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sexta-feira, 23 de maio de 2014

A VOZ PROFETICA

“Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça”. Levítico 19: 15 É bom que tenhamos uma posição bíblica e coerente, porque, como cristãos, não podemos estar alienados a essa situação (manifestações e protestos), considerando que a igreja precisa exercer a sua voz profética, denunciando as mazelas da nação e opondo-se a tudo aquilo que fira aos princípios bíblicos. No dia 7 de setembro, o Brasil comemora 191 anos de independência (2013-1822). Trata-se de um dos fatos históricos mais relevantes de nosso país, que marcou o fim do domínio português, e a conquista de nossa autonomia política. Antes desse fato, houve muitas tentativas e muitos morreram por esse ideal, como, por exemplo, Tiradentes, executado pela coroa portuguesa, durante o processo da inconfidência mineira. A VOZ PROFÉTICA DA IGREJA Do ponto de vista evangélico-espiritual, esta data tem sido considerada como um momento de reflexão sobre os acontecimentos ocorridos em nosso país, bem como uma oportunidade para que a igreja ore e jejue pelas lideranças políticas, civis e eclesiásticas de todos os segmentos, que estão investidas de autoridade e responsabilidade pelo destino do Brasil, dentro do contexto sócio-político-econômico-religioso. Neste aspecto, a Igreja, como a agência do Reino de Deus, não pode perder o seu foco, ou seja, precisa exercer com autoridade e destemor a sua voz profética, porque para isto é que ela existe e está no mundo. Por outro lado, segundo as palavras de Jesus, calar-se ou se esconder debaixo de um alqueire, para que a sua luz não brilhe neste mundo é uma das maiores afrontas a Deus, o que se caracteriza como um ato de indiferença e omissão medíocre, reprovado pelo Mestre (Mateus 5: 15). Por isso, não podemos nos esquecer de que a IPRB, como parte do Corpo de Cristo na terra, existe para “expressamente viver o modelo apostólico do Novo Testamento, ensinando e encorajando os crentes a uma vida com Deus sob a égide do Espírito Santo, a fim de serem capacitados para evangelizar o mundo, que terão as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo - Ef 1: 22,23; 2:22; Hb 12:23; At. 1:8; Mt 28:19, 20; Mc 16:15, 16; 1Co 12:13; Ef 4:11-16; 1Co 12: 28; 14: 12; Mc 16:15, 20; At 4:29-31; Hb 2: 3,4” (Confissão de Fé da IPRB). A MISSÃO DO POVO DE DEUS Além do mais, a Igreja, como atalaia do Senhor (Ez 3: 17) tem como missão tocar a trombeta e fazer a diferença neste mundo, difundindo sua crença pela pregação da Palavra de Deus e defendendo seus valores bíblico-teológicos e morais, fundamentados na essência da fé e do amor, como afirma a Confissão de Fé da IPRB: “Cremos que a igreja é o Corpo de Cristo, a habitação de Deus, através do Espírito, divinamente designada para o cumprimento da Grande Comissão. Cada crente, nascido do Espírito é uma parte integral da comunidade dos santos cujos nomes estão escritos no Livro da Vida”. UM MUNDO INJUSTO Diante de tudo isso, há de se considerar que vivemos em um mundo injusto, onde “muitos têm pouco pra viver, poucos têm muito pra valer, este sistema é opressor, tem seu cruel dominador”, Armando Filho. O sábio Salomão ratifica este discurso ao dizer: “... os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos” (Eclesiastes 9: 11). Portanto, à Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil compete exercer, legitimamente, todos os seus direitos e deveres de cidadania, sem, contudo, desmerecer e extrapolar os limites impostos pela Bíblia e pela legislação brasileira, uma vez que devemos ser o sal da terra e a luz do mundo, não deixando que o brilho e o sabor dessas metáforas apresentados por Jesus sejam inúteis. Nenhum cristão ou outro cidadão qualquer tem o direito de reivindicar algo, quer seja no aspecto espiritual ou material, sem antes certificar o parecer da Bíblia Sagrada. CONSTRUINDO UMA NAÇÃO JUSTA Sendo assim, diante dos constantes desafios enfrentados nestes últimos dias, precisamos trabalhar para a construção de uma nação honesta e forte, moral e espiritualmente, para que a igreja seja, a despeito de qualquer circunstância, o termômetro moral-espiritual deste mundo, sendo que a grandeza de qualquer segmento ou nação não se conquista, em hipótese alguma, pelo sistema do “ter”, mas pelo “ser” em sua essência. Neste aspecto, vale a pena fazer uso das sábias palavras do Pr. Hernandes Dias Lopes, da Igreja Presbiteriana do Brasil, ao dizer que: “A grandeza de uma nação é medida pelos valores morais que a sustentam. Jamais construiremos uma grande nação, fazendo da sodomia o alicerce de sustentação da família. Jamais construiremos uma nação poderosa se nossas autoridades lutam pela aprovação do aborto, incentivando a cultura da morte, onde um milhão de bebês são mortos com requinte de crueldade, todos