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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

UM JANTAR

Quando pensamos em um banquete, lembramos dos filmes de época, de reis, príncipes e princesas em um castelo diante de uma refeição apetitosa e requintada. Os convidados são servidos em bandejas de prata, taças de ouro e usam talheres cuidadosamente selecionados, confeccionados artesanalmente. Já as migalhas nos remetem à ideia daquilo que sobra após o café da manhã, aquelas casquinhas do pão e o farelo do bolo, não é? Na infância, somos ensinados a ter educação, não no sentido acadêmico da palavra, mas sim no que se refere a respeitar os mais velhos, obedecer aos pais, não falar de boca cheia, não falar palavrões, ou seja, somos preparados para oferecer um banquete. Mas, a quem estamos servindo-o? Você deve conhecer um casal que trata todos cordialmente, incentiva os de fora, oferece ajuda. Certamente você tem sido convidado para o banquete que eles servem. Mas como será que esses cônjuges servem um ao outro? Será que seus filhos também são convidados a participar desse ambiente amoroso e saudável? E você? Reflita um pouco: você grita com alguém na rua? Provavelmente não, mas você grita com as pessoas da sua casa. Você fala sempre de forma áspera com os colegas de trabalho? Provavelmente não, mas você é rude com seus pais ou irmãos. Você deixa de sorrir para um desconhecido que você vê todos os dias no caminho para o trabalho? Talvez não, mas sua família tem que se esforçar para vê-lo sorrir. Os maridos ajudam as senhoras idosas a atravessarem a rua, mas mandam suas mulheres levarem as sacolas do supermercado. Já os filhos pedem "por favor" a todas as pessoas, exceto aos pais, que muitas vezes têm que implorar para que o quarto seja arrumado. Filhos fazem declarações de amor para seus pais na Internet, mas são incapazes de dizer "eu te amo" quando acordam. Vestimos a melhor roupa para irmos ao shopping, mas usamos dentro de casa camisetas de propaganda eleitoral. Não parece que isso está correto. Como podemos agir de uma forma tão cordial com pessoas que nem conhecemos muito bem, sendo que temos atitudes tão repugnantes com as pessoas que convivem conosco diariamente em um relacionamento mais próximo? Criamos um "trabalho, doce trabalho", mas fazemos um "lar, amargo lar". Os valores estão invertidos. Será que isso é justo com os que são de dentro? Não são eles que estão ao nosso lado nos momentos mais difíceis? O problema é que, à medida que adquirimos intimidade em um relacionamento, achamos que as pessoas mais próximas devem ser mais tolerantes, como se tivéssemos um cartão de crédito do mau comportamento. A cada chilique, debitamos um pouco do crédito que julgamos ter com os mais próximos. É tempo de refletir e agir. Filhos, honrem seus pais e vocês viverão muitos anos (Êxodo 20:12). Arrumem seus quartos, dediquem-se aos estudos, encham seus pais de orgulho, digam a eles o quanto são importantes para vocês. Pais, elogiem seus filhos diariamente, passem tempo com eles, conheçam seus amigos, suas preferências musicais, seus sonhos, dediquem-se a eles, torçam por eles, comemorem as suas vitórias. Insiram novamente as "palavras mágicas" em sua casa. Esposa, cuide de seu marido (), incentive-o, elogie-o, valorize mais as suas qualidades e aponte menos os seus erros. Marido, abra a porta do carro para sua esposa, não a sobrecarregue, cuide dela como vaso mais frágil (1 Pedro 3:7), elogie-a, ame-a a ponto de dar a sua vida por ela (Efésios 5:25). Abençoe os seus filhos e a sua esposa todos os dias. Convoque Deus para direcionar a sua vida. Quando priorizarmos os de dentro, as atitudes com os de fora serão um reflexo de um "lar, doce lar". Sirva um banquete, convide os de fora, mas reserve os melhores lugares aos de dentro.

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