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sexta-feira, 6 de maio de 2016

TRÊS FRACASSOS NO DESERTO

Em Números 14:22, Deus acusa os Israelitas de terem se rebelado contra ELE "dez vezes" e embora essa expressão pareça ser usada em várias passagens por um indeterminado número de vezes (Exemplo: Neemias 4:12; Jó 19:3), não seria difícil encontrar dez ocasiões da murmuração ou desobediência no deserto, antes da época quando as palavras foram ditas. (Vejam-se Êxodo 14:11; 15:24; 16:2, 20, 27; 17-2; 32:8; Números 11:1, 11:4; 14:1). Algumas das ocasiões foram, todavia, mais sérlas do que outras e há três fracassos registrados em Números que se distinguem como piores, tanto em seu caráter como em seu efeito que qualquer outro do restante, com exceção da idolatria do bezerro de ouro no Sinai. Destes, o primeiro foi a incredulidade deles ao receberem o relatório dos espias (Capítulo 14), que resultou nos quarenta anos peregrinando e na perda da entrada na terra prometida nara aquela geração de Israelitas. O segundo,foi rebelião de Coré e de seus companheiros (Capítulo 16), que causou diretamente a morte de cerca de 300 (vv. 33-35)e após isso, a dos seus 14.700 simpatizantes (v. 49), perfazendo um total de 15.000. O terceiro, foi a ligação com os Midianitas e os Moabitas em baal-Peor (Capítulo 25), o que provocou a morte por praga de 24.000 (v. 9) e os maléficos efeitos da mesma foram sendo sentidos muito depois do povo ter chegado na terra (Josué 22:17). É em conexão com estas e outras rebeliões no deserto que Paulo escreveu aos Coríntios: "Estas coisas foram escritas para advertência nossa... " (I Coríntios 10,:11); por isso, faremos bem estudá-Ias cuidadosamente para que sejamos preservados de cair nas mesmas ciladas pelas' quais eles foram apanhados. É interessante notar que variedade havia no fracasso deles! Nos três mencionados, não foi a repetição constante de um pecado particular, como no caso da idolatria em sua história posterior; cada um, porém, é separado e distinto dos outros e parece que o diabo jamais deve ter ficado embaraçado com um meio atrevido para perturbá-los. De quando em vez ouvimos pessoas falar de seus "assediantes pecados", mas a Escritura certamente nos ensina que todo pecado é dessa natureza! Deste modo, enquanto nos protegemos contra o mal para o qual podemos imaginar estarmos especialmente propensos, Satanás talvez nos seduza em algo bem diferente, algo, quem sabe, do qual nos imaginamos quase imunes. Exatamente como nos grandes cercos da história, a entrada foi conseguida num ponto considerado inexpugnável e, por conseqüência, defendido com menos cuidado. Assim, descobrimos tanto nas Escrituras como na experiência que os crentes falham exatamente nas coisas que eram seu ponto forte - Abraão em sua fé (Gênesis 12:10-13; 16:2; 20:2), Moisés em sua mansidão (Números 20:10), Pedro em sua ousadia (Mateus 14:30; 26:70; Gálatas 2:12). Nos três exemplos diante de nós, o pecado, no primeiro caso, foi INCREDULIDADE; no segundo, foi ORGULHO e no terceiro, aquilo que hoje chamaríamos de CONFORMIDADE COM O MUNDO. E, ao pensarmes nestes, parece-nos ver diante de nós os lineamentos de nossos três bem conhecidos adversários: o mundo, a carne e o diabo. A carne, no Capítulo 16, retraindo-se de um conflito com os gigantes; o diabo enchendo Coré e seus amigos com o que tem sido chamado de seu pecado favorito; o mundo, no Capitulo 25, iludindo os jovens Israelitas com alianças iníquas com o povo dele. Numa outra maneira podemos imaginar a variedade que esses fracassos apresentam, quando considerarmos que o primeiro foi contra Deus, diretamente; o segundo, contra os líderes que Deus havia designado e o terceiro, contra Seu caminho de separação do mundo. Não seria demasiado dizer que, cada fracasso que se manifestou entre o povo de Deus desde então até agora, tem tomado uma ou outra dessas direções. Para entendermos plenamente a história do envio dos espias e a rebelião que surgiu-se ao relatório deles, precisamos ir ao primeiro capítulo do livro de Deuteronômio. O Capítulo 13 de Números começa dizendo-nos que o Senhor disse a Moisés: "Envia homens que espiem a terra ... " e se não tivéssemos mais conhecimento sobre a operação do que o que está contido naquele eapitule, nós o consideraríamos como originando-se exclusivamente do pr6prio Senhor. Em Deuteronômio, primeiro capítulo, todavia, lemos que quando eles vieram a Cades-Barnéia (v. 19), na fronteira sul da terra, Moisés disse-Ihes: "O Senhor teu Deus te colocou esta terra diante de ti: sobe, possui-a". Este deveria ter sido o rumo exato a seguir, mas eles disseram: "Mandemos adiante de nós, para que nos espiem a terra" (v. 22). Moisés reconhece que o que eles dizem lhe agrada (v. 23) e assim fica bem claro que as palavras do Senhor em Números 13:1 foram meramente da natureza de uma permissão para eles seguirem seu próprio caminho. Evidentemente então a descrença e falta de confiança em Deus já estavam em seus corações e foram a causa da sugestão de que fossem enviados os espias. Não havia qualquer necessidade disto, uma vez que o próprio Deus havia "espiado" a terra para eles (Ezequiel 20:6) e Ihes havia dito que "mana leite e mel e é glória de todas as terras". Eles não tinham razão para duvidar, tanto de Sua palavra como de Sua capacidade de Ihes dar a vitória! Moisés, também, parece ter demonstrado fraqueza nesta ocasião, na sua pronta aceitação dos planos deles e embora quizéssemos ler mais, em conexão com o que possa possivelmente significar, é certamente um fato extraordinário que a mensagem pela qual ele também foi excluido, da terra, está colocada por ele próprio exatamente no centro do juramento do Senhor, contra os murmuradores em Deuteronômio 1:37, embora não fosse verdadeiramente anunciada senão muito mais tarde, na ocasião registrada em Números 20:7-12. A lição para os crentes hoje em tudo isso está bem destacada em Hebreus 3 e 4, onde o apóstolo, após citar a mensagem de admoestação de Davi, baseada no mesmo incidente, no Salmo 95: "Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçels os vossos corações", acrescenta as solenes palavras: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de Incredulldade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado". Portanto, honestamente, testemo-nos a nós mesmos neste ponto. Seria possível que haja em nós algo deste mau coração de incredulidade? Estamos plenamente satisfeitos com a maneira como Deus tem nos dirigido e está nos dirigindo? Ou temos nós estado a enviar, como eles, espiões com o propósito de planejar outro curso para nós? Certamente nenhuma falta pode ser encontrada com o uso da inteligência que Deus nos tem dado, quando temos arranjos a fazer, negócio, familiares, ou outros. Mas, damos nós o primeiro lugar a Deus em tais assuntos? Se for o caso, uma prova disso será de que estaremos inocentes das trapaças, baixezas e fraudes que os homens do mundo usam as vezes para sua própria promoção. Compreenderemos que eles não são apenas pecaminosos, mas contrários aos nossos melhores interesses em todo o sentido. ~ andando na obediência prática à Palavra de Deus que evidencia nossa confiança nEle, e todo ato de desobediência é um voto de "falta de confiança" em Sua liderança. Leia mais: http://www.palavrasdoevangelho.com/fracassos-no-deserto/

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