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terça-feira, 19 de abril de 2022

CORAÇÃO

 Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."

Joel 2:13

    "[...]agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto." (Joel 2:12). Manifestações exteriores de emoções religiosas podem ser manifestados com facilidade. Basta a melodia certa ou as palavras conciliadas no momento certo para que lágrimas ocorram, para que o sentimento se aflore. Mas, frequentemente, estas emoções são hipócritas. Sentir o verdadeiro arrependimento é muito mais difícil, e, consequentemente, muito menos comum. Quantos não são os que choram com louvores mas vivem vidas sem perdão! Quantos não são os que pagam suas promessas de joelhos mas não possuem misericórdia! Quantos não são os que pregam com autoridade mas não vivem o amor pelo próximo! Quantos não são os que acompanham cada procissão mas mentem, roubam e fofocam!
    Nós atenderemos às mais diversas e minuciosas normas de cerimônias religiosas, todas que agradam ao nosso "paladar", mas a verdadeira  fé é bastante humilhante, e não atrai o nosso gosto. É fácil cantar a música da modinha, difícil é perdoar quem "não merece". É fácil amar quem te dá presentes, difícil é orar abençoando quem te persegue. É fácil ser misericordioso e paciente com quem concorda com suas opiniões, difícil é respeitar e viver em paz fraternal com quem só te destrata. Somos assim, um povo que prefere algo mais ostentoso, superficial e mundano. Os ouvidos e olhos são satisfeitos, a presunção é alimentada e a justiça própria é enaltecida. 
    Porém, estamos enganados. Na hora da morte e no dia do juízo, a alma necessita de algo mais substancial do que cerimônias e rituais em que possa confiar. De nada nos adianta as orações dos vivos se o que decide a nós sobre céu e inferno é que de fato fazemos em vida. 
    Os rasgar do coração é uma obra realizada por Deus. É algo que sentimentos não como um ritual, e sim como uma obra profunda e constrangedora da alma, por parte do Espírito Santo, em nosso coração. O rasgar do coração é humilhante, porém, é um purificador do pecado. É iniciado com tristeza, mas depois é coberto e consolado graciosamente pelo Espírito Santo. O rasgar do coração é distintivamente característico, pois pertence apenas àqueles que buscam não rituais, mas Deus.
    Hoje somos confrontados a rasgar nosso coração, mas como fazer isto visto que é algo mais duro que o mármore em nós? Temos de levar nosso coração ao calvário. Foi lá onde o Salvador rasgou as rochas para que pudéssemos hoje decidir por não viver por rituais, mas sim por obras completas do Espírito Santo. "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne." (Ezequiel 36:26).

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