Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de abril de 2024

AMIGO

 "Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!"

Eclesiastes 4:10


Consegues imaginar-se a viver de maneira isolada, sem contacto com outras pessoas? Um cenário aterrador, sem dúvida. Assim, temos de aprender a valorizar os nossos amigos e investir os nossos recursos para estruturar os nossos relacionamentos. As pessoas que escolhemos para estar ao nosso redor exercem grande influência sobre as nossas vidas. Com elas partilhamos risadas e lágrimas; dúvidas e certezas. Estudos mostram que nós somos “contagiados” pelo humor das pessoas que convivem connosco, tal como apanhamos uma constipação. Por isso, temos de entender que, mesmo em meio a crises económicas (e de outros tipos), familiares e amigos com bom ânimo ajudam-nos a manter-nos encorajados! Jesus disse: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (Jo 15:15). Foi o próprio Deus quem nos criou com a necessidade de comunhão uns com os outros. Ninguém consegue sentir-se realizado sem relacionamentos. E nada é mais gratificante do que desfrutar de uma amizade com o Criador!

PERDÃO


“E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]”

Marcos 11:25-26


O perdão é absolutamente essencial para que tenhamos uma vida livre e plena em Deus. Nutrir ressentimentos é como alimentar uma bactéria no nosso interior, que vai nos consumindo pouco a pouco, até nos destruir completamente.


Se você deseja que suas orações sejam respondidas e sua fé realmente funcione, examine com sinceridade como está sua vida em relação a este assunto. Verifique se há ressentimento por alguém em seu coração, se existe um desejo de vingança (mesmo que ele esteja disfarçado de alguma outra coisa) ou até mesmo um sentimento de mal estar quando pensa em determinada pessoa, pois a falta de perdão é o oposto ao amor. Se Deus é amor, para andar com Ele, temos andar em concordância com quem Ele é.


Eu sei que é desafiador, e que o inimigo lança muitos pensamentos em nossa mente para dificultar ainda mais andarmos em amor, mas, se alguém fez ou falou algo contra você, DECIDA deixar os sentimentos em segundo plano, responder com o seu espírito e não permitir que isso te afete, pois a falta de perdão é uma barreira que te impede de avançar.


Não espere sentir que a ferida cicatrizou para perdoar. A Bíblia nos ensina que o perdão é um ato de obediência à Palavra de Deus antes de qualquer outra coisa!


Tenha PRESSA em decidir pelo perdão: perdoe e peça perdão. Deixe o orgulho de lado e faça-o o quanto antes. Não adie mais! Você verá que esta atitude fechará uma grande porta aberta para o inimigo, deixará você muito mais leve e fará a sua vida fluir de uma forma extraordinária!

CAMINHOS

 “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.”

PROVÉRBIOS 14:12

Todos nós desenvolvemos, em maior ou menor grau, um senso crítico e chegamos a diversas conclusões todos os dias. Deus nos fez seres pensantes, assim como Ele é: dotados de intelecto e com uma grande capacidade de aprender e buscar soluções.


No entanto, mesmo com toda capacidade humana, é impossível acertar todas as nossas escolhas. Temos uma visão limitada de coisas adiante de nós e, por isso, Deus nos deixou o Seu Espírito. Que grande privilégio poder contar com o Espírito Santo!


Talvez você esteja, hoje mesmo, vivendo as consequências de uma escolha errada que fez no passado. Você achava que ela era a melhor saída, mas depois pôde ver que não. Mesmo assim, após ter sido desperto para esta consciência, ainda vive os frutos dessa decisão, que deu uma direção para a sua vida que não era exatamente a que você tinha sonhado.


Os erros servem para algo? Se eles já aconteceram, não adianta se culpar, mas aproveitar a experiência para aprender com eles. A partir dela, podemos adotar uma nova postura.


Sempre que você estiver diante de uma decisão importante – mudar de cidade, aceitar uma proposta de emprego, iniciar um novo negócio, se casar etc. -, não aja pela sua lógica humana, pois ela pode te levar para um caminho de infelicidade, como diz a Palavra de Deus. Procure sempre, no seu íntimo, a direção do Espírito Santo. Dependa dele! Acredite: essa direção está aí dentro; basta que você se aquiete para que consiga discerni-la.


Nunca decida por impulso ou pressionado pelo tempo. Aguarde o “sinal verde” do Espírito Santo, que é sempre testificado com a paz de Deus. Aja apenas quando tiver certeza! Inspirado pelo Espírito Santo, você sempre será bem-sucedido!

CHUVA

 Assim que a chuva passar nenhum barco deve ficar na areia. Todos foram feitos para encurtar distâncias e alcançar metas, na imensidão do mar. Viver é navegar, independentemente da intensidade das águas. É evidente que o cuidado deve nos acompanhar, ao invés de ficar colecionando diferentes facetas do medo. Sigamos confiantes. A chuva já não é mais tão forte. As águas vão diminuir, o sol pode demorar mas ele sempre chega. Que os barcos sejam fortes na areia e também no mar. Sejamos igualmente fortes nos bons momentos e, também, nas peças que a vida nos prega. Fomos feitos para o mar da vida e para amar. 

LIDAR

 Na realidade, simplesmente aprendemos a lidar com determinado sentimento ou algo pode ser ressignificado e assim mudar de sentido dentro da gente, o que dá a impressão que matamos um sentimento. Deixar de sentir nunca vamos, pois somos humanos.



INTIMIDADE

 “Esqueça sexo e beijo na boca. É incrível como é possível fazer essas duas coisas sem qualquer intimidade. Passar algumas horas pelados, beijando e transando não é o mesmo que tornar-se íntimo de alguém.


A intimidade, para começar, nem é algo físico. Pode até se expressar fisicamente, mas nunca começa por aí. A intimidade mora na alma, na troca de olhares, no silêncio das conversas que dispensam palavras.


Acontece no encontro do que há de mais profundo em mim com o que há de mais profundo em você. E isso, muitas vezes, acontece sem sexo.


Intimidade é o espaço onde posso existir como sou, com minhas imperfeições, virtudes, posições, pensamentos e vícios. Intimidade é onde posso existir na medida em que o outro me abriga.


É poder dizer ao outro aquilo que calo para os demais. De todas as intimidades possíveis entre duas pessoas, nenhuma é mais profunda do que a sinceridade.


Intimidade é poder dizer a verdade. Não a verdade absoluta, porque ela não existe, mas poder dizer as minhas verdades. É ter a leveza de um lugar seguro, distante dos juízes que estão sempre prontos para me julgar.


Intimidade é raiz que alcança o mais profundo da terra, firmando relacionamentos em solo estável, preparados para enfrentar os vendavais. É lugar onde as mentiras não precisam de justificativas e as verdades não precisam de defesa.


E isso não acontece do dia para a noite. Intimidade é construção que demanda tempo e investimento. Por isso há cada vez menos pessoas íntimas: porque a velocidade e superficialidade de tudo colocaram os relacionamentos profundos em extinção. Tudo é líquido.


A tragédia é que, sem intimidade, somos escravos da aparência, para agradar outros que também não passam de escravos. 

A vida sem intimidade é vazia, oca, ilhada – o tipo mais popular do momento.”



VAZIO

 O apartamento está vazio assim como os meus planos, enquanto a maioria das pessoas estão metidas nas suas melhores roupas celebrando a vida, esvaziando garrafas para sorrir, anestesiar ou talvez preencher algum vazio, esses rituais não me atraem mais. 

