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sexta-feira, 30 de junho de 2017

DOR

Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: ‘Onde está o seu Deus?’ Quando me lembro destas coisas choro angustiado. Pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava.” (Salmos 42.3-4) Nenhum de nós está livre de dores e tristezas. E há de vários tipos. Dependendo da duração e da intensidade com que nos atingem, nos sentimos esgotados e podemos vacilar na fé. Nem sempre conseguimos nos expressar com tanta clareza como fizeram os salmistas. Nestes dois versos vemos três marcas de sua dor. A primeira é a pergunta “Onde está o seu Deus?” Uma pergunta muito frequente quando estamos sofrendo muito ou por muito tempo. De que adianta acreditar em Deus se quando mais precisamos dele, Ele nada faz? A esposa de Jó foi mais enfática diante da tragédia que o abateu. Após perder filhos, posses e por fim a saúde, ela lhe disse: “Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!” (Jó 2.9) É compreensível tal perspectiva. Mas não é ela que deve nos orientar em meio à dor. Em meio à dor, continuar crendo é a melhor escolha. O segundo sinal está no choro angustiado do salmista e o terceiro, no que causa esse choro: As lembranças de seus bons momentos, quando a confiança em Deus era compensada por celebração de bênçãos recebidas. Agora, diante da dor e tristeza que sente, lembrar-se daquilo apenas multiplica suas lágrimas. Há uma saudade, uma melancolia que se enraíza na alma do salmista e ele lamenta. Sentir-se assim é completamente humano. Crer não é estar isento de chegar a este ponto. E se chegarmos, e se nos parecer dura demais a prova para a nossa fé, devemos abrir a alma diante de Deus e faremos bem se buscarmos amigos confiáveis que possam ouvir o nosso lamento e angústia. E devemos, ao mesmo tempo, ainda que tremulamente, manter a bandeira de nossa fé erguida. O que cremos sobre Deus deve ser preservado, ainda que por algum tempo, enquanto sofremos, nos pareça não ser verdade. Deus é maior que as circunstâncias e Seu silêncio e aparente inércia não significa abandono. Ele nos ama. O abandono merecido por nós foi sofrido por Cristo (Mc 15.34). Ele levou sobre si nossas culpas e nos cobriu com Sua graça. Em meio à crise que nos desequilibra, devemos nos reequilibrar com a lembrança e certeza do amor de Deus. E como Jó, em meio a mais terrível dor, manter a certeza de que o nosso Redentor vive e a última palavra é sempre dele (Jó 19.25-27). Lembrar-nos de que nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8.38-39). Nem mesmo nossas dúvidas e inseguranças. Por isso, em meio à crise, por mais intensa que seja, jamais esqueça: Seu Redentor vive e ama você!

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