não é à toa a recomendação bíblica que diz "Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia" (1 Timóteo 3.4). É o evangelho da conveniência, onde se procura conforto e não serviço, prazer e comodidade em vez do incômodo peso da cruz do seu ministério. É triste ver um obreiro dizer que uma igreja não evangeliza porque não entregou uma literatura na tarde do domingo, quando existe na congregação vários cultos de portas abertas, e ainda sabendo que a maior mensagem evangelística que se pode transmitir ao pecador, não se resume apenas em duas horas, mas em todo tempo com a nossa própria vida. Onde estão os votos que fizeram essas pessoas de fidelidade, lealdade e compromisso com a igreja? O mais triste disso tudo é quando usam em vão o nome do Senhor e arrogam que Deus lhe mandou assim fazer. E ainda tem os que se usando dizem "deus está no negócio". Que negócio? O que esvazia a igreja do próprio Cristo? Deus? A que deus se refere? Ao que promove divisão? Tristeza nos corações? Esfacelamento da igreja? Insubordinação? Egoísmo? Não sou juiz de ninguém, mas, não se enganem meus amigos, um dia diz a Bíblia que todos nós daremos conta do que estamos fazendo; "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal" (2 Coríntios 5.10). "No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho" (Romanos 2.16). Oro, para que aconteça uma verdadeira conversão na vida dos que estão inseridos nesse contexto, para que não se encontrem com Cristo com obras de palha, que não suporta o calor do fogo divino. Escrevi essa mensagem à pedido de uma amigo que passa por algo semelhante em seu ministério, todavia, retrata o que acontece com líderes em vários outros ministérios.

BEM AVENTURADOS OS QUE SONHAM

Outro dia, fui caminhar à tarde no intervalo do almoço; como de costume aproveitei para orar. Ao final, tive a visão de escrever uma vez mais sobre como é importante sonhar. É claro que não vou tecer um rol de frases cheias de palavras como: conquistas, vitórias e afins, pois creio que isto cansa, principalmente àqueles que de fato precisam muito de uma bênção – muito esperada - mas que nunca vem. Sei que no Sermão das Bem-aventuranças não está incluso o tema deste texto “Bem-aventurados os que sonham”, mas que ele está implícito em outros contextos do Evangelho, isso está. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” Mateus 7:7-8. O sonho não pode morrer. Ele precisa da fé para continuar vivo. E ter fé é teimar em acreditar, mesmo quando não existe a mais remota chance de sucesso. É teimando, insistindo em seus sonhos, que você vai encontrar a porta, vai bater nela, quantas vezes precisar até que consiga realizá-los. O Senhor concede a oportunidade de realizar grandes sonhos apenas para os mais teimosos, os mais insistentes, aqueles que sempre se levantam do pó de uma batalha perdida e continuam até ganhar a guerra. Há vários personagens da Bíblia que travaram batalhas e venceram suas guerras. Vamos citar quatro exemplos. Abraão não tinha herdeiro. Ele era próspero, tinha um lar, uma esposa, amava e era amado por ela, tinha muitos criados, gado sem conta e o respeito dos vizinhos. Apesar de tudo isso ele tinha uma grande frustração. Faltava-lhe uma coisa, que todos tinham, e ele não – um filho. Quanto ao sonho, se algum dia teve, já o havia sepultado definitivamente. Não havia mais a mínima possibilidade de que Sara e ele, já velhos e secos, tivessem um filho natural. E por isso o Senhor mandou Abraão contar as estrelas do céu para ressuscitar o sonho morto. E um dia, muitos anos à frente, Isaque encheu de riso o lar de um casal de velhos. Ao ser provado pela última vez, quando Deus pediu sacrificasse Isaque em holocausto, não titubeou. Se no passado andou vacilando e mentindo, agora esbanjava fidelidade. José teve dois sonhos. O sonho de um molho de trigo que se levantava enquanto os molhos de seus irmãos inclinavam-se diante dele, e o sonho do sol a lua e onze estrelas que também se inclinavam diante dele. Os sonhos eram de Deus e mesmo que José não insistisse sobre o assunto, o Senhor os cumpriu literalmente na sua vida. De filho minado a escravo; de escravo a governador do Egito. José não se embaraçou com mágoas, pois tinha um coração perdoador. Neemias ouviu uma triste notícia a respeito da cidade de Jerusalém, cujo povo vivia em grande miséria e desprezo, os muros estavam fendidos e suas portas queimadas a fogo. E ele chorou, e orou, e jejuou, mas a seguir começou a pensar na reconstrução da cidade. Por trás daquela tristeza de Neemias estava trabalhando a vontade de Deus. Ele, como simples copeiro do rei, tinha pouquíssimas chances de realizar aquele sonho, mas não ficou apenas no choro e nas lamentações. Insistiu em oração e jejum, para que o Senhor preparasse o tempo de falar com o Rei. O impossível ficou por conta de Deus, que um dia, dispôs o coração do rei não apenas para ouvir mas para suprir com materiais e dinheiro exatamente o que fosse necessário para reparar os muros da cidade de Jerusalém e suas portas. Neenias mostrou-se um homem compassivo e não se portava com indiferença diante das necessidades de seu povo e de sua pátria. E como último exemplo, a viúva do profeta, que além de endividada, ficou desesperado quando o credor veio bater a sua porta para avisar que levaria seus dois filhos para a servidão. Em seu desespero não conseguia ver uma saída, e nunca iria descobrir que só um pouco de azeite, dentro de uma simples botija, daria para pagar todas as dívidas e ainda que sobraria o bastante, para viver do resto. Uma virtude ela possuia: a do não-conformismo e também sabia o que fazer, pois foi reclamar com a pessoa certa - o profeta Eliseu - homem de Deus. Não julgue inconveniente as grandes frustrações ou aflições de sua vida. Elas podem levar a dois destinos: ao atoleiro da murmuração de onde ninguém sai ou para o caminho da realização de seus sonhos. Abraão era frustrado. José do “Egito” sofreu com o desprezo dos próprios irmãos. Já Neemias fazia parte de um povo envergonhado e aparentemente abandonado pelo próprio Deus, por causa do pecado. E a viúva de 2 Reis capítulo 4, não aceitava o fato de que, tendo servido a Deus com seu esposo por tanto tempo, viria ficar além de viúva, endividada e desamparada dos filhos. Frustração, desprezo, vergonha e dívidas. Qual destes espinhos ferem dolorosamente sua alma? Sei que é muito difícil conviver com qualquer um deles, mas o Senhor instruiu a minh'alma para escrever sobre este assunto e prontamente lembrá-la(o) de que há uma porta por abrir, e que isso depende de você. O Senhor também lhe pergunta: O que queres que eu te faça? O que você quer do Senhor? Onde é a sua dor? Qual é o motivo da sua tristeza? Talvez já tenha contado ou reclamado sobre ela para muitas pessoas ou quem sabe nunca falou sobre isso para ninguém. Mas o Senhor quer que você conte para Ele. Acredite. Se você já fez isso e nada aconteceu, é sinal de que é preciso ir em frente. Comece a fazer planos, ou volte a sonhar com eles; sonhe com coisas grandes que possam resolver seus problemas, coloque pessoas amigas dentro de seus sonhos - pare de lamentar a sua situação. Li um sermão há pouco tempo em que o pregador ensinava que não devemos levar causas pequenas diante do Senhor, pelo fato de que ninguém solicita uma audiência com o Presidente apenas para levar ao conhecimento dele algo pequeno. Não é o Senhor maior que qualquer rei ou presidente? Mostre seus grandes sonhos a Ele. O Senhor sabe tudo, mas está lhe perguntando: O que queres que Eu te faça? Seja teimosa(o), insistente. Não existe nenhuma bem-aventurança em frustrações, desprezo, vergonha e dívidas. Mas bendito será você se aproveitar a oportunidade que elas trazem tanto para aumentar sua comunhão com Deus quanto para receber dele as grandes bênçãos. De todos os exemplos citados nesta mensagem, os problemas serviram de causa a grandes e maravilhosas bênçãos. Então, volte a pedir, a buscar e a bater. Há uma bem-aventurança declarada na palavra do Senhor para você. Quem pede, recebe; quem busca, acha; e quem bate, a porta abrir-se-lhe-á. É Por isso que ainda vale a pena voltar a sonhar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

