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domingo, 21 de setembro de 2014

A BIBLIA E OS NEGROS

Apesar da quase nulidade de arquivos ou estudos bíblicos acerca da figura do negro como participante na História Sagrada, algumas linhas de estudo apontam para uma revelação no mínimo curiosa: Sulamita, a predileta do coração de Salomão e inspiradora dos poemas de amor do livro de Cantares, provavelmente foi uma bela negra. De acordo com alguns estudiosos dos textos sagrados, as filhas de Jerusalém protestaram quando descobriram que o maior poema de amor de todos os tempos havia sido dedicado a uma negra. Essa teria, então, respondido à atitude preconceituosa através do próprio poema: "Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão" (Cantares 1.5). Salvo algumas controvérsias a respeito da tradução desta passagem, o texto traduzido para o inglês, segundo alguns intérpretes, no entanto, não deixaria dúvida: "I am black but comely", diz o texto, que traduzido significa: "Eu sou negra, mas agradável". Bíblia, um livro branco? Para o pastor e presidente da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB), Amaury de Souza Jardim, , os textos dos Cantares de Salomão não indicam com certeza que Sulamita fosse uma negra: Os textos falam de "morena", queimada de sol". Existe uma boa possibilidade, mas não podemos afirmar - disse. O pastor e teólogo Claudionor Corrêa considera, entretanto, o texto em inglês como suficiente para uma conclusão: Apesar da infelicidade da partícula adversativa (referindo-se ao mas aplicado ao texto), essa tradução parece estar mais de acordo com o original hebraico - afirmou em um artigo sobre o assunto. De acordo com o pastor, a Bíblia foi vista como um livro exclusivamente branco e interpretado através do filtro colonialista pelas nações européias, com exceção dos missionários que corriam o mundo propagando a Palavra de Deus. "Jamais nos esqueçamos de que a Bíblia começou a ser escrita na África", lembrou. É bem verdade. O livro de Gênesis, que fala da história da criação e da queda do homem — também conhecido como o Índice das Nações — faz referência a pelo menos três grandes nações africanas: Cuxe, Mizraim e Pute, que hoje são Etiópia, Egito e Líbia. África separada Até a construção do Canal de Suez, conta a história, não se fazia distinção entre as terras bíblicas. E o cenário da atuação divina ia do Nilo ao Eufrates. Para o faraó, a península do Sinal ainda era Egito, e este nunca deixou de ser África, de qual continente também fazia parte Israel. Com a construção do Canal de Suez, em 1859, a África foi separada do que hoje é conhecido como Oriente Médio, com reflexos dessa separação na cultura e na história da nação africana. Para o pastor Claudionor, Israel é uma nação tão africana quanto semita, e a mensagem que esta leva ao mundo teve seu início no continente negro. No entanto, segundo o pastor, é necessário que sejam derrubados alguns mitos acerca de certas passagens bíblicas, que dão margem a interpretações equivocadas. Já disseram que a cor negra é o sinal que o Senhor colocara em Caim por haver este matado Abel, seu irmão, em Gênesis 4.15, ou que o negro surgiu por causa da maldição imposta pelo patriarca sobre a irreverência de Caim, em Gênesis 9.25. São teses falhas, dúbias e perniciosas. De acordo com a concepção hebraico-cristã, não há nenhuma maldição em ser negro, nem bênção em ser branco — rechaçou. Esposa negra de Moisés A Bíblia descreve a atuação de negros em outras passagens e livros. Quando Jeremias, por causa de uma profecia, foi lançado no calabouço de Malquias, foi um etíope chamado Ebede-Meleque, que intercedeu por ele junto ao rei Zedequias. Apesar de parecer revestido de discriminação por conta da raça, o episódio que envolveu Moisés e uma mulher cuxita (etíope) também registra a história do negro nas Escrituras Sagradas, mas segundo os teólogos, o preconceito foi mais em função do politeísmo da cuxita (culto a vários deuses) do que propriamente por causa da origem racial da esposa do profeta. No capítulo 12 do livro de Números, Miriã e Arão, falaram contra Moisés "por causa da mulher cuxita que tomara". Mas a crítica foi em função da permissividade de Moisés com relação à religião da mulher cuxíta, ou seja, por esta não ter origem judaica — afirmou o pastor Amaury Jardim. Apesar de muitos africanos ainda verem a Igreja como de origem européia, uma análise mais atenta sobre a História Sagrada vai demonstrar que a Igreja do Senhor Jesus sempre foi tão multirracial quanto hoje, porque a Bíblia, efetivamente, começou a ser escrita na África. O verdadeiro descendente de Abraão não é branco nem negro, pois no céu não vai existir pigmentação. Na verdade, a Bíblia afirma que o renascido em Cristo será mesmo resplandecente. "Então, os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos (para ouvir), ouça" (Mateus 13.43). (Texto Transcrito de Silvia Gadelha - Folha Universal) FARAÓS NEGROS Um capítulo esquecido da história fala de um tempo em que reis do interior da África conquistaram o Antigo Egito No ano de 730 a.C., um homem chamado Piye chegou à conclusão de que a única maneira de salvar o Egito de si mesmo era invadi-lo. E muito sangue iria