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sábado, 13 de abril de 2019

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Rm 1. 16-17 ) 1) Do que podemos e devemos nos envergonhar. Antes de considerarmos as palavras de Paulo de o porquê não devemos nos envergonhar do Evangelho, precisamos reconhecer que de certas coisas devemos sim nos envergonhar. Devemos nos envergonhar da situação política do nosso país, onde a corrupção é o principal tema na pauta das eleições que irão acontecer. É lamentável que pessoas sejam eleitas para se beneficiarem dos recursos da nação em detrimento dos que realmente carecem de saúde, educação, moradia e etc. Devemos nos envergonhar de estarmos perdendo grande parte de uma geração de jovens para as drogas, vidas semeadas aos 13, 14,15 anos, isto é um verdadeiro infanticídio. Os Herodes estão matando os inocentes, e nós assistindo. Reconheço o esforço da Pra. Maria do Carmo Moreira Lima, a Kaká, e nosso ministério de Menores Infratores, mas podemos e devemos fazer muito mais. Devemos nos envergonhar ao aceitarmos o domínio do mal em bairros inteiros e cidades. Lugares antes pacíficos, agora estão tomados pelas drogas e pela violência que ela traz. Devemos nos envergonhar ao tornar a “coisa” normal no nosso cotidiano. Que crianças estejam dormindo na rua, e nossa ação ainda seja tão pequena. Devemos nos envergonhar ao criticarmos a corrupção, enquanto nós mesmos quando podemos sonegamos impostos, estacionamos em lugar proibido, ou tiramos vantagens quando exercemos algum poder na vida secular. Devemos nos envergonhar da violência familiar; mulheres e crianças sendo agredidas e abusadas. Devemos nos envergonhar de nossa timidez em pregar o Evangelho, temos lindos corais e conjuntos cantando e tocando para nós mesmos, não que não seja bom ter tão boa música no nosso templo, mas devíamos ir para as praças e centros comerciais. Devemos nos envergonhar de precisarmos justificar em nosso meio princípios bíblicos como Dízimo, Ide e Fazei Discípulos/as e tantos outros, que como povo de Deus recusamos ou resistimos. Devemos nos envergonhar da fofoca e da maledicência, que se multiplica na sociedade, mas também no meio da Igreja. Falamos mal de todos, mas raramente buscamos a pessoa e falamos diretamente à ela, como ensina a Bíblia. A lista é grande e está aberta, você pode acrescentar, mas vigiemos, pois quanto mais comprometidos com a missão, e com uma vida santa, mais abençoados e usados por Deus seremos. 2) Por que não devemos nos envergonhar do Evangelho? a) Porque as coisas denunciadas acima não são o Evangelho. “O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê…” b) Porque quando na Sinagoga de Cafarnaum um endemoniado se acercou de Jesus, e ele declarou: “…Sai deste Homem…” E o demônio obedeceu, o homem foi liberto. O Evangelho é o Poder de Deus porque liberta o ser humano do jugo de Satanás. Temos visto famílias inteiras serem libertas deste poder do mal, que destrói vidas e famílias inteiras. Jesus está disponível para nos ajudar neste intento. ( Mc.1,24-27). c) Porque quando Jesus estava no barco com os discípulos e veio um imenso temporal, Jesus levantou-se e disse: “Acalma-te e emudece!”. E o vento e o mar obedeceram..” (Mc 4.39). Este Jesus que até o vento e o mar lhe obedecem é poder de Deus disponível à Igreja no exercício da Missão. Ele disse: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1.8) Isto se confirmou na vida da Igreja Primitiva: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.” (Atos 2.43) d) Porque quando Zaqueu, um homem rico, mas imoral, desonesto, e mesmo mal visto na cidade de Jericó subiu numa árvore para ver e ouvir Jesus, Jesus o acolheu e foi para a casa dele, o que demonstra que o Evangelho não exclui, pois o poder do Evangelho é para restauração das pessoas, restabelecendo a vida santa e integra que é o ideal de Deus para todo ser humano. Isto mudou o coração e as prioridades de Zaqueu, levando ele a dizer: “ Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” (Lc 19.8)” E Jesus o acolhe dizendo: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (Lc 19. 9-10). Este Evangelho precisa ser praticado em nosso meio, acolhendo vidas destruídas moral e espiritualmente. e) Porque quando Jairo clamou: “Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus pés e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. Jesus foi com ele. Grande multidão o seguia, comprimindo-o.” (Mc 5.22-24) Jesus como Deus no Êxodo, ouve o clamor dos que necessitam, e quer nos usar nesta missão. Jesus chegou na casa de Jairo e disse: “Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira admirados.” (Mc 5.41- 42). Este é o Evangelho de Jesus. Ele cura os enfermos, traz vida onde há morte, por isso é o Poder de Deus ao que crê! 3) Por que Paulo disse: O Evangelho é o Poder de Deus. Concluindo, vejamos a razão de Paulo ter feito tal afirmação: a) Porque antes de ele se converter viu Estevão ser apedrejado até a morte e consentiu nisto. E viu e ouviu no último momento, antes de Estevão morrer, este em meio ao sangue e a dor dizer: “Eis que vejo o céu aberto e o filho do homem em pé a destra de Deus”. E depois: “Senhor Jesus recebe o meu espírito”. E finalmente: “Senhor não lhes imputes este pecado”. Todos os comentaristas destes textos reconhecem que este momento foi usado pelo Espírito como testemunho para conversão de Paulo. Sacrifício da própria vida, juntamente com visão espiritual, e com perdão aos que nos ferem é a marca do Evangelho e sinal do Poder de Deus. b) Porque ele foi transformado de perseguidor e assassino em servo humilde do Senhor, na visão que teve na entrada da cidade de Damasco. Ali ele teve um confronto, ouviu e viu o Senhor falar com ele: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor,e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.” (At 9.3-6). Sim ele viu o Senhor! Isto lhe foi prova do Poder do Evangelho do Senhor. O que o fez no relato de Atos dos Apóstolos testemunhar isto diversas vezes. c) Porque em sua viagem missionária chegando a cidade de Listra viu um paralitico de nascença, e disse a ele: “Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava.” (At 14.8-10). Paulo viu o poder de Deus que cura. d) Porque Paulo junto com Silas foram lançados numa prisão em Filipos, e ali naquela cela escura e fétida cantavam, porque como Paulo mais tarde escreveria: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.” (2 Tm 1.12). e) Porque para Paulo seu alimento e sustento era antes de tudo fazer a obra que Deus lhe confiara, e dava testemunho deste compromisso dizendo: “E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” (Atos 20.22-24). Muito ainda se pode dizer sobre o poder do Evangelho, mas deixo espaço para o seu testemunho ao compartilhar esta mensagem com sua Igreja. Deus te abençoe!

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