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sábado, 12 de novembro de 2016

O SOM DO SILÊNCIO

É um lindo privilégio poder ouvir. Digo, ter seu aparelho auditivo em perfeito estado, pois, existem algumas pessoas que não tem; seja por conta da idade já avançada, onde há uma perda gradativa da audição; seja por alguma deficiência nesse aparelho, precisando dessa forma, se comunicar através de libras (a linguagem universal dos sinais). As vozes das pessoas, o barulho do trânsito, belas canções, o som da natureza (num estrondo do trovão, no som dos mares ou apenas o cantar dos pássaros), pessoas são ou não agraciadas com esses sons. Fazendo parte de um dos cinco sentidos, a audição é o sentido relacionado com a captação e percepção das ondas sonoras. Os receptores sensoriais desse sentido estão localizados em uma região da orelha denominada de cóclea. Há pessoas com “super audições”, se assim podemos dizer. Uns até brincam chamando-as de “ouvido tuberculoso”. Claro que eles podem (e devem) ser “doutrinados”. Algo interessante é que, se você está no meio de uma multidão, com pessoas conversando sobre assuntos diversos, fechar os olhos e concentrar sua audição em uma direção específica (sem nem mesmo precisar girar a cabeça para ela), nitidamente você consegue perceber aquela conversa; uma vez que se faça o mesmo pra outra direção, concentrando-se nas vozes, essa voz se tornará quase que límpida pra seus ouvidos. A audição está diretamente ligada à percepção (faculdade de aprender por meio dos sentidos ou da mente). Podemos dizer, então, que a audição é muito mais que apenas ouvir ruídos; é percebê-los. Mas, há quem goste do silêncio, da calmaria, da “paz” na ausência de ruídos. Eles se concentram melhor no silêncio, na solidão, no ato de querer estar só. Outros, só encontram segurança na multidão, cercado de pessoas, de barulho (ainda que não conhecidos). Porém, o silencio não necessariamente é sinônimo de paz. Algumas pessoas, ainda que no silêncio, não conseguem “calar” o imenso barulho das suas preocupações, suas mazelas, seus medos, seus temores. Abrigam verdadeiras “guerras frias” dentro de si. Bombardeios silenciosos e ocultos. Vazios letais. Outras, mesmo no meio da multidão, estão sós. Os mais audaciosos dividem suas lutas com terceiros, pondo sua esperança no outro, tentando amenizar um vazio que simplesmente, elas não podem preencher por si só; e aquelas que se trancam em calabouços dos seus pensamentos. O grande problema é que estamos escutando muitas vozes, barulho, ruído e isso tem nos impedido de ouvir Quem realmente precise ser. O que temos falado? E ouvido? Pra quem estamos emprestando nossos ouvidos? Estamos silenciando quando deveríamos “falar” ou falando quando deveríamos nos calar? Definitivamente, é no silêncio que escutamos Deus. E quando conseguimos ouvi-Lo, que temos feito? Qual a nossa atitude com o que temos ouvido Dele? O coração trás vozes; é preciso identificar não somente quais, mas, de quem são: nossa (nossas vontades) ou do Senhor? Nossos ouvidos pode poluir nosso coração, ao passo que nosso coração, pode perfeitamente, obstruir nossos ouvidos; ouvidos espirituais. Tornaríamos-nos surdo espiritual. Mas, e quando é Deus quem fica em silêncio? E quando esperamos uma resposta e não ouvimos nada? Pode haver algumas situações: ou estamos tão longe Dele que não conseguimos ouvir Sua voz; como o filho pródigo, por exemplo. Não foi o pai que se afastou do filho, foi o filho que resolveu viver suas próprias vontades; Ou pelas nossas muitas malignidades, Ele mesmo resolveu “nos dar um gelo”, como correção até que nos arrependamos e aguçamos nossos ouvidos à Sua voz; Ou Deus está nos forjando; provando nossa fé, nossa confiança Nele, mesmo que Ele não mais fale, nós já O conhecemos e sabemos o Deus que servimos. O silencio de Deus, trás pra perto quem no meio da multidão não conseguia ser ouvido pelos homens e afasta, quem neste silêncio, só queria fazer barulho pra ter algo Dele e não Sua doce presença. Todos nós (sem exceção) precisamos encontrar o som das muitas águas (Ap 1:15), o som dos trovões (Salmos 29:3-9), a voz de Deus...no silêncio.

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