Ando gostando da solidão é mais quieto por aqui, deixei de procurar as pessoas que não querem ser encontradas, deletei contatos, apaguei memórias e fiquei na realidade, a solidão não é tão ruim assim. Talvez um dia apareça alguém para conversar, sem música alta e a embriaguez seja provocada somente pelo fascínio de uma conversa, mas se não aparecer tenho os livros, as ruas, os meus sapatos gastos, Yann Tiersen tocando nos meus fones enquanto os meus olhos fazem tudo parecer cinema. 

É uma liberdade boa não ter que impressionar as pessoas e ser o que se é.

ALGUEM

 Por que precisamos de alguém? A pergunta é ridícula eu sei, mas será que sou incompleto e acredito que alguém me trará uma parte minha que falta? Não seria meio egoísta pensar dessa forma? Será que alguém tem a obrigação de me completar? 

Penso que o amor está destinado as pessoas que amam a sua própria solidão, pois elas não querem respostas, não querem uma parte que falta, apenas querem uma história. 

O amor é isso, querer uma história, dure ela o tempo que durar, que seja vivida com entrega, verdade e confiança. 

Estou ficando velho e cansado, apesar disso me sinto pleno e completo, quando me olho no espelho sei exatamente quem eu sou e isso é liberdade. E quero que você me conheça assim, sem mentiras e floreios, não vou me tornar um outro alguém, pois sou fiel a mim. 

Por isso eu digo que sinto sua falta como se eu já te conhecesse. Mas frequentemente sinto que o meu lugar é a solidão. 

P.S: Às vezes ficarei em silêncio sem explicação, tenho essa mania de gostar de ficar em mim, pois é o único lugar que eu conheço bem.



FALAR

 A HORA CERTA DE FALAR


"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Prov 25:11)


Mais difícil do que fazer o que é certo, é fazê-lo com a motivação certa. De igual forma, mais difícil do que saber o que falar, é saber quando falar. O livro de Provérbios provê profundos ensinamentos sobre as nossas palavras e o tempo certo para cada coisa. 


O verso de hoje diz que a "palavra dita a seu tempo" é semelhante a "maçãs de ouro em salvas de prata". Algumas nuances devem ser observadas. A primeira é sobre a 'palavra'. A "palavra dita" chega quase a ser uma redundância, mas deseja enfatizar a ideia de elaboração. São palavras pensadas, fruto de reflexão, bem elaboradas. A segunda nuance é sobre o 'tempo'. A expressão "a seu tempo", em hebraico ('ôphan) indica a figura de uma 'roda', algo que desliza com fluidez, que produz o resultado esperado, na hora certa. Não é uma expressão comum, e se refere a algo que está em movimento, produzindo o resultado que se deseja. A terceira, sobre as "maçãs de ouro em salvas de prata", trata-se de uma comparação. As palavras certas, ditas no tempo certo é algo belíssimo, que promove alegria e edificação. A expressão hebraica, neste caso, parece se referir a maçãs de ouro em um fundo de prata, talvez um ornamento tecido com prata, sobre o qual poderiam ser colocadas maçãs douradas. É algo que combina, dá beleza e alegria. Assim são as palavras faladas no momento certo. 


Este ensino requer nossa atenção por alguns motivos. Primeiramente porque, em nossos dias, foi criada a cultura da comunicação instantânea. Tudo é rápido; precisa ser comentado e respondido na hora; sem reflexão ou oração. Cuidado com esta cultura. O ensino de Provérbios advoga o silêncio, até que chegue o momento certo de falar. 


Em segundo lugar, porque o tempo de espera até a hora certa de falar é também uma forma de Deus trabalhar em nossos corações. Quando criticados ou caluniados, somos tentados a responder rapidamente, na mesma moeda e na mesma hora. Aprendemos neste precioso livro que não deve ser assim. Nem tudo deve ser respondido e, quando for, deve ser com as palavras certas na hora certa. 


Em terceiro lugar, promove também a importância da fala. Com as expressões adequadas, no tempo de Deus, as palavras podem contribuir muito para a vida de outros, e também a nossa. Palavras de consolo, conforto, afirmação e reconciliação. Palavras de confronto, exortações e admoestações. Palavras de perdão e amor. As palavras certas na hora certa são uma grande bênção! 


Encerro propondo um exercício de fé. Cuidar das nossas palavras como um tesouro nas mãos de Deus. Cuidar para que elas cheguem na hora certa (não cedo ou tarde demais) e com as motivações e expressões corretas, após reflexão e oração. Que sejam palavras que pintam uma linda figura que glorifica o Senhor, como um belíssimo enfeite de prata abrigando reluzentes maçãs de ouro.

FIM

 " É duro pensar no fim, mas ele é feito de certeza, as histórias bonitas também precisam terminar. Pessoas que eu elegi como amigos eternos, hoje não passam de “conhecidos”, pertencem a um tempo que foi fechado com uma chave que não existe mais. Os amores que eu imaginei que estariam aqui na minha velhice, hoje são pessoas que não sei por onde andam, apenas sei que estão distantes. Parece triste, mas a vida é feita de nascimento e morte, os tempos nascem e morrem para nos ensinar a viver, pessoas vem e vão, cumprem a sua missão e seguem o seu próprio caminho. Não podemos lutar contra o fim, podemos apenas aproveitar o hoje para fazer boas lembranças e quando as histórias terminarem de ser escritas, haverá um único leitor.EU.

AMANHECE


  Amanhece o último dia do mês de abril... Teremos pela frente mais 8 meses... Gratidão por tudo o que foi feito neste mês... Sigamos! Feliz dia! “Na areia todos os barcos são fortes.” Dias chuvosos. Nostalgia e saudade. Mas o excesso de chuva preocupa. Muitos podem ficar desabrigados. Até os barcos esperam a chuva forte passar, para dar conta de chegar ao destino. É interessante observar que na areia os barcos são fortes e inquebrantáveis. Mas não tem o que fazer. Ainda bem que a chuva vai parar, pois a vida precisa da normalidade do sol. A fragilidade dos barcos nos recorda que também nós, quando das dificuldades, somos provados. Poucas pessoas se sentem fortes para dar conta das adversidades. Vejo tanta gente se encolhendo diante de obstáculos que, talvez, nem surjam. Temos receio do mundo, do amanhã, da velhice e das crises. Nem todos navegam com confiança, muitos nem lembram que existe uma ‘força maior’, que pode conter as ondas. Mas barcos não foram feitos para permanecerem na areia. Também nós não existimos para vivermos protegidos por uma redoma. Acontece que para tornar-se forte é preciso ir ao encontro das provações. Quase sempre são as dificuldades que nos encontram e nos obrigam o aprendizado e a fortaleza. Não costumo fugir dos desafios. Pelo contrário, eles me atraem e me colocam numa dinâmica de crescimento e de superação. Tenho dificuldade de compreender as pessoas que desistem, no primeiro contratempo. Quantas perdas contabilizadas quando não vamos até o fim. Assim que a chuva passar nenhum barco deve ficar na areia. Todos foram feitos para encurtar distâncias e alcançar metas, na imensidão do mar. Viver é navegar, independentemente da intensidade das águas. É evidente que o cuidado deve nos acompanhar, ao invés de ficar colecionando diferentes facetas do medo. Sigamos confiantes. A chuva já não é mais tão forte. As águas vão diminuir, o sol pode demorar mas ele sempre chega. Que os barcos sejam fortes na areia e também no mar. Sejamos igualmente fortes nos bons momentos e, também, nas peças que a vida nos prega. Fomos feitos para o mar da vida e para amar. 

