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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

AMARGURA

“Que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela.” (Hebreus 12.15b). O autor da Carta aos Hebreus usa aqui uma interessante figura de linguagem: a amargura é como uma erva daninha cuja raiz se encontra latente, escondida no solo, mas a partir do momento que brota, cresce e se espalha, prejudicando, e até matando, as plantas produtivas. Ao ler essa passagem lembro-me do capim “tiririca”. Meu avô, que era um excelente agricultor, me dizia: “Meu filho, para acabar com o capim tiririca é preciso arrancar sua raiz.” Amargura é a qualidade do que é amargo. Podemos nos tornar amargos em virtude de um sofrimento prolongado, de uma grande perda, de um fracasso, de uma derrota, de sermos tratados sistematicamente com indiferença ou desprezo. E também por causa de uma mágoa ou ressentimento que teima em ficar em nosso coração, numa combinação com a incapacidade de perdoar. Por isso Salomão diz: “Só você conhece a sua própria amargura.” (Pv.14.10a – NTLH). A amargura fica em estado vegetativo, como uma raiz escondida, até que dá origem a uma planta forte, que se reproduz e causa perturbação em nossos relacionamentos com Deus e com os outros humanos. Tornamo-nos céticos, pessimistas, críticos contumazes, impacientes, intolerantes, murmuradores. Geralmente os amargurados gostariam que todos os outros fossem como ele. Têm muita dificuldade de suportar os crédulos, os otimistas, os que gostam de elogiar, os que dizem que está tudo bem. Sua amargura contamina os outros. A amargura tem cura. O Salmo 73 é o depoimento de um homem amargurado que foi curado quando buscou ao Senhor e entendeu que sua honra, sua força e sua herança vinham do Senhor, e confiou nele. Ana pediu ao Senhor, chorando, que tirasse a sua amargura por não ser mãe, e foi atendida (1Sm.1.10;2.1). Apesar de ainda se lembrar de sua amargura e sentir-se abatido, Jeremias resolveu mudar e lembrar-se somente daquilo que poderia dar-lhe esperança (Lm.3.1-26). E Paulo diz que podemos eliminar a amargura por imitar Jesus, sendo bondosos, compassivos e perdoadores, e não queixosos (Ef.4.31,32; Cl.3.12,13).

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