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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CRER

É muito bom crer, mas nem todos creem. Uns não querem. Outros não conseguem. Outros passam ao largo da questão. A história da fé é sempre individual. É também sempre individual a história da descrença. Crer por vezes é absolutamente irresistível. Imagine-se numa viagem para fazer uma coisa que você acha certa embora seja errada. Uma luz imensa brilha diante de você e uma voz firme, que só você escuta, lhe pergunta: "Por que você me persegue?" A identidade de quem fala é tão clara como a palavra proferida: como não crer que Deus mesmo lhe falou e não seguir de mãos dadas com ele? Neste caso, crer é sobretudo uma reação racional diante de uma experiência real. Crer não dispensa pensar todas as coisas com todas as forças da razão toda. Crer é pensar tudo com a humildade da razão, que sabe que não pode explicar tudo. Não crer é uma forma de crer que Deus não existe e, se existe, é o próprio ser humano. Não crer é crer que a natureza (incluído o ser humano) surgiu por acaso, de uma convergência de fatores aleatoriamente movidos em direção à vida que antes não existia. Não crer é crer que a vida de um ser humano cessa quando ele morre, como se fosse um pedregulho esfarelado. Não crer é crer que a vida não tem sentido e, se tiver, será o sentido que lhe atribuirmos hoje, que pode ser diferente amanhã. Não crer é como tentar contar com os dedos quantos são as estrelas no céu, conhecimento impossível com os recursos da visão e também porque o universo está em expansão. Descrer é crer que Jesus Cristo não existiu e, se existiu, era um sábio exemplar que morreu e continuou morto. Entre crer e não crer, a alternativa mais sábia, mesmo que dificílima para alguns, é crer. É saboroso crer que o Deus de modo dinamicamente apresentado na Bíblia Sagrada existe e nos ama. Sim, somos amados por Deus.

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