O DIABO NO SEU DEVIDO LUGAR

“O dia era decisivo na vida do irmão Pedro. Após muitas tentativas, finalmente foi chamado para uma entrevista de emprego. Porém, aconteceram algumas coisas que o deixou muito preocupado. Ele acordou um pouco atrasado e com uma terrível dor de cabeça. Justo naquele dia o ônibus também atrasou. Tinha o endereço da empresa onde faria entrevista, mas se confundiu e após andar por muito tempo foi parar em outro lugar. Pelo caminho tropeçou numa pedra e feriu seu pé. Por fim, Pedro perdeu a entrevista de emprego e a chance de se recolocar no mercado de trabalho. Com todos esses horríveis acontecimentos ele não teve nenhuma dúvida: o diabo foi o causador de todos esses males. Ele estava furioso com o irmão Pedro e resolveu atrapalhar o seu dia, e conseguiu”. Bem, a história acima é fictícia. Eu a criei para mostrar que milhares de crentes, todo o dia e no mundo todo, agem e pensam como o “irmão Pedro”. Contudo, há nessa “história” alguns detalhes que precisam ser ponderados. Vamos a eles. Em primeiro lugar, há muitos evangélicos que entendem a realidade da vida segundo dois princípios fundamentais: o bem e o mal (ou a luz e a treva, o puro e o impuro). Para eles a dualidade do bem e do mal está encarnada e figurada em duas divindades antagônicas que não cessam de combater-se. Ou ainda, que a divindade é o bem, e o mal provêm de entidades demoníacas, inferiores à divindade e em eterna luta contra ela. Michael Horton em O Cristão e a Cultura (Ed: Cultura Cristã) nota dois problemas com esse tipo de pensamento. O primeiro é a semelhança com o movimento gnóstico que vê este mundo como um campo de batalha cósmica entre forças espirituais cujo destino será decidido pela habilidade de seres humanos com conhecimento e destreza espiritual. Essas pessoas são irmãos que acreditam que um cristão regenerado pode ter demônios, que Satanás e seus demônios dificultam a pregação do evangelho em uma cidade ou nação (“espíritos territoriais”), e que é necessário fazer uma espécie de mapeamento espiritual para “amarrar” os maus espíritos da região. Definitivamente: isso não faz parte do ensino cristão, mas trata-se de puro paganismo. Concordo com Michael Horton quando disse que Satanás tenta confundir o crente ou diminuir nele a confiança em Cristo; há uma batalha, mas esta é uma batalha pelos corações e pelas mentes e tem a ver com verdade versus erro, fé versus incredulidade, crença em Cristo versus crença em qualquer outra coisa ou pessoa. Alguém citando II Coríntios 4:4 pode dizer: “mas Satanás é o deus deste século”! Porém, como João Calvino afirmou: “O diabo é chamado o deus deste mundo exatamente do mesmo modo que Baal é chamado o deus daqueles que o adoram ou o cão é chamado o deus do Egito”. Ou seja, o diabo é deus somente nas imaginações dos povos pagãos (I Coríntios 8:5, 6). Em segundo lugar, podemos atribuir a Satanás algo que pode ser uma ação da parte do Senhor. O impedimento vindo do Senhor visa benefícios aos seus servos. Lembre-se que o apóstolo Paulo queria pregar o evangelho na Ásia, mas o plano de Deus para ele estava na Europa, portanto, o Senhor não permitiu que os planos de Paulo prevalecessem. Notamos que Paulo em nenhum momento atribuiu este impedimento ao diabo (leia Atos 16:6-10). Na história fictícia do irmão Pedro, quem pode negar que o Senhor poderia ter uma porta de emprego, em certo sentido, melhor para ele? Quem pode negar que o Senhor poderia estar preservando seu servo de algum acontecimento que poderia trazer desgosto no futuro naquela empresa? Só o Senhor sabe. Lembre-se de Isaías 55:8 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos”. Em terceiro lugar, não devemos nem superestimar nem subestimar as ações do diabo. Uma dor de cabeça pode ser combatida com uma aspirina. Um erro de endereço pode ser falta de atenção ou planejamento. O tropeção numa pedra pode ser um descuido. Acordar mais cedo pode evitar certas inconveniências no trânsito. Mas muitos preferem atribuir todas as contingências ao diabo. Há igrejas que nos cultos falam mais no diabo do que na obra redentora de Cristo Jesus. Preferem provocar Satanás a adorar a Deus. Por outro lado há aqueles que não acreditam nem na existência nem no “poder” de Satanás. Quero deixar claro que há sim uma luta espiritual onde Satanás busca atingir os servos do Senhor. Satanás exerce duas atividades principais contra os verdadeiros crentes: a tentação e a acusação. Ele tentou até mesmo o Senhor Jesus e acusou tanto Jó quanto Deus. Ele disse que a justiça de Jó não era sincera, pois advinha do interesse pelos benefícios divinos. Com isso acusou Deus de comprar a fidelidade de Jó com bênçãos terrenas. O diabo é sagaz, atrevido e astuto. Em quarto lugar, há crentes que imaginam que o mundo é inerentemente mal. Para eles o diabo controla todas as ações do planeta e do universo. Porém, é preciso entender que quando a Bíblia diz que “o mundo inteiro jaz no Maligno” (I João 5:19) refere-se a homens e mulheres em estado de rebeldia contra o Senhor. São pessoas escravizadas voluntariamente ao diabo, pois fazem seus desejos (João 8:44). É necessário também compreender que somente Deus é soberano. Seus propósitos e objetivos não podem ser frustrados (leia Daniel 4:34-37). É o Senhor Deus e não Satanás quem controla e governa o mundo. O profeta Isaias (46:10) afirma que o conselho do Senhor permanece de pé e toda a Sua vontade é executada. Nada acontece sem a permissão do Senhor. Até mesmo as ações de Satanás só acontecem por permissão divina. Lutero dizia: “O diabo é o diabo de Deus”. Em sexto e ultimo lugar, não podemos atribuir nossos próprios pecados a ação diabólica. Muitos pecam e depois dizem: “O diabo me fez pecar”. O irmão Vagner Barbosa diz o seguinte sobre isso: Toda a ênfase em Satanás e nos demônios tende a nos distrair de outra ameaça muito real: nosso próprio pecado. Sim, o diabo existe. Os demônios também. Mas há também a realidade do pecado. Satanás pode ser nosso cumplice no pecado contínuo, mas não podemos passar a culpa e a responsabilidade por nosso pecado a um demônio controlador. Ainda nessa linha de pensamento outros atribuem aos demônios uma lista intensa de pecados: prostituição, imoralidade, ciúme, inveja, alcoolismo, seitas, ira, assassinatos, corrupções e vários outros. Em algumas reuniões evangélicas é normal expulsar o espírito da mentira, da prostituição, de morte, etc. A Bíblia tem outro nome para os tais “espíritos”: obras da carne (leia Gálatas 5:16-21). São atitudes carnais, provenientes de pessoas não regeneradas ainda. Que o Senhor nos ajude a termos discernimento espiritual para detectamos a fonte das nossas dificuldades. Não dê ibope ao diabo, mas não ignore suas artimanhas (Tiago 4:7; Efésios 6:10-17). Concentre-se no poder de Cristo Jesus para o fortalecimento da fé cristã. Você precisa saber que a derrota de Satanás foi proclamada pelo Senhor desde o início do mundo (Genesis 3:15; Romanos 16:20). Amém? No amor de Cristo,

