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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

COMPROMISSO COM DEUS

Talvez você tenha dúvidas quanto a seu lugar na família de Deus. Você luta com indagações cheias de dúvidas. E se Deus mudar de ideia? Se ele reverter sua aceitação? O Senhor sabe que ele tem motivos para fazer isso. Pais trazem filhos ao mundo e os abandonam. Como é que sabemos que Deus não fará o mesmo? Deus respondeu a esta dúvida na cruz. Quando Jesus morreu, o voto celestial foi eternamente dado em seu favor. O povo da Terra Prometida confia mais no agarrar de Deus nele do que o dele em Deus. Ele aponta para o Calvário como evidência do compromisso de Deus para com ele. No desafio de Dias de Glória Memorização de Escritura desta semana, lhe convido a se juntar comigo memorizando João 1:12 “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu- lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.”
Por que você precisa de Deus? Talvez para responder esta pergunta você precise parar tudo que esteja fazendo. Pare tudo! Pare de pensar que Deus é seu pagador de contas, pare de pensar que Deus é seu comprador de presentes, pare de pensar que Deus é o mestre de obras da sua casa, pare de pensar que Deus é seu paparicador, pare de pensar que Deus é aquele que ofusca os olhos do guarda quando você avança o sinal, pare de pensar que Deus é o jogador de futebol e que você é o técnico que decidirá o momento em que ele entrará em campo. Pare de pensar em tudo isso até porque Ele não é nada disso, apesar de nós estarmos reduzindo-o a estas condições. Se continuar pensando desta forma, você decidirá o momento em que deverá procurar por Deus. Você decidirá o momento em que precisará obter suas necessidades, por mais sensatas que sejam, e somente nestes momentos é que você marcará encontros com Deus. Fora estes momentos, não adiantará pastores pregarem as palavras mais ungidas, mais bem elaboradas e tocadas por Deus se estes momentos não coincidirem com as suas necessidades de busca. Por conta disto, palavras tem sido pregadas com a sensação de serem imprestáveis ao coração do cristão. O livro de Provérbio previne que "a alma farta pisa o favo de mel, mas que para a alma faminta todo amargo é doce". O que tem ocorrido é que as almas tem se fartado de conceitos distorcidos sobre a função de Cristo e de buscas insensatas ao espólio conquistado pelo Rei, e não sobre o seu reinado. A partir do momento que você entender que é somente por causa da presença dEle em sua vida é que você consegue meios responsáveis, naturais ou sobrenaturais, para sobreviver, você nunca mais deixará de buscar por este Deus, procurando estar na presença dEle como quem procura ser seu servo em qualquer atividade a que Ele te submeter. E não o contrário. E neste momento o "amargo fica doce"! A parede feia da sua igreja torna-se linda! O trabalho pesaroso torna-se o canal perfeito determinado por Deus para te permitir pagar as contas e levar a comida para casa. A voz chata do pastor torna-se o canal de Deus para te alertar, exortar e amar. Contrariando a postura anterior, Ele se torna o "técnico" e você ficará feliz se Ele simplesmente te chamar para servir como "gandula". E você entenderá isso porque, como a palavra de Deus diz: para os corações sedentos o amargo torna-se doce. Mas, se esforços tem sido realizados e você quase não os percebe; se irmãos tem se empenhado e cedido vida em prol da sua vida e você permanece inerte; se a cor da igreja tem te importunado; se o estilo de ser, falar e agir dos irmãos é o que tem equalizado os teus ânimos; e, se o nome do pregador da noite e o tempo aproximado que durou sua pregação é a única coisa que você guarda quando uma palavra é trazida, ligue o seu alerta: "você está pisando em favos de mel". E rejeitar favos de mel fala de "pérolas a porcos". É condição similar de interpretação. Pare tudo! Pare de pensar que Deus é seu pagador de contas...

CEGOS PELA INCREDULIDADE

“Os olhos deles estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.“ (Lucas 24.16). Caminhando em direção a Emaús, iam dois discípulos de Jesus. Curiosamente, o evangelista Lucas, único a registrar esta história, só menciona o nome de um deles. A certa altura da caminhada foram abordados por alguém que lhes pareceu estranho e desinformado. É que eles iam comentando o que havia acontecido em Jerusalém naqueles três últimos dias e o estranho não sabia do que se tratava. Cleopas, o único que teve o nome citado, admirou-se: “És tu o único visitante em Jerusalém que não soube das coisas que ali aconteceram nesses últimos dias?” (Lc.24.18). E os dois compartilharam com o estranho o que ocorrera com Jesus: sua prisão, julgamento e morte. Também falaram da frustração que sentiam por verem desvanecer sua esperança de que o Nazareno fosse o Messias, e isso apesar do testemunho das mulheres sobre a ressurreição. O estranho então lhes disse: “Ó tolos, que demorais a crer no coração em tudo que os profetas disseram. Acaso o Messias não tinha de sofrer essas coisas e entrar na sua glória?” (Lc.24.25). E passou a expor-lhes tudo que as Escrituras diziam sobre o Messias, até que chegaram a Emaús, e eles o convidaram a pousar com eles naquela noite. Somente quando se sentaram para comer é que seus olhos foram abertos e viram que o estranho era o próprio Jesus, que em seguida desapareceu. Não há nenhum indício nos evangelhos de que Jesus tivesse mudado de aparência após a ressurreição, e esses dois discípulos o conheciam pessoalmente. Além disso, durante a caminhada, quando Jesus lhes expôs as Escrituras seus corações “ardiam”, como eles mesmos relataram. Como puderam ouvir tão completa exposição por um “estranho” sem reconhecê-lo, quando sabiam que só uma pessoa era capaz de desvendar dessa maneira as Escrituras? Tanta cegueira só pode ser explicada pela incredulidade deles. A mesma incredulidade que continua cegando até hoje cristãos e não cristãos, impedindo-os de ver “a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2Co.4.4). “Não sejas incrédulo, mas crente”, foi o que Jesus disse a Tomé (Jo.20.27).

MINISTRO DE MUSICA

1. Toda pessoa tem o sagrado direito de frequentar os cultos e atividades da igreja e de sentir-se muito feliz, sereno, confortado, em qualquer idade. 2. O ouvido tem alta sensibilidade e suporta confortavelmente, por uma, duas horas, no máximo, 50 decibéis. Passou disso, além do mal que faz à saúde, incomoda muito. 3. Todo instrumento pode ser usado no louvor, mesmo sabendo que há aqueles próprios para o culto. 4. Culto não é show. 5. Não existe hino ou música velhos. 6. É preciso selecionar hinos próprios para cada ocasião, com mensagem, poesia, melodia, harmonia, ritmo. Ritmos assincrônicos desorganizam a química cerebral. Derrubam pessoas e até muros. Josué 6:20 Juízes 7:18 7. Fundo musical durante o culto não pode interferir, desconcentrar, incomodar; use-o com muita inteligência. Ninguém suporta um teclado dedilhado pra lá e pra cá, aleatoriamente. Se for um hino próprio para a ocasião, baixinho, tudo bem, mas notas soltas...nem pensar. 8- A música tem o poder de mobilizar as estruturas mentais. 9- Culto animado não é sinônimo de barulho. Reverência, participação, adoração, comunhão, consagração, dedicação, apontam para o equilíbrio. O templo não é um lugar sombrio, triste, com silêncio sepulcral, é um espaço de alegria, louvor, transformação, decisões. 10- Se você faz parte da equipe de músicos, nunca fique se distraindo e brincando com os instrumentos no altar, após o culto. “E Quenanias, príncipe dos levitas, tinha cargo de entoar o canto; ensinava-os a entoá-lo, porque era entendido nisso.” 1º livro de Crônicas 15.22.

DA ÁGUA PARA O VINHO

“Quando o responsável pela festa provou a água transformada em vinho (....), chamou o noivo e lhe disse: Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados já beberam bastante, servem o inferior; mas tu guardaste até agora o melhor vinho.” (João 2.9,10). “Da água para o vinho” tornou-se um dito popular para expressar uma mudança radical, que aconteceu a uma pessoa ou a uma situação. A expressão vem dessa narrativa de João do que ele chama de “o primeiro sinal que Jesus fez” (Jo.2.11). Jesus e seus discípulos estavam participando de uma festa de casamento em Caná da Galiléia, quando acabou o vinho. Sua mãe, Maria, falou-lhe do problema. Ele, então, mandou que enchessem de água seis grandes vasilhas que ali estavam, e transformou a água em vinho, salvando a festa de um fiasco. João usa, em seu evangelho, a palavra “sinais”, em vez de “milagres”, como fazem os outros evangelistas, para designar os atos sobrenaturais de Jesus. Isso porque não os registra como simples atos de poder, mas como atos que simbolizam a missão de Jesus como Deus encarnado. São apenas sete sinais (2.1-11; 4.46-54; 5.1-9; 6.5-13; 6.19-21; 9.1-41; 11.1-44), e cada um deles tem um significado especial dentro do contexto em que está inserido. Por exemplo, em conexão com a multiplicação dos pães, Jesus disse: “Eu sou o pão da vida” (Jo.8.48). Em conexão com a cura do cego de nascença, afirmou: “Sou a luz do mundo” (Jo.9.5). No episódio da ressurreição de Lázaro, assegurou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá” (Jo.11.25,26). As vasilhas que Jesus mandou encher eram utilizadas para armazenar a água usada nos rituais de purificação dos judeus. O produto da transformação dessa água, o vinho, simboliza o novo e único meio eficaz de purificação de pecados: o sangue de Jesus. Rituais são ineficazes, só o seu sangue nos purifica. Em sua primeira carta João diz: “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos”, e o que ele anuncia é: “O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado” (1Jo.1.3,7).

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

TEMPOS BICUDOS

Tudo na vida pode ser visto de vários pontos de vista, pode servir para o bem ou para o mal, até mesmo uma crise. Não saberíamos o valor do bem, se não houvesse o mal, nem o bom da alegria, sem experimentar a tristeza. Não buscaríamos soluções criativas, se não houvesse o aperto. Não aprenderíamos a valorizar o que temos se não sentíssemos a falta ou o risco da perda. Mas ninguém gostaria de aprender nada pela dor, se podemos aprender pelo amor. Os últimos tempos e acontecimentos estão me trazendo um sentimento de desalento. Divergências são saudáveis, mas o que se vê não são diálogos, só ódio. Não há ponderação, apenas extremismos. Não há compaixão com o outro, cada um olhando só o próprio umbigo. Numa crise assim a gente aprende também a conhecer as pessoas. Saber quem é quem. E a desilusão toma conta de mim ao ler tantos pensamentos pequenos. Não seria melhor mudar o foco para a busca de soluções em vez de apontar culpados? E soluções justas, que beneficiem todos e não só alguns? Eu quero uma luz no fim do túnel. Eu quero manter a esperança, entrar na sala de aula, ajudar a construir seres humanos melhores, acreditar na mudança possível e no final do mês receber o que mereço pelo meu trabalho, assim como todos tem o direito. Eu quero ver as pessoas sendo respeitadas na sua dignidade. Ver o dinheiro público no lugar certo, não nas mãos de poucos que se adonam do que não é seu. Que sociedade é essa em que políticos eleitos para servirem o povo se apropriam dos bens comuns e ainda conseguem fazer com que esse mesmo povo brigue entre si para defendê-los? Estamos vivendo uma guerra .Guerra que mata com tiro, com o trânsito, com os nervos. Tempos duros, em que pouco se vê de humanidade entre os que se dizem humanos.

TOME A SUA HERANÇA

Estamos no meio do nosso desafio de 4 semanas de Memorização de Escritura. O versículo desta semana é João 1:12 “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu- lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.” Tome a sua herança! Como filho de Deus você tem o poder de Deus dentro de você para lutar em qualquer batalha que você enfrentar. Ele nos libertou para que Ele pudesse nos levantar. O dom foi dado. Você confiará nele? Deus disse a Josué “Todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês.” O povo dos dias de Moisés escolheu o deserto. Não cometa o mesmo erro! Josué não o fez. Ele aceitou a palavra de Deus e procurou herdar a terra! Eu lhe encorajo a fazer o mesmo!

