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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

ESTAÇÕES

Há quem diga (e prefira) que a Primavera é a estação mais linda do ano. As multicores tomam conta das árvores, deixando seus galhos quase imperceptíveis, tamanha frondosidade. Parece que você está dentro de uma grande caixa de lápis de cor. O aroma das flores invadem suas narinas e impregnam as roupas. Ele toma vergonha na cara, compra (ou colhe) as mais belas e a presenteia. Ela quase tem uma taquicardia ao receber. Tudo fica mais belo, tudo fica mais colorido. Outros são adeptos do Verão e o considere a mais alegre. O Sol costuma brilhar mais intensamente e por mais tempo. As vestes são mais leves e à vontade. Em muitos estados brasileiros, ocorre o horário com o seu nome, onde “se perde” uma hora no relógio e “se ganha” uma hora no dia, parecendo mais longo. As altas temperaturas hibernam os deliciosos edredons e desadormecem os ventiladores, ares-condicionados, as janelas escancaradas, o frescor das varandas até mais tarde, as caminhadas à beira mar ou calçadão, o e delicioso banho de mar. O nu das árvores passa a se destacar. Caindo uma a uma, as folhas beijam suavemente o chão indicando que de mansinho, o Outono vem chegando. A troca de folhagem indica transição. Aumenta a incidência dos ventos, a redução gradativa das temperaturas, maior incidência de nevoeiros pela manhã. O lindo céu azul também tem a preferência de muita gente. O ar gélido entra por uma pequena brecha da roupa e congela toda espinha. Os dedos chegam a doer ao contato com a água num simples lavar de mãos. Pessoas mais bem arrumadas. O vento forte ou da fina chuva à tempestade, mostra que o Inverno se faz presente, de fato. As temperaturas despencam e aquele edredom aposentado, foi “recontratado”. A lareira ou fogueira, o chocolate quente e o aconchego do “friozinho” têm lá seus muitos fãs. Mas, “nem tudo são flores”, nem tudo brilha intensamente, nem todo céu é azul, nem tudo é aconchegante. Às vezes, a linda aparência é carregada de incertezas e esconde um oculto que não conseguimos ver a olhos nus ou mentes distraídas. Outras, no calor das pressões do dia a dia, onde cada decisão deve ser tomada de repente, nos traz labaredas de emoções. Temos também perdas momentâneas, perdas circunstanciais, perdas por nós erradamente provocadas, perdas necessárias (ainda que dolorosas), perdas eternas. E as tempestades quando chegam? As tribulações, os raios que nos atingem, que nos encharcam, nos inundam, nos faz perder o norte? Nossa vida é feita de estações, de fases, de períodos, de transições. Cada uma com o seu tempo, seu momento, sua característica. Momentos bons ou ruins; risos e gargalhadas ou tristeza e pranto (Eclesiastes 3:1), que requerem de nós um discernimento de quem somos (enquanto filhos de um Pai presente, santo, eterno), quanto às nossas decisões e, principalmente, ações; pois, as mesmas, podem influenciar não somente na nossa, mas, na vida de terceiros. E assim como o ser humano é adaptável ao ambiente físico (qualquer que seja ele), igualmente devemos ser com as multi fases da nossa vida (João 16:33). Independente da estação ou clima que está lá fora, devemos cuidar da estação que está aqui dentro, bem do lado esquerdo do peito, sabe? Que a sabedoria nos floresça a cada amanhecer; que as perdas nos tragam maturidade; que a paz nos aconchegue ao próximo; que o amor nos aqueça, aproximando-nos pra cada vez mais perto do Pai (Salmos 30:5).

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