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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

SALMO 139

Salmo 139 verso 23-24: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Eu sempre fui apaixonado por histórias. Particularmente, biografias de pessoas ilustres sempre me fascinaram. Sempre me impressionei com gente que consegue superar suas limitações naturais. Na década de 70 vivemos uma experiência maravilhosa com a juventude evangélica num ministério que teve como precursor o nosso fundador – Pr. Wilton Lopes, que abrigou o primeiro trabalho em sua casa no Grajaú. Vivemos a experiência dos chamados Clubes Bíblicos. Fundamentalmente nossas reuniões eram marcadas por um período de cânticos, testemunhos de vida e uma palavra apresentada por algum jovem mais experiente. Na simplicidade dessas reuniões milhares de jovens se converteram. Quando digo milhares, estou, simplesmente, tentando refletir a pura expressão da verdade. Já imaginou uma casa receber mais de 300 jovens? Era assim na casa do Tio Wilton! Uma avalancha que devorava, inclusive, os víveres de sua geladeira. A cada reunião 20, 30 decisões aos pés do Senhor Jesus. Não sou saudosista! Penso que o fundamento de algumas coisas foram perdidas no tempo. Depois os testemunhos passaram a ser enlatados, particularmente vindo de gente famosa ou de pretensos famosos, que passaram a usar do expediente para ganhar dinheiro. O testemunho passou a ser cobrado, direta ou indiretamente através de fitas, CD´s, vídeos etc. O testemunho passou a ser fonte de lucro e por isso veio recheado de mentiras ou certos exageros. Entramos na fase do “maior bruxo”, “maior bandido”, “maior feiticeiro”, “ex-traficante”, “ex-isso” e “ex-aquilo outro”. Aqui mesmo em nossa Igreja, inadvertidamente recebemos uma senhora que contava por 4 horas seguidas um testemunho que se passara em 1956, quando eu tinha 2 anos de idade, e que, mesmo assim, era duro de engolir. Esta palavra serve de advertência, também, para os mais incautos ou inadvertidos. Eu continuo gostando de testemunhos! Entretanto, não me impressiono com aqueles que só apresentam grandes conquistas, ou que se destacam por terríveis narrativas de fatos passados, mesmo que negativos e deprimentes. Os testemunhos que me tocam, sobretudo são aqueles que as pessoas tem coragem de se quebrantar diante do Pai, reconhecendo suas fraquezas e não se vangloriando delas. Os testemunhos que me tocam são aqueles em que vislumbro pessoas transformadas pelo poder do Espírito Santo, que agora, aos pés de Jesus, dão mostra de sua transformação, do seu quebrantamento e da sua dependência de Deus. Me impressiona ver gente quebrantada e não soberba! Gente que chora por seus pecados, não que se vangloria de tê-los cometido! Eu continuo apaixonado por biografias e testemunhos de gente assim, por isso sou um apaixonado pelo Rei Davi. Esse homem marcado por grandes feitos e terríveis pecados, tem como grande virtude a capacidade de ser verdadeiro, de oferecer o seu coração aberto ao Pai, dizendo, conforme registrado no Salmo 139 verso 23-24: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” No Salmo 31 Davi testemunha do seu coração atribulado, dos seus temores, da aflição da sua alma, do temor que tem dos seus inimigos. Entretanto, a despeito de tudo isso, da realidade dessa situação por que passava, ele nos apresenta também a sua confiança no Senhor, o que este era para ele. Vamos ouvir sobre o testemunho deste grande Rei quebrantado. II – UM CORAÇÃO AFLITO: A primeira coisa que gostaria de examinar com os irmãos é a situação do coração de Davi. Talvez o coração de alguns, neste dia, esteja como o dele. Vejamos os versos 9 à 13: 9 Compadece-te de mim, SENHOR, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. 10 Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem. 11 Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. 