HABITA

 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará, ensina a Palavra do Senhor. Isso quer dizer que em meio a qualquer situação difícil, o socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra. Ele não tosqueneja nem dorme, Ele guarda a quem O ama e O serve, Ele é a sombra à direita, guardando a alma daquele que o teme, de todo mal, assim como, a entrada e a saída dos que O adoram. Tudo o que foi dito do Senhor é porque as Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos, pois elas não têm fim. Portanto, se alguma situação o aflige, não tema. Entregue a situação nas mãos de quem muda a história e vence qualquer batalha. A vitória virá em nome de Jesus.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

SER


 

O ser humano possui a capacidade cognitiva de comunicar-se. Essa característica, presente em nós, veio de Deus. Afinal, o Senhor colocou, em nós, um potencial de racionalização que não foi dada a nenhuma outra espécie. Ele comunicava-se com Adão e Eva desde o princípio (Gênesis 3.8).


O nosso Pai jamais conteve a sua voz diante da humanidade. Contudo, o pecado proporcionou um ruído entre a comunicação de Deus para com o homem, mas isso foi apenas um problema temporário. Diante desse quadro de separação, por causa da morte espiritual, o nosso Deus resolveu essa problemática com a execução do plano redentor, protagonizado por Jesus.


“Pois todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus, mas ele, em sua graça, nos declara justos por meio de Cristo Jesus, que nos resgatou do castigo por nossos pecados. Deus apresentou Jesus como sacrifício pelo pecado, com o sangue que ele derramou, mostrando assim sua justiça em favor dos que creem.


No passado ele se conteve e não castigou os pecados antes cometidos. Pois planejava revelar sua justiça no tempo presente.


Com isso, Deus se mostrou justo, condenando o pecado, e justificador, declarando justo o pecador que crê em Jesus”

(Romanos 3.23-26 – NVT).


A redenção foi o instrumento usado por Deus para que voltássemos a ouvi-lo, como no princípio. Esse ato de amor, realizado por Jesus, tornou possível, novamente, a comunicação entre o homem e o Criador.


A partir dessa obra podemos ouvir a voz Deus como se o pecado nunca tivesse existido, porque o selo de filhos amados está em nós, por meio do Espírito Santo, o penhor da promessa (Efésios 1.14).


Agora, as vozes da culpa, da tristeza e da amargura não podem ter um volume maior do que a voz do Pai. No entanto, precisamos conhecer a voz de Deus, em nosso espírito, para que possamos aprender com Ele, desde o acordar até o dormir. Dessa forma, seremos capacitados, instruídos e guiados pelo nosso amigo, Espírito Santo.


Ademais, para que possamos discernir a voz do Espírito é preciso que conheçamos a Palavra de Deus, pois Ele e a sua Palavra são um. Além disso, eu gostaria de frisar a importância do conhecimento bíblico (João 8.32), pois as revelações do Senhor para nós, o seu povo, serão obtidas por meio da sua Palavra. Esses ensinamentos, precisam estar borbulhando em nosso coração, pois, não tem como falarmos a Palavra de Deus sem o nosso espírito estar cheio dela, por isso, a Bíblia nos ensina sobre a boca falar do que está cheio o coração (Mateus 12).


Logo, uma vez que aprendemos a Palavra de Deus e como discernir a voz do Espírito, seremos impulsionados a falar das boas novas e a cumprir o ide do Senhor, pois o amor de Deus manifesto nas Escrituras será como um trampolim que nos impulsiona ao evangelizar diário.


“O nosso trabalho é levar o evangelho aos ouvidos, e Deus levará dos ouvidos para os corações.” (Martinho Lutero)

TEMPO

 Porque você parado não consegue colocar outros em movimento!⠀


Contudo, quando estamos em movimento, o inverso acontece! Agora, não conseguimos mais conter aquilo tudo só para nós. ⠀


Somos automaticamente impulsionados a compartilhar, seja esse compartilhamento: as inspirações que Ele tem nos dado, algumas partes do livro que estamos lendo, a correção/puxão de orelha que Ele nos deu, o caminho que Ele disse para não irmos, o sonho novo que surgiu dentro do nosso coração ou o dom que acabou de ser despertado! ⠀


Obs. CLARAMENTE que existem coisas que devem ficar SOMENTE entre você e Ele, MAS, em regra, somos chamados para DOAR o que recebemos!


O que eu quero dizer é que você em movimento é uma ameaça, assim como, parado é o objetivo que o diabo busca. ⠀


Eu não perco meu tempo e energias falando sobre o que o mal tenta fazer contra nossas vidas porque eu francamente tenho coisas mais importantes a fazer, porém, existem momentos que precisamos nos atentar para as estratégias que muitas vezes são investidas contra nós. ⠀⠀


O diabo tenta cegar a nossa visão, para que não consigamos enxergar além! Espiritualmente cego, você não consegue ver que a sua dor vai passar e que o outro precisa de você! Espiritualmente surdo, você tende a achar que só você no universo está passando por isso! Espiritualmente mudo, você abafa a sua voz que é exatamente o som que o mundo precisa ouvir!


“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações”. (Mateus 28.18-19)⠀


Os filhos são chamados para IR e fazer discípulos, se você não for, não haverão discípulos! O ir não quer dizer VIAJAR, o ir quer dizer: não ficar nem parado, nem paralisado, nem distraído. ⠀


Nada pode te separar do amor de Deus, caso você não acredite em mim leia (Romanos 8.38-39)! Pare de se envolver com coisas passageiras! As coisas que tentam te paralisar não são maiores que Deus.⠀⠀


“Nenhum soldado em serviço se permite envolver em negócios da vida civil, porquanto seu objetivo é agradar aquele que o recrutou para a guerra”.


(II Timóteo 2.4) 

TENTADO

 “Mas cada um é tentado pelos seus próprios maus desejos, quando estes desejos o atraem e o seduzem. Estes maus desejos, depois de conceber, dão à luz o pecado. E o pecado, depois de crescido, gera a morte”. (Tiago 1.14 – 15)


Recentemente, um amigo casado veio até mim com a seguinte fala: “Talita, tem uma mulher me assediando. Quanto mais eu digo ‘não’, mais ela insiste! Fica questionando minha masculinidade e me chamando de covarde. Quer saber? Vou ‘pegar!'”.


Claro que eu comecei citando este texto de Tiago para ele. É interessante como o Apóstolo descreve o processo do pecado. Você olha e deseja, depois fica gerando isso dentro de você, imaginando como seria, como faria e qual seria a sensação. E então, após ter desejado e gerado, você finalmente concebe o pecado, consumando. O problema é que o salário do pecado é a morte! (Romanos 6.23).


Mas, o que é pecado? Tiago 4.17 diz: “Portanto, todo aquele que conhece o bem que deve ser feito e não o faz, está pecando”. É correto adulterar? Não! É certo sonegar impostos? Não! Então tudo isso é pecado.


Aí, você vira para mim e diz: “Mas foi a emoção da hora. “Gente, vamos lá: o processo do desejo, geração e concepção do pecado pode durar dias, mas também minutos. Quando você vai contar uma mentira, por exemplo, certamente já pensou sobre ela, se ela iria colar, se era apropriada, quais as consequências de falar ou não falar. Talvez, você tenha precisado de dias para elaborá-la, ou talvez apenas alguns segundos, mas o fato é que você certamente seguiu passo a passo do que Tiago explica sobre como o pecado nasce. Então, sendo na hora ou demorando dias pra acontecer, você desejou sim!


