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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O QUE DAREI EU

O salmo pergunta: “ Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” O coração grato quer dar alguma coisa quando recebe algo! Há também uma outra questão e que precede a essa: “Que darei ao Senhor para que realize benefícios para comigo?” No primeiro caso e a pergunta de quem recebeu graça e gostaria de ser grato. No segundo caso e questão de quem quer saber o que daria a fim de estimular Deus a trabalhar em seu favor. Dar a Deus pelo que se recebeu ou dar para receber, são elementos constitutivos do melhor do coração humano. Faz parte do instinto religioso mais primitivo que se instalou como culpa e vergonha como resultado da queda. E equivocado tal desejo, mas e naturalmente puro em sua ignorância. “Não darei ao Senhor sacrificio que nao me custe nada...”—e’ o clamor honrado do ofertante. Essa vontade de ser grato pelo bem recebido poe o individuo num estagio um pouco mais avançado: o rio da graca, de fato, gera um afluente menor, que procedendo dele—do rio da graca—vai existir serpenteando em outros mundos e beneficiando outras florestas e matas. Ja’ o desejo de dar algo que provoque a graca e’ apenas parte da mais antiga forma religiosa de sentir. Esta presente em todas as formas de tentativa de ligacao ou vinculacao ao sagrado: do animismo ao cristianismo. Hoje assiste-se na maior parte das chamadas igrejas evangelicas a mesma crenca (não da’ para chamar de fe’). Quando eu era menino...ha! naquele tempo ate’ as perversoes dos evengelicos ainda se resguardavam com certo pudores. Nao se oferecia nenhum despacho a Deus e nem se trocava bencaos por promessas de campanhas ou novenas realizadas. Muito menos se vinculava tudo a um “sacrificio em dinheiro”. O proprio dizimo teve e ainda tem esse papel de “ troca”. Ouco pessoas me dizendo que estao “ devendo” o dizimo ou que estao sem “ moral com Deus” pelo atraso nas ofertas que deveriam ser destinadas `a “igreja”—templo, pastor e organizacao eclesiastica! “Que darei ao Senhor por todos os seus beneficios para comigo?”—indagava o salmista. “Tomarei o calice da salvacao...”—completa ele, nao sem tambem falar que o que ele votara a Deus, isso tambem cumpriria. “ Que darei...?” “ Tomarei.....!” Na graca e’ assim: para se dar tem-se que receber. Na graca e’ recebendo que se recebe, para se dar de novo uma mao vaziamente grata. O que se paga pelo favor imerecido e’ a gratidao humilde de estender a mao e tomar mais: grata e fartamente! Tudo o mais que faco...devo fazer com gratidao, nada mais e nem menos do que isto! Portanto, nem tenho que fazer para receber e nem, em tendo recebido, fazer tambem nada que ultrpasse a resposta singela do amor grato. Por essa razao e’ que a verdade da graca de Deus e’ crida apenas como algo que se tem que crer, mas que na pratica deixa a todos sem chao e sem um “ ponto de negociacao” para comecar, e nenhum pavimento firme para se edificar nada que nao seja em fe e em gratidao. Facil? Nao! Horreivelmente dificil! Ninguem deseja nao ter algum “ dinheiro espiritual” no bolso da tunica de linho branco e finissimo para pagar pelo menos a gorjeta pelo servico dos anjos. Nao serve apenas crer que “ esta’ consumado” e que o “ escrito de dividas que era contra nos...foi rasgado e encravado na Cruz...” Essa e’ a humildade de espirito que nos assusta. Jejuns, sacrificios, trocas, votos, promessas, novenas, campanhas, correntes, e descarregos—todas essas coisas—colocam supostamente o poder em nossas maos. Nos e’ que temos o que trocar com Deus. E Deus tem que a aceitar contetemente o negocio proposto por nos. O salmo 50 denuncia essa tentativa de barganha. Deus diz: “ Se eu estivesse precisando de qualquer coisa na minha propria criacao, eu pegaria...afinal, ela e’ minha”. O que Deus espera e’ um coracao que nao tente resistir `a Sua Graca e que responda a ela apenas com gratidao. A gratidão e que faz nascer em nos uma vida que faz jus `a Graça: recebo apenas porque Ele e’ bom...e meu papel e’ jamais negar ao meu coração o privilegio dessa

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