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quarta-feira, 22 de março de 2017

SONHOS X REALIDADES

Lc. 14: 28-32 “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a vierem zombem dele, Dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz” Lc. 14: 28-32. No contexto, o Senhor Jesus está tratando de discipulado, ou seja, das condições para que alguém possa segui-lo e ser seu discípulo. A questão, entretanto, é que o Senhor faz uma advertência a todos os que desejam segui-lo. A advertência é termos conhecimento do que estamos fazendo, como estamos nos posicionando ao segui-lo. Temos que pesar e medir com muito cuidado e atenção o que estamos fazendo, para não fazermos nada de errado, ou para não estarmos dando passos errados. A maioria de nossos erros são consequências de falta de planejamento, ou ainda de conhecimento a cerca do que estamos fazendo ou queremos fazer. Conhecer e projetar o que queremos fazer ou viver e uma questão de inteligência e de prudência. Entretanto, grande parte do povo cristão é muito tentada a agir de forma prematura. E isso implica em grandes riscos de frustrações e decepções, de tristezas e desapontamentos, de traumas e dores na alma, quantos cristãos estão desistindo da fé. Nesse grupo de cristãos frustrados amornados por frustrações, não estão incluídos apenas membros de banco, aqueles que não estão ativos, que não estão fazendo nada para o Reino além de congregar. Mas estão também líderes, como líderes de células, líderes de doze, diáconos, Pastores, Bispos, Apóstolos etc. Porque traçamos metas inatingíveis, projetos impossíveis de serem alcançados e chamamos isso de fé. Apostamos muito em pessoas que em determinado momento não respondem à motivação e chamado da liderança. É verdade que fé é crer no impossível, no sobrenatural, é esperar um milagre, mas até mesmo um posicionamento de fé tem que ser firmado com discernimento. Se alguém pula de um prédio de vinte andares e pede ao Senhor que não o deixe morrer ao bater no chão não está tomando um posicionamento de fé e sim tentando a Deus. Se uma pessoa que ganhar pouco, está com muitas obrigações financeiras, vai em uma concessionária e compra um carro caro, depois pede ao Senhor que lhe ajude a pagar as prestações do carro, não está exercendo fé e sim tentando ao Senhor. A questão é que nós cristãos somos mestres em disfarçar nossos desgastes físicos, mentais e espirituais. Somos mais mestres ainda em justificar nossos erros e lançar responsabilidades sobre fatos e pessoas. Mas o maior erro que nós cristãos cometemos é que, por muitas frustrações com pessoas nos desafiamos a sonhar sozinhos. Nós projetamos tudo sós e por fim falhamos em nossos projetos e nossos sonhos, porque o fazemos sozinhos. Pegamos carona na comparação com outras pessoas e a decepção acaba indo mais além. Nós nos comparamos com outros ministérios, nos comparamos com outros pregadores, nos comparamos com outros Ministros do Evangelho, com outras denominações evangélicas, com outros profissionais. Concluímos que tudo o que planejamos e projetamos, tudo o que sonhamos está dando certo com os outros, mas está dando tudo errado conosco. Muitas vezes o que eles estão fazendo, nós pensamos ou idealizamos antes, mas conosco deu errado, mas com eles deu certo e perguntamos por que? A sensação é que estamos na beira do caminho como Bartimeu, sem visão de nada, enquanto que os outros estão correndo, algumas pessoas até parece que estão voando sobre o caminho no qual estamos paralisados. Mas muitas vezes a maior razão de inércia de nossos projetos é o nosso cansaço de caminharmos sós. Uma das maiores tragédias da humanidade é que homens que veem a grandeza de Deus, raramente conseguem enxergar a grandeza na vida do outro. Na perspectiva humana não somos iguais, portanto, nossos sonhos são diferentes, nossas metas são diferentes. Por isso nos distanciamos uns dos outros, porque é muito difícil trabalhar nossas diferenças, assim nos tornamos mais fracos para viver os nossos projetos e sonhos. Pregadores não são iguais, Ministros Evangélicos não são iguais, nós cristãos somos diferentes uns dos outros. A questão é que médicos também são diferentes uns dos outros, mas eles cooperam uns com os outros, e celebram as descobertas de seus colegas. Advogados estão em lados opostos na defesa dos interesses de seus clientes, no entanto estão unidos em torno de seus interesses comuns, a OAB é uma das associações mais fortes do Brasil. A despeito da cultura que praticam, os fazendeiros muitas vezes compartilham seus tratores e demais maquinários para que todos tenham uma ótima colheita. Mas nós cristãos dificilmente nos dispomos a auxiliar o nosso irmão a viver seus projetos e sonhos, a menos que tenhamos qualquer