Poder que você esteja aí pensando: “Puxa, mas então porque Deus manda essas tentações para me tirar do foco e fazer tropeçar?“. Quando nós observamos o texto de Tiago, 2 versículos antes do que citei lá em cima, a Bíblia ensina que Deus não tenta a ninguém e por ninguém é tentado.


Cada um é tentado na área mais complexa da sua vida. Para uns é o sexo, para outros é querer sempre ter mais e mais dinheiro, para outros ainda é a bebida, a gula, o orgulho. Mas, como se livrar dela?


Primeiro é que quanto mais forte o seu espírito estiver, menos ocasião sua carne vai encontrar. Existem maneiras de ser cheio do Espírito no homem interior e são elas “...mas enchei-vos do Espírito falando uns aos outros em salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração” (Efésios 5.19).


Outras formas de permanecer firme são a oração e dedicação a meditar no que a Palavra ensina sobre quem você é, tem e pode fazer em Deus.


O Segundo passo é entender o que Jesus dizia aos discípulos: “E, se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o, e lança-o de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que tendo dois olhos, ser lançado no inferno de fogo” (Mateus 18.9).


Jesus está dizendo que se você sabe que algo te fará tropeçar, evite aquilo, corte o mal pela raiz. Lembre-se de José do Egito nessas horas: corre da mulher de faraó! E sempre pense: minutos de prazer podem valer mais que a eternidade com Deus?

CÉU

 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1.3)


Facilmente este texto inspira na nossa imaginação a ideia de um lugar bem distante, que ansiosamente aguardamos: o céu! Imaginamos que neste lugar está reservada uma quantidade incalculável de bênçãos para serem desfrutadas eternamente com o nosso Senhor, no futuro.


Na minha jornada cristã até já encontrei irmãos que acreditam não poder desfrutar de tais bênçãos abundantes, no presente, justamente porque elas estão neste tal lugar chamado por Paulo de regiões celestiais.


Mas, se lermos um pouco mais adiante, no capítulo 2 de Efésios, encontramos a nós mesmos exatamente neste lugar: “E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.” (v. 6). A partir daí, podemos concluir sem esforço que esse lugar chamado regiões celestiais não pode ser um lugar para onde iremos, mas um lugar onde já estamos, agora!


E a partir desta compreensão podemos também crer que o grande acontecimento que arrebata a nossa vida para este tão almejado lugar sublime, onde as coisas de fato acontecem, foi a ressurreição de Jesus e não será o arrebatamento. De fato, o arrebatamento só está previsto na nossa jornada rumo ao porvir justamente porque já ressuscitamos com Cristo. Ressuscitamos com Cristo e estamos onde Ele está! Portanto, Paulo desvenda as regiões celestiais como sendo um lugar em Cristo.


Ou seja, já estamos em um lugar espiritual a partir de onde passaremos por estágios nos quais somos e seremos transformados, recompensados, revestidos de poder e glória, agora e nas eras por vir. E, mesmo que ainda não desfrutamos plenamente de tudo que está disponível neste ambiente de glória e alegria, já estamos mergulhando no lugar onde Deus reuniu todas as coisas no céus e na terra, como também as eras vindouras.


Após o arrebatamento, quando estivermos diante de Jesus, para prestação de contas no Tribunal de Cristo, descobriremos que já estávamos no céu. E para quem estiver surpreso, Jesus vai dizer: “Filho, você não leu na minha Palavra que você já estava morando comigo nos lugares celestiais? Assentado no Trono acima dos principados, potestades, domínios e de tudo que se submete ao meu senhorio?”.


Este lugar torna comum a nós o Trono de Cristo e a presença de Deus que estão lá em cima, no céus onde Deus habita. O fato é que o ser humano foi criado para trazer os céus à terra. Deus criou nEle mesmo um lugar para que residíssemos. No planeta Terra, o homem foi colocado num ambiente que seria a extensão dos céus de Deus, uma expansão da própria presença de Deus. E caberia ao homem estender este Éden sobre a Terra. O desejo de Deus foi, desde o princípio, que o homem se tornasse a intercessão entre a Terra e céus, por meio de um ambiente que seria a extensão do mundo lá cima sobre o mundo daqui.


Nos seus últimos dias aqui na Terra, orando acerca do nosso futuro, Jesus disse: “Eles não são do mundo, como também eu não sou.” (João 17.16). E para quem almeja desesperadamente deixar o Planeta para mergulhar eternidade a dentro ainda fora de tempo, Jesus antecipadamente pede ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (v.15).


A CASA DE MEU PAI


Antes um pouco Jesus fez uma declaração arrebatadora: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (João 14.1,3).


Como Filho Unigênito, Jesus estava na Terra morando sozinho neste lugar de glória que é a presença de Deus. Mas, Ele veio aqui para nos transportar de volta para o Reino, para o nosso lugar original. Ele disse: “Estou indo preparar o lugar de vocês no Pai!”. E ressuscita como o Primogênito da nova criação, nos levando juntamente com Ele, para cumprir a promessa.


Novamente adiamos para o futuro a nossa promoção e mudança de endereço para este lugar maravilhoso que foi reconstruído no próprio Cristo, mas Jesus disse: “Para que, onde eu estou, estejais vós também”. Vimos em Efésios 2.6 que já estamos assentados com Ele! Estamos definitivamente onde Ele está.


O nosso lugar original onde a nossa vida acontece sob o Esconderijo do Altíssimo e a majestosa presença Cristo, respaldados pela autoridade de Jesus sobre o impérios das trevas e suas obras, foi preparado por Jesus que nos levou de volta com ele. E ao tomar consciência desta realidade, somos no espírito, alma e corpo, transportados para uma nova realidade de Vida.


Em sua carta aos colossenses, o apostolo Paulo declara “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.” (Colossenses 3.1). Até mesmo quando chegarmos no Milênio, descobriremos que já estávamos lá, portando, todo dia é dia de trazer os céus à Terra, de pensar nas coisas lá de cima e torna-las materializadas aqui.


Este lugar chamado Cristo é a própria cidade de Deus. Deus está no meio dela e não será abalada! Os rios da vida de Deus permeiam esta cidade onde o Espírito Santo governa com autoridade (Salmos 46).


À cada dia estamos mais próximos da manifestação literal e plena da realidade deste mundo invisível, que enfim governará a Terra. Mas, o Senhor nos convida diariamente a experimentarmos os poderes do mundo vindouro. O mundo que será novidade para aqueles que não estão em Cristo, mas, para nós, a revelação do que já está posto no mundo espiritual. Como diz ainda o apóstolo Paulo: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.”(Colossenses 3

DESTINO

 Já parou pra perceber que o mundo nos obriga a ser forte a todo o tempo? Demonstrar qualquer tipo de sentimento é meio que abrir margem para ser taxado de sem equilíbrio emocional ou uma pessoa fraca. 

E as postagens de pessoas sempre felizes, rodeadas de amigos e em lugares perfeitos, é o mundo real?

O grande problema é que para alguns, se expor é deixar visível a capa de ser humano imperfeito, quando, na verdade vc pode estar ajudando alguém a olhar um dia triste simplesmente como a possibilidade de autoconhecimento e inteligência emocional, até porque, reconhecer os pontos fracos e fortes, limitações me parece saudável e real.


Então fica aqui a dica, vc pode começar seu dia triste, sem qualquer motivo muito relevante, desde que Deus faça que ao longo do dia vc esteja melhor do que o início da sua jornada.

BOM PASTOR

 “[Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.] Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou?”

MATEUS 18:11-12

Um pastor que exerce a sua função com excelência zela pela vida de todas as suas ovelhas. Ele cuida do seu alimento, do seu descanso, dos seus ferimentos; ele as protege, as guia e as valoriza.