A MISSÃO DO SENTIDO

“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. (Jeremias 1.5) A primeira verdade que surge deste texto é sobre o conhecimento que Deus tem de todas as coisas. Alguns chamam este tão profundo conhecimento de conhecimento prévio. Deus tem conhecimento de tudo aquilo que acontece ou vai acontecer. Alguns usam a palavra "presciência" para se referirem ao conhecimento prévio de Deus da história de cada um de nós. Em alguns isto gera um sentimento de medo. Ao contrário, esta verdade sobre Deus nos torna pessoas que podem confiar num Deus que, tudo sabendo, pode exercer sobre nós o seu cuidado. Além disto, esta verdade profunda sobre nossa liberdade, sobre nossa confiança em Deus, nos chama para a outra grande verdade: todos nós podemos viver como o profeta Jeremias na perspectiva da missão. É o sentido da missão que torna a nossa vida relevante e com sentido. O sentido da missão é a missão do sentido. Quando lemos que Deus, como fez com Jeremias, nos constituiu profetas às nações, entendemos que Deus deu sentido às nossas vidas. Observemos, então, que, a partir do conhecimento prévio de Deus, que sabe as escolhas que nós faremos -- porque somos pessoas livres --, podemos permitir que Deus faça de nós homens e mulheres com uma missão, relevantes para o mundo em que vivemos e isto dá plenitude à nossa jornada. Podemos confiar que o Deus que conhece todas as coisas -- cada detalhe do nosso corpo, da nossa história e dos nossos convívios -- é capaz de prover as nossas necessidades e resolver os nossos problemas. Podemos confiar. Deus nos conhece. Podemos confiar nele. Podemos seguir as pegadas que Ele nos oferece com um sentido para a vida, com uma palavra aos outros. Nós podemos falar a palavra de Deus aos outros, palavra também de confiança, de missão, de plenitude, de sentido da vida.

O CLAMOR DAS PEDRAS

“Mas ele lhes respondeu: Eu vos digo que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” (Lucas 19.40). Somente o evangelista Lucas registra a reação negativa dos fariseus a respeito da entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo o saudou, dizendo: “Bendito o rei que vem em nome do Senhor!”. Pediram eles: “Mestre, repreende os teus discípulos” (Lc.19.39). Talvez estivessem preocupados com a repercussão que esse evento teria diante dos romanos, talvez fosse porque discordavam mesmo da saudação usada pelo povo. O fato que é que não gostaram do que ouviram e responsabilizaram Jesus por fazê-los calar. Alguns dias depois tentaram calar o próprio Jesus, prendendo-o, julgando-o, condenando-o e crucificando-o. Porém, nada poderia impedir que Jerusalém aclamasse seu rei. Não haveria mais segredo sobre quem é Jesus. Logo as ruas da cidade se encheriam do nome de Jesus Cristo, morto, porém ressuscitado com poder e glória, anunciado todos os dias no templo e de casa em casa (At.5.42). Agora seriam as próprias autoridades que tentariam silenciar seus discípulos, prendendo-os e ameaçando-os: “Não vos ordenamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? Mas encheste Jerusalém desse vosso ensino.” (At.5.28). A resposta às ameaças foi: “Não podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos.” (At.4.20). A figura das pedras como símbolo de testemunho estão sempre presentes na Bíblia. Na ocupação da terra prometida pedras foram usadas como testemunho da bênção do Senhor, e da sua presença (Js.4.1-24; 22.10-34), Samuel colocou uma pedra entre Mispá e Sem, comemorando a vitória sobre os filisteus com a ajuda do Senhor. Em Isaías 28.16 e Salmo 118.22, temos a menção da pedra angular preciosa, uma referência messiânica, que Pedro aplica a Jesus (1Pd.2.6). Mas as verdadeiras pedras que clamam somos nós, as pedras vivas, edificadas como casa espiritual sobre Jesus, a principal pedra de esquina (1Pd.2.5). “Mas vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1Pd.2.9). Pr. Sylvio Macri

domingo, 27 de setembro de 2015

DA CULPA AO PERDÃO

Alguma vez você já se sentiu rejeitado, condenado e sem direito a se aproximar de Jesus? Alguma vez você já sentiu que apesar de todos os bens materiais que conseguiu na vida, continua havendo uma sensação de vazio lá dentro do seu coração que não o deixa ser feliz? Então sua vida tem muito a ver com a história de Zaqueu. Vamos ver o que podemos aprender com a história de Zaqueu: "E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:1-5). Zaqueu é apresentado na Bíblia como o símbolo do homem pecador. A história diz que Zaqueu era rico. Homens ricos geralmente usam roupas finas e caras. É interessante notar que às vezes, o pecador é simbolizado na Bíblia por um homem pobre, mal vestido ou quase nu, como no caso do filho pródigo, que voltou para casa vestindo trapos de imundícia e cheirando a porcos. Como na história de Maria Madalena, que foi arrastada pelos cabelos, seminua; ou como no caso do cego de nascença que ficava na porta do templo pedindo esmolas. Já outras vezes, o pecador é simbolizado por um homem rico e bem vestido, como no caso de Naamã, o capitão do exército sírio, que por trás das suas vestes finas e condecorações gloriosas, escondia a miséria de uma lepra consumindo sua vida. Este também era o caso de Zaqueu, que aparentemente tinha tudo para ser feliz: usava roupas finas, seus filhos talvez estudassem em escolas particulares de primeira classe, morava numa das mansões da cidade de Jericó, mas não era feliz. Sentia-se rejeitado pela sociedade e atormentado pela própria consciência. Por que o pecador às vezes é simbolizado por um homem pobre e quase nu, e outras por alguém rico e bem vestido? O que Deus está querendo nos dizer? Sabe, o que Ele está dizendo é que perante Seus olhos, todos os seres humanos são pecadores, com apenas uma diferença: uns são flagrados em seu erro, e seu pecado é descoberto e exposto para vergonha pública. Dedos acusadores levantam-se muitas vezes para apontá-los e condená-los; estão nus. Outros, perante os olhos divinos, são tão pecadores como os primeiros, mas a lepra do pecado está oculta embaixo de uma vestimenta brilhante. Podem passar pela vida sem que nunca ninguém descubra seu erro. Estão vestindo roupas finas, mas infelizes, desprezados, vazios por dentro, como Zaqueu. Esses dois grupos precisam de Jesus. Precisam entender que aos olhos da igreja e da sociedade podem ser diferentes, mas são iguais aos olhos de Deus. Zaqueu procurava ver "quem era Jesus". Estava certo. Vivia uma vida de pecado, usava para proveito próprio a posição que o governo tinha lhe confiado, mas estava certo em sua busca. Cristianismo não é moralismo. A primeira preocupação não deveria ser o que farei ou o que não farei e sim quem é Jesus, a quem amarei e a quem servirei? No caminho de Damasco, a primeira pergunta de São Paulo não foi: "Que queres que eu faça?", mas sim, "Quem és, Senhor?" Cristianismo nunca foi apenas o cumprimento dos quês da igreja, mas acima de tudo fidelidade ao Quem, àquEle que nos achou, nos amou, nos perdoou, e nos transformou. Zaqueu estava certo. Procurava saber quem era Jesus, mas não podia, por causa da "multidão". Qual era a grande dificuldade? Sua pequena estatura? Seu peso? Sua raça? Sua posição social? O que fazia sentir-se indigno? Sua pouca ou muita instrução? Não, isso nunca foi problema para chegar a Jesus. Era a multidão que não lhe permitia aproximar-se do único capaz de preencher-lhe o coração e transformar-lhe a vida. Você já percebeu que durante o ministério de Cristo na Terra, as multidões sempre atrapalharam a obra da redenção? Lembra do paralítico que um dia precisava desesperadamente de Jesus para ser curado, mas não podia chegar perto dEle por causa da multidão? Os amigos tiveram que fazer um buraco no teto para que pudesse chegar ao Salvador. Já leu a história da mulher com fluxo de sangue que teve que abrir caminho em meio à multidão para poder tocar o manto de Cristo? Consegue imaginar o cego que precisava de visão, clamando em alta voz: "... Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Lucas 18:38) As multidões ordenaram-lhe guardar silêncio, mas ele continuou gritando. As multidões sempre se consideraram fiscais da salvação. "Você não, porque é leproso." "Você sim, passe adiante." "Você espere, está imundo; primeiro tome um banho, está cheirando mal, para chegar perto de Jesus." Certo dia a multidão queria impedir que as crianças se aproximassem do Mestre. Então a voz doce de Jesus disse: "... Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14). Multidões! Deus tenha misericórdia das multidões que andam com uma vara de medir a fé e dizer quem é digno e quem não é. Que Deus nos ajude a mostrar ao mundo quem é Jesus. Que Deus nos ensine a tomar a mão dos que se sentem derrotados, tristes, frustrados e rejeitados. Que nos mostre como segurar o braço dos que pensam que nunca conseguirão. Que nos ajude a amá-los, a compreendê-los, a levá-los a Jesus. Zaqueu sentia-se indigno e pecador. Porém, a multidão o fez sentir-se mais indigno e pecador ainda. Então o homem rico de Jericó pensou que o melhor seria ficar de fora e limitar-se a olhar a Jesus de longe. Foi aí que caiu no erro de muitos hoje, que pensam que cristianismo é seguir a Jesus de longe. Cristianismo, meu amigo, é um relacionamento diário e permanente com Jesus. Não importa se a multidão dificulta sua aproximação dEle. Faça como o paralítico, que entrou pelo teto, ou como a mulher com o fluxo de sangue, que abriu espaço entre a multidão, ou então clame como o cego: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Mas não fique em cima da árvore. Não existem desculpas para ficar longe, na passividade de um sicômoro ou na indiferença de quem vê Jesus passar. Cristianismo é compromisso com Jesus, é envolvimento com Sua igreja, é a participação de Sua missão. Cristianismo nunca foi contemplar Jesus comodamente de um sicômoro, enquanto se ruminam mágoas e ressentimentos e se é consumido por lembranças tristes que a multidão imprimiu dolorosamente em sua vida. Não, cristianismo é chegar perto de Jesus, apesar da multidão. Jesus atravessava a cidade seguido pela multidão, e lá estava Zaqueu em cima de um sicômoro. Por que será que os homens estão sempre plantando árvores para ficar em cima vendo Jesus passar? Zaqueu estava em cima de um sicômoro. Mas podia ter sido uma árvore de preconceitos, temores ou dúvidas. Quem sabe uma árvore de mágoas, ressentimentos ou simplesmente de orgulho e incredulidade. Tanto faz. De repente, Jesus parou e, em meio a tanta gente, olhou para Zaqueu: "... Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:5). Tenho tentado muitas vezes imaginar aquela cena. Imagino Zaqueu olhando de um lado para outro, desconcertado, querendo que Jesus estivesse falando com ele, mas com medo de receber uma resposta negativa ao perguntar: - É comigo, Senhor? Não está equivocado? Eu sou Zaqueu, um ladrão, um homem injusto. É comigo que vai jantar esta noite? Você já pensou, meu amigo, que naquele dia havia milhares de pessoas junto a Jesus? Centenas de homens e mulheres que lutavam um contra o outro por um lugar especial perto de Jesus? Cada um sentindo-se com mais direito do que o outro, e de repente o Mestre olha para quem não esperava nada, para quem se sentia indigno, insignificante, perdido entre os galhos de um sicômoro, e o chama pelo nome: "Zaqueu"? Assim são as coisas com Jesus. Para Ele não existem multidões, existem pessoas. Para Ele você não é apenas um produto ou um número na estatística. Você é gente. Ele se preocupa com você, com seus sentimentos, com seus sonhos, alegrias e tristezas. Ele chora com sua dor e se alegra com seus sorrisos. Você é tão importante para Ele que um dia Ele deixou tudo e veio a este mundo para buscá-lo. Ele sabe seu nome, onde você mora, conhece suas ansiedades, sabe que você pode estar tentando ser um homem resistente ao apelo divino, dizendo para si: "Eu só quero vê-Lo de longe." Mas na realidade você é um homem solitário e sincero que precisa dEle como todo ser humano. - É comigo, Senhor? - você pergunta. - Sim, é com você, Henrique, Isaura, Francisco, Aparecida, é com você mesmo. - Mas, Senhor! Eu fumo, bebo, tenho uma vida irregular, eu sou indigno. - Não importa, é com você. É por você que Eu vim, Eu o amo não pelo que você faz ou deixa de fazer, mas pelo que você é: um ser humano maravilhoso, apenas isso. Nunca terei palavras para agradecer a Deus, porque um dia, entre bilhões de seres humanos, o Senhor Jesus Se deteve no caminho da vida e olhou para mim. Não me achou em cima de uma árvore. Achou-me atrás de um púlpito, com uma régua na mão para medir o "cristianismo" da minha igreja sem medo de apontar o pecado "pelo nome", pregando sobre o amor de Deus sem jamais tê-lo experimentado, vestindo a imagem de um jovem pastor muito preocupado em descobrir os "pecados ocultos", para levar à igreja a reforma. E o Senhor Jesus, com sua voz mansa disse: - Filho, desce dessa árvore de apóstolo da reforma. Quero ficar com você, quero que Me conheça de verdade e compreenda que as coisas não são assim como você pensa. Quero que saiba que não é com o regulamento numa mão e a vara na outra que se reformam as vidas. A maneira como Jesus tratou a Zaqueu é a maneira como Ele quer levar Sua igreja ao reavivamento e à reforma completa. Veja que Jesus não olhou para Zaqueu e disse: - Zaqueu, você é um ladrão. O que você faz é uma vergonha. Estou disposto a lhe dar o privilégio de Me hospedar, mas antes quero que você confesse publicamente que é ladrão, e que devolva o dinheiro que roubou dos outros. Eu imagino que era isso que a multidão esperava. Mas Jesus não fez nada disso. Havia algo de maravilhoso com Ele. Os pecadores se sentiam amados na Sua presença. Quer dizer que Ele apoiava a vida errada dos homens? Não. Claro que não. A conduta deles é que mudava. Mas Ele nunca os fazia sentir mais pecadores do que já eram. Não precisava agredi-los para inspirar neles o desejo de mudança de vida. E agora vejamos a atitude de Zaqueu. O que foi que ele fez? Será que ele desceu do sicômoro e disse para Jesus: - Obrigado, Senhor, por lembrar-Te de mim. Eu nunca poderei agradecer-Te pelo fato de olhares para mim em meio a tanta gente. Agora fica um pouco aqui. Deixa-me ir e arrumar a casa. As coisas não estão bem por lá. Deixa-me fazer uma faxina completa e preparar uma refeição gostosa, então voltarei e iremos juntos. Foi isso que Zaqueu falou? Não. Por que não? Porque se pudéssemos deixar Jesus aguardando para primeiro limpar a casa não precisaríamos dEle. Aqui está envolvido o maravilhoso princípio da justificação, que é pela fé, e da santificação, que também é pela fé. É Ele que limpa a vida. É Ele que coloca as coisas em ordem. É Ele que corrige, que conserta, que purifica. Por favor, nunca cometamos a tolice de agradecer a Deus pelo perdão e depois, sozinhos, tentemos colocar a vida em ordem. O que foi que Zaqueu fez? Acho que ele colocou sua mão na mão de Jesus. Era um homem solitário, rejeitado pela sociedade e que precisava que alguém lhe restaurasse o senso de humanidade. Ali estava uma mão estendida com amor, e ele agarrou-se a ela, apesar de ser um publicano, um ladrão, um pecador. A multidão não ficou contente com a atitude de Jesus. "Ah!", pensaram no coração, "Ele parecia ser o Messias, mas em lugar de condenar os pecadores, recebe-os, junta-Se a eles e não os repreende". Você já pensou que enquanto Jesus esteve na Terra nunca condenou os derrotados, os marginais, os ladrões ou as prostitutas? As poucas vezes que Ele condenou alguém, foram aqueles que achavam que estava tudo bem com eles, aqueles que se consideravam os guardiões da fé, a norma de vida de seus semelhantes. Graças a Deus porque Jesus veio a este mundo buscar os perdidos, os derrotados, os cansados de lutar sem nunca conseguir. Se você é um deles, alegre-se e louve o nome do Senhor, porque foi por você que Ele veio. Ele o está procurando, não importa onde você esteja, onde se escondeu, ou para onde fugiu. Um dia a voz de Jesus o alcançará e o chamará pelo seu nome, e talvez isso esteja acontecendo neste momento. Você está tremendo em cima do sicômoro da vida, sente-se rejeitado, triste, frustrado? Sente que nunca vai conseguir? Ouça a voz do Mestre dizendo: - Filho, Eu amo você. Desça daí, quero ficar com você, quero entrar em sua vida e colocar cada coisa em seu lugar. Quero limpar o que tem que ser limpo, consertar o que tem de ser consertado. Olhe agora para Zaqueu. Nenhuma palavra. Apenas caminhavam juntos, de mãos dadas, e aquele laço de amor penetrou na vida daquele publicano. Enquanto caminhavam juntos, a vida de Jesus, Seu poder, Sua vitória, transmitiu-se para o pobre homem, gerando nele o desejo de mudar de vida. Depois Zaqueu levantou-se e disse: "... Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado" (Lucas 19:8). Este é o resultado inevitável de estar em Jesus e andar com Ele. É impossível andar com Jesus e conviver com o pecado ao mesmo tempo. Essas coisas não combinam. Que dia extraordinário aquele! No início, Zaqueu não passava de um homem solitário, frustrado e vazio, apesar de sua invejável posição social e financeira. No fim do dia era um homem feliz, completo, transformado em Cristo. Zaqueu conhecia os dois lados da vida. O desespero e a esperança, o vazio e a plenitude, a tristeza e a alegria, a condenação e o perdão, a derrota e a vitória. Certamente Zaqueu podia dizer: "Jesus, Tu és a Minha Vida". ORAÇÃO Senhor, muito obrigado. Obrigado porque um dia me achou em cima da árvore que plantei para permanecer indiferente a Ti. Obrigado porque neste momento posso ouvir Tua voz me chamando pessoalmente. Estou respondendo ao Teu chamado. Abençoa-me sempre. Em nome de Jesus. Amém.

