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quinta-feira, 12 de maio de 2016

DEVER

O dever nos faz acordar cedo. É muito bom ter que acordar cedo por causa do dever. O contrário é não ter razão para acordar. O dever é filho do sentido da missão. O dever nos faz dormir tarde. É ótimo ter que prolongar o dia que se mostrou efetivamente curto. O dever nos impõe uma vida disciplinada. O dever nos faz tomar decisões corretas, o que implica em estudar o assunto, ouvir pessoas sensatas, examinar as possibilidades, colocar a razão no alto do pódio, cuidar para não sermos enganados. O dever nos torna bons juízes. O dever nos leva a voltar atrás numa escolha anterior, para ficarmos do lado certo, não do mais confortável ou rentável. O dever não se cumpre num balcão de negócios escusos. O dever nos faz dignos e uma de suas marcas é admitir o próprio erro produzido pela precipitação, pela corrupção ou pela má decisão. O dever enfrenta oposições para que não sigamos em frente, ameaças para que temamos, seduções para que nos desviemos, adversidades para que desanimemos, tentações para trocamos de rota e invejas pelo que realizamos. O dever pode nos deixar solitários, uma vez que renunciar não é atitude que a maioria aprecia, ao por uma lupa no sofrimento, aumentando-o, exagerando-o, quando deveria mirar a consciência tranquila que torna o sono um oásis. O dever nos faz fortes. O dever nos deixa saudáveis. O dever nos torna santos. O dever nem sempre é aplaudido. Quem faz sucesso é a coluna do prazer. O dever não inveja o prazer, não odeia o prazer, não rejeita o prazer. Na verdade, sabemos que o dever tem um preço, mas o prazer também. O dever não é necessariamente pesado, especialmente quando nos dá prazer.

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