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segunda-feira, 10 de abril de 2017

LAGRÍMAS

Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram. (Romanos 12:15) Entristecer-se com uma situação ou com alguém que está sofrendo não parece difícil. Nossas emoções afloram e, por vezes, não conseguimos disfarçar os sentimentos. Há até alguns que não controlam suas lágrimas e caem no pranto sem disfarce. Por outro lado sorrir, alegrar-se com outrem parece-nos que se torna muito mais difícil do que o sentimento antagônico. Ainda que imaginemos que o riso é contagiante ou que um fato hilário pode provocar reações bem humoradas espontâneas, há situações em que a alegria pura e simples de alguém não consegue quebrar a barreira do sentimento recíproco de interlocutores ou participantes de um mesmo acontecimento. Compartilhar de um motivo que faz alguém feliz teria que ser algo normal e comum. Sentir-se feliz com a vitória, o êxito de outrem em uma jornada, alegrar-se com o ganho por alguém de um prêmio, de um elogio, congratular – sinceramente – outro pelo sucesso no trabalho, na vida doméstica, no dia a dia do quotidiano são manifestações que necessariamente teriam que ser reveladas de modo automático e sincero. Entretanto, infeliz e lamentavelmente o que se observa em não raros casos é uma reação bem diferente em determinadas pessoas. Vai da indiferença à mais genuína como odiosa inveja. Percebe-se – e não é difícil constatar isto - que, pela expressão facial, pela voz ou até mesmo por sua entonação vocal que a notícia ou a revelação da nova causou mesmo mal estar em quem dela tomou conhecimento. O que será que se passa no íntimo dessa pessoa? Como estará o âmago da alma desse alguém? Qual o verdadeiro motivo que a levou a nem mesmo disfarçar seu desapontamento, sua decepção ante o triunfo, o júbilo de quem participou a notícia? Este é um tipo de comportamento que não somente fere e machuca corações enlevados de alegria diante de reações tão detestáveis como define de forma marcante e negativa o caráter de pessoas que se habituam a agir dessa forma. Em nossa sociedade haverá sempre momentos em que viveremos emoções fortes tanto pela tristeza que nos invade o coração diante de fatos lamentáveis ocorridos com alguém de nosso relacionamento (ou não) como ficaremos contentes e felizes com os auspiciosos resultados obtidos com quem nos relacionamos (ou até mesmo desconhecidos). É um sentimento recíproco. Se invertêssemos os papeis também nós gostaríamos de presenciar os mesmos sentimentos positivos a nosso respeito pelas pessoas que nos cercam. Então, por que não agir e reagir de forma natural como se espera de quem valoriza sentimentos nobres? A recomendação que o apóstolo Paulo envia aos seus amigos em Roma nada traz de novo. Ele escreve de forma natural e espera que ajam de modo natural também. Os sentimentos, muito embora revelem sentidos opostos, devem retratar a nobreza da alma humana, ora compungindo-se e revelando tristeza, ora manifestando alegria e contentamento com o sucesso e a conquista de outrem. Quem domina e aprimora bem esses sentimentos demonstra não somente uma singular maturidade como prova que é digno de admiração e depositário de total confiança nos momentos e circunstâncias os mais diversos. Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. (Atos 20:35). De muitos esse versículo é sobejamente conhecido, entretanto para alguns passa despercebido que o verbo “dar” na frase pode ser traduzido como ceder, como apequenar-se, como, ainda que momentaneamente, situar-se em plano inferior a quem está no centro das atenções diante de uma promissora notícia a respeito de si mesmo. Sim, por vezes é mesmo muito difícil sorrir, mas se colocarmos nosso coração, nossa mente em concordância com as verdades da Palavra de Deus veremos e provaremos que conseguiremos ser aprovados como cidadãos dignos na sociedade em que vivemos e elogiados e recompensados diante de Deus que a todos observa

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