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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

VAMOS SONHAR

E, sendo por divina revelação avisados num sonho para que não voltassem para junto de Herodes, (os magos) partiram para a sua terra por outro caminho (Mateus 2.12). Interessado em apresentar a realeza de Cristo, o evangelista Mateus insere em sua narrativa a surpreendente visita de sábios do oriente, chamados de magos, considerados por muitos como nobres cientistas, ou até como reis (Mateus 2.1-12). Pessoas experientes que tinham uma grande fome e sede de Deus. Vieram de tão longe, pois sonharam conhecer a Deus. Sonharam com os olhos nos céus. A interação que estes sábios tinham com a natureza ia muito além da contemplação e do usufruto. Perceberam o Criador através da criação. Tornaram-se estudiosos dos astros nos céus porque queriam decifrar o Deus do Universo. Sabiam que, por trás da beleza, riqueza e grandeza dos céus, havia um Criador de todas as coisas. Por isso, declararam: Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (v 2 - NVI). Perceberam o movimento dos céus recepcionando o Messias. Discerniram precisamente a data do nascimento e não mediram esforços para seguir a estrela. Viajaram cheios de convicção e fé a ponto de, quando chegaram a Jerusalém, foram logo perguntando: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? (v 2 - NVI). Não tinham dúvidas: o Messias já tinha nascido! Sonharam com os olhos na Palavra. O perverso Herodes nada sabia sobre esse tal nascimento. Apavorou-se, na verdade. Encontraram a resposta nas Escrituras quando citaram o profeta Miqueias: O Cristo deveria nascer em Belém da Judeia; pois assim escreveu o profeta: ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo’ (vv 5-6 - NVI). Citaram, porque conheciam. Conheciam, porque liam. Liam, porque sonhavam. Sonhavam, porque tinham fome e sede de Deus. Alimentavam sua fome e sede de Deus através da Palavra. Não se sabe exatamente como esses não-judeus tiveram acesso às Escrituras. Pode ter sido em gerações anteriores por causa de alguma dispersão ou exílio dos israelitas. O fato é que se apegaram à Palavra de Deus como regra de fé e prática. Podem até ter se identificado com as profecias que predisseram reis vindo para adorar o Messias (Salmos 68.29, 31; 72.10-11; Isaías 49.7; 60.1-6). Foi exatamente isso que fizeram: ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra (v 11 - NVI). Não estavam ali por curiosidade. Estavam ali para adorar o Messias. Sonharam com os olhos de Deus. Estavam extasiados. Tinham visto o Messias envolto no ambiente de contrastes do singelo com o extraordinário, do simples com o sobrenatural. Seus corações foram tocados pela verdade de que o Redentor vive, o Salvador está entre nós. Nesse clima, enquanto dormiam, foram advertidos em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram a sua terra por outro caminho (v 12 - NVI). Sonho que adverte (foram advertidos). Sonho que traz discernimento (não voltarem a Herodes). Sonho que direciona (retornaram). Sonho que cria o caminho (por outro caminho). Sonho que conduz ao lugar de descanso (a sua terra). Assim são os sonhos que sonhamos com os olhos de Deus. Os sábios magos sonharam em conhecer Cristo e conheceram. Conheceram e adoraram. Adoraram e passaram a sonhar sonhos de Deus. Parece que é isso: sonhar com Deus nos leva a sonhar os sonhos de Deus. Vamos sonhar!

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