UMA FÉ VERDADEIRA

“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”. Para Um grande percentual de cristãos, Cristo não é verdadeiro nem real e na maioria das vezes não passa de um ideal. Professam uma experiência com Cristo, mas agem de maneira que não fosse. Mas a nossa real posição somente pode ser manifestada através do modo como agimos e não pelo que dizemos. A única maneira de provarmos nossa fé é por meio do compromisso que mantemos com ela. Nos dizeres de A. W. Tozer: “Toda fé que não se impõe sobre aquele que a detém, não é uma crença real é uma pseudocrença”. Quando a vida pede comportamentos, em suas várias nuances, uma pseudocrença não se sustenta diante de seus rigores, e mesmo Deus nos leva a circunstâncias onde nossa fé é provada. Tiago, em sua carta, nos diz que a fé depois de ser provada gera paciência e a paciência nos leva à perfeição e completude de vida. O termo utilizado por Tiago para “prova da fé”, no grego, é o mesmo usado para purificação de metais, dentre eles o ouro. O ouro quando purificado tem seu valor realçado. É prática entre os cristãos o acomodamento confortável diante da admissão das verdades do cristianismo, sem contudo permitirem que essa fé professada se imponha sobre seus compromissos, comportamentos e cosmovisão, ou seja, as implicações da fé, no dia-a-dia do cristão, não atingem suas práxis de vida, assim sendo, os cristãos se tornam teóricos da fé e não praticantes operosos da mesma. Via de regra arranjamos um lugar para Deus em nossos corações e mentes onde nos sentimos seguros de ter uma crença no transcendente, mas sem deixar este transcendente ditar as normas de nossas vidas, cumprindo-se aquilo que disse o Senhor Jesus: "E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?" As implicações da fé em Cristo devem atingir nossa cosmovisão, nossa ética profissional e pessoal, nossas decisões, enfim, deve permear toda nossa existência. Agindo assim, com uma falsa fé, vivemos de tal modo que não dependemos mais do Senhor e não o incluímos em nossas decisões. Planejamos tudo, formamos estratégias e depois de tudo feito, oramos para que o Senhor abençoe. A fé não verdadeira sempre dá um jeito de não incluir Deus ou sempre tem o plano B caso Deus falhe. Ao contrário, quando a fé permeia nossas vidas, somente teremos uma saída e um caminho, não teremos alternativas e o que passar disso é o caos. Os três companheiros de Daniel não tinham um plano B quando foram confrontados pelo Rei de Babilônia e quando estavam diante da grande decisão diante do Rei disseram: “Quanto a dobrar os joelhos diante da estátua de ouro não temos nada a discutir, ou Deus nos livra ou morreremos, mas não dobraremos diante da estátua”. A regra áurea é buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus. A fé não verdadeira não passa de crença verbal e o possuidor de tal fé se esforça para que não tenha de depender de Deus em suas decisões e arranjos na vida. Duro será quando tivermos nas fronteiras da vida e percebermos que não cultivamos uma fé verdadeira, para nos sustentar diante das duras provas. A morte é o momento derradeiro e nada poderá tomar o lugar da fé verdadeira nesta hora. Riquezas, sonhos, cultura, poder, status etc. nada preencherá o vazio existencial deixado pela fé não verdadeira. Precisamos convidar e permitir que o Senhor nosso Deus nos leve a céu aberto para desnudar nosso falso modo de vida e nos capacitar em segurança quando mais nada restar. Pode ser um amargo remédio, mas nos curará da falsa fé agora. Paulo nos diz em II Tm. 1:5 “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há”.