segunda-feira, 23 de junho de 2014

LEI DA SEMEADURA

LEI DA SEMEADURA: PRINCIPIO DE GENEROSIDADE OU FAVORECIMENTO FINANCEIRO? Nos últimos tempos estamos sendo bombardeados por pregações que insistem na lei absoluta da semeadura. Esta (lei da semeadura) é um exemplo extraído da vida agrícola e, alegam seus proponentes que na vida cristã acontece fato idêntico. Porém, as coisas no reino de Deus funcionam da mesma maneira que na vida agrícola? Lá se o produtor planta uma semente de melancia colherá a mesma, e, se planta em abundancia colherá na mesma proporção. E no reino de Deus? Se “plantarmos” nosso dinheiro no ministério de alguém, se ajudarmos financeiramente a igreja onde congregamos, contribuindo com altas somas de dinheiro, Deus nos devolverá em dobro ou acima deste nosso dinheiro? O texto bíblico aplica-se a colaborar com ministérios, igrejas, instituições, ou ampararmos os pobres ou necessitados? Quando reflito no texto paulino de II Coríntios 8 e 9, concluo que a insistência na lei da semeadura esconde, sobretudo, interesses pessoais. Não que ela não exista, até porque o apóstolo Paulo fala sobre o assunto, porém não acontece da maneira como estão ensinando na televisão, nos programas de rádio e até mesmo nos cultos de doutrina. A unanimidade entre os expositores bíblicos é que esses capítulos ensinam sobre generosidade e “tratam especificamente acerca da obrigatoriedade de amarmos e auxiliarmos os pobres e necessitados” (Pr Antonio Gilberto). A comunidade cristã em Jerusalém passava por graves dificuldades na área social. PAULO SOLICITA OFERTAS AOS CRISTÃOS POBRES DE JERUSALÉM (CAP. 8) Paulo escreve o capítulo 8 para motivar os coríntios a se manterem firme no propósito de socorrer os irmãos de Jerusalém. Ele (cap. 8.1-7) conscientiza os coríntios de que a demonstração solidária dos irmãos macedônios no recolhimento de ofertas (Filipos, Tessalônica e Beréia) evidencia a graça de Deus sobre suas vidas. Mesmo não tendo uma situação financeira privilegiada livremente levantaram uma oferta, e a fizeram com muita alegria provando assim que, não obstante serem pobres materialmente eram ricos em generosidade (v.2,3). Segundo certa definição, generosidade é a virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem. A grande contradição na pregação da absoluta lei da semeadura, é que numa eventual necessidade certos líderes não abrem mão dos seus polpudos salários para abençoarem os necessitados e pobres. Assim a semeadura é apenas unilateral, ou seja, é exclusivamente do crente no ministério deles, nunca ao contrário. Os macedônios pediram insistentemente ao apóstolo Paulo a oportunidade de “participarem da assistência aos santos” de Jerusalém. Foram elogiados pela liberalidade e voluntariedade (v. 3,4). A dedicação destes irmãos era em primeiro lugar à Deus, e depois ao apóstolo Paulo, pelo que atenderam a solicitação de ajuda aos irmãos. Trazendo o exemplo dos irmãos macedônios, a intenção de Paulo era convencer os coríntios que demonstrassem a mesma generosidade. Não obstante serem excelentes em várias áreas deveriam publicizar a manifestação disso ofertando aos irmãos necessitados de Jerusalém (v.7). Nos versículos 8-15 o apóstolo Paulo insiste para que a intenção dos coríntios de fato se concretize. O genuíno amor dos coríntios deveria ser demonstrado não apenas por palavras, mas por ações que evidenciaria a sinceridade deste sentimento. Paulo diz que não estava ordenando, mas os encorajando a tal prática (v.8). Alguém disse que o verdadeiro amor nunca nos deixa satisfeito apenas com palavras, mas precisa ser demonstrado em atos de verdadeiro interesse (I Jo 3.16-18). Os coríntios possuíam condição financeira melhor que os macedônios e Paulo para apoiar sua exortação em prol do amor em ação, informou-os que a natureza da expressão do amor de Cristo está no fato de que ele “sendo rico, se fez pobre por amor de vós”. A pobreza de Cristo não se refere a sua situação financeira quando da sua encarnação e forma de vida, mas ao fato da redenção, pois Jesus encarnando-se demonstrou seu amor por nós ao abrir mão da sua glória e providenciar a salvação à humanidade. O comentarista bíblico Colin Kruse diz que “assim como a pobreza de Jesus não deve ser mal interpretada como sendo abjeta miséria material, em sua encarnação, assim também a riqueza que ele veio trazer-nos, aos crentes, não deve ser entendida como prosperidade material”. Desta forma entendo que no capítulo 8 Paulo exemplifica aos coríntios as ações generosas dos irmãos macedônios e os exorta quanto ao espirito generoso que deveriam ter ao contribuir. Após estas exortações o apóstolo Paulo dá instruções referentes à coleta da igreja em Corinto (capítulo 9). Paulo escreve aos coríntios dizendo que havia elogiado a atitude zelosa deles aos macedônios, porquanto a oferta deles estava preparada a algum tempo: “desde o ano passado”. A preocupação dele era que os coríntios tivessem antecipadamente preparado as ofertas e que tudo estivesse conforme anteriormente planejado (vs. 3-5). A fim de salientar que os coríntios deveriam ofertar “como expressão de generosidade e não de avareza” (v.5) o apóstolo Paulo retrata Deus como o abençoador dos que generosamente cooperam com os necessitados, pois estes são muitos. A questão é definir quais são essas bênçãos e quais áreas da nossa vida serão abençoadas. Está claro que, de alguma forma, haverá resultados dessa generosidade sobre a vida dos coríntios quando entendessem este princípio e ofertassem. SEMEADURA E COLHEITA É nesse contexto que Paulo relembra-os sobre a lei da semeadura: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará”. Uma leitura superficial e isolada desse versículo pode ser utilizada aos fins propostos por alguns pregadores da prosperidade ou até mesmo pode ser ensinado de maneira equivocada por líderes bem intencionados. A princípio não podemos negar que no campo o tamanho da colheita será sempre proporcional ao tamanho da sementeira espalhada. Resta saber se esse método pode ser usado na mesma proporção quanto às aplicações financeiras do crente em determinados ministérios. Biblicamente, doutrinariamente e teologicamente, não acredito nessa hipótese. A Bíblia de Estudo Vida comenta o seguinte em sua nota sobre o versículo: “Devemos compreender que somente Deus pode definir o que deve ser colhido. Semear e ceifar não operam de acordo com uma lei inexorável e impessoal, mas de acordo com o senso de justiça e da misericórdia de Deus. Embora possamos estar certos de que o efeito geral é justo, muitas vezes os pormenores nos podem estar ocultos”. Isso significa que nos propósitos de Deus a lei da semeadura pode funcionar ao crente de maneira diferente, ainda que justa. As bênçãos advindas da “semeadura” do crente certamente ocorrerão, porém, não quer dizer que seja idêntica a semente. Certamente serão as bênçãos que Deus sabe que necessitamos e não a que queremos, serão as prioritárias (principalmente as de ordens espirituais), devem estar de acordo com a natureza doutrinária geral (o que a Bíblia como um todo ensina sobre a prosperidade) e com a vontade soberana de Deus. No mundo de Deus as coisas não funcionam como no nosso. Por exemplo, se eu “plantar” dinheiro (ofertas) em determinado ministério, colherei dinheiro ou bens em abundancia, serei próspero financeiramente? Se aplicarmos o exemplo da vida agrícola literalmente à vida espiritual, diríamos que sim. Mas, isso contraria o ensino geral das Escrituras sobre prosperidade financeira e o modo como viveram os apóstolos do Senhor, pois apesar de alguns deles serem ricos, não adquiriram isso diretamente de Deus, mas, por meio do trabalho. Grande parte dos discípulos de Jesus e dos apóstolos não possuíam muitos bens financeiros, nem prata ou ouro (como disse Pedro e João); não ensinaram que isso deveria ser um alvo a ser incessantemente buscado pelos cristãos. Ensinados erroneamente, alguns crentes pensam que ofertando a um ministério ou a igreja local, um cofre abarrotado de dinheiro surgirá repentinamente ou que notas de dólares ou euros cairão do céu. A oferta também não deveria ser conforme a solicitação (pressão psicológica) do pedinte, mas voluntariamente, como determinaram individualmente em seus corações (v.7). A quantidade é estipulada pelo crente no seu coração e deve fazer assim com alegria, caso contrário (contribuir com tristeza ou por necessidade) não terá a aprovação de Deus. Importa mais a intenção do coração do que o valor da oferta, assim também como são as demais coisas que fazemos na obra de Deus. Existem pessoas que são ativíssimas na obra de Deus, porém é necessário atentar para a intenção que estamos fazendo essa mesma obra. Na primeira parte do versículo 10, Paulo diz que contribuindo nesse estado de espírito Deus faria os coríntios abundarem em toda a graça. Os coríntios possuíam relativa riqueza material (8.14) que identificava, de certa forma, a “graça” de Deus sobre eles. No entanto, essa riqueza não era foi proveniente de algo místico, espiritual, mas tratava-se da graça comum de Deus sobre a vida deles – como também dos que não temem a Deus (Mt 5.45). Já vi pregador chamar os crentes ao altar dizendo que abrissem contas bancárias, pois após sua “palavra profética” Deus colocaria dinheiro na conta. Que maravilha einh? Pra que trabalhar então? Os coríntios eram ricos ou bem sucedidos financeiramente de modo natural, por trabalharem, e não irresponsavelmente, enganosamente ou fraudulentamente. Na segunda parte do versículo 10, diz Paulo que os coríntios teriam tudo em ampla suficiência. O Dr Russel Shedd comenta que a palavra suficiência, do grego “autarkeia”, designava o homem completamente satisfeito com o mínimo necessário das coisas materiais, conforme Filipenses 4.11, e tal homem contente seria também generoso, ou seja, os coríntios já tinha o suficiente para si (o sentido da palavra “autarkeia”) em sua relativa riqueza material, portanto, deveriam contribuir generosamente. Segundo o que entendemos dos versículos 12-15, ninguém se tornará rico por doar ou ofertar à igreja, mas haverá a demonstração de que Deus será glorificado por essa atitude, pois esta corrobora essencialmente o evangelho de Cristo, os que receberem essas doações e ofertas serão amparados em suas necessidades e consequentemente rogarão a Deus em oração por nós. Isto significa que seremos abençoados a medida que abençoamos os necessitados. A PRÁTICA DA GENEROSIDADE Sendo assim, Paulo está ensinando não que seremos ricos por doar ou ofertar a algum ministério ou que Deus nos devolverá o dobro ou mais que isso em benção exclusivamente material, mas que Ele pode nos abençoar naturalmente quando executarmos o princípio da generosidade aos pobres e necessitados. Ademais, o que está sendo ensinado nos capítulos 8 e 9 é que “filantropia sem generosidade não tem valor. A boa filantropia é aquela que baseia suas obras no princípio do amor, que supera todas as deficiências e nos torna úteis ao Reino de Deus. Gratidão e disposição para servir uns aos outros anulam a avareza e abrem as despensas de Deus com bênçãos espirituais e materiais” (Pr Antonio Gilberto). Que os pregadores, ou os que necessitam de investimentos oriundos de ajuda financeira dos irmãos, sejam transparentes no ensino da lei da semeadura e não apelem a resultados tão somente materiais, descomprometidos com a ordem natural dos fatos (prosperar por meios corretos, mediante trabalho digno, capacitação profissional, etc). Em todas essas situações sabemos que somos totalmente dependentes da graça Divina em nosso favor. Em Cristo, LEI DA SEMEADURA

domingo, 22 de junho de 2014

CRENTE NÃO PODE FICAR DOENTE?

