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sábado, 4 de maio de 2024

TRAGÉDIA

 As tragédias decorrentes das chuvas no Rio Grande do Sul são um doloroso recado dado pela natureza, uma manifestação eloquente e contundente da relação entre eventos climáticos extremos e a crise ambiental global. O aquecimento do planeta intensifica a frequência e a gravidade desses eventos, aumentando o volume de chuvas e causando mudanças nos padrões climáticos. A irresponsabilidade ambiental, seja na forma de desmatamento desenfreado, ocupação desordenada de áreas de risco ou falta de investimento em infraestrutura resiliente, amplifica os impactos dessas tragédias. Além disso, o negacionismo em relação ao aquecimento global e suas consequências agrava ainda mais a situação, pois impede a adoção de medidas eficazes de mitigação e adaptação. É urgente combater essa postura negacionista, principalmente de personalidades políticas influentes, e promover a ciência e a conscientização sobre a urgência de agir diante das mudanças climáticas para evitar futuras catástrofes. 


Cataclismos naturais podem ser vistos como parte dos “gemidos” da criação de que fala o apóstolo Paulo no oitavo capítulo de sua carta ao Romanos. Tais gemidos expressam o desequilíbrio ecológico causado pela irresponsabilidade e ganância humanas. Nesse contexto, a manifestação dos filhos de Deus, mencionada por Paulo, ganha relevância, não se limitando apenas à esfera espiritual, mas envolvendo igualmente a responsabilidade ética e ambiental. Os seguidores de Jesus são chamados a serem agentes de restauração e cuidado da criação, trabalhando para mitigar os impactos negativos das ações humanas sobre o meio ambiente, ajudando, assim, a evitar crises humanitárias como a que estamos assistindo nas cidades atingidas pelas chuvas. 


Urge sairmos de nossos guetos religiosos e nos disponibilizarmos para esta árdua missão. Para Paulo, a criação será finalmente liberta dos efeitos da vaidade humana quando os filhos de Deus se manifestarem, isto é, quando eles mostrarem ao mundo a que vieram. Isso implica em ações tangíveis de preservação ambiental, justiça social e promoção da sustentabilidade, contribuindo para a redenção não apenas da humanidade, mas de toda a criação.


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