sábado, 26 de setembro de 2015

FRUTO ETERNO

"Como o pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor” (João 15.9) Nunca me esquecerei de quando Dave decidiu que a linda e antiga árvore do lado de fora de nossa casa precisava ser podada. Ela tinha uns galhos enormes e estava ficando encurvada. Eu não pensei muito naquilo quando ele disse que estava chamando profissionais para fazer o trabalho de podar e desbastar a árvore. Mas fiquei chocada quando cheguei em casa e descobri que aqueles homens que manejavam serrotes haviam danificado minha árvore. Dave disse: “Espere até o ano que vem. Ela ficará linda novamente”. Mas eu não gosto de esperar. E eu não gostava de olhar para aqueles galhos que antes eram cheios e exuberantes e que agora estavam finos como palitos de dentes. Mas Dave estava certo. No ano seguinte, a árvore estava mais linda do que antes, forte o suficiente para resistir a ventos poderosos por muitos anos ainda e mais frutífera e produtiva do que nunca. Este é um exemplo perfeito da obra de poda do Espírito Santo em nossas vidas – e Sua poda resulta em beleza, força e frutificação para nós. Gálatas 5 nos dá uma lista de pecados da carne e uma lista de frutos do Espírito, e é importante que a carne seja regularmente podada para abrir espaço para mais bons frutos. Assim como a minha árvore, às vezes ficamos encurvados ou desequilibrados e Deus precisa tratar conosco para nos endireitar novamente. Devíamos ser gratos porque Deus se importa conosco o suficiente para nos proteger e nos ajudar a ser o melhor que podemos ser. Peça a Deus para passar pela sua vida com as Suas tesouras de poda regularmente, para que você possa dar frutos mais deliciosos e mais excelentes.
VOCÊ TEM SANGUE REAL? "O que fazer quando a lembrança do passado não nos deixa ser feliz? Aonde ir quando temos vergonha de nossas origens porque elas de certo modo são grotescas? Pode uma vida ser restaurada quando a própria pessoa chega a conclusão de que não há mais saída para ela? Observem esse texto: "Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Nassom; Nassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias" (Mateus 1:3-6). Você pode estar se perguntando: que mensagem pode sair de um texto aparentemente tão árido como este? Em primeiro lugar, precisamos saber que o capítulo 1 de São Mateus apresenta a árvore genealógica de Jesus. Se você tivesse que fazer a sua árvore genealógica, tentaria talvez colocar as pessoas mais ilustres. Tentaria encontrar alguma pessoa de renome, algum herói nacional, alguma pessoa da realeza. Ninguém gostaria de colocar em sua árvore genealógica pessoas de má reputação ou de origem vergonhosa. Os judeus, especialmente os fariseus, tinham uma oração muito curiosa que dizia: - Senhor, agradeço porque não nasci escravo, nem gentil e nem mulher. Um judeu nunca colocaria na sua árvore genealógica o nome de uma mulher. Muito menos se esta tivesse má reputação. Mas na genealogia de Cristo, são mencionadas quatro mulheres. Tamar é a primeira, Raabe a segunda e Rute, a terceira. O nome da quarta não é mencionado, mas se fala de Davi, que teve um filho chamado Salomão, que nasceu da que fora mulher de Urias. Bate-seba era o nome da esposa de Urias. Analisemos um pouco a vida destas mulheres. A história da primeira, Tamar, está no capítulo 38 do livro de Gênesis. Tamar era nora de Judá, um dos filhos de Jacó. Ela se casou com o filho mais velho de Judá chamado Er, um homem que não temia a Deus. Andava pelos seus próprios caminhos e morreu cedo, deixando Tamar viúva. Naquele tempo existia uma lei em Israel: quando alguém deixava uma viúva jovem e sem filhos, o irmão devia se casar com a viúva para dar descendência ao falecido. Foi assim que Tamar se casou com Onam. Outro homem que não temia a Deus e que andando por seus próprios caminhos também morreu cedo. Tamar ficou viúva pela segunda vez, jovem e sem filhos. E a lei civil de seu tempo dizia que ela devia se casar com o terceiro irmão. Mas o irmão era muito novo ainda. Seu nome era Selá. Então Judá prometeu a sua nora que quando Selá crescesse se cumpriria a lei. Mas Selá cresceu e Judá não o deu em casamento a Tamar. Diante disto, ela sentiu-se injustiçada, ferida e machucada. Seus direitos estavam sendo desrespeitados. Tamar era daquele tipo de mulher que fazia valer os seus direitos e para defendê-los não media conseqüências. Um dia, disfarçou-se de prostituta, ficou na entrada da cidade e enganando seu próprio sogro, deitou-se com ele e ficou grávida. Segundo a lei, ela devia ser condenada à morte, mas jogou na cara do sogro a grande injustiça que ele tinha cometido com ela. Judá ficou perplexo, derrotado e sem argumentos. Tamar fizera justiça com suas próprias mãos. Foi ferida e injustiçada. Partiu para a luta e venceu, mas ficou carregando o sentimento de culpa. Fez justiça com suas próprias mãos, mas caiu na promiscuidade. Fez justiça, mas essa justiça tinha um sabor muito amargo e doloroso. Depois de vencer, descobriu que não tinha valido a pena descer tão baixo para conquistar seus direitos. Tamar é símbolo do ser humano que quando se sente machucado e ferido não pensa duas vezes para machucar a quem o feriu. Um dia desses fui procurado por uma senhora atormentada pelo complexo de culpa. Chorava desesperada. Não conseguia dormir. O martelo da culpa batia em seu coração de dia e de noite e gritava: "culpada, pecadora, não existe salvação para você". Em desespero contou-me seu drama: - Pastor, nunca pensei em fazer o que fiz. Fui para o motel com o primeiro homem que encontrei na rua, só porque descobri que meu marido estava me traindo. Parti para a luta, para dar o troco, para fazê-lo sentir o que eu estava sentindo. Coitada! Caiu na miséria e agora o martelo da culpa batia em seu coração a cada instante e ela não encontrava paz, não podia dormir. Sentia-se perdida. Tinha medo do futuro, das conseqüências do seu erro. Tinha vergonha de olhar no rosto de seus filhos, de olhar-se no espelho, de ir para a igreja. Os irmãos cantavam e ela achava que sua boca não tinha direito de entoar um hino de louvor a Deus. A sua consciência gritava: culpada, pecadora, adúltera! Um dia Tamar se sentiu mais ou menos como essa mulher, caiu diante de Deus e disse: - Senhor, não valeu a pena ter feito justiça com minhas próprias mãos. Não compensou ter caído no pecado, tentando golpear aquele que estava sendo injusto comigo. Eu me machuquei. Não valeu a pena, Senhor, sinto-me perdida, atormentada pela culpa. Por favor, tem compaixão de mim. E querido, Deus ouviu a oração daquela mulher. Abriu-lhe os braços e disse: - Filha, não me importa o seu passado. Aqui estão meus braços abertos, volte para mim. E Tamar voltou aos braços de Deus e sentiu o beijo da paz, o abraço da reconciliação. E quando Deus perdoa, leesquece o passado. E no livro da genealogia de Cristo o nome de Tamar está escrito, porque ela não tinha mais passado, ela nasceu quando voltou para Deus. É isso que Jesus está dizendo pra você. Não importa onde você foi; nem quão baixo você caiu; não importa o que você fez; pode ter errado, mas se você voltar, passa a fazer parte da família de Deus; seu nome integra a árvore genealógica de Jesus. Não é maravilhoso? A segunda mulher mencionada na genealogia de Jesus é Raabe, a prostituta de Jericó. Lá na entrada de Jericó, Raabe vendia seu corpo por um punhado de dinheiro. Pensava que a sua grande necessidade era o dinheiro e não pensou duas vezes para vender seu corpo. Mas Raabe simboliza muito mais do que uma pessoa que entrega seu corpo por dinheiro. Prostituição não é somente vender o corpo por dinheiro. É também vender os princípios por cultura; os valores por status, o respeito próprio por uma profissão, ou por um emprego. A história bíblica diz que Raabe sentia-se completamente perdida. Tinha medo do futuro. Sabia que o povo de Israel estava vindo. Sabia que o Deus de Israel acompanhava seu povo, que a destruição estava chegando para Jericó. Vivia apavorada, não tinha paz. Tinha medo do futuro, da morte, da destruição, do inferno. Não podia dormir. A sua consciência a atormentava. Conseguira dinheiro, mas a que preço? Será que hoje você está conseguindo tudo que sempre sonhou? A pergunta é: a que preço? Seu negócio está crescendo? A que preço? Está alcançando a posição que você queria alcançar? A que preço? Quando chega a noite você tem medo do futuro, tem medo de que Cristo volte a qualquer momento porque você não está preparado? Tem medo de que a morte o surpreenda? Medo de ficar enfermo, de sofrer um acidente, tem medo de subir em um avião? Não está preparado para enfrentar a morte? Então me diga, de que vale a cultura? O dinheiro? O poder? De que vale tudo que conseguiu se não tem paz no coração? De que vale o que conquistou na vida se quando chega a noite não pode dormir com a consciência tranqüila? Um dia, chegaram a Jericó dois homens enviados pelo povo de Deus. Raabe viu que esta era a sua oportunidade. Apesar de não passar de uma prostituta que vendia seu corpo por dinheiro, se agarrou ao único fio de esperança; o fio escarlate que foi pendurado na sua janela e que simbolizava a graça maravilhosa de Cristo. Raabe pensou: não importa como estou, nem como vivo. Talvez Deus sinta misericórdia de mim. E agarrou-se ao fio vermelho da misericórdia de Jesus. A destruição chegou. Jericó foi queimada, mas a destruição não tocou a casa de Raabe. Ela foi poupada da morte. E você sabe como são as coisas. Quando Deus perdoa, Ele esquece completamente o passado. E é por isso que Deus não teve vergonha de colocar o nome de Raabe na árvore genealógica de Jesus. Eu não estou falando da prostituta de Jericó. Ela não existe mais, estou me referindo à Raabe, à mulher perdoada, transformada pelo poder de Deus. A terceira mulher mencionada na árvore genealógica de Jesus é Rute. Você não poderá ver algo errado na vida de Rute, mas as suas raízes são vergonhosas. Explico: Rute foi descendente da tribo de Moabe... Sabe quem foi Moabe? Vou contar-lhe a história. Deus ia destruir Sodoma e Gomorra. Ló, sua esposa e suas duas filhas saíram antes que a destruição chegasse. A esposa de Ló olhou lá de cima para a cidade e a Bíblia diz que ela foi transformada numa estátua de sal. Ló e suas filhas conseguiram chegar no topo da montanha e lá se esconderam numa cova. As filhas de Ló pensaram que todos os homens do mundo tinham sido destruídos e que elas não teriam mais descendência. Então, deram origem a um capítulo vergonhoso da humanidade. Embebedaram seu pai Ló e cometeram incesto com ele. O fruto deste relacionamento imoral foi Moabe, o pai dos moabitas e Rute foi uma das filhas da tribo de Moabe. Rute, a moabita. Não encontramos na Bíblia que Rute tivesse feito alguma coisa errada como Raabe ou Tamar. Mas encontramos em Rute uma origem incestuosa. Ela vinha de raízes imorais. Rute era a típica pessoa que sentia vergonha de seus antepassados. Pergunto: você nunca conheceu o seu pai porque foi fruto de uma aventura pecaminosa e não fruto do amor que uniu duas pessoas? Isso tem incomodado sua vida? Tem lhe atormentado? Tem lhe criado traumas? Você olha e todo mundo tem pai e você nunca conheceu o covarde que não teve coragem de assumir você! Isso lhe dói? Então olhe para Rute, porque se alguém devia ter vergonha de seus antepassados, era ela. Mas um dia chegou à sua vida um homem temente a Deus. E a vida deste jovem foi a inspiração que Rute precisava para sair da vida de idolatria do povo moabita. Aqui está o exemplo de um rapaz que em lugar de contagiar-se com a idolatria dos moabitas, levou Rute ao conhecimento do Deus eterno. Infelizmente esse rapaz morreu. E a mãe, Noemi, decidiu voltar para sua terra. Foi então que encontramos Rute diante da maior decisão de sua vida. Ficou por um instante olhando para a sua cidade, suas tradições, seus costumes, seus pais, seus amigos, seus avós, seus bisavós, sua igreja, seu povo. E de outro lado, Noemi, que ia embora para a terra do Deus verdadeiro, para a família de Deus, para a igreja de Deus, o povo das verdades bíblicas. Rute ficou indecisa. O que devia fazer? Era muito difícil, mas decidiu deixar sua cidade e partir para a terra do Deus Eterno. Ah, meu querido amigo, todos nós alguma vez temos que tomar a grande decisão. E não é fácil porque toda mudança envolve dor e sofrimento. Muitas vezes você tem que abandonar tradições, tudo aquilo em que você acreditou durante anos e anos, aquilo em que seus pais e seus avós acreditaram. Muitas vezes você receberá a contradição de seus amigos e a rejeição da família. Outras vezes, será caçoado pelos seus princípios e pelas verdades bíblicas que você começa a aceitar. Todos nós, um dia, teremos que nos confrontar com as verdades da Bíblia e teremos que tomar nossa decisão. Você quer aceitar a Jesus agora? Se o fizer, Deus fará com você o que fez com Rute. Não importa a sua origem, não importa a sua raça, o lugar onde você nasceu, ou o nome da sua família. Não interessa se você é pobre ou rico, você passa a fazer parte da família de Cristo. Ele declara o seu nome diante do mundo. Não tem vergonha de você. Porque quando Deus aceita, Ele transforma. Não há mais passado que o atormente, não existe mais origem vergonhosa que o traumatize. Você é livre de complexos, de traumas, da incapacidade de perdoar, do ódio que você sente por aquela pessoa, enfim, livre de tudo. Você faz parte da família de Deus. Que coisa extraordinária! A última mulher que é mencionada na genealogia de Cristo é Bateseba, a mulher de Urias. Um dia, o rei começou a cobiçar Bateseba. Apesar dela ser uma mulher casada, o rei começou a aproximar-se dela e pressioná-la. Você sabe como são as coisas... Talvez, no início, Bateseba revoltou-se com a idéia de ser infiel a seu marido, mas com o tempo passou a sentir-se lisonjeada. Poucas mulheres seriam capazes de despertar a atenção do rei. Alguma vez você já foi pressionada pelo seu chefe e de repente caiu? E agora tenta se justificar dizendo: "eu não tive culpa, é que se eu não cedesse, perderia o emprego; ou não conseguiria aquela mudança de status; ou se eu não cedesse, não poderia ingressar na faculdade; não conseguiria aquela carreira". Tive que ceder porque a pressão era muito grande? Bom, Bateseba é a típica mulher que se sentiu pressionada pelo chefe, mas por favor não pense que ela caiu por causa da pressão. Talvez, imperceptivelmente, mas ela entrou no jogo. Houve uma mistura de desejo pecaminoso e pressão que acabou em pecado. Um pecado que trouxe dor à sua família. Ficou grávida do rei e com tristeza viu como o rei mandou matar seu marido. Sofreu as conseqüências de seu erro. Sentiu-se miserável, acabada, sem perdão. Sentiu que não havia esperança para ela. Seu primeiro filho ficou doente e ela pensava: é a conseqüência de meu erro. Há porventura em sua vida um homem e filhos inocentes que estão sofrendo vergonha pelo seu pecado? E você não sabe aonde ir. E sua vida transformou-se numa noite que não acaba? Então veja, Bateseba descobriu um dia o perdão de Deus e caiu aos Seus pés, não justificou o seu pecado. Não disse: "Deus, caí porque o chefe pressionava e pressionava". Não! Ela reconheceu, como Davi, seu erro: - Senhor, sou a única culpada. Não necessito explicar, não necessito justificar. Só preciso ser perdoada e estou aqui. Sou uma pecadora, por favor, me perdoe. E Deus abriu os braços e a recebeu. E amigo querido, quando Deus perdoa, Ele esquece. Nunca mais se lembra do passado. E na árvore genealógica de Cristo, Deus não tem vergonha de colocar o nome de Bateseba. Que grande amor! Enquanto as pessoas daquele tempo teriam vergonha de colocar o nome de uma mulher na sua árvore genealógica, Deus coloca quatro mulheres na família de Jesus. E não são quatro fontes de virtude. Três delas conheceram o outro lado da vida. E uma delas vivia atormentada pela sua origem. Nascera do incesto. Neste momento Jesus se dirige a você e diz: "Filho, não me importa quem é você, não importa como você viveu, não me importa como você pode estar agora nem os traumas que você carrega, não importa os complexos que podem estar deturpando o seu caráter, não importa quão infeliz você se sinta, nem quão sozinho ou perdido você possa estar, não importa quão atormentado pelo complexo de culpa você viva ou quanto medo do inferno, do juízo final e da condenação você tenha. Neste momento você pode vir a mim". Amigo querido, Jesus está com os braços abertos esperando você. E lembre-se: quando Deus perdoa Ele esquece e transforma. Por isso, o receberá. Não tenha vergonha de declarar ao mundo que você ama a Jesus porque Ele também não terá vergonha de declarar diante do Universo que você é parte da família de Deus. Abra seu coração a Jesus. ORAÇÃO Pai querido, aceita-me como sou e me transforma pelo Teu poder. Apaga meu passado e mostra-me as belezas de um futuro sem fim. Em nome de Jesus. Amém.