CRENTE NÃO PODE FICAR DOENTE? A doença faz parte do sofrimento humano e é um dos efeitos do pecado. A condição para que Adão não enfrentasse a realidade da morte física era manter uma atitude de obediência. Uma vez que desobedeceu a ordem divina de não se alimentar da árvore do conhecimento do bem e do mal (a única proibição) o Senhor o puniu com a morte física (Genesis 3:19). O casal inicia o processo de degeneração física após o ato do pecado. O Senhor havia dito que no dia em que desobedecesse suas ordens Adão certamente morreria (Genesis 2:17). Que tipo de morte afetou Adão e Eva? Resposta: física e espiritual. Se as doenças são consequências do pecado original, contudo, não significa necessariamente que cada doença é diretamente causada por um pecado pessoal. Ao ver um homem cego de nascença os discípulos de Jesus perguntaram se fora seus pais ou ele próprio que havia cometido algum pecado para que nascesse cego (João 9:1-7). A crença de muitos judeus era que cada má sorte temporal era punição de Deus por algum pecado específico (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1246). Jesus responde negativamente a pergunta dos discípulos oferecendo uma terceira opção: foi assim para que se manifestassem nele as obras de Deus. Há porem sofrimentos, mortes e doenças, que são provações ordenadas por Deus para punição e correção de certos pecados específico. O apóstolo Paulo alertou os irmãos da Igreja de Corinto a não participarem da Ceia do Senhor (ou dos Sacramentos) de maneira indigna sem discernir o corpo do Senhor; não se trata do corpo físico do Senhor Jesus, e sim, seu corpo místico – a Igreja. Quem não discerne o corpo, diz Paulo, come e bebe sob juízo para si. Discernir o corpo, no contexto da igreja de Corinto, refere-se à falha dos irmãos em não manter a unidade da Igreja como corpo de Cristo. O apóstolo Paulo continua dizendo que essa quebra da unidade fraternal causaria (ou já estava causando) nos irmãos a morte, fraquezas e doenças (I Coríntios 11:28-32). A Igreja de Corinto, em virtude de pecados não tratados, tinha pessoas fracas, doentes, e algumas que haviam morrido (Comentário de I Coríntios, Hernandes Lopes). Por sua vez o movimento neopentecostal afirma que toda a doença é fruto da ação direta de Satanás. Deus e o Diabo travam uma batalha espiritual intensa. É uma luta cósmica entre o bem e o mal. Para eles a dor, o sofrimento, a doença, a morte, são sempre vistos nessa perspectiva. Há duas justificativas básicas para esse tipo de ensino: 1º) a enfermidade não existe no mundo bom de Deus; seus sintomas são apenas uma sugestão enganosa de Satanás, e precisa ser rejeitada firmemente pela fé; 2º) todas as enfermidades são consequência do pecado e, por isso, não podem atingir aquele que crê no sacrifício expiador de Cristo, que já pagou pelos seus pecados (Revista Palavra Viva, p. 44). Em primeiro lugar, negar a realidade do sofrimento, doença e morte na vida daqueles que servem ao Senhor é um engano satânico. Mary Baker Eddy, fundadora da seita Ciência Cristã, escreveu o livro Ciência e Saúde onde uma das suas teorias é negar a realidade do sofrimento, pecado, doenças e morte. Para ela a matéria não existe, é má, e Deus não a criou. Se alguém está doente, segundo a Ciência Cristã, pode mudar essa realidade por meio do pensamento positivo. Muitos líderes do Movimento Neopentecostal adota a ideia de que seus adeptos devem negar até mesmo os sintomas físicos das doenças. Quantas vidas poderiam ser poupadas se procurassem a medicina, o tratamento de saúde, e não confiassem em doutrinas heréticas pregadas pelos falsos mestres. O fato é que mesmo sendo um fiel servo do Senhor não estamos imunes às doenças e sofrimentos. O apóstolo Paulo tinha um companheiro de trabalho missionário muito dedicado à obra do Senhor. O nome dele era Epafrodito. Tinha vindo à Roma, enviado pela igreja filipense, para estar com Paulo na prisão e supri-lo em suas necessidades. Ocorre que ele adoeceu mortalmente, chegou às portes da morte, mas o Senhor teve misericórdia dele e restabeleceu sua saúde (Filipenses 2:25-30). Em algumas ocasiões Deus até mesmo não nos livra do sofrimento. Tendo em vista sua soberania devemos nos submeter a sua vontade, sabendo que deve ter um propósito maior em sua negativa. O Senhor não ouviu a solicitação de Paulo e disse que a graça Dele lhe bastava, pois Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Paulo não declarou, decretou, murmurou, blasfemou contra o Senhor, mas via seus sofrimentos como razão para regozijar-se (II Coríntios 12:7-10). Concluindo: a doença e o sofrimento existem realmente no mundo bom de Deus, ainda que não aceitemos sua realidade. Em segundo lugar, conforme mencionei acima ainda que a doença seja uma das consequências do pecado nem toda a doença na vida de alguém é resultado de um pecado pessoal. Qual era o pecado específico e pontual na vida de Epafrodito ou de Paulo? Nenhum, todavia eles adoeceram e sofreram na causa do Evangelho. Isso desfaz o segundo erro dos neopentecostais quando dizem que a morte de Cristo na cruz também teve como objetivo alcançar a cura física. Eles citam os textos bíblicos de Isaías 53:4 e I Pedro 2: 24 como respaldo de suas doutrinas. Porém, o contexto tanto de Isaías 53:4 e I Pedro 2:24 não está tratando da cura física, e sim espiritual. As referencias de Isaías ao Messias tomando sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores não devem ser interpretadas literalmente; feridas, contusões e chagas inflamadas são figuras de linguagem do profeta para se referir ao estado lamentável de Judá, após ser castigado pelo Senhor pela desobediência, sem chegar ao arrependimento (Revista Palavra Viva, p. 44). Note que a citação de Isaías é o texto original, já Mateus 8:17 e I Pedro 2:24 são meras citações de Isaías. Significa que devem ser entendidos conjuntamente sendo que a citação do profeta deve ter prioridade. O escritor Mateus afirma que no momento em que Jesus curava os que estavam doentes ou expulsava os demônios se cumpria o que fora dito por intermédio do profeta Isaías (isto é, antes de morrer na cruz para expiar nossos pecados). Com isso não estou dizendo ou negando que segundo a sua soberania e providencia o Senhor não cure ou liberte os endemoninhados nos dias de hoje (Tiago 5:14). Também não precisamos ver a medicina como algo ruim e que serve apenas para pessoas que não tem fé para ser curado por meio da oração. A medicina é uma bênção de Deus e podemos alcançar a cura por meio dela. Não é errado lançarmos mão da medicina para sermos curados enquanto oramos pedindo ao Senhor que nos cure (Isaías 20:5-7). Muitas doenças podem também ser resultados da negligencia com os exercícios físicos, descuido com a alimentação saudável, uso de drogas, bebidas, fumo, etc. Crentes que repudiam a ingestão de bebidas alcoólicas, por exemplo, mas que abusam da carne gordurosa ou frituras, são hipócritas nas suas avaliações. Não é exagero querer ter boa saúde (III João 2). Temos a obrigação de sermos mordomos da nossa saúde (Mateus 25:14-29). Em Cristo,

