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sábado, 8 de fevereiro de 2014

AUSENCIAS

Chego a conclusão que a ausência tem sido um dos maiores professores dos nossos dias. Falamos em segurança e cuidado depois dela se fazer falta e levar 237 vidas consigo. Tenho a impressão que dizemos mais “Eu Te Amo” e “Me Perdoe” no feriado de finados do que no dia dos namorados. A liberdade vociferada por tantos tem sido um dos senhores de escravos mais severos que já conheci. E moralismo vira apelo à vida do dia pra noite. Política só faz sentido quando palhaço é eleito e desiludido. Ou quando condenado se torna o dono da chave das algemas do povo. E fé é só uma palavra cuspida da boca de lobos. Óculos só faz sentido quando não muda a visão de ninguém. E desapego é desculpa do irresponsável. E na moda, até doença entrou na passarela. Afinal, ter algum distúrbio é ter histórias pra contar. E no Brasil, água demais pra quem já matou a sede e água de menos pra quem nunca viu ela transparente. A lista é longa e, na verdade, até fácil de mapear. É só você perceber o quanto brasileiro gosta de marchar. Nem no carnaval se vê tanta marchinha, mas nem pra ajudar na obesidade elas tem servido. Das vadias a Jesus. Da maconha ao fascismo. Da corrupção a ocupação. As marchas mostram as manchas. Mas contradição virou paradoxo de quem confunde tese e antítese. E o jogo relativo empurra absolutas certezas na guela de quem perdeu o chão. E se o divino não existe para alguns, inclusive bons amigos, creio que, ainda sim, entenderam que o homem como rei, é erradicação certa e total. Sei que alguns me chamam tolo por dobrar meus joelhos a Deus, justamente na busca da ausência de vozes. E fico na dúvida se dúvidam de Deus ou da ausência. Afinal é, paradoxal, encontrar Deus no silêncio, no grito mudo do caos; mas é certo que Ele está.

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