VENCEDORES OU VENCIDOS

Um dos versículos mais problemáticos em relação à questão da segurança eterna é Apocalipse 3.5: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. As palavras “de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida” parecem implicar a possibilidade de que aqueles que não vencerem serão apagados. De início isto levanta duas perguntas: “O que é um vencedor?” e “O que é o Livro da Vida?” A definição básica de um vencedor se encontra em 1 João 5.4-5: ele é aquele que vence o mundo. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus? Nestes versículos, os vencedores são aqueles que nasceram de Deus, que creem que Jesus é o Filho de Deus – em outras palavras, são os cristãos genuínos. A passagem de 1 João 5.4-5 é às vezes citada para dar sustentação à visão condicional. Não vejo nada aqui que possa substanciar isto, a menos que seus defensores apelem para o tempo presente do verbo “crer” e insistam em que ele quer dizer uma ação contínua. Em outras palavras, o que vence o mundo deve crer e seguir crendo. E necessariamente segue que uma pessoa só é nascida de Deus se persistir em crer.37 De acordo com isto, uma pessoa pode nascer de Deus, depois tornar-se não nascido (uma ideia bizarra), e depois nascer espiritualmente de novo. Aparentemente não há limite para o número de vezes que este ciclo pode se repetir. É como se as Escrituras ensinassem que: “Você deve nascer de novo, e de novo, e de novo”. A Bíblia não fala nada parecido com isto. O que os versículos ensinam, sim, é que a fé capacita o crente nascido de novo a vencer o mundo ao ver através de seu brilho e seu vazio, ao perceber que ele está em inimizade com Deus e Seu povo e ao temer seus elogios, mas não sua carranca. Ele não espera ser tratado melhor que seu Senhor foi. Um santo genuíno continua a crer, sim, não como condição para a salvação, mas como característica de sua nova vida. Três vezes o apóstolo João se dirige aos jovens da família de Deus como os que venceram o Diabo (1 Jo 2.13-14; 4.4a). Mas eles não o fizeram baseados em sua própria força, mas pelo poder dAquele que habita neles (1 Jo 4.4b). Agora nos voltamos para nosso versículo original em Apocalipse. Observe as promessas que são feitas a um vencedor, aqui e em outros lugares no livro: Ele comerá da Árvore da Vida (2.7); não será ferido pela segunda morte (2.11). (Como a segunda morte é o lago de fogo e como apenas os incrédulos serão feridos com a segunda morte (Ap 20.14), todo vencedor é um verdadeiro filho de Deus.) Ele comerá do maná escondido (2.17); receberá poder sobre as nações (2.26); será vestido com vestiduras brancas (3.5a); será coluna no templo de Deus (3.12); sentar-se-á com Cristo em Seu trono (3.21); herdará todas as coisas, Deus será seu Pai e ele será filho de Deus (21.7) Tomando todas essas passagens juntas, aprendemos não apenas que todos os vencedores são crentes, como também que todos os crentes são vistos como vencedores. John MacArthur explica: “Aquele que venceu” e expressões paralelas são comuns nos escritos de João. O apóstolo João tranquilamente usa “vencedor” como sinônimo para crente. Por sua definição, todos os cristãos são finalmente “vencedores”. ...Portanto, não existe algo como um crente que não é um vencedor, neste sentido”.[1] Agora vamos considerar o Livro da Vida. Os nomes dos companheiros de Paulo estão no Livro da Vida (Fp 4.3). Os nomes dos que adoram a besta vinda do mar não têm seus nomes no Livro da Vida do Cordeiro (Ap 13.8). Os que não estão registrados no Livro da Vida são jogados no lago de fogo (Ap 20.15). Apenas aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro entrarão na Nova Jerusalém (Ap 21.27). Verificando tudo isso junto, fica claro que o Livro da Vida é um registro de todos os redimidos. (Em algumas versões da Bíblia, o Livro da Vida é mencionado em Apocalipse 22.19, mas os manuscritos mais autênticos usam “Árvore da Vida” nesse versículo.) Então, agora voltamos ao problema básico: O Senhor diz, em Apocalipse 3.5, que Ele não apagará do Livro da Vida os nomes dos vencedores. Será que isto não implica que os nomes de alguns crentes poderiam ser apagados? Primeiramente, não devemos construir uma doutrina baseados naquilo que poderia estar implícito. É melhor usarmos as afirmações diretas. Depois, deveríamos saber que o oposto de uma afirmação nem sempre está implícito ou é verdadeiro. Por exemplo, eu poderia dizer: “Se eu estou em Jerusalém, então sei que estou em Israel”. O oposto seria: “Se eu não estou em Jerusalém, então sei que não estou em Israel”. Isso não é verdade. Você poderia estar em Haifa ou em Tel Aviv. Na verdade, a promessa do Senhor de que Ele não apagaria os nomes dos crentes é uma promessa sobre a segurança eterna deles. Se Ele não lhes apagar o nome, então eles permanecem no Livro da Vida. Em vez de tomarmos Suas palavras para implicar uma possibilidade agourenta, é melhor que as tomemos como um enunciado positivo sobre o que Ele não irá fazer. “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12.11). Isto descreve os santos do Período da Tribulação, que haviam sido ameaçados de morte se não negassem sua fé. Eles haviam vencido o Diabo pelo sangue do Cordeiro. O sangue vertido de Cristo satisfez todas as acusações que Satanás poderia trazer contra eles. E eles haviam vencido pela palavra de seu testemunho. Eles não retirariam sua confissão de Cristo, nem que isso significasse morrerem como mártires. Eles “não amaram a própria vida”. É difícil entender como este versículo apoia a salvação condicional e, mesmo assim, ele ainda é às vezes usado para tal propósito. Apocalipse 17.14 contém a palavra vencer, mas desta vez ela se refere ao Senhor: “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele”. Este versículo antecipa Apocalipse 19.19-21. No segundo advento de Cristo, os dez reis mencionados em Apocalipse 17.12-13 tentarão impedir o Cordeiro de assumir o domínio mundial. Unido com os exércitos celestiais de todos os redimidos, Ele os vencerá (Ap 17.14). As palavras chamados, eleitos e fiéis só podem ser aplicadas aos santos. Aqui eles são os santos que vieram do céu com o Cordeiro (Ap 19.14, 21b). Logo, não existe nenhuma chance de que eles percam a salvação se não forem fiéis. Vamos considerar mais uma passagem que fala sobre vencer: “7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. 8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.7-8). Existem apenas duas classes: os salvos e os perdidos. O versículo 7 descreve os salvos. Todo o restante (v. 8) são os perdidos. Não somos salvos por vencermos. Vencemos porque somos salvos. Aquele que vence herda todas as coisas: a vida eterna está incluída em todas as coisas. Deus tornou-se nosso Pai e nós nos tornamos Seus filhos e filhas quando confiamos em Cristo. Mas as palavras “Serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas”, descrevem uma intimidade maior de relacionamento.

OS MAIORES INIMIGOS DA IGREJA

QUEM SÃO OS MAIORES INIMIGOS DA IGREJA? Um texto que chama a atenção de todos os líderes, na Bíblia, sobre o desenvolvimento de uma igreja, encontra-se no livro de Atos dos Apóstolos. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”( At 2.42). Essa igreja possui uma unidade incrível de pensamento, ações, interação e propósito. Hoje existe uma divisão instaurada dentro do Corpo de Cristo que é escandalosa. A maior taxa de crescimento de novos ministérios é fruto, não de uma visão ministerial, mas de uma DIVISÃO ministerial. Sabemos que um movimento só prevalece se houver nele unidade de propósito e união entre as partes envolvidas. Até mesmo Satanás sabe da necessidade de manter a unidade no desenvolvimento de um projeto. Jesus nos revelou algo sobre isso: “Mas quando os fariseus ouviram isso, disseram: É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios. Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, subsistirá seu reino?” (Mt 12:24-26). A comunhão entre nós é extremamente importante, isso nos levará a alcançar alvos cada vez maiores. Acreditamos que não é possível reunirmos um grupo grande de pessoas em torno de um mesmo propósito, mas isso não é real. A Bíblia claramente nos diz que isso é possível: “A igreja passava por um período de paz em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se edificava e, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número, vivendo no temor do Senhor.” (At 9:31). O próprio endemoninhado gadareno é uma prova cabal de que uma LEGIÃO (6 mil demônios) podiam viver em unidade dentro de um mesmo corpo.(Mc 5:9-10) Uma vergonha para a igreja de hoje! Quais são, portanto, as maiores causas de divisão? Quais são os maiores inimigos da comunhão nas igrejas de hoje? Quais são as armas mais letais para matarem um ministério? 1. IGNORARAM INTENCIONALMENTE A CONUNHÃO DO CORPO. Alguns irmãos na igreja, deliberadamente, dificilmente comparecem às reuniões de culto, mesmo residindo no próprio bairro/cidade. 2. FORMADORES DE DIVISÃO NO CORPO. Muitos estão de relações cortadas com o ministério por insignificantes futilidades ou competições ridículas. Pregam eloqüentemente o quebrantamento e perdão para os fiéis. Contudo, não capazes de reconhecer quando erram e jamais pedem perdão ou perdoam. 3. MANIPULADORES DO CORPO. Ministérios existem que transformam seus rebanhos em verdadeiros impérios particulares. Ali eles gritam, mandam, desmandam e impõem manipulativamente sua vontade. Ora, alguém portador de tal espírito, oculta no íntimo um certo medo de que o contato freqüente com outros pastores venha lhe prejudicar o "reinado". Por isso, repelem a idéia de viver em comunhão com outros colegas, pois os vêem como concorrentes e não como companheiros da mesma seara. 4. FALTA DE EXEMPLO AO CORPO. Observe esta ordem do respeitável apóstolo Paulo ao jovem obreiro Timóteo: "Sê o exemplo dos fiéis... " (1 Tm 4. 12). A palavra "exemplo" é a tradução do termo grego - "tupos" - e significa também: padrão, modelo, algo que deve servir de molde, onde as pessoas possam copiar ou reproduzir com exatidão o original. Não foi por acaso, que na invenção da Imprensa, as letras originais receberam o nome técnico de "tipos". Agora pergunto: Se os Ministros de Deus, que deveriam ser "tupos" vivem assim, como endireitar a Igreja na área da comunhão? Oremos para que Deus restaure a Igreja. Não creio que a Igreja seja restaurada, sem que haja uma restauração no Ministério, principalmente no campo da comunhão. E algo me diz que tenho endosso bíblico. Notem que no regresso da Babilônia, Esdras se preocupa primeiro em restaurar os Sacerdotes/Levitas (ministério), e em seguida, dá início à reconstrução do Templo(Igreja). Sobre a Igreja Primitiva foi dito: "Vejam como eles são unidos!" 5. INCAPAZES DE LIDERAREM O CORPO, POIS NÃO LIDERAM SUAS CASAS. Sabemos de conflitos conjugais em famílias cristãs, e isso, na maioria das vezes, diante dos filhos que estão em formação. O que vamos esperar das crianças? Ou dos filhos que estão em formação? Ou da igreja de amanhã? Diante desse quadro calamitoso em que se encontra o lar cristão, o que é que podemos esperar da comunhão na Igreja? Não são somente os lares de ovelhas que se encontram nesse estado. Temos notícias também de pastores, em cujos lares reina a desordem e a falta de comunhão. Onde a autoridade para ordenar que as ovelhas vençam seus conflitos familiares e vivam em harmonia? Pais cristãos, principalmente pastores, cultivem comunhão entre si, se querem que seus filhos e a Igreja a tenham. Rechacem qualquer atitude agressiva ou de separação entre as crianças. Pensem no que disse Jesus: "Toda casa dividida contra si mesma ruirá." - São essas coisinhas de hoje, que você acha inofensivas, que porão o seu lar em ruína total, e a Igreja seguirá o mesmo caminho. O ideal de Deus é que toda família comungue numa mesma igreja local, exceto os que já constituíram famílias e residem em outro lugar. 6. CIGANOS QUE VÃO DE CORPO EM CORPO. Quantas centenas de crentes fazendo rodízio eclesiástico. Isto é, trocando de Igreja como quem troca de roupa. Se pergunta a um deles qual o motivo desse "santo turismo", logo responde em tom muito espiritual: "Sabe, onde eu estava não me sentia muito bem." - E às vezes, nós pastores balançamos a cabeça hipocritamente e retrucamos: "É verdade irmão, a pessoa deve ficar onde se sinta bem." - Que verdade coisa nenhuma! Onde está a verdade? Porque somos tão fingidos e desonestos? A verdade é que este irmão não passa de um crente anormal, um alienado, um inimigo número um da comunhão no Corpo de Cristo. Era isso que devíamos dizer-lhe sem cerimônias. 7. FALTA DE UNIÃO DO CORPO. Outros existem que não se sentam em determinados bancos do salão de culto, porque o irmão fulano, que ele detesta, está ali. Dá graças quando o salão da Igreja tem duas portas de saída. Isso lhe dá a opção de evitar o comprimento ao outro irmão na outra saída. A Igreja de hoje está agonizando em matéria de comunhão. Ela tem estado reunida, mas não unida. O pior é que este quadro se agrava dia a dia. Fica a pergunta: O que se pode esperar de uma Igreja sem comunhão? A resposta lógica, está na tremenda tese de Jesus: "a casa..., cidade... e o Reino divididos contra si mesmos não subsistirão." Conscientizemo-nos desses inimigos mortais. Vençamo-los já!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