sábado, 21 de junho de 2014

DECLARAÇÃO DE FÉ

Seção 1: A Bíblia Acreditamos que a Bíblia, composta do Antigo e do Novo Testamentos, é a inspirada, infalível e autoritária Palavra de Deus (Mateus 5:18; 2 Timóteo 3:16-17). Em fé acreditamos que a Bíblia é inerrante em seus escritos originais, inspirada por Deus e a autoridade completa e final para conduta e doutrina (2 Timóteo 3:16-17). Mesmo usando os estilos individuais dos autores humanos, o Espírito Santo os guiou perfeitamente para garantir que escrevessem exatamente o que Deus queria, sem erros ou omissões (2 Pedro 1:21). Seção 2: Deus Cremos em um Deus, que é o Criador de tudo que há (Deuteronômio 6:4; Colossenses 1:16), o qual revelou-se em três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo (2 Coríntios 13:14), ao mesmo tempo sendo apenas um em seu ser, essência e glória (João 10:30). Deus é eterno (Salmos 90:2), infinito (1 Timóteo 1:17) e soberano (Salmos 93:1). Deus é onisciente (Salmos 139:1-6), onipresente (Salmo 139:7-13), onipotente (Apocalipse 19:6) e imutável (Malaquias 3:6). Deus é santo (Isaías 6:3), justo (Deuteronômio 32:4) e reto (Êxodo 9:27). Deus é amor (1 João 4:8), gracioso (Efésios 2:8), misericordioso (1 Pedro 1:3) e bom (Romanos 8:28). Seção 3: Jesus Cristo Acreditamos na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é Deus encarnado, Deus em forma humana, a expressa imagem do Pai, que, sem deixar de ser Deus, se fez homem para que pudesse então demonstrar quem Deus é, assim como providenciar o meio de salvação para a humanidade (Mateus 1:21; João 1:18, Colossenses 1:15). Acreditamos que Jesus Cristo foi concebido do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria; que Ele é verdadeiramente e plenamente Deus e ao mesmo tempo verdadeiramente e plenamente homem; que Ele viveu uma vida perfeita e sem pecado; que todos os Seus ensinamentos são verdadeiros (Isaías 14; Mateus 1:23). Acreditamos que o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz por toda a humanidade (1 João 2:2) como um sacrifício substitucionário (Isaías 53:5-6). Afirmamos que Sua morte é suficiente para fornecer salvação para todos os que O recebem como Salvador (João 1:12, Atos 16:31); que nossa justificação é fundamentada no derramamento de Seu sangue (Romanos 5:9; Efésios 1:17), e que é comprovada pela sua ressurreição literal e física dos mortos (Mateus 28:6; 1 Pedro 1:3). Acreditamos que o Senhor Jesus Cristo ascendeu ao Céu em Seu corpo glorificado (Atos 1:9-10) e está agora sentado à direita de Deus como nosso Sumo Sacerdote e Advogado (Romanos 8:34, Hebreus 7:25). Seção 4: O Espírito Santo Acreditamos na divindade e personalidade do Espírito Santo (Atos 5:3-4). Ele regenera os pecadores (Tito 3:5) e habita nos fiéis (Romanos 8:9). Ele é o agente pelo qual Cristo batiza todos os crentes em Seu corpo (1 Coríntios 12:12-14). Ele é o selo através do qual o Pai garante a salvação dos fiéis até o dia da redenção (Efésios 1:13-14). Ele é o Mestre Divino que ilumina os corações e mentes dos crentes à medida que estudam a Palavra de Deus (1 Coríntios 2:9-12). Acreditamos que o Espírito Santo é soberano e o único responsável pela distribuição dos dons espirituais (1 Coríntios 12:11). Acreditamos que os dons miraculosos do Espírito, embora não estejam fora da habilidade do Espírito de realização, não mais funcionam como no início do desenvolvimento da igreja (1 Coríntios 12:4-11; 2 Coríntios 12:12; Efésios 2:20; 4:7-12). Seção 5: Anjos e Demônios Acreditamos na realidade e personalidade dos anjos. Nós acreditamos que Deus criou os anjos para serem Seus servos e mensageiros (Neemias 9:6; Salmos 148:2; Hebreus 1:14). Acreditamos na existência e personalidade de Satanás e seus demônios. Satanás é um anjo caído do céu que levou um grupo de anjos a rebelar-se contra Deus (Isaías 14:12-17; Ezequiel 28:12-15). Ele é o grande inimigo de Deus e do homem, e os demônios são seus agentes no mal. Ele e seus demônios serão eternamente punidos no lago de fogo (Mateus 25:41; Apocalipse 20:10). Seção 6: Humanidade Acreditamos que a humanidade passou a existir através da criação direta de Deus e que a humanidade é exclusivamente feita à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27). Acreditamos que toda a humanidade, em virtude da queda de Adão, herdou uma natureza pecaminosa; que todos os seres humanos escolhem pecar (Romanos 3:23); e que todo pecado é extremamente ofensivo a Deus (Romanos 6:23). A humanidade é absolutamente incapaz de corrigir seu estado caído e pecaminoso (Efésios 2:1-5,12). Seção 7: Salvação Acreditamos que a salvação é um dom da graça de Deus através da fé na obra completa de Jesus Cristo na cruz (Efésios 2:8-9). A morte de Cristo realizou por completo a justificação através da fé, assim como a redenção do pecado. Cristo morreu em nosso lugar (Romanos 5:8-9) e carregou os nossos pecados no Seu próprio corpo (1 Pedro 2:24). Acreditamos que a salvação é recebida apenas através da graça, apenas através da fé em Cristo e só nEle. Boas obras e obediência são resultados da salvação, e não exigências para a salvação. Devido à grandeza, suficiência e perfeição do sacrifício de Cristo, todos aqueles que têm verdadeiramente recebido a Cristo como Salvador estão eternamente seguros na salvação, a qual é protegida pelo poder de Deus e garantida e selada em Cristo para sempre (João 6:37-40 ; 10:27-30; Romanos 8:1, 38-39; Efésios 1:13-14; 1 Pedro 1:5; Judas 24). Assim como a salvação não pode ser recebida através de boas obras, ela também não precisa de boas obras para ser mantida ou sustentada. Boas obras e vidas transformadas são resultados inevitáveis da salvação (Tiago 2). Seção 8: A Igreja Acreditamos que a Igreja, o Corpo de Cristo, é um organismo espiritual composto de todos os crentes da presente era (1 Coríntios 12:12-14; 2 Coríntios 11:2; Efésios 1:22-23, 5:25-27). Acreditamos na ordenança do batismo do crente por imersão em água como um testemunho de Cristo e da sua identificação com Ele e na ordenança da Ceia do Senhor como uma lembrança da morte de Cristo e do Seu sangue derramado (Mateus 28:19-20; Atos 2 :41-42, 18:8, 1 Coríntios 11:23-26). Através da igreja, os crentes devem ser ensinados a obedecer ao Senhor, a testemunhar sobre a sua fé em Cristo como Salvador e a honrá-lO com uma vida santa. Acreditamos na Grande Comissão como a principal missão da Igreja. É a obrigação de todos os crentes de ser um testemunho, através de palavra e ação, das verdades da Palavra de Deus. O evangelho da graça de Deus é para ser pregado para todo o mundo (Mateus 28:19-20; Atos 1:8, 2 Coríntios 5:19-20). Seção 9: Coisas por vir Acreditamos na bem-aventurada esperança (Tito 2:13), na vinda pessoal e iminente do Senhor Jesus Cristo para arrebatar Seus santos (1 Tessalonicenses 4:13-18). Acreditamos no retorno visível e corporal de Cristo à terra com Seus santos para estabelecer Seu prometido reino milenar (Zacarias 14:4-11; 1 Tessalonicenses 1:10; Apocalipse 3:10, 19:11-16, 20:1 -6). Acreditamos na ressurreição física de todos os homens- dos santos à alegria e felicidade eterna sobre a Nova Terra, e dos ímpios ao castigo eterno no lago de fogo (Mateus 25:46, João 5:28-29; Apocalipse 20:5 -6, 12/13). Acreditamos que as almas dos fiéis são, no momento da morte, ausentes do corpo e presentes com o Senhor, onde aguardam a sua ressurreição, quando espírito, alma e corpo são reunificados para serem glorificados para sempre com o Senhor (Lucas 23:43; 2 Coríntios 5:8, Filipenses 1:23, 3:21, 1 Tessalonicenses 4:16-17). Acreditamos que as almas dos incrédulos permanecem, após a morte, em miséria consciente até a sua ressurreição, quando, com a alma e o corpo reunificados, aparecerão no julgamento do grande Trono Branco e serão lançados no lago de fogo para sofrer castigo eterno (Mateus 25:41-46; Marcos 9:43-48, Lucas 16:19-26; 2 Tessalonicenses 1:7-9; Apocalipse 20:11-15). Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/declaracao-de-fe.html#ixzz351VrkU00

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Será que o Brasileiro tem direito de reclamar?

Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso? O Brasileiro é assim... 1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas. 2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas. 3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração. 4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura. 5. - Fala no celular enquanto dirige. 6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento. 7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas. 8. - Viola a lei do silêncio. 9. - Dirige após consumir bebida alcoólica. 10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas. 11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas. 12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho. 13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo. 14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos. 15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto. 16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. 17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20. 18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes. 19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes. 20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado. 21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata. 22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca. 23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem. 24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA. 25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho. 26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo. 27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha. 28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado. 29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. 30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve. E quer que os políticos sejam honestos... Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas... Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não? Brasileiro reclama de quê, afinal? E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário! Vamos dar o bom exemplo! Espalhe essa idéia!

terça-feira, 17 de junho de 2014

O POTE RACHADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessado em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço: - Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas. - Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado? - Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: - Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho. De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: - Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa. Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Basta reconhecermos nossos defeitos e eles com certeza embelezarão a mesa de alguém... Das nossas fraquezas, devemos tirar nossa maior força...

Por que as pessoas GRITAM?