tipo de interesse nisso. A não ser nos cultos semanais e eventos da congregação, raramente temos acesso uns aos outros. A grande maioria nem de células participa, discipuladores não cuidam de seus discípulos, não estamos interagindo uns com os outros. Como então saberemos como está o coração de nosso irmão, qual é o tamanho da torre que ele está tentando construir? Qual é a dimensão da guerra que ele está travando? Tudo isso tem haver com o sonho dele, com o projeto de vida dele. É interessante como atores e músicos criam festivais e celebrações que atraem a atenção do mundo todo para reconhecerem o trabalho bem feito entre os colegas. Enquanto isso, nós cristãos estamos discutindo o sexo dos anjos, estamos nos dividindo por coisas tão pequenas e desprezando as grandes que devem nos unir. Ministros Evangélicos estão disputando entre si crescimento e prestígio, influência social. Muitas vezes zombando e criticando uns aos outros em vez de orar uns pelos outros e abençoar a vida e ministério uns dos outros. Hoje as igrejas grandes estão absorvendo as igrejas menores como empresas grandes absorvem as pequenas pela concorrência. Isso faz com estejamos mais preocupados em nos tornar mais atrativos do que pregarmos o Evangelho como tem que ser pregado, de viver os princípios do reino de Deus como eles têm que ser vividos. Estamos mais preocupados em agradar a todos do que ganhar ao menos alguns. Nossos projetos e sonhos estão sendo modificados à forma de sobrevivermos como uma comunidade cristã. Toda pessoa foi criada por Deus com um propósito para sua vida, todos nós temos um propósito divino dentro de nós e viver esses propósitos é que dará sentido às nossas vidas. Como cristãos precisamos entender que nossas torres serão construídas em conjunto, nossas guerras serão vencidas quando estivermos lutando juntos. O que quero dizer a você é que nossos sonhos se cruzam, eles têm algo em comum e por isso em determinado momento passamos a sonhar o mesmo sonho, a projetar as mesmas torres, a lutar as mesmas guerras. Ainda assim lutamos pelos mesmos sonhos, mas de forma isolada, cada um de sua maneira, sem medirmos nada, sem mensurar nada e nos frustramos, porque precisamos uns dos outros para vencer. Esquecemos que qualquer coisa que precisamos para tornar nossos sonhos realidade está no coração de alguém bem do nosso lado. Como diz o Doutro Mike Murdok: “No coração da pessoa que está ao nosso lado existe um tesouro, o mapa para descobrir esse tesouro é o amor”, a questão é se esse mapa está disponível em nossos corações. O amor nos faz conhecedores do coração de quem está ao nosso lado, dessa forma passamos a conhecer os seus sonhos, passamos a ser mais um tijolo na torre que essa pessoa está construindo, mais um reforço para essa pessoa na guerra que ela está travando. Creio que é dessa forma que vamos deixar de viver frustrações, e passaremos a viver na íntegra nossos sonhos e projetos. Pois ao planejar tudo, ao mensurar tudo veremos que precisamos muitos uns dos outros para tornar tudo possível. Não podemos esquecer que na maioria das vezes, quando oramos pedindo ao Senhor ajuda para vencer nossas lutas, para erigir nossas torres, para concretizar nossos sonhos e projetos, o Senhor não manda anjos, mas levanta alguém de carne e osso para estar ao nosso lado. Portando sejamos úteis uns aos outros, mais ainda, sejamos fiéis uns aos outros, e todos nós poderemos sonhar, projetar, sabendo que em nossa unidade tudo pode ser possível. Nessa força então vamos construir e lutar porque todos os nossos sonhos e projetos se tornarão realidade. Podemos tudo naquele que nos fortalece, e tudo é possível àquele que crê. Continuamos construindo as nossas torres sozinhos, continuamos fazendo nossas guerras de forma solitárias, como Dom Quixotes espirituais. Chegará o momento que veremos que a vida passou e não conseguimos viver o que sonhamos. O único impedimento foi não planejar, pois se o tivéssemos feito teríamos incluído tantas pessoas em nossos planos e projetos. Precisamos uns dos outros. Para terminar quero lembrar você de um momento na existência da humanidade que fala muito de tudo isso. Depois do dilúvio, todos ainda falavam a mesma língua, estavam juntos, e não queriam se espalhar pela terra. Os homens tiveram então uma ideia, que parecia boa, veja como foi: 11: 01-09 “Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o SENHOR para vera cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela” Gn. 11: 01-09. A mesma estratégia o inimigo tem usado para frustrar a todos nós, nos separar, confundir a nossa forma de falar. Assim nos tornando mais fracos, mais frustrados e muito menos produtivos para o Reino de Deus.

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