VENCENDO BATALHAS EM NOSSA MENTE

Há um ditado que diz: “Mente vazia é oficina do diabo”. Isto na verdade é uma realidade, porque as maiores batalhas espirituais que enfrentamos é no campo chamado mente. A nossa mente contém um filtro pelo qual passam todas as informações que vão para a nossa alma. Se o filtro da nossa mente não estiver lavado e purificado com o sangue de Jesus, e não estiver cheio da Palavra de Deus, toda sujeira entrará na nossa alma e a contaminará. A nossa mente é local de batalha espiritual e decisões onde decidimos: servir a Deus ou ao diabo; fazer a vontade do mundo ou a de Deus; ser vencedor ou um derrotado; mentir ou dizer a verdade; ser um crente cheio do Espírito Santo ou um crente medíocre; ser abençoado ou ser amaldiçoado. Vamos analisar isto um pouco melhor: 1 - NA MENTE É QUE NÓS NOS DECLARAMOS DERROTADOS OU VITORIOSOS (Pv 4: 23)- Você prefere crer na palavra de Deus ou nas mentiras do diabo? Muitas vezes ficamos dando ouvidos à voz do diabo, que vem com mentiras para nos detonar, e quando damos ouvido a esta voz, automaticamente entramos em derrota em nossa vida. Mas devemos nos lembrar que ele é o pai da mentira (Jo 8: 44). Se somos filhos de Deus não podemos dar ouvido ao mentiroso, porque você será o produto daquilo que você imagina e declara a seu respeito (Pv 23: 7). Se sua mente estiver cheia de Deus e da Sua Palavra, certamente você terá pensamentos bons a seu respeito e a respeito das pessoas (Zc 8: 17). Os princípios contidos na Palavra de Deus trazem cura para a alma (Sl 19: 7). Com nossa mente restaurada por Deus automaticamente teremos vitorias. 2 - NA MENTE É QUE SE FORMAM OS AUTO-CONCEITOS BONS OU RUINS DA NOSSA ALMA (Pv 20: 5)- Uma alma fragilizada, ferida, magoada, traumatizada, amargurada, produzirá uma fé vacilante e uma mente doentia. Uma alma enferma só pensa no pior, não vê esperança de mudança em nada, vive sofrendo por antecipação com coisas que nunca existiram e que nunca vão acontecer. O medo contínuo traz um verdadeiro tormento. Veja o texto de II Tm 1: 7. O que Deus tem para cada um é um espírito corajoso, cheio de amor e poder. Uma alma enferma pensa e diz: “Não posso, não venço, não consigo, não dá certo”, enquanto que uma alma curada pensa e diz o que a Palavra de Deus afirma (Fl 4: 13). 3 – A NOSSA MENTE PRECISA SER TRANSFORMADA PARA ASSUMIRMOS QUEM SOMOS EM CRISTO (Rm 12: 2)- Observe que nossa mente deve estar sendo transformada por Deus, e ai vamos conhecer a vontade d’Ele que é boa, perfeita e agradável. O apóstolo Paulo tem um excelente conselho em Fp 4: 4-7 para que tenhamos qualidade de vida, e alcancemos o sucesso. Quando a mente esta cheia de coisas saudáveis a alma também vai ser saudável, mas isto só é possível se estivermos com um vida cheia do Espírito Santo e da Palavra de Deus, revestidos com as armas que o próprio Deus nos dá (Ef 6: 10-18).

NÍVEL

Não planeje a sua rota de acordo com as opiniões de pessoas ou as sugestões da cultura. Se o fizer, você cometerá o mesmo erro que o filho do fazendeiro. O fazendeiro enviou seu filho para o campo, lembrando-o de traçar sulcos retos. “Mire um objeto no lado oposto do campo e aponte seu arado diretamente para ele,” disse o pai. Depois, quando o pai verificou o progresso do rapaz, cada sulco era torto e ondulado. “Eu pensei que disse para você escolher um objeto e seguir com o arado em direção a ele.” “Eu fiz”, o rapaz respondeu, “mas, o coelho ficou pulando.” Uma linha reta, como uma vida certa, exige um alvo imóvel. Mire nos princípios imutáveis de Deus. Deixe a Palavra de Deus ser a palavra de autoridade em seu mundo.

AUTORIDADE

Deixe a Palavra de Deus ser a palavra de autoridade no seu mundo! É uma decisão que vai contrária a natureza da nossa cultura. Preferimos a autoridade da máquina de votar, das pesquisas do Ibope ou daquilo que nos agrada. Paulo lembrou ao jovem pastor Timóteo em 2 Timóteo 3:15: “desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio”. E em 2 Timóteo 3:16-17 Paulo declara o poder da Escritura contra qualquer fortaleza. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” Estes são versículos que lhe convido memorizar comigo no Desafio de Memorização de Escritura – um versículo por semana pelas próximas 4 semanas.

FILHO

“Chegando, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as prostitutas, mataste para ele o melhor bezerro. Mas o pai lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; mas era justo festejar e nos alegrarmos, pois este teu irmão estava morto e reviveu; havia se perdido e foi achado.” (Lucas 15.30-32). Os israelitas tinham muito orgulho de se chamarem filhos de Abraão, mas tinham muita dificuldade de chamar o Deus de Abraão de Pai. A imagem que eles tinham desse Deus era a de um ser sempre irado, muito exigente, que se relacionava com eles de modo formal, com base em regras estritas e detalhadas, muito diferente da figura do pai amoroso e liberal que Jesus apresenta nessa parábola do filho pródigo. Esta a razão da figura que ele traça do filho mais velho, na verdade uma caricatura, como alguém que esteve o tempo todo em casa, mas nunca esteve à vontade, nunca se sentiu como um verdadeiro filho. Alguém a quem pertencia tudo que era do pai, mas nunca se deu o direito de usá-lo. Estranhamente para um filho legítimo, nunca convidara os amigos para um churrasco em casa, nem que fosse só de carne de cabrito, e ainda que o pai não o proibisse. Sentiu-se bem com a saída de casa do irmão mais novo, pois eram muito diferentes. O mais novo era irreverente, rebelde, esbanjador. Além disso, abandonou a família, exigindo sua parte da herança para desperdiçá-la com a pior espécie de gente. Desejava que o irmão nunca mais voltasse, que, aliás, não mais considerava irmão. Se aborrecia por presenciar diariamente o sofrimento do pai, a contemplar a estrada na esperança da volta do filho perdido. Mas, para sua decepção, enquanto ele trabalhava duro no campo, o pródigo voltara e fora recebido com festa pelo pai. Estranhando o ruído de festa, ficou de fora e perguntou o que era aquilo a um dos empregados. Este respondeu: “Teu irmão voltou”. Foi então que sua ira explodiu. Podemos imaginá-lo dizendo ao empregado: “Eu não tenho irmão” e negando-se a entrar em casa. Ao sair o pai ao seu encontro, referiu-se ao outro como “este teu filho”. Mas o pai respondeu: “Este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado.” O filho pródigo deixou de ser filho e, arrependido, voltou a sê-lo. O mais velho nunca foi filho.

TODOS NO MESMO NÍVEL

“Se não vos arrependerdes, todos vós também perecereis.” (Lucas 13.3,5) Não temos notícia dos acontecimentos referidos por Jesus em Lucas 13.1-5, a não ser pela própria menção dos seus ouvintes e dele mesmo. Não há nenhum registro histórico da chacina dos galileus enquanto ofereciam seus sacrifícios no templo, ordenada por Pilatos, mas este era bem conhecido por sua crueldade. Também não há registro do acidente com a torre de Siloé, mais um dos que aconteciam comumente nas grandes cidades da antiguidade, quando as construções não eram feitas com a tecnologia e a segurança que temos hoje. Entretanto, tais ocorrências foram assunto do dia na cidade, e objeto de julgamentos duros por parte do povo. Jesus tinha acabado de dizer que temos que ajustar contas com Deus enquanto temos oportunidade (Lc.12.58,59), e alguns ouvintes relacionaram com isso a chacina dos galileus. Certamente estes tinham muito a acertar com Deus e por isso foram assim castigados. Os apóstolos pensavam o mesmo, pois ao verem o cego de nascença perguntaram: “Rabi, quem pecou para que ele nascesse cego: ele ou seus pais?”(Jo.9.2). Jesus aproveitou para falar também da torre de Siloé, que ao cair matou dezoito homens, o que se enquadra no mesmo pensamento de que a desgraça é produto de grandes pecados e grande condenação. Na mente popular a prosperidade e o bem-estar são sinônimos da aprovação e da bênção de Deus e o infortúnio, do juízo divino. Por isso os apóstolos se assustaram quando Jesus disse-lhes que dificilmente um rico entrará no reino do céu. Sendo assim, perguntaram, “Quem, então, pode ser salvo?.” (Mt.19.25). A resposta de Jesus é que todos podemos ser salvos, porque Deus nivelou a todos, e nivelou por baixo. Todos somos pecadores e necessitamos de arrependimento. Paulo expressa essa verdade da seguinte maneira: “Deus colocou todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.” (Rm.11.32). E aos cristãos efésios ele diz: “Éramos por natureza filhos da ira, assim como os demais. Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo imenso amor com que nos amou, e estando nós ainda mortos em nossos pecados, deu-nos vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” (Ef.2.3b-5). O pecado nos nivela na condenação; o arrependimento e a fé em Cristo nos nivela na salvação.