A Bíblia fala sobre o Bom Pastor, que é a representação de Jesus. Somos as ovelhas do Seu rebanho. Ele nos ama tanto que, mesmo que apenas uma ovelha se perca no meio de outras 100, ele se preocupa e vai em busca dela para que esta única ovelha se una ao rebanho novamente.


Esta passagem ilustra para nós o quanto Jesus nos considera preciosos. Ao mesmo tempo, é uma prova do quanto o inimigo é mentiroso quando nos diz que não temos tanto valor assim.


Jesus, o Bom Pastor, deu a Sua vida por você e te conhece pelo nome. Mas Ele não se satisfaz em apenas conhecê-lo – Ele deseja que você o conheça também, a ponto de ter um relacionamento próximo contigo. Ele quer que você possa identificar a Sua voz prontamente para desfrutar do melhor que Ele mesmo preparou.


Se você se desgarrou, tem sido uma ovelha confusa ou rebelde, Ele não te acusa, não te castiga, muito menos te rejeita. Ao contrário, Ele não desiste de te amar, Ele não abre mão de você e anseia tê-lo perto de novo.


Permita que Deus cuide das suas feridas e te restaure. Permita que Jesus seja o seu Bom Pastor. Decida ser, simplesmente, uma ovelha dependente dEle.


Jesus estará sempre pronto para cuidar do seu bem-estar e deixá-lo em segurança. Jesus veio para te salvar em todos os sentidos! Ter este Bom Pastor é o maior privilégio que você poderia ter. Não adie mais este reencontro!

AJUSTE

 Acho que vou passar a minha vida fazendo ajustes, mudando o que deixou de impactar, transformando tudo aquilo que propõe acomodação. Mas todas as transformações vão brotar do coração simplesmente por compreender que chegou a hora de mudar. Não sou de ficar anunciando as mudanças para todo mundo, é mais eficaz e duradouro mudar em silêncio, mudar em paz. O autoconhecimento é o responsável por esse novo tempo que a vida está nos pedindo. Quanto mais eu me conheço mais entendo a necessidade de determinadas mudanças. Os outros não precisam ouvir nossos argumentos, mas devem compreender as nossas transformações. 

MUDANÇA


 

A segunda-feira chega e nos convida para abraçar este novo dia e a nova semana... Abril está se despedindo... Tenhamos ânimo e esperança! Feliz dia! “Quando a gente muda de verdade, muda em silêncio, muda em paz. Mudamos por nós mesmos, por ninguém mais.” No vai e vem dos dias, as mudanças vão acontecendo. Viver é mudar sempre. Adquirimos novas experiências, enfrentamos outros obstáculos e a vida vai nos pedindo respostas existenciais. Gosto de pessoas flexíveis, que aceitam inovar e alçar outros voos, que não vivem engessadas num único ponto de vista. É evidente que o essencial é imutável, pois é a envergadura que sustenta uma história de vida. Pensando bem, anunciamos muitas mudanças, mas nem sempre as implementamos. Acontece que num momento de desencontro ou de desentendimento falamos que vamos mudar várias coisas, mas com o passar dos dias tudo volta ao normal. Uma mudança não acontece se estamos num instante de mau humor ou incomodados com algumas coisas. As verdadeiras mudanças acontecem quando estamos vivendo a normalidade dos dias e entendemos que algo pode e deve ser diferente. Não é suficiente mudar por causa de alguém. Precisamos mudar por nós mesmos, porque entendemos que a vida recebeu um novo impulso de entendimento. As mudanças eficazes acontecem quando estamos em paz e, também, quando encontramos no silêncio um forte aliado. Acho que vou passar a minha vida fazendo ajustes, mudando o que deixou de impactar, transformando tudo aquilo que propõe acomodação. Mas todas as transformações vão brotar do coração simplesmente por compreender que chegou a hora de mudar. Não sou de ficar anunciando as mudanças para todo mundo, é mais eficaz e duradouro mudar em silêncio, mudar em paz. O autoconhecimento é o responsável por esse novo tempo que a vida está nos pedindo. Quanto mais eu me conheço mais entendo a necessidade de determinadas mudanças. Os outros não precisam ouvir nossos argumentos, mas devem compreender as nossas transformações. 

FOFOCA

 PARE DE FOFOCAR


"Pleiteia a tua causa diretamente com o teu próximo e não descubras o segredo de outrem" (Prov 25:9)


O livro de Provérbios nos adverte sobre muitas coisas. Uma das principais são as palavras. Elas podem ser usadas para encorajar ou destruir; perdoar ou enraivecer; afirmar ou acusar. Elas também podem ser usadas para questionar ou falar mal de outros em sua ausência, que é a fofoca. 


O verso de hoje nos ensina que, se há algo a ser resolvido com alguém, devemos fazê-lo diretamente com esta pessoa. Nas palavras de Salomão: "diretamente com o teu próximo". O ensino vai além e nos comanda a não procurarmos saber da vida dos outros: "não descubras o segredo de outrem". O verso seguinte (10) explica que não devemos fofocar, pois os fofoqueiros perdem a confiança das pessoas ao seu redor, e perdem também a reputação. Preciosos ensinos!


Primeiro, cuide mais da sua vida do que da vida dos outros. Não corra para conhecer o segredo da vida das outras pessoas, pois isto não te compete. Use este tempo e energia para olhar para o próprio coração, observar os próprios atos e cuidar que a sua família esteja guardada e seguindo os caminhos de Deus. Isto serve para leitura de revistas ou canais nas redes sociais especializados em expor a vida dos outros. Isto não nos compete. 


Segundo, não fale mal de outros. Não fofoque! Se há algo negativo ou perigoso que você observou na vida de alguém, procure diretamente esta pessoa para encorajá-la na Palavra. Se não tiver acesso a ela, ore secretamente por sua vida, colocando perante o Senhor as suas preocupações. Você foi chamado para ser sal e luz, não alguém que leva e traz notícias e rumores sobre as outras pessoas. Você é um filho do Rei e deve honrá-lo com suas palavras. 


Terceiro, trate das questões relacionadas a outros com oração, reflexão e integridade. Se há algo a ser tratado sobre alguém, seja um familiar, amigo, membro de sua equipe de trabalho ou de sua igreja, aborde o problema com passos de sabedoria. Primeiramente oração. Nada fale sem primeiro orar pedindo a Deus sabedoria e clareza e, sobretudo, orando pela pessoa e seu motivo de preocupação. Segundo, converse diretamente com a pessoa e envolva outras apenas se elas estão em posição de autoridade e responsabilidade no caso, ou envolvidas de alguma forma. Terceiro, ore com elas e descanse no Senhor, pois é Ele quem sonda e transforma os corações. 


Que nossas palavras possam ser usadas por Deus para consolo, alegria e edificação; jamais conversas levianas sobre a vida de outros em assuntos que pouco conhecemos e segredos que não deveríamos buscar conhecer.

PALAVRAS

 “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.”

COLOSSENSES 4:6

Muitos dizem por aí que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca porque devemos ouvir mais e falar menos. Embora esta frase bem-humorada não seja um versículo bíblico, é justamente assim que deveríamos agir se não tivermos algo bom para falar.


Nossa boca foi criada para abençoar, edificar, levar esperança, exortar, confortar, mas a carne grita para que ela seja usada para reclamar, falar mal, fazer fofoca, agredir, espalhar notícias ruins e por aí vai.


