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sexta-feira, 8 de julho de 2016

UMA REVOLUÇÃO

"Mais do que máquinas, precisamos de humanidade... Mais do que inteligência, precisamos de afeto e ternura". (Charles Chaplin) Ficamos magoados -- e com toda a razão --, quando somos tratados com indiferença, preconceito ou grosseria. Será que esses tratamentos têm apenas um sentido, vindo sempre dos outros para nós? Ficamos magoados quando nos recebem com indiferença. Queremos atenção, respeito e amabilidade. Diante dos outros, somos atenciosos, respeitosos e amáveis? Ficamos indignados quando somos vistos preconceituosamente, seja pela cor de nossa pele, pelo modo como nos vestimos, pelo sotaque com que falamos, pela fé que professamos. Queremos ser tratados pelo valor que temos, não pelas marcas que nos atribuem. Pode ser, no entanto, que o preconceito parta de nós para os outros. Nesses casos, justificamos nossas atitudes, de modo a que não pareçam preconceito, mas expressões da realidade. Ficamos revoltados quando somos tratados com grosseria. Repreendidos pela grosseria que cometemos, explicamos, pondo a culpa nas circunstâncias externas ou em nossas condições internas, por causa de acontecimentos que nos tomam e nos fazem reagir de modo grosseiro. Damos as nossas razões, que os outros nunca têm. Diante das falhas dos outros, somos duros. Diante das nossas, embora sejam as mesmas, somos complacentes e esperamos compreensão. Imaginamos que precisamos de uma revolução no mundo, a revolução da polidez. E ela começa quando nos dispomos a olhar para os outros e tratá-los bem. Essa necessária revolução continua quando reagimos ao mal com o bem, oferecendo à indiferença a nossa compaixão destemida, ao preconceito o farol da verdade e à grosseria a nossa serena suavidade.

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