SENTIR

 

O domingo chega e nos preenche de espiritualidade e de leveza... Como é bom sentir a vida e sentir-se parte do universo... Não somos somente um corpo físico, temos alma... Além de viver, somos chamados à transcender... Não somos somente aqui debaixo, somos também do alto... Feliz domingo! “Quando você alcança seu próprio centro, fica surpreso: não encontra a si mesmo lá, encontra Deus!”  Sempre tentado compreender as pessoas, posso concluir que o ser humano é inquieto. Gosto de falar desta inquietude, pois ela impede que a acomodação tome conta. Nunca gostei da indiferença, da acomodação e do pessimismo. Cultivo um profundo respeito por quem sofre, mas a grande maioria, em determinados momentos, não consegue ver o positivo que nos envolve e o bem que acontece perto e longe de nós. Apesar das catástrofes, não estamos caminhado para o caos. Nada está perdido e muitas soluções estão se apresentando, no decorrer dos dias. Além de ser urgente acalmar o coração, é muito importante silenciar e buscar o próprio centro. A vida precisa de centralidade, de concentração e de identidade. Mas quando acessamos nosso próprio eu vital surpreendentemente encontramos a Deus. É maravilhoso saber que no centro da nossa vida está Deus. E se Ele está no centro da nossa vida, então aí está o amor, pois Deus é amor. É simplesmente extraordinário saber que o amor é a nossa essência: viemos do amor, somos do amor. Então, ter fé é exercitar diariamente o amor, é viver o amor em todas as suas dimensões. Como estamos excessivamente voltados para a exterioridade, fica difícil encontrar o amor como essência. O ideal é começar a acalmar a vida, para que seja possível viver de uma forma mais harmoniosa e equilibrada. O mundo anda desconcertado por não reconhecer que o ser humano merece respeito e dignidade. Vivemos numa procura sem fim, pois não prestamos atenção às manifestações afetivas e espirituais. Quanta gente que está se esvaziando por não provar a própria essência, lá onde Deus habita suavemente. Nas profundezas do ser, a vida ganha sentido e aguarda por transcendência. Se Deus nos habita, não podemos ficar sempre distantes de nós mesmos. Quanto mais interiorizados, mais em comunhão com Deus. Na tentativa de nos encontramos em nossa interioridade, alegremente encontramos Deus. Deus é amor!