quinta-feira, 26 de junho de 2025

VOCÊ



“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?” (Jó 38:4).


No capítulo 38, Deus fala com autoridade e ternura. Ele não desdenha da dor de Jó, mas o convida a olhar além de si. “Onde estavas tu...?” não é uma acusação, mas um convite à humildade e adoração. Deus revela que sua sabedoria molda o universo, governa os ciclos da natureza e sustenta tudo com propósito. Jó, ao perceber a majestade do Senhor, silencia. E esse silêncio é mais do que ausência de palavras: é reverência restaurada, fé redescoberta, confiança renovada.


Vivemos em tempos nos quais o sofrimento e o caos frequentemente lançam suas perguntas em nossa direção. “Por que comigo?”, “Até quando?”, “Onde está Deus?”. E muitas vezes o céu nos responde com uma pergunta: “Onde estavas tu quando Eu fundava a terra?”. É a maneira de Deus lembrar-nos de que Ele é Deus — sábio, bom, soberano — mesmo quando não compreendemos os caminhos pelos quais Ele nos leva.


Somos convidados a confiar. Não porque entendemos todas as coisas, mas porque conhecemos Aquele que tudo entende. A resposta à dor não está sempre nas explicações, mas na presença fiel de Deus. O mesmo Deus que lançou os fundamentos da terra é aquele que sustenta nossa vida com suas mãos eternas. Ele não nos deve explicações. Ele nos dá sua presença, e isso basta.


Somos convidados à humildade. Estamos perante o Deus único, vivo, eterno, santíssimo! Aquele que tudo fez, terra e céus, e governa sobre todas as coisas. Perante a sua presença, e seus propósitos, somos tomados de temor e reverência, compreendendo que somos criatura perante o Criador. 


Hoje, se o seu coração estiver aflito e suas perguntas não encontrarem resposta, lembre-se: Ele é Deus. Lembre-se também da cruz, onde a maior injustiça foi transformada na maior salvação. E confie. O Criador dos céus e da terra e também Pai amoroso.

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