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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ALEGRIA

Quando o Senhor restaurou a sorte ... ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo (Salmos 126: 2a). O Catecismo de Westminster começa com a pergunta: "Qual é o fim supremo e principal do homem? O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre." Em outras palavras, o ser humano encontra seu significado e propósito glorificando a Deus e se alegrando para sempre nesse relacionamento. Alegria espontânea, verdadeira, incontida, transbordante: quem não a quer? Pois é essa alegria que o povo de Deus encontrou quando esse salmo foi composto e cantado. A alegria nasce no coração a partir da ação de Deus (quando o Senhor restaurou a sorte). Foi o Senhor quem restaurou a sorte de seu povo livrando-os dos setenta anos de cativeiro babilônico. Da mesma maneira, ele continua restaurando nossa vida até hoje. Afinal, fomos aceitos pelo Senhor e, mediante a fé em Cristo, perdoados, justificados e salvos pela graça (Romanos 5.1; Efésios 2.8-9). Agora sabemos que não há condenação sobre nós (Romanos 8.1), pois fomos comprados por Cristo (1 Coríntios 6.19-20) e o seu sangue nos purificou de todo o pecado (1 João 1.7). Não somente nos purificou, mas o Senhor nos libertou do cativeiro do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13). Aliás, para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo (1 João 3.8). As coisas antigas já passaram e tudo está se fazendo novo (2 Coríntios 5.17), pois não mais somos nós quem vive, mas Cristo vive em nós (Gálatas 2.19-20). Por isso, quando o Senhor restaura nossa sorte, somos invadidos por imensa alegria. A alegria aparece no rosto como consequência natural (a nossa boca se encheu de riso). Nada mais de cara fechada, carrancuda, amarga, mau humorada, cenhosa. A alegria muda o rosto. Nas palavras poéticas do sábio: O coração alegre aformoseia o rosto (Provérbios 15.13). Além do mais, cristianismo sem alegria é contradição, pois a alegria faz parte do caráter de Deus e de seu reino (Romanos 14.17), e é marca de sua soberania, como está escrito: No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada (Salmos 115.3), ou seja, tudo faz para sua alegria. Mesmo diante da cruz, Jesus enfrentou a própria morte por causa da alegria que lhe estava proposta e, ao final, ficou satisfeito (Hebreus 12.2; Isaías 53.11). A propósito, Jesus foi ungido com óleo de alegria (Hebreus 1.9). Por isso, nada mais natural para o cristão do que ter sua boca cheia de riso. A alegria transborda para a expressão dos lábios (nossa língua de júbilo). Outras traduções dizem: nossa língua, de cânticos (RC); nossa língua de cantos de alegria (NVI); como rimos e cantamos de alegria! (NTLH); nossa língua de alegres expressões de louvor (BKJ); cantamos de alegria (NVT). Diversas maneiras de falar do mesmo efeito natural quando percebemos a grande ação de Deus ao nos tirar do cativeiro: sorriso nos lábios e cânticos na ponta da língua. Nascem novos cânticos (Salmos 96.1; 98.1; 144.9; 149.1), com arte e júbilo (Salmos 33.3), na solenidade da harpa (Salmos 92.3), no vigor da percussão e danças (Salmos 150.4), na suavidade melódica das flautas (Salmos 149.3), na harmonia das cordas (Salmos 68.25), passamos a ser cercados de alegres cantos de livramento (Salmos 32.7).

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