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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CORTEZIA

Podemos agir com dureza, mas podemos nos portar de modo compreensivo. Podemos reagir de modo grosseiro, mas podemos nos apresentar com suavidade. Os que põem o foco apenas nos objetivos atropelam as pessoas, embora dizendo que elas são a razão das suas realizações. Podemos ser claros e, ao mesmo tempo, amáveis. Podemos ser firmes e, ao mesmo tempo, corteses. Podemos falar o que precisamos, desde que aveludemos as nossas palavras. Podemos fazer o que nos cabe e podemos ser respeitados pela dedicação com que fazemos, não pela ferocidade de nossos olhares. Podemos arrolar muitos sinônimos para a cortesia, mas o melhor significado vem das lembranças grudadas em nós: o garçom que participa docemente da escolha do cardápio, a vendedora que se impõe pelos gestos gentis, o transeunte que ensina o caminho com prazer, a professora que presta atenção em nossas habilidades, o médico que nos olha com ternura e nos anima mesmo no diagnóstico difícil, o guarda de trânsito que adverte com polidez, a vizinha que compartilha o que recebe, Precisamos de atenção e podemos ser atenciosos. Precisamos de respeito e podemos ser respeitosos. Precisamos de palavras que inspiram e podemos proferi-las. Não gostamos daqueles que, numa conversa ou num serviço, nos despacham, como se fôssemos pesos. Não despachemos. Ser cortês deveria ser o alvo de todos. Nossas vidas serão melhores se formos compreensivos, suaves, amáveis, leves, respeitosos, dedicados, doces, gentis, carinhosos, atenciosos, ternos, polidos, generosos, inspiradores. A cortesia -- este jeito bonito de ser -- pode não ser a forma predileta de muitos, mas deve ser a nossa.

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