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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O CAMINHO DA GRATIDÃO

Um dia amei loucamente. Escrevia textos e compunha músicas num alto frenesi. Ainda sim, numa intensidade aquém do que gostaria. Queria abrir o coração de cada ser humano para que sentisse o mínimo daquele meu enlevo. Mas a maioria não entendeu, me achou doido ou simplesmente chato. Pois bem, acho que isso vai acontecer novamente. Dentre todos os sentimentos que experimentei durante esses meus tantos anos de vida, o único que se igualou a essa chama de amor foi a gratidão. E, hoje, apesar de me sentir num cruzamento da vida pensando em qual lado seguir, meu coração segue transbordando gratidão, inclusive, nas mais pequenas coisas que, por vezes, deixo de perceber na vida. Gratidão pela família, pelos amigos, pelos conhecidos e desconhecidos que constantemente cruzam meu caminho. Gratidão pela manhã, tarde e noite. Pela chuva. Pelo sol. Pelo companheirismo e a solidão. E acima de tudo isso, gratidão pelo constante amor, abundante graça e extrema misericórdia vinda da parte de Deus através de cada pessoa com quem tive algum minimo de contato. As vezes tenho a impressão de que Jesus está rindo de mim, de algum tropeço, alguma mentira ou armadilha que muitas vezes estão armadas no decorrer do caminho. Ouço sua voz “Vamos lá amigo, segura minha mão e vamos lá. Ainda não é hora de desistir. Se quiser, pragueje alguma coisa, mas não pare de caminhar”. Em determinados momentos a mochila parece estar bem pesada e Ele sempre arruma um jeito dela rasgar de uma forma que eu não tenha como levar as tantas quinquilharias que acumulo no decorrer da viagem. Se está frio, ele arruma uma fogueira. Se está calor, logo vem a chuva. Se estou triste Ele insiste em me tirar do sério, no sentido literal, com alguma história sem graça que me faz rir. Jesus é aquele cara chato de acampamento que vai te pintar de pasta de dente, jogar um sapo na sua barraca e te trancar nela e vai jogar um balão de água na cara naquela manhã em que você acorda de mau humor da noite mal dormida. Jesus é altamente irritante porque é meu amigo. Mas não da pra esquecer de que quando eu deveria ter sido sequestrado, Ele foi no meu lugar. Quando fui humilhado, Ele havia chego antes de mim. Quando deram um tiro na minha cabeça, Ele entrou na frente. Voltando a parte dEle ser altamente irritante, ele adora uma ironia e um paradoxo. E a mesma pessoa que queria me matar, em outro instante, se torna um companheiro de caminhada. Jesus vive aprontando dessas. Mas confesso. Um dia não suportei e cuspi na cara dEle. Enfiei a porrada e deixei-O com um baita olho roxo. Puta cara folgado. Xinguei Ele com uma frequência maior do que realmente gostaria. Mas nessas horas Ele é desgraçadamente gracioso e sempre me lembra do porque me chama de amigo. Um único sorriso seu com a cara ensanguentada é suficiente pra resolver toda a tetra. É incrível como seu olhar vai além do meu olho. Apesar de toda essa intimidade, olhar pra Jesus é o suficiente pra lembrar o que canta um amigo “Ele é Deus e eu não sou”. A questão agora é que Ele acelerou o passo e deixou um tal de Santo Espirito, um tipo de irmão gêmeo, pra acompanhar o resto caminhada. A zoeira e as tretas permanecem as mesmas. Mas o ponto desse texto sem muito nexo é só para dizer uma coisa: Jesus, to seguindo. Logo estarei em casa. Apesar das muitas tretas e fuleragens que a vida tem aprontado, to firme. E, acima de tudo, sou/estou grato. É nóis!

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