Um dos textos que mais sintética e profundamente expõe o evangelho foi escrito pelo apóstolo Paulo, quando afirmou: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm 1.16).
A palavra grega para “poder” (dunamis) indica a manifestação de um Deus sempre presente, como verbalizou o reformador John Knox. Deus sempre está presente, mas há momentos em que Ele se manifesta de forma surpreendente e transformadora. Essa manifestação é o poder de Deus!
O evangelho não foi manifesto por Deus somente para melhorar a sociedade, mas para redimi-la. Não traz apenas tranquilidade, mas paz. Não provê sucesso, mas obediência. Não se contenta com a tolerância, mas promove o amor. Não se conforma, mas transforma. Não faz o homem glorioso, mas o redime para que ele dê glória a Deus.
Tentativas de igualar os valores do evangelho aos sistemas humanos e sociais resultará em frustrações e distorções, pois não se consegue confinar os claríssimos raios do sol em frágeis caixinhas de papelão.
Como lemos, esse "poder de Deus" (o evangelho) é usado por Deus "para a salvação de todo aquele que crê". O evangelho vem de Deus, é a manifestação de Deus, na vontade de Deus e para a glória de Deus. Qual deve ser, portanto, nossa postura perante o evangelho que nos redimiu? A Palavra nos diz: "pois não me envergonho".
Devemos viver o evangelho mesmo debaixo de pressões, opressões ou zombarias. Devemos testemunhar o evangelho por meio de palavras e ações. Devemos fazê-lo conhecido em toda parte, todos os povos, pois o ser humano precisa mais da mensagem do evangelho, que aponta para o Redentor Jesus Cristo, do que água no deserto. Caminhemos com alegria ao crermos, vivermos, seguirmos e proclamarmos o evangelho de Cristo.
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