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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O SABER

O evangelicalismo nestes dias é uma prática bastante complicada, por causa da sabedoria humana, nitidamente sobreposta à obediência aos preceitos bíblicos. Decidimos que os nossos conhecimentos nos levam à compreensão bem exata das coisas espirituais. Tornamo-nos orgulhosos "filósofos e eruditos" do evangelho de Cristo. Hoje estamos mais interessados em apostar em quem conhece mais sobre o pensamento calvinista ou arminiano; damos grande apreço a quem discorre com mais precisão sobre pentecostalismo ou neopentecostalismo; ganha-se importância "socioeclesiástica", quando se conhece "supralapsarianismo", quando se usam termos gregos ou hebraicos que visam a colorir nossos discursos eclesiásticos (as homilias), ou quando se têm grandes explicações sobre "hamartiologia", entre outros conhecimentos de Teologia (sistemática). Evidentemente, não me oponho aos estudo e ao conhecimento: o homem não foi criado para ser ignorante, mas sábio, muito sábio. Perdeu grande parte da sabedoria, devido ao pecado, o qual, esse sim, torna o ser humano ignorante. Porém, o evangelho não está alinhado com a sabedoria humana; o apóstolo Paulo deixou isso bem claro, quando se dirigiu aos crentes de Corinto (leia-se 1Co 2). O nosso indispensável preparo intelectual deve ser, basicamente, ferramenta para duas atividades: 1. argumentar com os sábios deste mundo, os quais só reconhecem a erudição, mas têm necessidade de compreender a verdade do evangelho (1Co 9. 19-23); 2. aplicar pessoalmente a inteligência à pedagogia e à didática dos estudos que permitem à igreja um conhecimento mais profundo das verdades bíblicas (Cl 1.9). Entretanto, a sabedoria humana não pode interromper nem ofuscar uma incontestável ordem do Senhor Jesus: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mateus 28. 19-20). Não daremos conta dos cursos que fizemos. Não seremos avaliados pelos diplomas que orgulhosamente ostentamos (muitos nem deveriam causar tamanho orgulho). Todavia, seremos avaliados pela obediência à ordem dada pelo Mestre.

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