VERSÃO

 

 

Depois do feriado, nos colocamos novamente a caminho... Que o mês de maio seja leve e intenso... Viver é muito bom! Feliz dia! “A nossa melhor versão tem que ser dentro de casa, senão todo o resto é encenação. Às vezes, me encontro pensando como seria nossa vida sem uma referência familiar. O lar é o lugar da espontaneidade, do aconchego, do amor fraterno e do cuidado mútuo. Não ter uma residência é não ter um apoio, uma estrutura capaz de dar condições dignas de vida. Tenho uma preocupação enorme com quem anda sem rumo e sem laços afetivos. O amor próprio é condição para o equilíbrio emocional. Onde nós somos quem somos? Dentro de casa. Nossa melhor versão deve ser na convivência com os nossos. Se não estamos bem em casa, não ficaremos bem fora de casa. Em todos os lugares e compromissos precisamos ser realmente nós mesmos. Mas dentro de casa não podemos ser pessoas sem paciência, agressivas ou incapazes de dialogar. Ouço esposas, filhos e maridos falando de como em casa as coisas tendem facilmente ao desentendimento e ao desrespeito. Diante de alguns relatos custo acreditar que uma pessoa seja gentil e respeitosa fora de casa, mas dentro de casa instaura um verdadeiro caos. Os que fazem parte da nossa existência e da nossa trajetória afetiva merecem o nosso melhor. Essa história de ter mais do que uma versão, não faz bem. Temos que ser os mesmos, independentemente do local. Todos temos limitações e sofrimentos, mas nem por isso devemos fazer sofrer aqueles que mais nos amam. Tenho consciência de que nem todos os dias são iguais, mas em todos eles eu posso ficar bem. Agir por descontrole é uma forma de magoar pessoas queridas. O ideal é ser coerente e sincero, sem perder a paciência. Ternura e vigor podem equilibrar os ânimos e as ações. Ninguém perde nada sendo uma pessoa boa, serena e sensível. Perdemos quando abrimos espaço para o descontrole. Com um pouco de esforço podemos fazer valer a nossa melhor versão dentro de casa. Todos merecem conviver com alegria e gratidão.