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sábado, 15 de outubro de 2016

RACIONAIS

Muito tem se escrito nos últimos anos (ou até últimos séculos pode-se dizer) e acalorados debates têm surgido acerca do suposto antagonismo entre ‘fé’ e ‘razão’. A simples aceitação de que tal antagonismo existe em algum grau, já ajuda a pintar a caricatura de um ‘cristão religioso que crê em mitos sem comprovação empírica’ versus o ‘ateu racional que tudo prova e tudo mede até que chegue a um fato dito incontestável’. Na tentativa de combater a figura do ‘cristão irracional fundamentalista’ muitos têm tentado aliar ‘fé’ e ‘razão’ de uma maneira que cada vez mais confirma aquilo que estão querendo combater: os cristãos têm se tornado irracionais! A palavra razão vem do latim ‘ratio’ e seu significado estrito é ‘relação’, ‘comparar uma coisa com outra’, não é atoa que na matemática quando comparamos dois números inteiros em forma de fração chamamos esse procedimento de ‘razão’. Quando alguém diz, por exemplo, que ‘o céu é azul’ e você diz que essa pessoa tem razão, implicitamente o que você quis dizer é que se compararmos a cor do céu com ‘azul’ veremos que a afirmação é verdadeira. Mas o que vem a ser então uma ‘fé racional’? A racionalidade da fé está em provar a fé, ou seja, viver a fé, aplicá-la no dia a dia e comprovar que os resultados desta fé são verdadeiros. E é impossível fazer isso sem obediência a Deus. Guardar a fé ou ‘provar a fé’ não é simplesmente continuar ‘acreditando em Deus’ mesmo com circunstâncias adversas mas principalmente crer em Deus fazendo o que Ele manda e Ele mesmo garante que no fim você pode provar que os resultados desta fé são bons. Isso é uma fé racional, uma fé que você testa, aplica, vive e comprova. Pouco adianta ostentar uma camisa cristã na universidade enquanto participa de discussões sobre ‘bases racionais para se crer que Deus é onisciente’ e no fim das contas viver como se soubesse melhor que Deus o que é certo e o que é errado. Já cansei de ver rodinhas de debate com ‘cristãos racionais’ falando sobre o que não sabem de um evangelho que não vivem quando na verdade só estão ali para buscar algo que não deveriam estar procurando… Falar que tem fé em Deus e não provar essa fé obedecendo a Ele no dia a dia é totalmente irracional. A primeira carta de Pedro fala sobre a fé que é provada tal qual o ouro é provado no fogo. E nesta carta é diz que a prova da fé consiste em obedecer aos mandamentos de Deus nos momentos de adversidade, e que no final isso resultaria em salvação para nossas almas. “para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas. […] Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.” 1 Pedro 1:7-9; 13-16 Em toda a Escritura Deus nos convida a vivermos uma fé de fato racional, a fazermos prova de nossa fé testando a Palavra dEle nos momentos de maior adversidade: mesmo quando parecer conveniente, não minta; mesmo quando o prazer aparentar ser compensatório; não peque; mesmo quando se sentir lesado; perdoe…. Quando fazemos isso e comprovamos os resultados podemos falar com propriedade de uma fé que foi testada, vivida, que podemos recomendar aos nossos amigos que vivam o mesmo que vai dar certo. Sem experiência qualquer fé não passa de retórica, e quando a realidade bate à porta a retórica sai pela janela. Devemos pregar o evangelho como realidade, como algo que se pode viver e provar racionalmente. “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” 1 Coríntios 2:1-5

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