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quarta-feira, 26 de abril de 2017

ARROGANCIA

Não sejais sábios aos vossos próprios olhos (Rm 12.16b – ARA). O que o apóstolo diz no grego é mais significante e apropriado à luz da comparação: “Não pensar demais nas coisas por demais elevadas.” O que ele tem em mente é que o cristão não deve desejar com obsessiva ambição aquelas realizações pelas quais ele exceda a outrem, nem alimentar sentimentos de superioridade; mas, ao contrário, ponderar com discrição e mansidão. E são estas que fazem a diferença na presença do Senhor, e não o espírito de soberba ou de desdém demonstrado contra os irmãos. O apóstolo adiciona uma ordenança muito oportuna, à qual já fizera menção, porquanto nada é mais danoso para destruir a unidade cristã do que nos exaltarmos e aspirarmos uma posição mais elevada que a dos outros, sentindo-nos superiores aos demais. Tomo a palavra humilde no sentido neutro, a fim de completar a comparação. Portanto, toda ambição e elação do espírito, as quais se ocultam dentro do nome de magnanimidade, são aqui condenadas. A moderação é a principal virtude dos crentes; ou, antes, submissão, que sempre prefere atribuir honra a outrem do que recebê-la para si próprio. A outra afirmação do apóstolo se acha estreitamente conectada a esta. Nada inflama mais o espírito do que uma exagerada opinião de nossa própria sabedoria. Portanto, ele quer que ponhamos esta opinião de lado, ouçamos os outros e nos sujeitemos aos seus conselhos. Erasmo traduziu cfipovíuous por arrogantes, mas tal tradução é forçada e sem sentido. Paulo, neste caso, estaria repetindo a mesma palavra duas vezes sem qualquer ênfase. O antídoto mais eficaz para a cura da arrogância é suprimir uma opinião demasiadamente exagerada acerca de nossa própria sabedoria.

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