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sábado, 5 de março de 2016

MAIS LEVES

Quando éramos adolescentes, tínhamos diferentes tipos de colegas. Possivelmente, entre eles um era franzino, tímido, calado. Então, nos perguntávamos: -- Como uma pessoa pode ser assim? Quando andamos hoje pelas ruas, cruzamos com pessoas que nos parecem frágeis. Elas caminham com dificuldade, escolhendo os cantos, baixando os olhos. Parece que a vida lhes pesa. Para muitas pessoas, a vida é pesada. Se um dia tivermos a oportunidade de ouvir as histórias destas pessoas, nós lhes daremos razão. Uma, por exemplo, perdeu seus pais ainda cedo e foi criada por um parente cruel, que lhe dizia a toda hora que era um peso difícil de ser carregado. Quem ouve isto acredita nisto. Outra foi caçada por um parente, de quem foi feita escrava sexual. Ela cresceu com medo e revolta, ainda visíveis no seu olhar. Outra teve pais violentos que descontavam nela as desavenças da casa. Ela cresceu com a certeza de que não era amada. Outra desistiu de ser a pessoa perfeita, nas notas escolares e nas atitudes, que seus pais exigiam que fosse, escolhendo-lhe as roupas, os amigos, os cursos, os desejos e até o modo de andar. Pessoas assim precisam que ouçamos as suas histórias, antes de as julgarmos como fracas. Seríamos fortes, se tivéssemos recebido a mesma herança? Pessoas assim precisam de olhares que acolham, não que rejeitem; de palavras que recebam, não que reprovem; de amizades que compreendam, não que condenem. Todas as pessoas que passam por nossas vidas têm histórias que devemos ouvir. Quando ouvimos histórias de pessoas pesadas em suas fragilidades, nós tornamos melhores as suas existências. Nós podemos tornar mais leves as vidas das pessoas.

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