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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

CAVERNA

Vamos sair da caverna?

“Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou...” (1 Reis 19.7-8).

 

Embora Elias fosse um homem de Deus, um profeta, alguém que se dedica a cumprir a missão Deus para seu povo, cansou-se, frustrou-se e sentiu dor na alma, a solidão do caminho. Assim como Elias, diariamente nos deparamos com pessoas e podemos nos reconhecer nesta mesma condição, lidando constantemente com angústia e ausência de força para lidar com suas frustações. Por outro lado, está cada vez mais escassa, a disponibilidade de ouvidos para escutar as dores da sociedade. Estamos ocupadas/os demais com nossos próprios problemas para escutar as dores alheias. 

Mike Featherstone[1], afirma que “As noções de felicidade na esfera do moderno estão intimamente relacionas à satisfação imediata de suas, fictícias, necessidades (...) tornando indispensável o “ser feliz”, mesmo que apresentemos uma imagem superficial e de aparente felicidade”. Na sociedade moderna, onde o ter é extremamente importante para ser, sofrer significa perder algo ou deixar de ter, logo, sua identidade se desfaz e o/a indivíduo deixa de ser alguém. Perde a razão da vida, e na busca de resolver suas dores encaram o extremo, onde o suicídio aparece com alternativa de resolução desses dilemas existenciais.

Pesquisas mostram que há um crescente número de jovens cometendo suicídio. Dentre as muitas questões, estão o fato de não se sentirem compreendidos. Sentem-se sós, embora conectados a milhares de “amigos/as” nas redes sociais. Exatamente por vislumbrar uma “vida feliz”, muitas vezes, não conseguem lidar com suas próprias dores e não encontram pessoas prontas e dispostas a servirem como canais de ajuda.

Elias contou com o Anjo enviado por Deus para ser seu ouvido, dando o que ele precisava naquele momento: água e alimento. Tendo seu físico restaurando, Deus manifesta-se nos elementos da natureza (vento, fogo, terremoto e por fim, uma brisa suave) e após um momento na caverna, o profeta recebe um novo olhar sua caminhada... A presença do Altíssimo é percebida na brisa, e nas turbulências.

Há desafios para Elias após a caverna. Deus lhe dá o caminho e toda a instrução, além de mostrar a ele, que não estava sozinho naquela situação, que outros milhares de pessoas sentiam as mesmas dores e tinham os mesmos medos, passavam pelas mesmas lutas. Olhar para fora da caverna ressignifica o sofrimento de Elias e lhe dá um novo sentido para viver. Deus não corrige o Elias solitário e triste, mas contrapõe à sua solidão, mostrando sua história, atribuindo valor ao seu passado e especialmente o seu comprometimento com o futuro.

Assim como Elias, você também é importante. Há muito mais a realizar e existem pessoas que estão como você, buscando um novo significado para a vida. Neste caminho você não está sozinho/a.

Saia da caverna! Busque ajuda! Conte os ombros e ouvidos enviados por Deus no caminho.

E acima de tudo, saiba que Deus está contigo e Seu amor é imenso!

Vamos lá, depois do vento forte sempre há uma brisa suave... 

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