Cristo é amor, Ilustrações, Testemunho Um dia, um mestre indiano, preocupado com o comportamento dos seus discípulos, que viviam aos berros uns com os outros, fez a seguinte pergunta: - Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ou quando não se entendem? - Gritamos porque perdemos a calma - disse um deles. - Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - questionou novamente o pensador. - Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça - retrucou outro discípulo. O mestre volta a perguntar: - Não é possível falar com a outra pessoa em voz baixa? Os alunos deram várias respostas, mas nenhuma delas convenceu o velho pensador, que esclareceu: - O fato é que quando duas pessoas gritam é porque, quando estão aborrecidas, seus corações estão muito afastados. E, para cobrir esta distância, precisam gritar para que possam escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão de gritar, para que possam ouvir umas às outras, por causa da grande distância.E continuou o sábio: - Por outro lado, quando duas pessoas estão enamoradas, não gritam; falam suavemente. Por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. As vezes, seus corações estão tão próximos que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, o que basta. Seus corações se entendem. E justamente isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo: - Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará o dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta. “Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda amolece até os ossos”

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MEDITAÇÃO

Seduzidos Pela Meditação A vida acelerada e estressante talvez seja a característica mais marcante deste início de século. A humanidade rompeu a aurora do século 21 vivendo ou sobrevivendo com a adrenalina a mil por hora. As pessoas têm uma vida de qualidade precária como conseqüência do corre-corre das obrigações que as cercam, do estresse da vida moderna e eletrizante, dos traumas físicos e psicológicos, de decisões importantes e constantes a serem tomadas, da angústia e da ansiedade com o dia de amanhã, da instabilidade no emprego, do desemprego alarmante e das freqüentes crises de depressão. As pessoas estão chegando ao limite da exaustão! O ser humano quer paz e tranqüilidade! Portanto, está pronta a mente perfeita (o palco perfeito) para a meditação esotérica entrar em cena, disfarçada de uma super-técnica milenar que reivindica ser capaz de devolver a harmonia de viver. Ora, meu leitor pode estar pensando: "A Bíblia endossa e incentiva a meditação. As palavras ‘medita(o)’ ou ‘meditarei’ ou ‘meditação’ aparecem dezessete vezes na Bíblia. O que há, então, de tão diferente entre os procedimentos recomendados pela meditação das religiões orientais e os do cristianismo? Ora, será que os evangélicos são contra a meditação?" Bem, o que tencionamos com este artigo é diferenciar os dois tipos de meditação: a esotérica e a cristã, para que a Igreja de Cristo possa se posicionar entre a febre crescente de meditação esotérica que nos envolve e a meditação que é agradável ao Senhor. Meditação Esotérica A meditação esotérica é oriunda do Oriente. Do Oriente que, espiritualmente, não orienta, e sim desorienta. Ela faz parte do tripé do ocultismo (meditação – iluminação – reencarnação). As metodologias e os tipos de meditações místicas são as mais diversas. O processo geralmente exige: uma postura correta, às vezes jejum de algumas horas, longos períodos de silêncio, relaxar o pensamento (inicialmente o praticante tem de esvaziar a mente), em seguida realiza uma visualização (imaginar estar em uma floresta, às margens de uma cachoeira, nas nuvens ou em qualquer local que transmita tranqüilidade), muitas vezes recitação de mantras (sons aparentemente sem qualquer significado, mas que quase sempre são nomes de divindades hindus ou budistas), taquipnéia (respiração acelerada) forçada, e, por fim, tentar comunicar-se com um "ser" dentro do próprio praticante (esse "ser" é chamado de "Eu Superior"). Sintetizando, a meditação oriental (esotérica) tem dois passos: o primeiro é esvaziar a mente da pessoa, e o segundo é direcionar essa mente vazia e desprotegida para uma busca de um suposto "Eu Superior" introvertido. Trata-se da busca de uma suposta deidade interior. É o ser humano supostamente sentindo-se "um com deus". A meditação mística se apresenta como uma técnica para relaxar e se "auto-conhecer" (realização de uma "gnose"). No entanto, na verdade, esse tipo de meditação coloca o praticante na boca do lobo espiritual, tornando-o presa fácil para o predador Satanás. Ela equivale a colocar um pé nas profundidades das trevas, a cair em terreno movediço. Analisaremos, de forma sucinta, apenas três das mais populares técnicas de meditação mística: Yoga (ioga) Como já afirmamos no glossário do livro A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do "Maitreya" e da Prostituta Babilônia: Para a maioria da ingênua população brasileira, a ioga é apenas uma forma de relaxar, tranqüilizar, normalizar a pressão arterial e o colesterol, ficar com a musculatura torneada e abolir algum vício. No Brasil a ioga é praticada em academias de ginástica, spas, escolas e até em igrejas. A palavra vem do indiano antigo (sânscrito) e literalmente significa "união com Brâman" (em inglês, Brahman). Brâman é o deus do hinduísmo, caracterizado como uma força energética, impessoal, que habita toda e qualquer criatura viva. Assim, os hindus acreditam que Brâman está dentro do rato, da vaca, do ser humano e de outros animais. O exercício de ioga é praticado há quase cinco mil anos na Índia e não existe uma pessoa específica que possa ser identificada como sendo seu criador. O adepto da ioga deve sentar no chão, cruzar as pernas e colocar os ombros para trás (conhecida como a "posição da flor de lótus"), embora existam também outras posturas para se praticar a ioga. Em seguida, o praticante deve iniciar uma meditação cujo objetivo é libertar a "consciência de divindade" que existe dentro dele.[1] José Hermógenes, talvez o mais conhecido iogue brasileiro, incentiva aos praticantes da ioga a capricharem no momento em que realizam as diferentes posturas da ioga (chamadas de asanas). Hermógenes declara que a asana é um movimento oferecido ao "Eu-Divino": "Uma pessoa em uma cadeira de rodas pode fazer ioga tão bem quanto eu. O trabalho é espiritual. Ao fazer um asana, o iogue deve respirar pensando em seu eu-divino e oferecer a Deus o que estiver fazendo. Por isso, o asana tem que ser perfeito, pois é um exercício de devoção".[2] A yoga não é mencionada na Bíblia Sagrada, mas em compensação a Bhagavad-Gita hindu dedica um capítulo inteiro à prática da yoga. Observe o que está por trás da yoga: "... a meta última da prática de yoga é ver o Senhor dentro de si, quem é consciente de Krsna (Krisna) já é o melhor dos yogis".[3] "... praticar yoga, em especial a bhakti-yoga em consciência de Krsna, pode parecer uma tarefa muito difícil. Mas se alguém seguir os princípios com muita determinação, o Senhor certamente ajudará, pois Deus ajuda a quem se ajuda".[4] "Servir a Krsna com sentidos purificados chama-se consciência de Krsna. Esta é a maneira de deixar os sentidos sob completo controle. Aliás, esta é a mais elevada perfeição da prática de yoga".[5] Rabi R. Maharaj, um ex-guru hindu convertido ao Senhor Jesus, afirma: "Não existe hinduísmo sem yoga e não existe yoga sem hinduísmo".[6] Rabi Maharaj afirma também que nas suas viagens pela Índia encontrou vários ocidentais que mergulharam na religião hindu como resultado de uma simples iniciação em uma aula de yoga.[7] Meditação Transcendental com entoação de mantra A Meditação Transcendental (MT) é uma das formas mais popularizadas da yoga. Foi o guru indiano Maharishi Mahesh Yogi que introduziu a MT no mundo ocidental. Maharishi tem hoje mais de 83 anos e é um homem rico, famoso e poderoso. Veja o que a revista Carta Capital expôs sobre esse guru: Esse velho ícone da Nova Era é hoje um dos homens mais ricos e poderosos do mundo, controlando um império empresarial que já em 1993 era estimado em US$ 2 bilhões, incluindo vastas propriedades imobiliárias na Índia, hotéis na Europa, editoras nos EUA, universidades Maharishi em três continentes, clínicas holísticas, lojas de alimentos naturais, parques temáticos espirituais e até um partido político (Natural Law Party) presente nos EUA, em várias países da Europa Ocidental e Oriental e na Índia (onde leva o nome de Ajeya Bharat e deixa mais claro seu ideário fundamentalista hindu). Seus adeptos pagam bem caro pelos cursos introdutórios e avançados de Meditação Transcendental (MT) e fazem doações regulares; os mais fanáticos dedicam-se de corpo e alma a engrandecer o império Maharishi; os mais ricos pagam pequenas fortunas para conseguir seus mantras secretos e pessoais. E estes não são poucos: a MT surgiu como mais uma mania da contra-cultura dos anos 60, mas hoje é extremamente popular entre altos executivos, militares e políticos, incluindo, por exemplo, o líder do Partido Conservador britânico, William Hague.[8] Há algum tempo anunciou-se que o próprio Maharishi iria bancar a construção bilionária (US$ 1,65 bilhão) do edifício mais alto do mundo, o São Paulo Tower, na cidade de São Paulo,[9] obedecendo os ditames da arquitetura védica da religião hindu. A MT é um tipo de yoga mântrica. A palavra "mantra", em sânscrito, significa "libertação da mente". São sílabas originárias de uma seita esotérica chinesa chamada Mi Tsung.