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sexta-feira, 3 de junho de 2016

O MINISTÉRIO

O ministério é propriedade de Deus. Ninguém tem o direito de usurpá-lo. Deus vocaciona quem Ele quer. Chama para o ministério homens comuns. Ele não chama os capacitados, mas capacita os chamados. A obra do ministério é excelente. O ministério é para a humilhação do vocacionado e a exaltação do Senhor. Ministério é serviço. Jesus foi o ministro por excelência que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt.20.28). Ele deixou a glória do céu para experimentar a vergonha da cruz, na Sua morte substituta. Ele deu a Sua vida por nós na cruz. Tomou o nosso lugar movido por um amor incondicional. Ele mesmo afirmou: Ninguém tem maior amor do que este: de dar a Sua vida em favor de outros (João 15.13,14). O ministério é produto da graça de Deus. O Senhor chama um homem não pelos seus predicados, mas por Sua graça e Sua misericórdia. Paulo tinha essa consciência quando escreveu ao jovem pastor Timóteo na sua segunda epístola: “Ele nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não por causa das nossas obras, mas devido ao seu propósito e à graça que nos foi concedida em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, que destruiu a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho, do qual fui constituído pregador, apóstolo e mestre” (1.9-11). Quando estava sofrendo o espinho na carne, o Senhor Jesus disse para ele: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9,10). Exercer o ministério é servir a Deus e ao próximo. O ministro é o escravo de terceira categoria. O remador acorrentado ao remo, condenado à morte (1 Co 4.1,2). O ministério cristão não é brincadeira, anedota, promoção pessoal e nem honra para si. Ele é muito sério, relevante e dá glória a Cristo. Não é o ministro que aparece, mas Cristo, o Servo Sofredor. A glória do ministério é a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo tinha tanta consciência dessa verdade que testemunhou aos gálatas, dizendo: “Mas longe de mim orgulhar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14). Este testemunho paulino denota uma simbiose entre a vida e o ministério dele. Paulo e a missão que lhe foi confiada por Cristo na estrada de Damasco estavam amalgamados (Atos 9.1-16). Despedindo-se dos pastores de Éfeso na cidade de Mileto, disse-lhes: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Aqui está um pastor cujo ministério era mais importante do que a sua própria vida. Ele estava comprometido com Cristo, com a Sua obra na cruz, às raias da morte. É central no ministério cristão a proclamação da palavra da cruz (1 Co 1.22-24). Para o mundo, é loucura. Para nós, que somos salvos e chamados, é o poder de Deus. A glória do ministério cristão é a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo com todas as suas implicações (2 Co 6.4-10). Por amor de Cristo fomos entregues à morte todos os dias (1 Co 4.9,10). Na sua humildade, Paulo faz um relato aos irmãos em Corinto acerca do ministério e seu sofrimento: “quando difamados, respondemos amigavelmente. Até o momento, somos o lixo do mundo e a escória de todos” (1 Co 4.13). Paulo tinha certeza de que o ministério é sofrimento. Paulo chega a dizer: “Somos um absurdo por causa de Cristo” (1 Co 4.10, Almeida 21). Esta declaração sincera nos leva a pensar que o discípulo não está acima do seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Há muitos que estão vivendo no ministério sem a consciência da chamada e a consequente responsabilidade. Sabemos que há aqueles que consideram o ministério como vacação e não como vocação. Também, há os que tratam o ministério como uma profissão. Não sentem o peso do compromisso de orar e exortar o povo a andar nos caminhos de Deus Pai em santo temor. Há poucos obreiros que choram pelos que erram na igreja e pelos perdidos fora da igreja. Vivemos um tempo de triunfalismo, exibicionismo, teologia da prosperidade, teologia da cura pela cura e de outras teologias esquisitas que envergonham o genuíno evangelho e entristecem o coração de Deus. O espírito dos atenienses que buscavam novidades e não o evangelho, tem permeado a vida de muitos líderes e suas respectivas comunidades. Para aqueles que são regenerados e chamados por Deus para um trabalho extraordinário, a glória do ministério cristão é a cruz, o sofrimento, o contentamento, a submissão, a humildade, a mansidão, a abnegação, o amor. Fomos chamados para apascentarmos o povo com ciência e com inteligência (Jr 3.15). Somos sub-pastores a serviço do Sumo Pastor. A nossa glória é a cruz, é o sacrifício do Cordeiro de Deus por nós, o Seu amor incondicional, incomparável e insubstituível. Que as pessoas vejam Cristo na vida dos pastores. Que o Senhor Jesus Cristo seja sempre o modelo para cada obreiro chamado para pregar o evangelho bíblico, a mensagem da cruz.

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