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segunda-feira, 2 de maio de 2016

GRAÇA

“A graça barata, em vez de justificar o pecador, justifica o pecado”. Dietrich Bonhoeffer Estão dizendo por aí: “Ei, os seus pecados estão perdoados!”, simples assim, também, todos têm pecados e os querem perdoados. Estes ainda dizem: “Ei, os seus pecados estão perdoados por causa da graça”. Frase comum, mas mortal. Mortal? Sim, frases assim incompletas são um dos motivos da morte do cristianismo puro da Cruz, rompendo o sentido pela qual a boa nova foi concebida. As coisas precisam ser como são, ou seja, estarem no seu devido lugar e contexto. Quando se prega, que se pregue completo a verdade revelada para que a “graça barata” não destrua a Igreja. Frase completa seria: “Ei, se arrependa, pois o perdão está disponível pela graça de Deus”. Talvez, essa frase poderia ser mais completa, mas é suficiente para condenarmos um uma doutrina que justifica o pecado e não pecador. O perdão sem arrependimento é o grande problema em discussão. João Batista, que estava preparando o caminho para o mestre, a própria manifestação da graça encarnada, dizia: “Arrependam-se” (cf. Mt 3.2). E as pessoas eram batizadas no rio Jordão, confessando os seus pecados (cf. Mt 3.6). O próprio Jesus começou a pregar e dizer: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17). Ao chamar seus discípulos, Jesus falava: “Vinde após mim”, e os que aceitavam o chamado abandonavam um modo de vida, para um caminho contínuo de aprendizado e renúncias. Este caminho é um estilo de vida peculiar, o apóstolo Paulo ao apresentar a forma de vida dos pagãos e alertar sobre o cuidado com o corpo, concluí: “porque fostes comprados por alto preço” (1Co 6.20). Ora, o sacrifício de Cruz vale algo, vale tanto que nos chama ao arrependimento e um caminho temente a Deus. Perceba como tudo isso é graça! O próprio Lutero, grande reformador protestante ao falar de graça se referia a está dentro do seu contexto de vida. Para Lutero, o reconhecimento da graça foi à ruptura total e definitiva com o pecado de sua vida; nunca, porém, a justificação do pecador. Causa estranheza ao Evangelho essa mensagem que massageia nosso ego. Muitos que estão cientes do seu erro no cristianismo amam ouvir que “seus pecados estão perdoados”. E essa palavra os anima, e vivem conscientes de erros, crentes de que mesmo cometendo estes erros eles estão perdoados, por causa da “graça de Deus”. Essa graça barata toma conta de nossas Igrejas, o pecado não é tão problema assim, porque “pecar é normal e é besteira lutar contra algo que é difícil de vencer, Jesus já nos perdoou”, dizem. Não existe perdão sem arrependimento! Não existe graça sem Cruz! Se fosse ao contrário, o que valeria as palavras de Jesus como: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Não nos foi dada uma graça barata, mas, a “graça verdadeira” esta relacionada e não se separa de uma condenação ao pecado e justificação do pecador. O chamado a uma vida de luta contra nossos pecados, de mudanças para o bem, para o reino, de arrependimento e crescimento pelo Espírito Santo é graça! E é graça verdadeira! Que dádiva é poder participar do caminho de Cristo, que me justifica por amor para que eu renuncie o meu eu e o mundo mal e, me renda a Sua palavra de paz, de julgo suave e fardo leve. Hoje, podemos ser gratos pela graça. Nada melhor do que demonstrar gratidão analisando a si mesmo, se arrependendo e confessando os pecados ao Senhor, entendendo o perdão dos pecados para continuar a caminhada em aperfeiçoamento e glorificação a Deus, o Pai.

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