Em Colossenses 4:6, está escrito que o nosso falar deve ser agradável e temperado com sal, mas o que isso quer dizer? Se numa comida, que tinha tudo para ser gostosa, é colocado sal demais ou sal de menos, o que acontece com ela? Não agrada. Pode ser o nosso prato preferido, mas ele perde todo seu sabor.


Da mesma forma, as nossas palavras precisam ter a medida exata, levando em conta o momento, o modo e com quem estamos falamos para não causarmos destruição ou o efeito contrário que gostaríamos.


Isso já aconteceu com você? O que você precisava dizer era importante e você até tinha razão, mas a mensagem se perdeu pela forma como você falou ou por ter sido dita no momento errado? Precisamos de sabedoria em tudo!


Porém, o que faz nossas palavras serem melhores não é fazer um esforço enorme para não ferir ou irritar alguém, mas, sim, estarmos abastecidos de amor.


Quando precisamos falar algo, mas nosso interior está repleto de coisas ruins, nossa carne sempre vai prevalecer. Mais cedo ou mais tarde, ela prevalece. Por isso é que a Bíblia diz que a boca fala do que está cheio o coração (Mateus 12:34).


Meu recado para você hoje é: decida sempre por boas palavras, mas, antes disso, cuide da fonte que existe dentro de você. Assim, sua boca jorrará, naturalmente, palavras de vida!

CORAÇÃO

 

Corações feridos.

“ Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas.” (Salmos 147:3)

Como curar feridas na alma? Como restaurar a alegria de viver quando se depositou a esperança em alguém e essa esperança foi frustrada? Como acreditar no amor outra vez, depois de ter sido enganado, traído, machucado? Convivemos dia a dia com pessoas cujos corações estão feridos, pois, enfrentaram tantas decepções na vida que sua alma sangra de tanto sofrimento.

Algumas mascaram sua dor através de um sorriso largo no rosto. Outras tantas se tornam amargas, ranzinzas e embrutecidas, tornando a convivência com os outros quase insuportável. Para se manterem seguras contra novas decepções, elas se armam e muitas vezes atacam. Mas, glórias a Deus, que existe uma cura poderosa para corações que se encontram assim e essa cura está à disposição de quem quer que seja; “Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas.” (Salmos 147:3)

O Médico dos médicos, o Psiquiatra dos psiquiatras, Jesus, tem em suas mãos o poder para curar as feridas da nossa alma (Isaías 53:5). Ele é o Único que pode tocar o nosso coração, restaurando a alegria e a esperança (Salmos 26:2). O Deus da Esperança é quem sara os machucados em nosso coração (Jeremias 17: 14). Ele nos dá nova perspectiva de vida e nos faz acreditar outra vez.

É Ele que perdoa pecados (1 João 1:9), que remove do coração do homem todas as impurezas trazidas pelas decepções, pelas dificuldades sofridas na vida. Deus deseja curar seu coração e te dar a oportunidade de viver uma nova história, aleluia! Ele conhece a sua dor e se importa com você. Ele te ama como ninguém jamais amou. Ele reservou um futuro de paz e de esperança para você (Jeremias 29: 11). Seus planos para você são muito mais elevados, mais do que possa imaginar (Isaías 55: 9).
Então, corra para os braços Dele nesta manhã, e receba a cura que só Ele pode te dar!

 “Ora, a fé é a confiança daquilo que esperamos e a certeza das coisas que não vemos.”

Hebreus 11:1 NVI

Expectativa e fé, embora parecidos, não são a mesma coisa. A fé verdadeira jamais estará sozinha; ela sempre estará acompanhada pela expectativa. O homem que crê nas promessas de Deus espera vê-las cumpridas. Onde não existe expectativa, não existe fé.
Contudo, é bem possível existir a expectativa sem que exista a fé. A mente é perfeitamente capaz de confundir um forte desejo com a fé. Na verdade a fé, da forma em que é comumente entendida, não passa de um desejo combinado com um agradável otimismo. A fé verdadeira não é formada do mesmo material de que são feitos os sonhos; antes ela é consistente, prática e totalmente realista. A fé vê o invisível, mas ela não vê aquilo que não existe. A fé ocupa-se com Deus, a grande Realidade, que deu e dá existência a todas as coisas. As promessas de Deus estão de acordo com a realidade, e qualquer que confia nelas entra num mundo real, e não fictício.
Mas a fé introduz um outro elemento em nossa vida, radicalmente diferente. "Pela fé entendemos" é a palavra que alça nosso conhecimento a um nível superior. A fé se ocupa com fatos que foram revelados do céu e que, por sua natureza, não reagem a testes científicos. O cristão conhece como verdade alguma coisa não porque a verificou por meio de alguma experiência, mas porque Deus a declarou. As suas expectativas nascem da sua confiança no caráter de Deus.
A expectativa sempre esteve presente na igreja nos tempos em que ela mais manifestou poder. Quando ela creu, ela esperou, e o seu Senhor jamais a desapontou. "Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lucas 1.45).

PAGINAS

 Já estava desacostumado, mas depois de muito tempo meu professor passou um gigantesco trabalho manuscrito. Nessa era de computador, tablet, etc, desaprendemos a escrever à mão. Na universidade, os cadernos foram substituídos por notebooks, até mesmo as aulas nos quadros foram para o projetor do datashow.

A evolução nos deixa acomodados. A gente se acomoda com a companhia dos artistas da TV, quando não há ninguém ao lado no sofá; se acomoda a mandar mensagem pelo celular e se desacostuma com a voz e a presença do outro. Muitas teclas, pouco toque. Muitas telas, pouca visão. Muitos dados, poucos abraços.

Porém, não quero hoje fazer uma crítica ao “progresso”. Aliás, quem sou eu para isso? Mas, esse tal trabalho manuscrito foi – além de cansativo – uma oportunidade de reflexão. No começo, tudo se resumia a páginas em branco. Depois, a caligrafia foi tomando conta das folhas.

Não escrevemos o começo sabedores de como será o fim. A questão é que precisamos voltar urgentemente a escrever, sobretudo quando estamos diante de folhas vazias. Parece-me que a humanidade, de tanto digitar, esqueceu de escrever. De escrever a própria história, mesmo que com as rasuras que o tempo traz.

Quando a turma perguntou ao professor a razão do trabalho não poder ser digitado, ele respondeu: “é para evitar cópias”. Posso estar enganado, mas muitos têm escrito suas histórias com cópias. Vestimos o que a moda dita, frequentamos os lugares em alta, queremos o que o outro tem. Outro dia um cidadão fez cirurgia plástica para ficar “idêntico” ao seu artista favorito.

No fracasso de escrever a própria história, surgem os copiadores. Os que copiam loucuras ideológicas e promovem o mal, os que copiam a ganância, a sede pelo poder, e atentam contra a vida. O homem perdeu seu poder criativo para ser um mero reprodutor. E, ultimamente, pelo que vemos nos noticiários, um mero reprodutor da maldade.

Precisamos voltar a usar caneta e papel, a experimentar a beleza das páginas em branco que, pelo dom de Deus, vão se preenchendo, ganhando vida e sentido. Em nós foi soprado o fôlego da vida para que, com o Pai segurando bem firme em nossas mãos, pudéssemos escrever histórias. Histórias nas quais a maldade é sucumbida pelo amor, em que a indiferença some diante da compaixão.

Certamente no caminho encontraremos rasuras e erros, vamos precisar de corretivo, talvez passar algo a limpo, ter o trabalho de reescrever, encadernar, reler, voltar a trás, mudar a letra, mas apesar disso tudo – pela graça de Deus – ainda temos muitas páginas em branco.


