AMARGURA

A Semente de Amargura na Família Na devocional 04, vimos que a amargura é um sentimento tóxico. E quando olhamos para a vida de Mical, compreendemos que mesmo sendo uma princesa, filha do primeiro rei de Israel, Saul, encontramos uma mulher amargurada. Mical é um exemplo do que a rejeição pode causar na vida de uma mulher e como a rejeição vivida na família, influencia diretamente o futuro dos filhos, tornando-os amargurados. Saul, rei de Israel e poderoso na Terra, dentro de casa, com a família, tornou-se um homem atormentado por um espírito maligno (I Samuel 16:14). Com isso, toda sua estrutura familiar foi abalada. Ele deixou que a amargura tomasse conta da sua vida e passou a perseguir Davi, que só lhe fizera bem. Imagine Mical, como filha, vivendo em meio a todo esse contexto. Ainda na juventude, ela foi entregue pelo pai, Saul, para ser esposa de Davi, fato que muito a alegrou, porque ela amava profundamente Davi. Mas, quando Mical pensou que fosse viver livre da amargura do pai, deparou-se com o fato de saber que o amor que nutria pelo marido, causava insegurança no pai. Um dia, Saul entregou Mical por mulher a outro homem, porque ela ajudou Davi a fugir da presença dele. “Porque Saul tinha dado sua filha Mical, mulher de Davi, a Palti, filho de Laís, o qual era de Galim.” (I Samuel 25:44). Esse fato, só serviu para agravar ainda mais a situação de Mical, que rejeitada, deixou a raiz de amargura fazer parte da sua vida. A vida de Mical mostra que, realmente, é na família que ocorre o maior índice de rejeição. E a prova disso é que mesmo após Davi ser aclamado rei de Judá, e fazer aliança com Abner para trazê-la de volta, após casada com Paltiel, tal atitude não foi suficiente para curar a alma ferida e amargurada da mulher. Levada de volta para Davi, Mical amargou mais uma vez ver Palti chorando por sua perda. Ela acompanha toda aquela cena sem poder fazer nada… Quantas feridas abertas na vida dessa mulher por causa de imprudências dos homens. O que aconteceu com Mical, acontece ainda hoje, com muitas mulheres que são abandonadas como se fossem objetos em desuso. Como pais, vamos refletir sobre nossas atitudes em relação aos nossos filhos para não sermos causadores de amarguras em suas almas. Somos agentes de cura e transformação!