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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Não ensaie. Faça! Fazer alguma coisa não é somente uma questão de tempo mas uma determinação mental. Estava lendo o livro de Wendy Lustbader, uma assistente social americana. Ela trabalhou durante muitos anos em um asilo, ouviu centenas de experiências de vida tanto alegres quanto tristes, histórias de sucessos e fracassos, por fim escreveu um livro onde relata estas vivências. Entre as diversas narrativas, uma delas realmente me impressionou muito. É a história de uma mulher chamada Matilda Johansen, uma senhora de 101 anos. A qual transcrevo aqui alguns parágrafos. Aqui estou eu, uma mulher velha. Sempre achei que tivesse um livro dentro de mim. Todos os anos dizia a mim mesma. No ano que vem, você vai escrever seu livro. Os anos vieram e se foram. Sempre pareceu que no ano seguinte eu começaria a fazê-lo, mas nunca comecei e tive um século inteiro. Se você tem um livro dentro de você, sente-se e escreva-o. Não é uma questão de ter tempo se você realmente quiser fazer alguma coisa, faça. Ponha outras coisas de lado e faça disso uma prioridade. Agora, as minhas mãos estão contorcidas pela artrite e não enxergo além da ponta do meu nariz. Está vendo? Eu tenho tempo agora, mas não posso fazê-lo. Ao ler esta história triste e real, fique comovido pela sensação de tristeza e fracasso de Matilda. Senti dentro do meu coração uma angústia ao ler cada palavra do seu triste relato. Tinha um sonho realizável, capacidade para fazê-lo se concretizar e tempo para executá-lo. No entanto os anos se passaram e agora centenária só pôde deixar um triste recado. O constante postergar, ao achar que sempre seria possível começar a realizar seu sonho, e, que tudo estaria às mãos levaram-na a confiar na falácia do “amanhã eu faço”. E assim os anos lentamente passaram se tornaram décadas e o seu maior desejo e o seu lindo sonho... continuou sendo um sonho. Agora longínquo e mesmo impossível de se realizar. Esta experiência causou em mim um grande impacto. Senti-me como que transportado para o futuro e agora era como se eu estivesse ali no lugar de Matilda contando a minha própria história, suas palavras se tornaram minhas palavras, assim como suas desculpas e protelações, e tristeza por seu/meu sonho não realizado. Percebi que se desejo algo, se acho que tenho condições de fazer e tenho dentro de mim esta potencialidade devo lutar por fazê-lo. Não basta achar que posso fazer quando bem quiser e entender e no momento que desejar. É necessário transformar a potencialidade em ação, expor, envolver-se, ter vontade e determinação para transformar o imaginário em palpável. Dar corpo ao sonho, dar materialidade ao pensamento. Fazer está muito além de “poder fazer” e decidi que não quero que esta seja nem a minha e nem a sua biografia.

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