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sexta-feira, 27 de março de 2015

MATURIDADE ESPIRITUAL

Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. Acredita que o mundo gira em torno dele próprio. A criança espera que tudo seja do jeito que gosta. Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si. É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual. Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne. Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual. Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade. Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas. Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia. Assim é o discurso infantil a respeito da justiça. Qualquer pequeno dever é injusto. A mínima contrariedade representa opressão. Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais. A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo. O olhar já não está todo em vantagens e desejos. Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades. Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido. Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia. Não é possível que todos realizem as próprias fantasias. Se isso ocorresse, haveria o caos. Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social. O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele. Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu. Por isso, não avança no patrimônio do semelhante. Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter. Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele. Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas. Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros. Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta. O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual. Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe. Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade. Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo. Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida. Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado. Pense nisso.

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