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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

FORA DE CENA

Muitas vezes, quando tudo ia bem, o trabalho seguia intenso, as pessoas o aplaudiam, havia muito a fazer, Jesus desaparecia. Quando o procuravam, seus seguidores o encontravam longe do movimento, distante das pressões. Tinha saído de cena, para refletir sobre os eventos, consultar suas memórias, descansar o corpo, repensar o itinerário. Como Jesus, precisamos sair de cena. Não é fácil sair da arena onde todos querem entrar. Não é fácil colocar o sucesso em segundo plano quando todos o buscam a qualquer preço. Não é fácil resistir à tentação de atender a todas as demandas. Não é fácil parar quando a onda veloz nos conduz. Não é fácil ficar distante da esquina onde se é visto e o barulho ensurdece. Sair de cena não é abandonar o trabalho, mas fazer uma pausa. Não é recusar a missão, mas refletir sobre como a estamos cumprindo. Não é ato de covardia, mas de coragem; renunciar é para os corajosos. É admitir que não somos insubstituíveis; outros poderão fazer o que fazemos e talvez melhor que nós. É reconhecer que nossas forças podem se esgotar, se já não se esgotaram, e que é preciso renová-las. Quando saímos de cena, entramos em conexão com Deus. Só vemos as estrelas no céu quando nos afastamos das luzes da terra. Quando saímos de cena, ponderamos nossa agenda para ver se estamos fazendo as coisas certas. Quando nos retiramos para o deserto, mesmo que localizado dentro de nossa casa, evitamos os danos provocados pelos sons que abafavam a vida com qualidade. Se precisamos sair de cena por um pouco, não devemos adiar a decisão.

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