os anos, no patíbulo do ventre materno. O nosso povo precisa não apenas de informação, mas também e, sobretudo, de transformação. Se não colocarmos o pé no freio e se não nos arrependermos dos nossos erros gritantes, entraremos numa rota de colisão e faremos uma corrida acelerada rumo ao desastre. Os grandes impérios no passado caíram porque estavam podres por dentro. Nossas autoridades precisam entender que são ministros de Deus para a promoção do bem e coibição do mal. E a igreja cristã precisa exercer sua voz profética, orando pelas autoridades constituídas e clamando contra o mal, ainda que isso lhe custe o desconforto da incompreensão ou até mesmo a dor da perseguição”. Por isso, o Brasil precisa de autoridades (políticos) - de homens e de mulheres - que ao serem pesadas na balança divina, não sejam achadas em falta, como aconteceu com Belsazar, último rei da Babilônia: “Deus contou os dias de teu reino e determinou o seu fim. Foste pesado na balança e achado em falta. Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas” (Daniel 6: 26-28). Deus necessita de autoridades ou lideranças que tenham plena consciência de sua missão, e que não estejam comprometidas com o favorecimento dos pobres nem dos ricos, mas com leis sem interesses e com um governo de justiça. A BALANÇA FALSA Uma das respostas à forte onda de manifestações presenciada por todos nestes últimos dias, talvez fosse a questão da balança falsa, ou seja, nossos governantes-autoridades estão todos os dias sendo pesados na balança divina e o resultado está aí na mídia, porque há falta no cumprimento de seus deveres junto ao povo. A voz do povo em suas manifestações nas ruas, principalmente nas capitais, tendo como ponto de partida o movimento do Passe Livre, é o verdadeiro clamor por um país mais justo e melhor. Ao lado desse e de outros movimentos que tiveram suas vozes ouvidas, o povo brasileiro se condoeu e houve uma mobilização geral frente aos principais problemas da realidade brasileira, como a educação, saúde, segurança, habitação, gastos públicos, salários dignos e corrupções em diversos setores dos governos, tanto federal como estadual e municipal. O Governo Federal se mobilizou, imediatamente, propondo discutir temas importantes, como a reforma política, financiamento de campanhas, realinhamento de partidos políticos, etc. Este foi o início de uma longa discussão que deverá perdurar, até que as vozes (as manifestações) se calem. É bom que tenhamos uma posição bíblica e coerente, porque como cristãos não podemos estar alienados a essa situação (manifestações e protestos), considerando que a igreja precisa exercer a sua voz profética, denunciando as mazelas da nação e opondo-se a tudo aquilo que fira aos princípios bíblicos. No entanto, o que não podemos é coadunar com as atitudes de badernas e vandalismo dos aproveitadores que, nesses momentos, se infiltram nas massas reivindicadoras e se disfarçam de manifestantes, objetivando aproveitar das situações para, gratuitamente, destruir o bem alheio. Portanto, queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, de todas as denominações evangélicas, tanto do Brasil como do exterior: orar por uma nação mais justa seria o ponto de partida de sua grandeza e progresso, pois diz a Bíblia que “a justiça engrandece a nação, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo” (Provérbios 14: 34). Foi exatamente isto que Deus exigiu de Israel, antes de entrar na terra prometida: “Sigam única e exclusivamente a justiça, para que tenham vida e tomem posse da terra que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês”, (Deuteronômio, 16: 20). UM NOVO BRASIL Finalizando, convocamos a todos para tomar uma posição cristã digna de ajudar o Brasil a vencer seus problemas morais e econômicos, trabalhando, exercendo com dignidade sua cidadania, orando e jejuando pelo Brasil, mas, ao mesmo tempo, sermos solidários aos sofredores que tentam, por meios legais e justos, reivindicar seus direitos e deveres, como a casa própria, salário justo, melhores condições de atendimento aos doentes, transporte adequado, educação para todos, etc. Todavia, não podemos, em hipótese alguma, concordar com as anarquias promovidas por vândalos e aproveitadores que tentam desestabilizar os governos e provocar mais sofrimento ao povo brasileiro. Diante de tudo isto, nossa oração é de que Deus continue com sua poderosa mão sobre esta nação, e que ela seja um referencial mundial para outros países. Que o Senhor nos dê a graça de exercermos, sem preconceitos e medo, nossa voz profética. Se cada um fizer a sua parte, o Brasil alcançará dias promissores e será aprovado pela balança da justiça e retidão de Deus: “Ele ama a justiça e a retidão; a terra está cheia da bondade do Senhor” (Salmo 33: 5).

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