12 Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado. 13 Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” Aqui vemos o retrato de um homem quebrado, que busca a compaixão do Pai de Amor. As expressões dos versos 9-13, refletem a dor do seu coração, o seu estado de alma. Talvez alguns se sintam ou já tenham se sentido assim, como Davi. Entretanto, penso que exatamente aí é que Deus pode começar a mudança da minha história, a mudança do meu drama pessoal. Quando você pode reconhecer diante de Deus a sua fraqueza e declarar-lhe, “sou como vaso quebrado”, você está dando o passo inicial para receber as transformações do Senhor. Jesus declara em João 12 verso 24 que, “se o grão de trigo caindo em terra não morrer, ele não pode dar fruto”. A corajosa declaração “SOU COMO UM VASO QUEBRADO” pode ser o início de uma grande e poderosa transformação em sua vida. III – UM DEUS QUE NOS RECEBE EM SUA PRESENÇA: Quando você dá o passo inicial de se declarar quebrado, ao mesmo tempo você concede ao Senhor a possibilidade de atender ao desejo do seu coração. Davi pode se alegrar e se regozijar pela bondade de Deus, mesmo se encontrando aflito, porque vê que não foi abandonado por Deus. Veja os versos 7 e 8: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso.” O maior consolo que recebemos na angústia é sentir a presença e a mão do Pai Amoroso, que conhece as minhas angústias, não me deixa na mão do inimigo e firma os meus pés num lugar espaçoso. Nesta última terça-feira, quando estava angustiado pela enfermidade de minha mãe, às 23 horas ainda tentando no Tribunal de Justiça uma liminar para interná-la, porque o Plano Médico que vinha sendo pago a mais de 4 anos dizia que estava no prazo de carência e por isso se negando, depois de recebido por um homem que dizia que não cabia ali o meu pedido, que teria de esperar até o dia seguinte mesmo se tratando de uma senhora de 85 anos, que estava no corredor do hospital desde às 10 h da manhã, pude me alegrar na benignidade do meu Pai Celeste. Concedida a liminar, pouco depois ela estava internada, acompanhada de irmãos e irmãs, que nos ajudaram conseguindo vaga, orando, intercedendo etc. “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso.” Não bastasse, nessas horas de angústia você pode compreender o que o Senhor é para você! Nos versos 1 à 3, Davi reconhece que Deus é para nós no tempo da angústia e do perigo como um LUGAR DE REFÚGIO, veja: “Em ti, SENHOR, me refugio; não seja eu jamais envergonhado; livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa; sê o meu castelo forte, cidadela fortíssima que me salve. Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás. ” Nessas ocasiões, Deus é para nós como CASTELO FORTE, CIDADELA FORTÍSSIMA, ROCHA E FORTALEZA. Nele você pode se sentir totalmente seguro, mesmo que ao seu redor tudo seja pavor e desordem. Não só isso, mas para os que nele buscam refúgio, Davi descobre o tamanho da bondade de Deus, conforme versos 19 e 20: “Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam! No recôndito da tua presença, tu os esconderás das tramas dos homens, num esconderijo os ocultarás da contenda de línguas.” Até mesmo das tramas dos homens maus, da contenda das línguas, das intrigas e fofocas, Deus nos esconde no aconchego dos seus braços, num esconderijo que nos põe a salvo das línguas dos nossos ofensores. Por tal razão, Davi pode colocar a sua confiança no Senhor. Veja o que ele declara nos versos 14 à 16: “Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia.” Este é um passo também de fé. Você pode confiar no Senhor e saber que os seus dias estão nas suas mãos. Hoje Deus quer resplandecer o seu rosto sobre você. Deus quer trocar toda a sua olheira, o seu semblante descaído pela tristeza e dor por um rosto iluminado de esperança e de total confiança nEle. Diga também: “salva-me por tua misericórdia.” IV – CONCLUSÃO: Davi não se envergonha de dizer – no verso 22 – que, na sua pressa ele disse: “Estou excluído da tua presença.” Talvez alguns de nós, em nossa costumeira pressa, também já tenhamos dito: o Senhor nos abandonou; o Senhor nos excluiu da sua presença; Deus não me ama. Talvez, algumas vezes já temos pensado assim. Entretanto, quando se quebranta na presença de Deus, Davi descobre o contrário, que a despeito da sua declaração precipitada Deus veio ao seu auxílio: “Não obstante, ouviste a minha súplice voz, quando clamei por socorro.” A declaração final de Davi nos versos 23 e 24 do Salmo 31, é também um convite para todos nós. É, também, um verdadeiro apelo a você que está angustiado nesta noite: “Amai o SENHOR, vós todos os seus santos. O SENHOR preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo. Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no SENHOR.” Querido irmão, querida irmã, amigo, amiga, que nesta noite nos visitam, amem cada vez mais o Senhor. Ele PRESERVA OS FIEIS, embora atinja os soberbos com largueza. O Senhor, quer nos fortalecer e revigorar o coração!

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