PERDAS

 Dentre todas as diferenças materiais, estruturais e utilitárias que existem entre sapatos e canetas, encontro uma semelhança: ambos são objetos que nós perdemos constantemente. A diferença é que os sapatos nós perdemos por necessidade – já que nossos pés crescem – mas as canetas nós perdemos por descuido. 

Devemos dar graças a Deus por coisas em nossas vidas que são como sapatos, com o tempo não nos servem mais. Em 1ª aos Coríntios 13, a mais bela narrativa de Paulo sobre o amor, ele diz no versículo 11: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” Crescer é necessário, amadurecer é importante, deixar velhos hábitos é indispensável.

Mas, infelizmente, existem coisas em nossas vidas que são como canetas, que vão embora sem darmos conta. Perdemos amigos por descuido, muitas vezes até valores – pegamo-nos dizendo coisas que pensamos que nunca diríamos.

Assim como canetas que se vão (parece que criam asas), perdemos muitas vezes a sinceridade nos relacionamentos, mesmo sabendo que nosso agir com o próximo reflete em nossa comunhão com Deus. Perdemos também o dom da entrega, da total doação a Deus. Esquecemos-nos que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (Atos 20:35)

Por vezes, perdemos algo que um dia Davi perdeu: a alegria da salvação – não a salvação em si, mas o gozo de sermos salvos do mundo, a felicidade de pertencermos ao Deus que nos resgatou das trevas para sua maravilhosa luz. Louvo a Deus porque mesmo tendo perdido algo, Davi teve a coragem de confessar a Deus e pedir ajuda: “Restitui-me a alegria da tua salvação.” (Salmo 51:12a)

Você já perdeu alguma caneta? Sim, com certeza. A minha oração é que como Davi, nós tenhamos a coragem de reconhecer o que perdemos e clamar (mesmo que com lágrimas) por ajuda de Deus para encontrar o que perdemos ou, quem sabe, um encontro com Ele e conosco mesmo.


RELACIONAMENTOS

 Dizem que a vida é cheia de encontros e despedidas. Mas, existe um perigo! Na verdade, um grande perigo: o de transferirmos a transitoriedade de nossa presença nas coisas do cotidiano para nosso relacionamento com Deus. Em outras palavras, existe o grande risco de nossa relação com Pai transformar-se em encontros e despedidas.

Vejo homens e mulheres envolvidos em convivências fugazes, alígeras. Nutre-se um amor na sexta que misteriosamente acaba na segunda. Relacionamentos transformados em envolvimentos, na expectativa de emoções novas, que de fato chegam. Porém, chegam com sua irmã-gêmea: a frustração. Envolvimentos possuem prazos, relacionamentos não.

A humanidade aprendeu a edificar torres imensas, mas não aprendeu a edificar o amor e a convivência. Os homens inventaram aviões supersônicos para chegar rapidamente às maiores distâncias, mas não conseguem chegar ao coração de um irmão. Expressões do tipo “o homem é o lobo do próprio homem” (Hobbes) parecem fazer sentido num mundo fugaz. Mas, nunca – repito, nunca – encontrará sentido no Evangelho do Pai!

No Reino de Deus, ambiente onde a vontade do Pai é feita, as pessoas enxergam, tocam, amam, sentem, ajudam, alegram umas as outras. Esse conjunto de verbos atende pelo nome de: relacionamento.

Deixemos os encontros e despedidas para as situações que, de fato, são necessárias, como nas viagens, por exemplo. A saudade é ônus do viver. Portanto, visite, viaje, perdoe, vá, volte. Agora, não experimente esse vai-e-vem com o Senhor, para isso desfaça as malas daquilo que te afasta de Deus.


SIGA-ME

 Filipe foi um dos privilegiados a ouvir o “siga-me” de Jesus. Cristo havia decido partir para a Galiléia quando o encontrou e por meio de seis singelas letras convidou-o para uma caminhada. Entusiasmado, Filipe ao encontrar certo homem na estrada, de nome Natanael, afirmou: “Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José”. (Jo.1:45)

Imagino que com o comentário de Natanael, o entusiasmo de Filipe tenha se transformando em espanto. Eis que o parecer foi: “Pode, porventura, vir alguma coisa boa de Nazaré?” Filipe não deixou por menos. Deu uma das mais brilhantes respostas que já vi na Bíblia Sagrada. Somente dois verbos: “Vem e vê!” As melhores respostas são sempre assim: curtas.

Jesus nasceu em Belém, porém foi criado em Nazaré, uma cidade na Baixa Galiléia (Lc 4:16). José e Maria habitavam lá quando o anjo anunciou a vinda do Cristo (Lc. 2:51-52). Pelos dizeres de Natanael, presume-se ter sido uma cidade insignificante. Tudo isso só confirma que segregação é coisa antiga, que o preconceito é ancião.

Você já foi desacreditado? Julgado por tua origem? Tuas roupas? Contra cheque? Não é segredo que muitos avaliam as pessoas pela cor da pele, marca do relógio, meio de locomoção, grau de instrução. Ledo engano! Tem muito pós-doutor nesse mundo que… Ah, deixa pra lá!

Já inventaram relógios de trinta mil reais, mas ainda não construíram um que conserte caráter. Por isso, quando olharem para você e te julgarem por condição social, intelectual, cultural, tenha em mente duas coisas:

Primeiro, Deus é o fator determinante da vida humana. Não são os nossos erros ou as falhas de nossos pais que determinam a nossa vida, não é o local em que nascemos ou fomos criados. Não é nosso cardápio diário ou o carro que dirigimos que diz quem somos. O único credenciado para afirmar o que o ser humano é não se chama Freud, Schopenhauer ou Sartre. Ele não é filósofo existencialista, Ele é, sim, o Autor da Existência.

Ele foi criado em Nazaré e definiu nossa vida na Cruz, derramou graça sobre nós e nos fez novas criaturas, novas em tudo. Por isso não somos o que as pessoas dizem ou pensam, somos o que Ele fez por nós.

Segundo, não se contente com a história. Já disse um grande teólogo que: “Todo mundo tem história, mas nem todo mundo faz história.” Fazer história é tornar-se protagonista da própria vida; é com a direção de Deus mudar o mundo, influenciar a sociedade; não para se tornar conhecido na história, mas para que você e a história se tornem um. Ou melhor, para que você e o Verbo sejam um só. Não importa de onde você veio, minha palavra hoje é: Coragem! Afinal, o Salvador não ficou conhecido como Jesus da Metrópole, mas sim Jesus de Nazaré.


PAI

 Não faz muito tempo ouvi uma expressão que proporcionou grande alegria para minha alma, certo homem disse assim: “O meu Deus é o Deus que Jesus chamou de Pai”. Que doce verdade, que confortante certeza. Somente nos registros do Evangelho de João, Cristo referiu-se ao Criador como Pai cerca de cento e cinquenta e seis vezes.

O nascimento de Jesus nos coloca em um contexto de graça e paternidade celeste jamais visto. O Deus Altíssimo é Pai, Pai do Verbo, Pai Nosso. Que pai não deseja a mais sublime vida para seus filhos? Tenho certeza que muitos gostariam de dar até mais do que podem, mas não quero escrever hoje sobre eles, quero falar do Pai das Luzes, o ilimitado.

Graça e paternidade: são essas as características do Eterno que mais me encantam, nenhum outro “deus” de qualquer mecanismo religioso é apresentado com esses divinos elementos. Refiro-me a graça que nos nivela pela Cruz do Calvário, que retira de nós o senso de mérito, que nos faz olhar o outro como igual, como irmão.