PESSOA ESCLARECIDA

Entre as fórmulas que nós encontramos para pertencer, uma delas é a de consumir listas. Por influência dos Dez Mandamentos da Bíblia, os chamados formadores de opinião enumeram listas de dez livros para ler, dez filmes para assistir, dez discos para ouvir ou dez restaurantes para frequentar. Até mesmo as roupas que usamos tiveram seus tecidos, seus modelos e suas cores aplaudidos previamente em passarelas. Primeiro, as roupas nos parecem estranhas, mas, depois, vão sendo aceitas e viram padrões pelo menos numa estação da moda. Essa formatação é ainda mais forte, mesmo que sutil, no plano ideológico. Nesta área, a liberdade é ave rara. Há uma cartilha que nos soletra o que devemos saber e o que devemos pensar. Geralmente seus cabeçalhos começam assim: "as pessoas de bem concordam que:". Ora: quem não quer ser uma pessoa de bem? Pode ser que as palavras iniciais sejam mais apelativas: "as pessoas esclarecidas pensam que:". Novamente: quem quer ser obscurantista? Não devemos seguir listas, nem observar tendências de passarelas, nem obedecer comandos de cartilhas. Diferentemente, diante das listas, passarelas e cartilhas, precisamos seguir a orientação bíblica: devemos examinar tudo e reter o que é bom. Devemos conhecer as propostas e estudá-las antes de as tomar nossas. Bom é aquilo com o qual concordamos, como uma ideia, ou gostamos, com um prato do cardápio. Bom, realmente bom, é aquilo que é aprovado por Deus.

VALORES

“Não temais, pois valeis mais do que muitos passarinhos. (....) Olhai os corvos, que não semeiam nem colhem; não têm despensa nem celeiro; contudo, Deus os alimenta. E vós valeis muito mais do que as aves.” (Lucas 12.7b,24). Na ética bíblica, que é baseada em hierarquia de valores, seres humanos valem mais que animais: aliás, valem mais que qualquer outra criatura. No livro de Jonas lemos que Deus matou uma planta para fazê-lo entender sua compaixão pelos habitantes de Nínive (Jn.4.6-11). Em 1Coríntios 9.9,10, Paulo diz: “Na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha o grão. Será que Deus está preocupado com bois? Ou será que de fato não diz isso por nós? É claro que é em nosso favor que está escrito. Pois quem lavra a terra deve debulhar o grão com a esperança de participar da colheita.” A tragédia atinge de forma brutal os povos da África, onde 239 milhões de pessoas passam fome, mas isso não comove as dezenas de organizações que aplicam milhões de dólares naquele continente para preservar espécies animais ameaçadas de extinção. Grandes organizações como o Greenpeace e o Fundo da Vida Selvagem se importam com os animais da África, mas não com os seres humanos da África. Vêm a público defender a natureza, mas não gastam uma palavra para condenar as condições subumanas a que são submetidos milhões de homens, mulheres e crianças diariamente ao redor do mundo. Num flagrante desvio de afetividade, pessoas que criam animais os tratam como filhos, como se os tivessem gerado. Dizem aos filhos humanos que os animais são seus “irmãos”, e aos netos que eles são seus “tios”. Animais são animais, seres humanos são seres humanos; na mente cristã não pode nenhuma confusão a respeito disso. É comum vermos nas redes sociais declarações que depreciam o ser humano e exaltam os cães, assim como é comum ouvirmos pessoas dizerem que seu animal de estimação que morreu foi para o céu. Há até gente que pensa que animal tem alma. Na Palavra de Deus, o primeiro bem maior é Deus, e o segundo bem maior é o homem. Por isso Jesus disse que os dois maiores mandamentos são “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt.22.34-40).

PERFIL

São solitárias, por natureza, as pessoas quo ocupam posições de liderança, seja qual for o segmento de sua atuação. Líderes dedicam-se aos seus trabalhos de tal modo que, muitas vezes, sobra-lhes pouco tempo para si mesmos. É assim, por exemplo, com os pastores de igrejas. Para atenuar esse quadro, um deles decidiu organizar uma reunião anual em que os pastores se encontram, gastando tempo conversando uns com os outros e ouvindo as sugestões de pastores mais experientes. Suas esposas estão presentes e participam das brincadeiras, conversas e palestras, que duram três dias num hotel interiorano. O encontro é fruto do empenho do seu idealizador, que põe dinheiro do seu próprio bolso e sai recolhendo apoios com quem pode. E a jornada acontece. No meio do evento, o idealizador toma a palavra e pede ajuda. Ele quer um casal a quem possa prestar conta das finanças do encontro. Ele criou o encontro e busca recursos para o evento e ainda quer prestar contas de como o dinheiro foi gasto. E o que o motiva a tanta transparência? Honesto, não quer parecer honesto, porque ele o é. Sincero, não quer a aprovação das pessoas, das quais não depende. Corajoso, ele pensa em si mesmo. Ele sabe que, como todo ser humano, é vulnerável ao poder do dinheiro e quer se proteger. Tendo que prestar contas, será cuidadoso e não correrá o risco de lançar mão de recurso que não lhe pertence. Digno, ele parte do pressuposto que, mesmo tendo projetado o encontro, o encontro não lhe pertence; é dos participantes, pastores como ele, que nada tira, mas põe. É deste tipo de líder-servo que precisamos. Olhar para uma pessoa assim nos enche de esperança. O convívio com a estatura dessa dignidade dignifica as nossas vidas.

QUANDO MENOR MAIOR

“E disse-lhes: Qualquer pessoa que recebe esta criança em meu nome, a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou; pois quem for o menor entre vós, esse será grande.“ (Lucas 9.48). Surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles era o maior (Lc.9.46), e essa discussão veio da sua falta de discernimento a respeito da pessoa de Jesus. O Mestre tinha lhes perguntado: “Quem dizeis que eu sou?” (Lc.9.20). Eles responderam que ele era o Messias, porém esse Messias era para eles uma figura política, um conquistador, que finalmente iria dar aos israelitas a liberdade e estabelecer-lhes um reino vitorioso. Desse ponto de vista era natural disputar posições e estabelecer hierarquia. Na mesma ocasião Jesus os advertira sobre sua paixão e morte (Lc.9.22), mas parece que eles não levaram isso muito a sério, por causa de sua ideia preconcebida a respeito do Messias. Na sociedade israelita, o indivíduo menos importante era a criança, por isso Jesus a usou como exemplo. Ao fazê-lo, Jesus mostrou o que pensava sobre a grandeza. Ele estava dizendo a eles: “Esta criança sou eu. Deem a ela a mesma importância que dão a mim, e deem a mim a mesma importância que dão a ela, pois quem a recebe, recebe a mim.” Para alguém ser grande no reino de Deus tem que ser servo, quanto menor se considerar, tanto maior será o seu conceito. Isto é, no reino de Deus, a escala de valores é invertida, quanto mais servimos mais valor temos. Seremos avaliados pela nossa prontidão em cumprir ordens, e não pela nossa capacidade de dar ordens. Pela nossa capacidade de executar as tarefas mais simples, mais humildes e mais desimportantes, e não pela nossa competência e habilidade de realizar tarefas complexas e importantes.

TOCAR E SER TOCADO

“Mas Jesus disse: Alguém me tocou; pois percebi que saiu poder de mim.” (Lucas 8.46). Penso que muita gente boa se afastou de Jesus, quando ele andava pelas cidades da Palestina, pois ele vivia tocando pessoas cerimonialmente impuras, ou sendo tocado por elas. Por exemplo, quando chegou perto da cidade de Naim deparou-se com um cortejo fúnebre. Era o enterro do filho único de uma viúva, pela qual encheu-se de compaixão. Tocou o esquife do jovem e ordenou-lhe que se levantasse, ressuscitando-o. Segundo a lei de Moisés, ao tocar o caixão tornou-se impuro (Lc.7.11.-17). Outro exemplo: estando na casa de um fariseu chamado Simão, veio uma mulher conhecida na cidade como prostituta, ajoelhou-se aos seus pés e passou a lavá-los com suas lágrimas, enxugá-los com seus cabelos e beijá-los. Além disso, ungiu-os com perfume caro. Simão disse para si mesmo: Se ele fosse mesmo profeta saberia que acabou de tornar-se impuro, por ter sido tocado por uma prostituta. Jesus repreendeu Simão por esses pensamentos e perdoou os pecados da mulher (Lc.7.36-50). Procurado por Jairo, chefe da sinagoga, Jesus foi até a sua casa e ressuscitou sua filha, que acabara de morrer, tomando-a pela mão e ordenando-lhe que se levantasse. Novamente tocou um cadáver, ficando impuro. Mas ele já estava mesmo impuro, porque no meio do caminho uma mulher com fluxo hemorrágico veio por trás dele, para não ser percebida, e o tocou, ficando imediatamente curada. Mas Jesus percebeu que dele saiu poder e perguntou: Quem me tocou? A mulher se apresentou, e ficou evidente para todos que Jesus fora tocado por uma mulher impura (Lc.8.40-56). Esses eventos nos ensinam duas coisas: Primeiro, Jesus veio mesmo para tocar os impuros e ser tocados por eles. A prova disso é que toda vez que ocorria o toque o resultado era maravilhoso; era um toque salvador, curador, purificador, restaurador, ressuscitador. Ainda hoje precisamos desse toque. Segundo: ninguém, e nada, pode tornar Jesus impuro. Todas as coisas, principalmente o ser humano, receberam o toque criador das suas mãos e a criatura não pode tornar impuro o Criador. Ao contrário, o Criador é que torna pura a criatura.

O SOFRIMENTO DE CADA DIA

“Os dias em que vivemos são maus...” (Ef 5.15-17) Como é real e aplicável aos dias atuais esta declaração do Senhor! Refletindo sobre a vida, não foi difícil encontrar subsídios que materializam esta triste verdade. O povo do Senhor não está isento dos muitos problemas que assolam a população brasileira. É a condição financeira que entra em colapso, impossibilitando honrar os compromissos; o emprego que não existe; a violência; assaltos; filhos problemáticos e rebeldes; casamento que não funciona; drogas; sexo; inimizades dentre outros que compõe uma longa lista. As conseqüências são as mais diversas possíveis, a começar pela fé que abalada, escancara a porta principal da vida para o desespero, perde-se por completo a visão da soberania de Deus; transformados em homens comuns, são despidos da esperança, vazios, desafeiçoados, irritados, ranzinzas, maldizentes, faltos de amor, cegos; carnais... Derrotados! “Os dias em que vivemos são maus...” Mas, será que esta situação desastrosa justifica a aparente derrota? É evidente que não! Afinal o Senhor chamou homens fortes para compor um exército de vencedores que andam sobre as dificuldades, no entanto, não se deixam tomar por elas (Is 40.31); estrangeiros de passagem por uma terra na qual são odiados e perseguidos pelo rei das trevas (Mt 24.9; 1Pe 2.11). O que esperar de bom então em dias maus? A misericórdia do Senhor! Os filhos de Deus foram provados de muitas formas, mas, firmes ficaram e foram aprovados. “...Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!”. (Hb 11.35-38) O Pai Eterno preparou este exército para enfrentar situações extremamente adversas, devem bravamente resistir, afinal, foram capacitados e enchidos com o Espírito Santo. O entregar-se aos problemas é sinônimo de fraqueza e derrota. A situação está difícil? Persevere na fé! Lembre-se: o Senhor criador dos céus e terra sabe das tuas dificuldades e promete o amparo. “Portanto, não fiquem aflitos, procurando sempre o que comer ou o que beber... O Pai de vocês sabe que vocês precisam de tudo isso... Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus, e Deus lhes dará todas essas coisas”. (Lc 12.29-31) “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”.(Sl 37:25) “E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”.( 1 Jo 5:15) Está fraco? Sem forças? Abatido? Não negue ao Senhor! É tempo de levantar a cabeça e andar; Paulo afirmou: “Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim”. (2Co 12.10) Lembre-se que além do visível está um Deus todo poderoso que o ama de uma forma tão complexa que homem algum poderá explicar. Você é alvo deste amor. Medite nestas declarações: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. (1Jo 4:19) “Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós”. (Ef 1:4) Porquê alguns sucumbe? Provavelmente, edificaram suas casas sobre a areia! Sem o devido alicerce da comunhão verdadeira com Deus. É a vida cristã aparente; desprovida do Espírito e da genuína filiação. Estes, mesmo apresentando-se como pessoas dinâmicas no Reino, são desconhecidos pelo Pai Eterno. Quando os problemas vêm como um forte vento, logo são abatidos e derrotados. Os filhos genuínos do Senhor são fortes, inabaláveis, preparados para vencerem as maiores dificuldades que possam sobrevir à vida. Estes não negam a sua filiação e a exemplo de Cristo Jesus, vão até às últimas conseqüências, esperando no amparo incontestável do Pai Celeste. Mas, como ser assim, semelhante a Cristo? O principio é amar a Deus e buscá-lo em primeiro lugar. “...amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força...” (Mc 12.33) “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça...” (Mt 6:33) Quando o principio de fé é observado, são feitos em novas criaturas (1Co 5.17) que comungam os mesmos pensamentos e objetivos do Senhor Jesus (Rm 12.2; 1Co 2.16). O agir é direcionado pelo Espírito de Deus, dificilmente, decisões são tomadas segundo a carne (empolgação, desejos, orgulho, vaidade, ostentação, etc.). E, quando envolvidos pelas nuvens das muitas dificuldades, são consolados e fortalecidos pelo Santo Espírito que habita em no ser e faz os corações transbordarem de esperança. Em meio às muitas provações é tempo oportuno para estreitar a comunhão com o Pai Celeste e servir-se da Sua grande misericórdia. Confie, Ele estenderá as mãos em socorro! Esta aproximação consegue-se quando nos jogamos por terra, humilhando-nos diante do Soberano e clamando pela Sua misericórdia. Abraçando esta decisão, tenho convicção do mover de Deus sobre tua vida e verás que é amado pelo Pai, escolhido desde os tempos eternos para ser servo. Clame pela restauração de tua comunhão e comprometa-se em viver uma vida digna do Espírito de Deus, ou seja: santa e pura; que tem o seu prazer em meditar na Palavra e na oração perseverante; aprenda a sacrificar com agradáveis jejuns. Há uma possibilidade dos problemas não desaparecerem, mas, mesmo em meio às grandes crises, terás a paz que apenas ao agraciados do Senhor possuem. E uma convicção que o Todo Poderoso estará movendo a teu favor. “Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”. (Salmos 40:1) Amém!

