segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

NOVO

  A rotina é insistente, mas sempre procuro visitar a criatividade para não deixar a monotonia ofuscar a alegria de viver. É imprescindível, para quem deseja ser feliz, encontrar-se com a renovação. Ampliar os horizontes existenciais é o que eu gosto de fazer, todos os dias. Me encanto com as descobertas e com as incontáveis possibilidades que a vida oferece, em todas as fases e momentos. Sim, as fases da vida chegam como estações: algumas anunciam flores, outras pedem recolhimento, e há aquelas que exigem força para atravessar tempestades. Em cada uma, somos chamados a nos reinventar. Não por capricho, mas porque permanecer iguais quando tudo ao redor se transforma seria uma forma de estagnação. O crescimento acontece justamente quando aceitamos que o que funcionou ontem talvez não sirva mais hoje. O coração amadurecido percebe que as mudanças não pedem respostas prontas; pedem disponibilidade. Há ciclos que nos convidam a fortalecer limites, outros pedem ternura. Há períodos em que é preciso avançar com ousadia e outros em que o mais sábio é cuidar das raízes. Cada fase revela necessidades que antes não existiam e, com elas, nascem versões nossas que jamais imaginávamos carregar. Às vezes, esse renascer dói, porque exige desapego de máscaras antigas, opiniões que já não servem, expectativas que nos aprisionavam. Outras vezes, esse renascer inspira, porque traz à tona qualidades que estavam adormecidas. Reinventar-se não é abandonar quem somos, é lapidar o que ainda precisa florescer. É reconhecer que o tempo nos molda, a experiência nos ilumina e a fé nos sustenta enquanto avançamos. Quando aceitamos essa dinâmica, a vida deixa de ser luta contra o inevitável e se torna dança com o necessário. Não há fraqueza em mudar; fraqueza seria resistir a ser quem já estamos prontos para ser. A transformação que cada fase exige é, na verdade, uma oportunidade de aprofundar a própria verdade. E, passo a passo, vamos descobrindo que a vida inteira é esse contínuo renascer, onde cada versão se torna ponte para a seguinte, como um fio que se estende, firme e sereno, em direção à plenitude. 

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