Graça que nos dá acesso, graça que rasgou o Véu, graça que apesar de nós é sempre graça. Refiro-me ainda a paternidade celeste que nos toma pela mão e nos ajuda a prosseguir, que nos aceita como somos e que com amor molda nosso caráter e nos transforma, regenera.

Diante de tantos favores imerecidos, devemos nos esforçar para transmitir aos outros a imagem desse Deus-Pai. Todavia, a triste verdade é que tentamos moldar o Criador de acordo com nossos momentos – se alguém erra comigo, quero um Deus rigoroso que irá me fazer justiça, mas se eu erro com alguém, quero um Deus bondoso e misericordioso que possa me perdoar. E assim pretendemos delimitar o Eterno de acordo com nossas expectativas.

O grande problema é que muitas vezes começamos a passar essa imagem do Eterno para os que estão a nossa volta – um “deus” flexível aos nossos interesses, um “deus” incapaz de perdoar os que erram comigo, um “deus” preso aos limites do domingo (ou do sábado) e das doutrinas. É ciente disso que o Autor da Fé nos convida a apresentar o verdadeiro Deus para o mundo. Que Deus é esse? O Deus que Jesus chamou de Pai.


O MAPA

 Três livros das Sagradas Escrituras possuem autoria atribuída a Salomão. Cada um deles delimita uma fase bem peculiar da história do autor. Impossível dissociar nossas experiências de nossas obras. Sim, todos temos obras. Alguns escrevem livros, outros constroem edifícios, outros abraçam e confortam. Salomão resolveu, além de edificar, escrever.

Em sua juventude nos apresentou Cantares, registro precioso de coração apaixonado por uma bela moça. Seus sentimentos são arrebatados pelo fascínio, suas palavras entregam-se ao charme. Tempos depois, já crescido, em sua fase adulta, o rei escreve Provérbios, maior compêndio de sabedoria já editado em todo mundo. Lições preciosas, práticas e carregadas de maturidade peculiar.

Por fim, ele produz sua obra mais emblemática. Não estamos mais diante de um jovem apaixonado, tampouco de um adulto maduro. Salomão agora já possui cabelos brancos, seu rosto está sinalizado pelo tempo, suas memórias são fortes e sua experiência reforçada. Ele chegou no que chamamos de “terceira idade” (perdoem-me o clichê). Ou melhor, corrigindo, Salomão passou para o “Vida e Movimento”.

O que é, portanto, o livro de Eclesiastes? Respondo: é um mapa. Um mapa do homem que percorreu todos os caminhos possíveis da vida, planejou diversas caminhadas, pegou alguns atalhos e, respaldado por sua experiência, convida seus leitores a observar seu percurso.

Nesse tempo precioso em que a sociedade comemora o “Dia Internacional do Idoso”, é propício agradecer a Deus pela preciosa vida daqueles que possuem um mapa em suas mãos. Ah, como precisamos desse mapa! Como nós – os que ainda não vivemos tanto – precisamos de direção, conselho, afago, instrução.

Você que lê este texto e já passou dos sessenta, por favor, perdoe-me a pretensão. Não tenho o mapa, tenho apenas algumas ideias em construção. Preciso de vocês. Precisamos de vocês. Oro e trabalho por um ambiente de fé onde os idosos sejam respeitados, amados e ouvidos. Mais do que cuidar deles, precisamos ser cuidados por eles.

Uma igreja não prospera sem a benção de seus anciões. Precisamos desse mapa para viver, esse mesmo que vocês desenharam durante a vida com lágrimas, sorrisos, erros e acertos. Privilégio nosso compartilhar da companhia de vocês e caminhar pelas trilhas que vocês já desbravaram e construíram.

Um mapa! Isso é o último livro escrito por Salomão. Nada mais, nada menos. “Trilhei todos esses caminhos aqui e vi que não deram em nada.” Mas também “percorri esses aqui e fui bem-sucedido”, diria o velho rei. Então: mãos à obra, há muitas pessoas sem direção precisando de uma dose de direção. Vamos juntos descobrir que não há como se aposentar da felicidade.


FIGUEIRA

 “Antes dele te chamar, eu te vi assentado debaixo daquela figueira.” (Jo 1:48)

Natanael tinha sua figueira, nós temos a nossa. O descrédito que ele conferiu ao Mestre foi retribuído por farta porção de amor. Sua surpresa certamente não era pela capacidade de Jesus enxergar. Sua localização era o que menos importava. Cristo sabia exatamente porque ele estava ali debaixo, o que passava em seu coração.

Já estive várias vezes debaixo de uma figueira, à sombra da existência. Primeiro a gente se abaixa, depois se acomoda e, por fim, se contenta com a penumbra. Os pensamentos oscilam, a mente desordena. O Senhor conhecia as batidas do coração de Natanael, cada uma de suas preocupações.

Na vida perdemos mais do que dinheiro, saúde e amigos. Nos perdemos de nós mesmos. Jesus não é a fonte de nosso encontro com alguma religião ou discurso. Ele é a ponte do nosso encontro conosco mesmo, com nosso próximo e com o Pai.

Naquele momento Natanael trocava, mesmo sem perceber, a sombra da árvore pela sombra do Onipotente, a sombra da figueira pela sombra da Videira. Convido você a fazer o mesmo. Antes mesmo dessa troca, “Eu te vi”, diz o Senhor.


IGREJA

 Hoje foi um dia triste. Não porque pela primeira vez ministrei para um auditório esvaziado, mas em razão de estarmos diante de uma inédita incerteza social.

A arena pública guarda proporção com a dos gladiadores de Roma. Hoje nos vemos na necessidade de tomar decisões duras. Tempo difíceis, decisões difíceis: suspendemos as atividades presencias da igreja que lidero.

Parece (apenas parece) que de um lado está a fé (“se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum” – Marcos 16:18), e de outro, a prudência (“o prudente percebe o perigo e busca refúgio” – Provérbios 27:12). Já noto sinais de polarização. Igrejas que decidem manter as celebrações públicas, são criticadas por falta de prudência. As que decidem suspender, são criticadas por falta de fé.
Digo isso com temor. Fé e prudência deveriam caminhar juntas. Não há contradição. Noé precisou se recolher em uma arca com sua família. Várias vezes os hebreus se recolheram. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 17:24). Jesus está no culto doméstico/familiar.

Aqui, nos dias dos cultos regulares, estarei na igreja com a equipe ministerial reduzida. Ministrarei para que o público acompanhe de forma on-line, por meio de nossas plataformas. Portas abertas e severa recomendação de que os fiéis cumpram o isolamento domiciliar.
Pois bem. Num país polarizado, do império das fakenews, da incerteza das notícias, da divergência das opiniões, o julgamento está aberto.

De fato, como “evangélicos”, seremos julgados. Talvez não por um Tribunal, mas certamente pela História.

Jesus foi julgado por três tribunais: o religioso (Sinédrio), o jurídico (romano) e a opinião pública (multidão que absolveu Barrabás). Já estou vendo acontecer.
De um lado, a acusação de que Deus nos livraria do mal DA aglomeração, do outro de que Deus nos livraria do mal fora NA aglomeração. A escolha de Sofia. Com os líderes que trabalham comigo, tomamos uma decisão.

Com o tempo, seremos julgados. De um lado a negligência, de outro a omissão. Além de outros argumentos que não consigo pensar agora. Enfim, qualquer que seja nossa sentença:
Que Jesus nos absolva.

CONFRONTE

 CONFRONTE! "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto" (Prov 27:5) Há uma impressão equivocada sobre o cristão a respe...