correr antes de chegar o momento da redenção. "Preparem as melhores montarias de seus estábulos", ordenou ele a seus comandantes. A magnífica civilização que construíra as grandes pirâmides havia perdido o rumo, destroçada por medíocres chefes guerreiros. Durante duas décadas, Piye estivera à frente do próprio reino na Núbia, um trecho da África situado quase todo no atual Sudão. Mas ele também se via como o verdadeiro Senhor do Egito, o legítimo herdeiro das tradições espirituais mantidas por faraós, como Ramsés II e Tutmés III. Como Piye provavelmente jamais colocara de fato os pés no Baixo Egito, houve quem não levasse a sério suas reivindicações. Agora, contudo, Piye iria testemunhar com os próprios olhos a submissão do Egito decadente. Suas tropas seguiram para o norte, navegando pelo rio Nilo. E desembarcaram em Tebas, capital do Alto Egito. Convencido de que havia uma maneira apropriada de travar guerras santas, Piye ordenou aos soldados que, antes do combate, se purificassem com um banho no Nilo, vestissem panos de qualidade e aspergissem sobre o corpo a água do templo em Karnak, um local santo para Amon, o deus solar com cabeça de carneiro, considerado por Piye como a sua divindade pessoal. Assim consagrados, o comandante e suas tropas passaram a enfrentar todos os exércitos que cruzavam pelo caminho. No fim de uma campanha de um ano, todos os chefes guerreiros do Egito haviam capitulado - incluindo Tefnakht, o líder do delta, que enviou uma mensagem a Piye: "Seja clemente! Não posso contemplar o teu semblante nos dias de vergonha nem me erguer diante de tua chama, pois temo a tua grandeza". Em troca da própria vida, os derrotados conclamaram Piye a adorar em seus templos, a ficar com suas jóias mais refulgentes e a apoderar-se de seus bons cavalos. O conquistador não se fez de rogado. E então, diante de seus vassalos que tremiam de medo, o recém-sagrado Senhor das Duas Terras fez algo extraordinário: após embarcar seu exército e seu butim, içou velas rumo ao sul, navegou de volta para casa, na Núbia, e jamais voltou ao Egito Em 715 a.C., quando Piye morreu, encerrando um reinado de 35 anos, seus súditos atenderam a seu desejo e o enterraram em uma pirâmide de estilo egípcio, juntamente com quatro de seus amados cavalos. Piye foi o primeiro faraó a ser sepultado dessa maneira em mais de 500 anos. É uma pena, portanto, que nada do semblante literal desse grande núbio tenha sobrevivido. As imagens de Piye nos elaborados blocos de granito, conhecidos como estelas, e que registram sua conquista do Egito, há muito foram apagadas. Em um relevo no templo da capital núbia de Napata, restaram apenas as pernas de Piye. Só temos certeza de um único detalhe físico do faraó: a cor de sua pele, que era NEGRA . Verdades sobre o continente e o povo africano que todos devem Saber… (Gilka E.Rodrigues dos Santos ) 1. Nos primeiros milênios da nossa civilização, a África e a sua cultura exerciam grande poder e influência no mundo;2. Muitas nações africanas estavam em solos férteis, com populações que oscilavam entre 10 e 30 mil pessoas em cada cidade.O ferro e o aço eram de alta qualidade e já estavam sendo refinados. O cobre era produto da indústria local. De forma que, facas, lanças, machados e enxadas eram pré-fabricadas pelos africanos para uso doméstico;3. Os objetos de ouro eram de alta qualidade.Os povos africanos conservavam a tradição na fabricação dos objetos de argila e no comércio do linho e do algodão;4. Os africanos eram pacíficos e suas casas eram ornamentadas de pedras e argamassas com janelas bem alinhadas;5. Do continente africano, apenas as pirâmides do Egito constam como uma das sete maravilhas do mundo.No entanto, sabe-se que os antigos egípcios vieram originalmente das regiões centrais para o sul do continente africano, esses povos foram identificados como africanos nativos;6. Há provas de que os antigos egípcios que construíram as pirâmides eram negros;7. Os egípcios negros foram os primeiros filósofos e exploradores do mundo, eles viajavam grandes distâncias, a partir do Egito;8. Cleópatra, que ocupou o trono do Egito, pertencia a dinastia de Ptolomeu, uma linhagem dos gregos da Macedônia.Ela tinha a pele negra e era a única da sua família que falava a linha egípcia;9. Embora nunca tenha sido mencionado, no primeiro milênio de existência a Igreja Católica teve três papas, sumos pontífices, originários da África, ou seja, afrodescendentes: São Victor I (189-99), São Miltíades (311-14) e São Gelasius I (492-96);10.O continente europeu estava mergulhado na miséria e no caos,devido a queda do Império Romano.Em 1434, os portugueses se aproximaram do continente africano, no interesse de conhecer os povos dessa região famosos pelo seu complexo desenvolvimento econômico, político e social.Em 8 de agosto de 1444, caravelas de 600 toneladas partiram da região de Algarves, em Portugal e retornaram com a carga de 235 escravos africanos.Em 1448, os portugueses tinham feito o tráfico de milhares de africanos, e esse número cresceria exponencialmente nos séculos seguintes.Em 1831, milhões de africanos tinham sido vendidos como escravos para a América e Europa.

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