CASAMENTO:três bases principais

Amós 3:3 - "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo"? Eclesiastes 4:9ª "Melhor é serem dois do que um...". Algum tempo atrás assisti uma reportagem pela tv onde o foco maior foi o relacionamento de casais que conseguiram vencer a barreira do tempo e se sentiam felizes por ainda estarem casados. Estes casais estavam felizes e se sentido abençoados por Deus justamente numa época em que o divórcio está tanto em evidência. Será que existem alguns métodos ou princípios que ao aplicá-los em uma vida a dois podem fazer com que este relacionamento tenha durabilidade, tenha consistência e dinamismo? Eu creio que sim. Existem com certeza muitos princípios que quando levados a sério numa relação podem dar dividendos satisfatórios e prazerosos por dentro do casamento. Nesta oportunidade eu quero destacar apenas três, destes princípios para a manutenção da instituição criada por Deus chamada casamento. O primeiro princípio para o qual quero chamar a sua preciosa atenção chama-se: I - RESPONSABILIDADE Fica difícil manter um relacionamento de um homem e uma mulher quando este princípio é desconsiderado. Responsabilidade implica em compromisso, aceitação de obrigações que são novas, diferentes e desafiadoras no casamento. Novas - porque de uma hora para outra, hábitos antigos precisam ser ajustados à nova realidade. Diferentes - porque é o começo de algo que até então ambos nunca experimentaram. Desafiadoras - porque a cada dia no casamento vão existir muitos desafios que ambos terão de enfrentar. O princípio da responsabilidade na realidade não é algo pronto que se leva para o casamento. É um aprendizado constante encarado de um modo sério tanto pelo marido quanto pela esposa. São trocas de informações, de obrigações, de idéias que se traduzem em companheirismo, em diálogo, em entendimento. Ser responsável é algo que precisa ser aprimorado na medida que os anos avançam. Quantos casamentos estão falidos, tudo porque este princípio em algum momento no relacionamento foi violado. Eu creio que muitos já começam uma vida a dois desconhecendo o principio da responsabilidade. O problema do sexo antes do casamento é um forte exemplo, quando ambos com suas irresponsabilidades não enxergam o futuro e as suas ciladas. Hoje é tremendamente comum vermos pais educando seus netos. Tudo porque o princípio da responsabilidade foi desconsiderado por seus filhos. Os jovens hoje não pensam muito em se estabilizarem financeiramente antes de assumir um relacionamento mais sério que é o casamento. No afã das emoções e paixões carnais se entregam e sofrem com o passar dos anos fazendo com que o relacionamento que deveria ser prazeroso se torne com o tempo em fracasso, em separação. A responsabilidade é um aspecto que precisa ser levado a sério antes e durante os anos de vida conjugal. O Segundo princípio que eu quero destacar é o princípio da: II. FIDELIDADE Fidelidade é outro aspecto importantíssimo em um relacionamento a dois. Têm tudo a ver com cumplicidade, ou o respeito que ambos devem nutrir ao longo dos anos. Sem dúvida um dos maiores motivos para o divórcio é a falta de fidelidade. Para um vida a dois ser bem sucedida este princípio precisa ser cultivado à partir de pequenas coisas, pequenos detalhes, tais como a constante apreciação pelo cônjuge, a demonstração de carinho, de afeto. Na realidade é um constante vigiar para se manter integro, correto, autêntico. Reconhecer que o presente que Deus lhe deu que foi a (o) sua (seu) amada (o) deve ser valorizada (a) respeitada (o). Esta pessoa é parte de você. É parte de sua carne e não deve ser tratada (o) com desdém. Fidelidade é manter-se na linha, nos trilhos da vida. É ser transparente, comedido em suas ações. Mesmo nos pensamentos, a lascívia, a imoralidade precisa ser atacada de frente com a ajuda de Deus. O respeito de um para com o outro deve ser cultivado. Os filhos devem crescer neste ambiente de paz onde podem aprender pelo exemplo genuíno de seus pais e com isto serem pessoas maduras e seguras no seu proceder futuro na área sentimental. O terceiro e último aspecto que eu gostaria de destacar, é o: III. AMOR O amor é tudo em um relacionamento. Quem ama se dá.Quem ama perdoa. Quem ama pede perdão. É Cortez, é gentil. O amor é abrangente. Ele é capaz de integrar, de unir, de envolver, de resolver muitas questões de situações de conflito. Quando se ama se respeita. Quando se ama se é fiel, responsável. Em uma época onde a palavra de ordem é a globalização, eis aí a extensão e o fascino do amor. Só o genuíno amor pode fazer com que a durabilidade exista de fato em uma família. Só o amor pode enfrentar os maiores problemas, os maiores obstáculos que a vida nos apresenta. Sem ele não se respira, não se move neste mundo. Não se vive. Eu não me refiro somente a um amor paixão que está ligado constantemente a sexo. Estou me referindo a um amor de envolvimento, a um amor de amizade, de companheirismo, de compartilhamento. É um amor que sofre com o outro, que aprende com o outro. É o amor que se deixa conquistar, que não é vulnerável, que é permanente, que é bom e saudável. Portanto aí estão três princípios que se forem praticados no dia a dia no relacionamento conjugal fará diferença na soma dos anos. Agora não podemos nos esquecer que estas conquistas destes desafios que temos concernentes a responsabilidade, a fidelidade e ao amor, só terá validade, só terá o selo de qualidade se forem administrados por Deus diretamente. Deus é amor, é responsável e fiel. São alguns dos seus mais notáveis atributos. Somos a xerox de Deus. Somos a essência de Deus. Somos feitos a sua imagem e semelhança e fomos criados para vivermos exclusivamente para a sua glória e louvor. O que eu estou querendo dizer e passar pra você é que se o seu casamento não for fundamentado, alicerçado em Deus, dificilmente ele poderá subsistir. Deus precisa ser parte integrante dos relacionamentos. Uma família onde Deus não é Senhor, cada componente do mesmo estará em constante perigo, sem nenhuma proteção Espiritual. Serão pessoas egoístas, sem comprometimento com o genuíno amor, com comportamentos e hábitos duvidosos. Amado (a) internauta. Você quer ter um relacionamento estável e duradouro em seu casamento? Pense um pouco e reflita: Esses princípios que destacamos hoje estão presentes diariamente em sua família? Deus é o principal motivador em seu lar? Você o tem convidado para fazer parte de suas vida? Você teria respostas coerentes a estas perguntas? Lembre-se: Nunca é tarde para colocar estes princípios em evidência em sua vida. Você pode começar a partir de hoje a desenvolver o seu relacionamento conjugal através de suas ações, pensamentos, através do diálogo praticando a responsabilidade, a fidelidade e o amor. Deus, neste dia está presente para abençoá-la (o) e ensiná-la (o) na medida que você o convidar para ser Senhor de sua vida. Deus os abençoe tremendamente a sua vida em família...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

COMPLETO

Esta é a segunda semana do nosso Desafio de Memorização de Escritura Dias de Glória para memorizar um versículo por semana. O versículo desta semana é 2 Timóteo 3:16-17 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. Ele nos lembra que a Escritura é uma arma útil em toda situação. Eu lhe encorajo a tornar 2 Timóteo 3:16-17 um versículo para memorizar esta semana – seu lembrete de que você está sendo equipado para uma obra eterna que lhe dará poder para viver uma vida separada para uma santa vocação. Esta não é nenhuma garantia de uma vida fácil, mas é a promessa da ajuda de Deus. Você é filho de Deus! Você tem o Espírito Santo do Deus vivo habitando em você!

SOBROU?

Em muitas ruas de cidades empobrecidas, é comum, no começo da tarde, pessoas chamarem os moradores ao portão de sua casas com uma indagação: -- Sobrou? A pergunta é feita por pessoas que, não tendo comida em suas mesas, pedem aos que, tendo-a, podem oferecer o que lhes sobejou. Quem tem e diz "sim" é solidário. Bom seria que a solidariedade precisasse se exercitar em palavras de conforto e ânimo aos que estão desolados mas não pela fome. É valiosa a solidariedade dispensada a quem está na dependência química. É confortador notar um gesto amigo que atenua o peso de uma tragédia. É digno de registro a acolhida a quem vê no próprio corpo as feridas deixadas pela perda. É dramático quando as mãos se estendem em busca de alimento como vozes sem conta perguntando se sobrou. É um insulto à humanidade quando o que sobra vai para o lixo. E uma expressão de severa desumanidade não escutar o "sobrou?" que alguém, estranho ou próximo, profere. É aviltante para quem precisa comer ouvir explicações sobre a sua condição ou condenações para o seu triste estado, por causa de crônica insensibilidade ou preconceitos enraizados. Ninguém deveria precisar ir em busca do que sobrou. Humanos são os que vão ao encontro dos que não têm. Solidariedade não devia precisar ser ensinada, porque a nossa igualdade uns com os outros a impõe. Solidariedade devia ser algo natural em nós, pelo que a falta dela nos deveria envergonhar. Solidariedade não devia ser elogiada, mas praticada como dever moral de cada um de nós, Solidariedade é gesto de pessoas espirituais, que são aquelas que almejam ir além de satisfazer os desejos da sua pele.

FILHOS DA PEDRA

“Produzi frutos próprios de arrependimento; e não comeceis a dizer a vós mesmos: Abraão é nosso pai; porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode dar filhos a Abraão.” (Lucas 3.8). João, o Batista, ministrava sua pregação e seu batismo no rio Jordão e pedras são muito comuns às margens de um rio. Além do mais, as palavras “pedra” e “filho” são muito parecidas em aramaico, a língua que João usava. De forma aportuguesada se escreveria “abnaia” (pedras) e “benaia” (filhos). Portanto, João usou aqui uma figura bem apropriada. Os judeus confiavam em seu DNA e não na graça de Deus. Havia uma crença entre eles de que a justiça atribuída por Deus a Abraão seria suficiente para cobrir todos os seus descendentes no dia do juízo final. Portanto, já estavam salvos. Porém, João lhes disse que sua condição racial tinha tanto valor diante de Deus para a salvação quanto aquelas pedras da beira do rio Jordão. Ou seja, nenhum. Deus não se relaciona conosco com base em méritos pessoais, nossos ou de nossos pais. Como bem mostrava João Batista, “pregando o batismo de arrependimento para perdão de pecados” (Lc.3.3), só há uma maneira de resolver o problema do pecado: a graça de Deus, revelada por meio do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (Jo.1.29). O ser humano precisa de perdão, e precisa arrepender-se em crer em Cristo, para ser perdoado. Nem filhos de Abraão nem filhos das pedras; os verdadeiros filhos de Deus são os que creem em Jesus, os quais não nascem de linhagem humana, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (Jo.1.12,13).

DIVINO

 Pode parecer loucura mas há um propósito divino para essa turbulência. Tem estratégias divinas em suas lutas e existem compromissos divino...