[10] Para alguns praticantes desinformados, os mantras são apenas "sons" sem significado aparente. Mas, na verdade, são nomes de deidades hindus e/ou budistas com intensos poderes ocultos. Acreditamos que uma boa maneira de percebermos o mundo tenebroso por trás desse tipo de meditação é lermos os testemunhos de dois ex-instrutores (Joan e Craig) de MT, relatados no livro Occult Invasion, de Dave Hunt: Joan: A iniciação que cada um tem de passar é uma cerimônia de louvor hindu em honra a deuses hindus e mestres ascendidos, incluindo o próprio guru já falecido de Maharishi, chamado Dev. Como professora de MT, fui instruída a mentir... dizer-lhes (aos iniciantes) que o mantra que nós tínhamos dado a eles era um som sem significado, a repetição do mantra os ajudaria a relaxar – no entanto, na verdade, era o nome de uma deidade hindu com poderes ocultos tremendos. Para aqueles que realmente se envolveram com isso, a MT era como ter tomado uma espaçonave para outro estado de consciência... Eles eventualmente acreditariam... que eles poderiam se tornar Deus".[11] Craig: Eu estava profundamente envolvido em MT por vários anos antes de começar a reconhecer que tinha me associado a uma seita hindu. Àquela altura, no entanto, já estava muito comprometido... para retroceder... Centenas de pessoas, de várias partes do mundo, estudaram por um mês com Maharishi na Europa para se tornarem professores de MT... e o efeito que isso teve foi às vezes muito tenebroso. Alguns viram espíritos grotescos sentados junto deles enquanto meditavam. Alguns foram atacados pelos espíritos. Outros [foram]... tomados por uma fúria cega, até com o impulso para cometer assassinato... Maharishi explicou que carmas ruins de vidas passadas estavam sendo trabalhados – uma parte necessária da nossa jornada para uma "consciência mais elevada". Finalmente eu alcancei a Consciência da Unidade... No entanto, o sentimento eufórico inicial de que eu "tinha conseguido"... em breve deu lugar ao pânico. Eu tinha perdido a habilidade de decidir o que era "real" e o que não era. Maharishi me disse para parar de meditar. Gradualmente retornei à aparência de normalidade – mas sofria de lapsos freqüentes de retorno à Consciência da Unidade, muito parecidos com um lampejo de LSD. Depois de retornar para os Estados Unidos, trabalhei na Universidade Internacional de Maharishi. Meu companheiro de quarto cometeu suicídio e eu fui confinado a uma instituição psiquiátrica".[12] Meditação Dinâmica Quem inventou esse tipo de meditação foi ninguém menos do que o guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh (1932-1990), também conhecido como "Osho". Osho foi aquele guru indiano que estabeleceu a sua comunidade espiritual (os esotéricos a chamam de "ashram") em Antelope, Oregon/EUA, reivindicou ser Deus, angariou fortunas e precipitou um escândalo internacional com suas cerimônias tântricas*. Entre as posses de Osho constavam terrenos, um hotel e uma frota de noventa Rolls-Royce. Entre as acusações que pesavam sobre esse guru esotérico estavam a de perversão, realização de lavagem cerebral e sonegação de impostos. Rajneesh foi deportado dos Estados Unidos para a Índia, onde morreu. Osho dividia sua meditação em quatro partes de aproximadamente trinta minutos cada uma. Na primeira sessão, os participantes eram conduzidos a uma taquipnéia forçada realizando incursões respiratórias rápidas e profundas. Esta hiperventilação era supostamente para despertar a força da serpente Kundalini localizada na base da coluna do praticante. Na segunda sessão, eram levados a extravasarem todos os seus sentimentos gritando (alguns alunos chegavam a se debater no chão), contorcendo-se, esperneando e rolando pelo chão. Pareciam crianças tendo ataques de raiva. A terceira sessão era semelhante à primeira: voltavam a apresentar a taquipnéia forçada acompanhada do som "uh-uh-uh-uh...". O corpo pulava sem parar e tornavam-se "um com a energia". Na quarta sessão, alguém gritava "pare!", e todos ficavam totalmente imóveis (catatônicos), geralmente de olhos fechados durante vários minutos de silêncio ("a mente pára"). Alguns ex-praticantes da meditação dinâmica afirmam que chega um momento em que a pessoa deixa de pensar, para de raciocinar, parece que todos os pensamentos fogem e os problemas se vão. A mente torna-se vazia e a pessoa aparentemente se isola do mundo exterior. Críticos de Rajneesh afirmam que essa meditação é uma lavagem cerebral que propicia um estado temporário de paz na consciência. Eles afirmam que os problemas íntimos de cada um retornam à mente depois de se passar algum período de tempo sem praticar essa meditação e, em vez de serem solucionados, são protelados e às vezes até esquecidos. Assim, para afastar (esquecer) os problemas pessoais, o indivíduo fica preso a prática da meditação. Conseqüentemente, a pessoa fica cativa à prática da meditação para que sua mente continue "anestesiada" e as dificuldades do cotidiano sejam amordaçadas e não a pertubem. Há tantas formas de meditação sendo ensinadas que é impossível listá-las todas. Meditação Cristã A meditação esotérica, motivada por Satanás, é passiva. A meditação cristã é ativa. Na meditação bíblica, o indivíduo deve não apenas ler a Bíblia, mas principalmente decorá-la e aplicá-la à sua vida, além de falar com Deus através da oração e do louvor. O reverendo Bob Larson, em seu livro Larson’s New Book of Cults, afirma: "A raiz da palavra meditação implica um processo ruminativo de uma digestão vagarosa das verdades de Deus. Isso envolve um pensamento concentrativo, dirigido, que medita nas leis, obras, preceitos, palavra e pessoa de Deus. "Medite nEle", é a mensagem da Escritura. [...] A meditação mística cultua o próprio ser como uma manifestação interior de Deus. A meditação bíblica estende-se ao exterior para um Deus transcendental que nos levanta acima da nossa natureza interna pecaminosa para comungar com Ele através do sangue do Seu Filho".[13] Não interessa se a experiência mística vem através do uso de drogas, da prática de yoga, canalização, MT, mediunidade, hipnose, experiências de quase-morte, cromoterapia ou de qualquer outra metodologia. O processo de buscar orientação espiritual não no Deus da Bíblia, mas em um "deus" (o "Eu Superior") que alega-se estar dentro de cada ser humano, é uma ilusão satânica. Temos diversos testemunhos de ex-esotéricos que afirmam ter tido contatos, durante a prática da meditação mística, com demônios disfarçados até de "Jesus Cristo". Meditação Esotérica x Meditação Cristã As duas maiores divergências entre a meditação esotérica e a cristã são: A primeira é que a meditação cristã não aceita esvaziar a mente ("a cessação do pensamento"). Mente vazia é alvo fácil para a possessão demoníaca. Não se esqueçam que Jesus afirmou que um demônio, após ter saído de um certo homem, retornou para o mesmo homem, algum tempo depois, porque este continuava espiritualmente desabitado (Mateus 12.43 a 45). Quando alguém se ausenta da mente, como ocorre com a meditação esotérica, esta vira terra de ninguém, tão propícia aos demônios quanto um terreno baldio a assaltantes de subúrbio. Assim, a mente vazia torna-se local privilegiado do satanismo. A segunda divergência é que a meditação cristã é sempre direcionada a Deus, às Suas obras maravilhosas, aos Seus sábios preceitos e à Sua Palavra Sagrada. Jamais ela é direcionada a uma contemplação vazia de algum aspecto da natureza e, tampouco, direcionada à nossa própria intuição, pois o coração do homem é enganoso (Jeremias 17.9). A meditação esotérica caracteriza-se pela exacerbação da intuição em detrimento da razão. Ela utiliza como isca recursos capazes de nos fazer sentir mais e pensar menos; mais urros e menos louvor; mais devaneios e menos realidade; mais autoconhecimento egocêntrico e menos cristocêntrico ou mais niilismo e menos cristianismo. "Quanto amo a tua lei! Nela medito o dia todo" (Salmos 119.97); "Na minha cama, lembro-me de ti; medito em ti nas vigílias da noite" (Salmos 63.6) "Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, pois medito nos teus estatutos" (Salmos 119.99) "Lembro-me dos dias antigos; medito em todos os teus feitos e considero a obra das tuas mãos" (Salmos 143.5). Conclusão De um lado, o objetivo final da meditação esotérica é o controle total das mentes dos praticantes por forças ocultas anticristãs. Do outro lado, o alvo da meditação cristã é o cultivo constante de um relacionamento de amor e dependência do homem limitado com o seu único Deus – Maravilhoso, Criador, Onipresente, Onipotente, Onisciente e Ilimitado. As pessoas estão cansadas e até certo ponto exaustas; procuram tranqüilidade de espírito e estão dando ouvidos para o canto da sereia esotérica. Escolher a opção pela meditação esotérica (da Nova Era) é satisfazer-se com ilusões. Cair na sedução da meditação oriental (esotérica) é andar por caminhos movediços que conduzem à morte eterna. A opção espiritualmente correta é meditar na Palavra de Deus, que conduzirá o ser humano pelo único caminho para a vida eterna – Jesus Cristo. Você está cansado? Jesus disse: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11.28). Medite, pois, no Senhor! Amém! "Sejam agradáveis as palavras da minha boca, e a meditação do meu coração perante a tua face, ó Senhor, Rocha minha e Redentor meu!" (Salmos 19.14).

HAVERÁ ANIMAIS NO CEU?

Estudo Bíblico Haverá Animais no Céu? Será que seremos a única espécie que desfrutará dos novos céus e nova terra profetizados pelas Escrituras? O que será das inúmeras espécies animais e vegetais, frutos do gênio divino? Terá Deus criado todas elas apenas como figurantes da trama cujo protagonista é o ser humano? Recuso-me a crer nesta hipótese. Se Deus não se importasse com os animais, por que os teria poupado no dilúvio? Não somos melhores do que os bichos! E não sou eu quem diz isso, mas o sábio Salomão: “Disse eu no meu coração: Isso é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais. Porque o que acontece aos filhos dos homens, isso mesmo também acontece aos animais; a mesma coisa lhes acontece. Como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego, e nenhuma vantagem têm os homens sobre os animais…” (Ec.3:18-19). Alguém poderá objetar: Os seres humanos temos espírito, os animais não. Será? Então, Salomão errou ao dizer que não temos qualquer vantagem sobre eles. E veja o que ele diz mais: “Todos vão para o mesmo lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão. Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos animais desce pra terra?” (vv.20-21). Então, os animais também têm espírito, certo? Corretíssimo! Pelo menos é o que acabamos de ler. O amor de Deus não se limita ao ser humano. Deus ama a todas as Suas criaturas, racionais e irracionais. Ele é quem “dá mantimento a toda a criatura, porque o seu amor dura para sempre” (Sl.136:25). Davi entendia isso perfeitamente, e declara de maneira poética em seu salmo de número 104. Como que em êxtase, o rei salmista declara: “Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas. Há o mar, vasto e espaçoso, onde se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes (…) Todos esperam de ti que lhe dê o seu sustento em tempo oportuno” (v.24-25,27). Até os leõezinhos “de Deus buscam o seu sustento” (v.21). Era como se Davi mergulhasse no fundo do oceano e se maravilhasse com o que visse ali. Tive uma sensação de deslumbramento semelhante ao visitar o maior aquário do mundo no SeaWorld em Orlando. É de cair o queixo! Foi deveras emocionante poder tocar nos golfinhos, assistir aos espetáculos com as baleias, adentrar o ambiente artificial reproduzindo o ártico e ver onde descansa o urso polar, assistir ao balé dos pinguins como no filme Happy Feet. Minha mulher e eu fomos literalmente às lágrimas. Disse aos meus filhos que aquele entrosamento entre o homem e os animais era uma amostra grátis do que será na Terra restaurada. Seria um desperdício enorme de espaço se somente nós, humanos, habitássemos a Nova Criação. Engana-se quem pensa que nosso destino final será vivermos num céu etéreo, como fantasminhas angelicais tocando suas harpas. Não! Seremos seres humanos completos, dotados de todas as nossas faculdades originais. A hostilidade que o reino animal nutre contra o homem se deve ao pecado. Deixamos de ser os guardiões do jardim de Deus para sermos sua maior ameaça. Toda a natureza geme na expectativa de ser libertada do cativeiro imposto pela vaidade humana. Quando os filhos de Deus se manifestarem, a natureza será finalmente livre (Rom.8). A Terra não caminha para uma catástrofe final, mas para a libertação. Quando isso ocorrer, a hostilidade terminará, e o homem voltará a integrar-se à criação. Enquanto não chega o grande dia, devemos zelar pela vida de todos os seres com os quais compartilhamos a Terra. Deus no-los confiou. Tanto os selvagens quanto os domésticos. Hoje, depois de minha caminhada diária, parei à margem de um lago para fotografar alguns animais (tartarugas, pássaros e patos). Recentemente descobri este novo hobby: fotografar a natureza. Um rapaz americano chamado John me abordou. Ele estava acompanhado de um cão branco a quem chamava carinhosamente de pig (porco). Conversa vai, conversa vem… ele me contou de um acidente automobilístico que sofreu há dois anos, me disse que perdera seus amigos, e que estava perdendo sua casa (por sinal, uma linda casa à beira do lago). A única coisa que lhe restara era seu cão. Mas pra completar seu sofrimento, seu cão, agora com doze anos, estava prestes a morrer. Teria que gastar 8 mil dólares para tentar salvar-lhe a vida numa cirurgia. Por estar financeiramente quebrado, não lhe restou alternativa senão deixá-lo partir. Embora não fosse cristão, e de ter-me confidenciado sua ojeriza a religião, John demonstrava um grande amor por seu bicho. O que me remete ao que diz Salomão: “O justo olha pela vida dos seus animais” (Pv.12:10a). Desejei do fundo d’alma que Deus restaurasse a saúde daquele animal. Lembrei-me de Franscisco de Assis que tinha o hábito de orar pelos animais. Recentemente o SeaWorld foi cenário de uma tragédia envolvendo uma Orca e sua treinadora. Apesar do entrosamento entre eles, a treinadora veio a falecer afogada, depois de ter sido arremessada pelos cabelos num ato aparentemente de fúria do animal. A AFA (American Family Association), criada pelo reverendo Donald Wildmon defendeu o apedrejamento até a morte da orca. A influente entidade cristã cita passagens da Bíblia para justificar a morte do animal, cuja carne, diz, não deve ser consumida por ninguém. Organizações de defesa de animais de todo mundo reagiram à proposta do apedrejamento. Se depender da AFA, até o proprietário do parque aquático deve ser morto a pedradas, também de acordo com o que manda a Bíblia, argumenta a entidade. Este é um tipo de fundamentalismo que deve ser rechaçado por cristãos conscientes, que entendem que vivemos sob a égide da Graça e não da Lei. Uma das mais impressionantes imagens pintadas no livro de Apocalipse está registrada no capítulo 5, do verso 11 ao 14: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então ouvi a TODA CRIATURA QUE ESTÁ NO CÉU, E NA TERRA, E DEBAIXO DA TERRA, E NO MAR, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo sempre. E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.” Repare a forma como o céu e a terra são apresentados unindo-se para formar um enorme coral em adoração ao Cordeiro. Gradativamente, todas as coisas vão sujeitando-se a Cristo. Não só as invisíveis, mas também as visíveis, não só as pertencentes ao mundo espiritual (anjos, querubins e cia), mas também as do mundo animal. Aos poucos o caos vai se tornando em harmonia; o barulho se transforma numa fenomenal orquestra! Cada evento vai encontrando o seu lugar na majestosa sinfonia composta pelo Cordeiro. Nada fica de fora de escopo desta restauração! O reino animal, o reino vegetal, e o reino mineral se unem para saudar o Rei dos Reis. No capítulo anterior, João diz que viu um trono, e Alguém assentado sobre ele, e “ao redor do trono havia um arco-íris” (4:3). Este arco-íris nos remete ao episódio em que Deus fez uma aliança com Noé, e estabeleceu o arco-íris como símbolo dessa aliança. O que poucos observam é que aquela aliança de preservação não se limita ao ser humano, mas abrange toda a criação. Assim afirmou o Senhor: “Agora estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós, e com TODOS OS SERES VIVENTES que convosco estão; assim as aves, os animais domésticos e os animais selvagens que saíram da arca, como todos os animais da terra (...) Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, POR GERAÇÕES PERPÉTUAS; O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver uma aliança entre mim e a terra (...) O arco estará nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da ALIANÇA ETERNA entre Deus e todos os seres viventes de todas as espécies, que estão sobre a terra” (Gn.9:9-10,12-13,16). Esta aliança jamais vai caducar. Não tem prazo de validade a ser vencido. Por ser eterna, ela não perdeu a validade com o lançamento da Nova Aliança, antes foi confirmada. Oséias, profetizando acerca da Nova Aliança, disse: “Naquele dia farei por eles aliança com os animais do campo, com as aves do céu e com os répteis da terra” (2:18). A Nova Aliança diz respeito à salvação do homem, e, por conseguinte, à restauração da ordem criada. O coral só estará completo quando as vozes angelicais, e as vozes humanas unirem-se às vozes de toda criatura, incluindo os pássaros, os répteis, os mamíferos e os peixes."Tudo o que tem fôlego louve ao Senhor!" (Sl.150:6).

UM SOLTEIRO PODE SER PASTOR?

Algumas igrejas permitem e outras exigem que seus pastores sejam solteiros. O que Deus revelou sobre esta questão? Jesus Cristo, o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4) concedeu servos conhecidos como pastores e mestres para ajudar os santos (Efésios 4:11). Os homens que pastoreiam são chamados, também, de presbíteros (anciãos em algumas traduções) e bispos (1 Pedro 5:1-2; Atos 20:17,28). O Espírito Santo foi específico e detalhado nas qualificações destes servos. Encontramos listas de características deles em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9. Para as pessoas que realmente querem agradar ao Senhor, estes trechos resolvem a questão de pastores solteiros. Paulo disse a Timóteo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2). Na sua carta a Tito, começou a lista de qualificações dos presbíteros com as mesmas palavras: “alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes” (Tito 1:6). Pastores, então, devem ser casados e pais de filhos crentes. Para defender a prática comum de escolher pastores sem estas qualidades, os homens recorrem a vários argumentos. Vamos considerar algumas questões: Paulo não foi casado. Paulo foi fiel no seu trabalho de apóstolo e ministro (servo) de Cristo (Atos 26:16; Colossenses 1:1,23), mas, nas Escrituras, ele nunca é chamado de bispo, presbítero ou pastor. Os outros apóstolos eram casados (1 Coríntios 9:5). Por isso, não nos surpreende descobrir que alguns deles serviam, também como presbíteros (1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1). Timóteo e Tito não foram casados. Não há referência a estes evangelistas como casados, mas também não há nenhuma passagem que os chama de pastores! O costume de chamar as cartas a estes evangelistas de “epístolas pastorais” cria uma certa confusão, porque foge da linguagem bíblica. Na Bíblia, nem o autor nem os destinatários dessas cartas são chamados de pastores! Paulo disse que solteiros podem servir melhor (1 Coríntios 7:1-7). O conselho de Paulo foi dado em relação a “todos os homens” (7:7) especifi-camente por causa de uma “angus-tiosa situação presente” (7:26). Não deve ser interpretado de uma maneira que contradiga outras passagens que incentivam o casamento (1 Timóteo 5:14) e que especificamente exigem que presbíteros sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). Pastores solteiros? Não na igreja do Senhor!

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...